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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
2596 - LABORATÓRIO DE PAVIMENTAÇÃO

PRÁTICA 01 – Determinação do Índice de Suporte Califórnia (CBR)

Acadêmicos: Gabriel Parpinelli Ferreira Dalcolli R.A.: 099063


João Pedro Ávila Mistrello R.A.: 093388

Professora: Juliana Azoia Lukiantchuki

MARINGÁ, 2019
Sumário

Introdução.................................................................................................................... 03
Fundamentação Teórica.............................................................................................. 03
Materiais e Métodos..................................................................................................... 04
Resultados e Análise..................................................................................................... 05
Conclusão...................................................................................................................... 08
Referências.................................................................................................................... 08
1. INTRODUÇÃO

Uma obra de Engenharia geralmente tem o efeito de tentar trazer mais conforto e segurança para
que os seres humanos realizem determinada tarefa. Para isso, é criado toda uma estrutura, a partir de
um conjunto de elementos que se inter-relacionam, para que se desempenhe tal função. No caso de
pavimentos, as camadas deste tem a função de receber as solicitações de veículos e do clima, absorvê-
las internamente e transmiti-las ao seu destino, o solo.
Sendo assim, tornasse extremamente importante a caracterização do solo para o determinado
empreendimento. Conhecer teor de umidade, porosidade, índice de vazios, peso específico do solo,
entre outros parâmetros, é muito relevante na hora de se designar a construção de algum projeto de
Engenharia.
Dessa maneira, o presente experimento têm como objetivo a determinação do Índice de Suporte
Califórnia (CBR) para a análise de certa amostra de solo na aplicação desta em pavimentos.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Segundo Santana (1993), pavimento é uma estrutura construída sobre a superfície obtida pelos
serviços de terraplanagem com a função principal de fornecer ao usuário segurança e conforto, que
devem ser conseguidos sob o ponto de vista da engenharia, isto é, com a máxima qualidade e o
mínimo custo.
Assim como se observa na Figura 01, os pavimentos são compostos por múltiplas camadas, sendo
que a primeira desta corresponde a camada de revestimento, a qual pode ser projetada para ser flexível
(feita de Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ) ou Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP))
ou rígida (construída de Cimento Portland).

Figura 01 – Corte de um pavimento apresentando suas camadas

Após a camada de revestimento, temos a faixa denominada Base e Sub-Base, as quais são
compostas de brita graduada e possuem a função de transmitir os esforços pelos quais a camada de
revestimento é exposta. Por fim, antes de chegarmos ao solo, há a porção caracterizada como Reforço
do Sub-leito, sendo constituída basicamente de solo compactado. Desse modo, chegamos ao solo, o
qual possui o objetivo de absorver todo o esforço pelo qual a estrutura do pavimento foi solicitada.
Sendo assim, é muito importante a sua correta caracterização e análise para um bom projeto.
Um dos parâmetros indispensáveis para o estudo de solos aplicado a pavimentos na engenharia
atual é o Índice de Suporte Califórnia (CBR). Este ensaio foi desenvolvido em 1929, por Porter, e
posteriormente adotado pelo Departamento de Estradas de Rodagem da Califórnia (EUA), para a
análise da resistência de solos e para a análise das possíveis aparições de fissuras e recalques na
estrutura.
Por definição, o CBR expressa a relação entre a resistência à penetração de um cilindro
padronizado numa amostra do solo compactado e a resistência do mesmo cilindro em uma pedra
britada padronizada. O experimento permite, também, obter um índice de expansão do solo durante
o período de saturação por imersão do corpo-de-prova (96 horas).
Os resultados dos ensaios, são variáveis de acordo com a textura (granulometria) do solo e da
constituição mineral de suas partículas, tornando-se difícil a previsão do CBR. Podemos, entretanto,
afirmar que os siltes e outros solos expansíveis, apresentam baixos valores de CBR, inferiores a 6%,
enquanto que solos finos em geral, incluindo solos arenosos, apresentam valores de CBR entre 8% e
20%.
Já os solos grossos, como pedregulhos e as britas graduadas, situam-se em patamares de 50% a
100%, podendo atingir valores mais elevados. Como parâmetros de projeto, pisos e pavimentos
rígidos requerem CBR > 8%, enquanto que os pavimentos flexíveis exigem valores de CBR > 12%.
Diferente dos índices de CBR, os índices de expansão não afetam diretamente no
dimensionamento de pisos e pavimentos, porém a sua avaliação é imprescindível, pois um solo
potencialmente expansivo, poderá provocar manifestações patológicas irreparáveis. Segundo o
manual de pavimentação do DNIT, os valores usuais de expansão são categorizados de acordo com
o tipo de função estrutural exercida, conforme a seguinte classificação: Sub-base: Expansão < 1 %,
Sub-base: Expansão < 2 %, e Reforço do subleito: Expansão < 2 %.
De modo geral, o ensaio demanda funções de elevada importância no dimensionamento de pisos
e pavimentos em fundação direta, pois com a análise correta dos dados obtidos a partir deste ensaio,
obtêm-se uma estrutura economicamente viável, preservada de possíveis manifestações patológicas
relacionadas à capacidade de suporte ou possíveis expansões do solo.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

