PROJETO DE
INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS E
ESPECIAIS
Série construção Civil
PROJETO DE
INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS E
ESPECIAIS
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
PROJETO DE
INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS E
ESPECIAIS
© 2013. SENAI – Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, me-
cânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização,
por escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI da
Bahia, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por todos
os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
FICHA CATALOGRÁFICA
S491p
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.
Projeto de instalações elétricas e especiais / Departamento Nacional,
Departamento Regional da Bahia. - Brasília: SENAI/ DN, 2013.
136 p.: il. - (Série Construção Civil)
ISBN 978-85-7519-684-7
CDU 621.319
SENAI - DN Sede
Serviço Nacional de Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto
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Departamento Nacional Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
Lista de ilustrações
Figura 1 - Elétrons orbitando em volta do núcleo do átomo............................................................................20
Figura 2 - Com cargas diferentes os átomos se atraem.......................................................................................21
Figura 3 - Com cargas iguais os átomos se afastam.............................................................................................21
Figura 4 - Bateria e gerador de fluxo de cargas......................................................................................................22
Figura 5 - Um circuito em série....................................................................................................................................27
Figura 6 - Circuito em paralelo.....................................................................................................................................28
Figura 7 - Circuito misto..................................................................................................................................................29
Figura 8 - Usina hidrelétrica de Itaipu........................................................................................................................34
Figura 9 - Avanço do mar na foz do São Francisco...............................................................................................35
Figura 10 - Parque eólico gerando energia limpa renovável............................................................................36
Figura 11 - Linha de transmissão de energia..........................................................................................................37
Figura 12 - Planta baixa de residência com projeto elétrico.............................................................................60
Figura 13 - Representação de um corte de projeto elétrico..............................................................................61
Figura 14 - Detalhe de um projeto elétrico.............................................................................................................62
Figura 15 - Diagrama unifilar........................................................................................................................................63
Figura 16 - Planta baixa...................................................................................................................................................68
Figura 17 - Seção de um condutor.............................................................................................................................72
Figura 18 - Distribuição dos disjuntores do quadro de distribuição..............................................................77
Figura 19 - Esquema da formação do raio...............................................................................................................83
Figura 20 - Esquema de um SPDA...............................................................................................................................84
Figura 21 - Haste para aterramento...........................................................................................................................87
Figura 22 - Haste e anel de fixação para o aterramento.....................................................................................89
Figura 23 - Esquema TN- S.............................................................................................................................................89
Figura 24 - Esquema TN – C...........................................................................................................................................90
Figura 25 - Esquema TN – C – S....................................................................................................................................90
Figura 26 - Esquema TT...................................................................................................................................................91
Figura 27 - Esquema IT....................................................................................................................................................91
Figura 28 - Caixa de inspeção para aterramento...................................................................................................92
Figura 29 - Um esquema de curto-circuito..............................................................................................................94
Figura 30 - Planta baixa de uma residência, instalação telefônica..................................................................99
Figura 32 - Planta baixa com os pontos de sonorização.................................................................................. 100
Figura 31 - Caixa de som para embutir no forro do teto................................................................................. 100
Figura 34 - Planta baixa projeto de incêndio....................................................................................................... 101
Figura 33 - Detector de fumaça................................................................................................................................ 101
Figura 35 - Planta baixa de instalações de antena e tv a cabo...................................................................... 102
Figura 36 - Câmera de proteção............................................................................................................................... 104
Figura 37 - Projeto de instalação de câmeras...................................................................................................... 104
Figura 38 - Disjuntores................................................................................................................................................. 108
Figura 39 - Disjuntores montados num quadro.................................................................................................. 108
Figura 40 - Disjuntor de chave antigo.................................................................................................................... 109
Figura 41 - Interruptor simples................................................................................................................................. 109
Figura 42 - Interruptor com dimmer....................................................................................................................... 110
Figura 43 - Interruptor com tomada....................................................................................................................... 110
Figura 44 - Fio rígido..................................................................................................................................................... 111
Figura 45 - Cabo flexível.............................................................................................................................................. 111
Figura 46 - Eletroduto rígido...................................................................................................................................... 112
Figura 47 - Eletroduto flexível.................................................................................................................................... 112
Figura 48 - Quadro geral com disjuntores............................................................................................................ 114
Figura 49 - Quadro de disjuntor............................................................................................................................... 114
Figura 50 - Caixa de passagem.................................................................................................................................. 115
Figura 51 - Caixas elétricas 4x2” e 4x4”................................................................................................................... 116
Figura 52 - Tomadas...................................................................................................................................................... 116
2 Fundamentos de eletricidade....................................................................................................................................19
2.1 A descoberta da eletricidade...................................................................................................................20
2.2 Composição da matéria.............................................................................................................................20
2.3 Corrente elétrica...........................................................................................................................................22
2.4 Diferença de potencial ou tensão..........................................................................................................22
2.5 Potência...........................................................................................................................................................23
2.5.1 Fator de potência.......................................................................................................................24
2.6 Resistência elétrica......................................................................................................................................24
2.7 Lei de ohm......................................................................................................................................................26
2.8 Tipos de circuitos..........................................................................................................................................27
7 Noções de dimensionamento....................................................................................................................................67
7.1 Dimensionamento da carga.....................................................................................................................67
7.1.1 Tomadas........................................................................................................................................69
7.1.2 Circuitos.........................................................................................................................................70
7.2 Quadro de distribuição..............................................................................................................................70
7.3 Condutores.....................................................................................................................................................72
7.3.1 Seção mínima para condutores segundo a norma.......................................................73
7.3.2 Identificação dos condutores................................................................................................73
7.4 Disjuntores......................................................................................................................................................76
7.5 Caixas de passagem e de derivação......................................................................................................77
8 Proteção contra descargas atmosféricas - SPDA.................................................................................................81
8.1 Formação das nuvens de tempestades................................................................................................82
8.2 Surgimento do raio......................................................................................................................................82
8.3 Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA).....................................................83
9 Aterramento.....................................................................................................................................................................87
9.1 Componentes do aterramento................................................................................................................88
9.2 Ligações de aterramento...........................................................................................................................92
9.3 Condutores de proteção............................................................................................................................93
9.4 Curto-circuito.................................................................................................................................................94
Referências
Minicurrículo do Autor
Índice
Introdução
Bem-vindo ao universo das edificações! Estamos iniciando uma caminhada pelo processo
de formação técnica industrial na área da Construção Civil, estamos no módulo específico I,
do curso Técnico em Edificações, com a Unidade Curricular Projeto de Instalações Elétricas
e Especiais. Este livro tem como objetivo geral desenvolver competências para elaboração de
projeto de instalações elétricas e especiais em edificações de acordo com as normas técnicas
aplicáveis, levando em consideração princípios de construções sustentáveis, dentro dos limites
de sua responsabilidade técnica. Assim, as unidades curriculares devem ser desenvolvidas por
meio de situações de aprendizagem desafiadoras, que levem em conta os resultados profis-
sionais esperados no mundo do trabalho, com foco na gestão do processo de construção de
edificações. Para tanto é necessário proporcionar o desenvolvimento de competências para a
identificação dos componentes, tipologias e etapas de construção de uma edificação, compre-
endendo a importância da Construção Civil para a economia do país e identificando as institui-
ções dedicadas ao setor e suas funções.
Para dar conta de tantas competências, nós aprenderemos fundamentos técnicos e cien-
tíficos que nos capacitarão a compreender os processos de construção de edifícios, além de
identificar tipologias arquitetônicas e as principais funções das instituições, sindicatos e asso-
ciações do setor. Os temas abordados neste livro possibilitarão o desenvolvimento das seguin-
tes competências:
CAPACIDADES TÉCNICAS:
a) aplicar os dados coletados, de acordo com as necessidades dos clientes;
b) analisar parâmetros de conforto ambiental;
c) aplicar princípios de construção sustentável;
d) aplicar conceitos referentes a fenômenos físicos e químicos no projeto das
instalações;
e) elaborar projetos de instalações elétricas e especiais;
f) representar graficamente projetos de instalações elétricas e especiais.