No desenvolvimento desta prática, foi-se utilizado amostras deformadas não trabalhadas de


material que passa na peneira de 19 mm, correspondente à umidade ótima e massa específica aparente
seca máxima, de um solo retirado da cidade de Mandaguaçu à uma profundidade de 1,0m.
Em uma breve descrição, o ensaio é dividido em 03 partes:

3.1 DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE

Em um primeiro momento, de posse do material, é aferido o teor de umidade das amostras de solo
conforme a NBR 6457/1986. A partir desta, é possível chegar-se no Peso Específico Aparente do
Solo Seco, tal como se observa na Tabela 01, e na Curva de Compactação, como se nota na Figura
02.

3.2 EXPANSÃO

Após as moldagens necessárias para caracterizar a curva de compactação, adapta-se, ainda, na


haste de expansão, um extensômetro fixo ao tripé porta-extensômetro, colocado na borda superior do
cilindro, destinado a medir as expansões ocorridas, que devem ser anotadas de 24 em 24 horas, em
porcentagens da altura inicial do corpo de prova, onde os corpos de prova devem permanecer imersos
em água durante 96 horas. Os valores correspondentes estão
Terminado o período de embebição, cada molde com o corpo de prova deve ser retirado da
imersão e deixa-se escoar a água durante 15 minutos. Findo esse tempo, o corpo de prova estará
preparado para a penetração.

3.3 RESISTÊNCIA A PENETRAÇÃO


Por fim, realiza-se a o ensaio de penetração. O conjunto é levado ao prato da prensa e faz-se o
assentamento do pistão de penetração no solo aplicando uma carga de aproximadamente 4,5 kg,
controlada pelo deslocamento do ponteiro do extensômetro do anel dinamométrico. Zera-se o
extensômetro do anel dinamométrico, que mede a penetração do pistão no solo e aciona-se a manivela
da prensa com velocidade do pistão de 1,27 mm/min. As leituras são realizadas conforme a tabela em
4.3.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE

4.2 EXPANSÃO

UMIDADE X EXPANSÃO
0,4000
0,3500
0,3000
EXPANSÃO MÁXIMA (%)

0,2500
0,2000
0,1500
0,1000
0,0500
0,0000
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00 18,00
-0,0500
UMIDADE (%)
4.3 RESISTÊNCIA A PENETRAÇÃO

PRESSÃO X PENETRAÇÃO
TURMA 01 TURMA 02 TURMA 03 TURMA 04
TURMA 05 TURMA 06 TURMA 07 TURMA 08
60,0000

50,0000

40,0000
PRESSÃO (KGF/CM²)

30,0000

20,0000

10,0000

0,0000
0,50 2,50 4,50 6,50 8,50 10,50 12,50
PENETRAÇÃO (0.001 MM)

5. CONCLUSÃO

Como descrito anteriormente, a definição dos parâmetros de um solo é muito importante para a
sua caracterização, o que auxilia num projeto mais correto de um determinado empreendimento de
Engenharia. Sendo assim, pode-se dizer que o propósito pela qual este experimento foi realizado, no
qual tinha-se como objetivo a determinação de uma das propriedades do solo, o teor de umidade, foi
muito bem desempenhado.
Além disso, os dados obtidos no ensaio de penetração provam que o solo obteve um CBR
máximo de 43,44% na umidade ótima de 11,72% (ramo seco da curva de compactação) e uma
expansão de 0,0351%. Assim, de acordo com BERNUCCI o solo analisado é ideal para uso como
subleito em pavimentação.
6. REFERÊNCIAS

______, DNER-ME 049/94 - Solos: determinação do Índice de Suporte Califórnia utilizando


amostras não trabalhadas. Rio de Janeiro, 1994

BERNUCCI, L. B. et al; Pavimentação asfáltica – formação básica para Engenheiros. Rio de


Janeiro: Petrobras, 2006.

DONISETE, Igor. Ensaio de Índice de Suporte Califórnia – CBR. 2016. Disponível em:
<http://lpe.tempsite.ws/blog/index.php/ensaio-de-indice-de-suporte-california-cbr/>. Acesso em: 24
abril 2016.
Manual de Pavimentação, 3.ed. – Rio de Janeiro, 2006.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6457: Amostras de Solo –


Preparação para Ensaios de Compactação e Ensaios de Caracterização. Rio de Janeiro, p. 08. 1986.

Notas de Aula

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