Anotações:
Fundamentos de eletricidade
ÁTOMO
-
( )
-
ÉLETRON
( )
+ +
PRÓTON
+
-
( )
-
( ) -
( )
-
( )
-
( )
+ ÁTOMOS DIFERENTES -
( )
+ +
+
+
+
SE ATRAEM
+
-
( ) -
( )
-
( ) -
( )
-
( ) -
( )
-
( )
+ +
-
( )
+ +
+ +
( )- -
( )
ÁTOMOS IGUAIS
SE REPELEM
GERADOR
FALTA DE CARGA
INTERRUPTOR
DIFERENÇA DE POTENCIAL
LÂMPADA CONSUMINDO
EXCESSO DE CARGA CARGA
1 volt = 1 joule
coulomb
2.5 Potência
P=U.I
P = potência elétrica
U = tensão elétrica
I = corrente elétrica
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E ESPECIAIS
24
P = U2 P= I2
R R
A potência ativa é só uma parte da potência aparente, ou seja, existe uma fra-
ção de potência que não é transformada em outra potência e essa diferença é o
que definimos de fator de potência. Este fator de potência é como coeficientes
ou valores que adicionamos nos cálculos para fazermos os dimensionamentos de
cargas nos projetos residenciais.
Lógico que o melhor para o sistema elétrico é que os condutores não apresen-
tem resistência e, quanto melhor o condutor, menor é a resistência oferecida para
a corrente elétrica. O cobre é o metal mais utilizado por seu custo e facilidade de
obtenção, no entanto o ouro é o metal que tem a melhor condutibilidade.
R= U
I
R=ρ
A
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E ESPECIAIS
26
Onde:
R = resistência em Ohms ( Ω )
ρ =resistividade do material em ohms (mm²/m)
= comprimento em m
A = área da seção reta em mm²
U=R.I
R= U
I
Onde,
R = Resistência Elétrica em ohm (Ω)
U = Tensão Elétrica, em volt (V)
I = Corrente Elétrica, em ampère (A)
2 Fundamentos de eletricidade
27
+ -
Req = ∑ R
Req = R1 + R2 + R3 + ... + Rn
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E ESPECIAIS
28
+ -
c) circuitos mistos: neste circuito temos uma combinação dos dois tipos de
circuitos, o circuito em série e o paralelo.
2 Fundamentos de eletricidade
29
+ -
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
Anotações:
Noções de geração, transmissão e
distribuição de energia
3 Combustível fóssil:
Este processo é o mais utilizado no Brasil pela abundância dos recursos hídri-
cos2. No entanto, este método é bastante prejudicial ao meio ambiente pela gran-
de devastação de área verde. Quando a água é represada, ela vai inundando uma
área de floresta, destruindo o ecossistema daquela área, interferindo na fauna e
na flora. O desequilíbrio causado é imenso e irrecuperável e não se resume so-
mente ao local onde surge o lago artificial, mas ao resto do curso do rio. O volume
de água do rio tende a diminuir; a fauna aquática perde o seu ecossistema; espé-
cies de peixes tendem a sumir; o processo de erosão das margens do rio aumenta
e o seu leito começa a ficar raso; na foz do rio junto ao mar, o mar passa a ter mais
força que o rio, e as margens próximas à foz começam a ser invadidas pelo mar,
que não tem mais a força do rio empurrando a correnteza para longe da costa.
Este é o caso da foz do Rio São Francisco, entre os Estados de Alagoas e Sergipe.
3 Noções de geração, transmissão e distribuição de energia
35
CASOS E RELATOS
A vila de pescadores
Em uma vila de pescadores bem simples, a população sofria com a falta
de energia devido a distância para seu abastecimento. Um filho de pesca-
dor, formado em técnico em edificações, em visita aos pais, percebe essa
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E ESPECIAIS
36
A maré?
Sim, a maré! Como o movimento criado pelas ondas é constante, podem fazer
girar rotores pra gerar energia, e alguns países, como a França, já utilizam este
tipo de fonte geradora de energia.
3 Noções de geração, transmissão e distribuição de energia
37
RECAPITULANDO
Anotações:
Tipos de fontes de energia
Desde a pré-história, o homem usa ferramentas que geram energia. Essa energia era mecâ-
nica ou cinética quando ele lançava uma flecha, pois a partir da energia acumulada no arco, ao
soltar a linha, a energia cinética dava o impulso para a flecha atingir o alvo.
Mas foi a partir do momento em que o homem começa a se fixar em uma região e a cultivar
os seus alimentos e criar os animais que ele percebe que pode, através da energia potencial,
fazer gerar outros serviços. Os moinhos do Egito são um exemplo disso, pois utilizavam a cor-
renteza do rio para girar uma roda, e esta, através de baldes, enchia canaletas para irrigar ca-
nais a fim de cultivar seus cereais.
Mas foi a partir da revolução industrial que o mundo tomou consciência da necessidade da
energia para impulsionar o crescimento da civilização da era moderna.
Logo no início da revolução industrial a fonte geradora de energia era a termoelétrica. Ou
seja, a partir da queima de madeira, a produção de calor e de vapor gerava movimentos em
hélices, pistões1 e movimentava as máquinas.
Não há dúvida de que a revolução industrial associada a um sistema capitalista foi o com-
bustível certo para que novas invenções surgissem em busca de novas fontes de energia que
produzissem mais a menos custos. Surgiram então as pesquisas em cima da energia elétrica
que desde a antiguidade era conhecida, mas não com tanto conhecimento.
Depois que o conhecimento da energia elétrica estava começando a ser dominado, os cien-
tistas foram estudar como gerar a energia elétrica em grande escala.
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E ESPECIAIS
42
1 Pistões: Começamos então a ter as primeiras usinas que serviam para gerar energia.
Alguns dos combustíveis utilizados no mudo para gerar eletricidade são de re-
Peça cilíndrica que sobe e
desce dentro de um tubo cursos não renováveis, como petróleo, carvão mineral e gás natural. Mas estes,
impulsionando algum chamados combustíveis fósseis, além do seu poder de poluição, com exceção do
mecanismo.
gás natural, estão com os dias contados caso a sua exploração continue a crescer.
Daí a necessidade de incentivar novas formas de gerar eletricidade com recur-
sos renováveis.
2 Fissão:
São mecanismos
tecnológicos que
transformam a energia
produzida pelo calor do sol
em energia elétrica. Vamos agora ver os tipos de fonte de energia:
a) energia hidráulica: é a energia produzida através da força da queda-d’água
de uma grande altura. A água represada acumula uma grande energia po-
tencial e, ao ser canalizada por dutos em queda, ela se transforma em ener-
gia cinética com a sua velocidade fazendo girar rotores, os quais transfor-
mam a energia cinética em energia elétrica.
É o tipo de fonte de energia mais abundante no Brasil pelo seu grande recurso
hídrico, mas, além da destruição do meio ambiente, é uma redução que depende
do volume de água, e situações como estiagem e seca podem comprometer a
geração de energia elétrica.
b) energia nuclear: é produzida em usinas nucleares através da quebra do nú-
cleo de átomos do plutônio ou do urânio. O processo de quebra do núcleo
ou separação é chamado de fissão2 e se dá por bombardeamento de neu-
trões. Assim que há a quebra do núcleo, é liberada uma grande quantidade
de energia, que é aproveitada para gerar energia elétrica.
Este processo é muito perigoso e apresenta um grande risco para a população
devido ao seu alto poder radioativo. A radiação em excesso causa problemas de
câncer em seres vivos.
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
Anotações:
Noções de eficiência energética
Quando você acende uma lâmpada incandescente1, logo vê que ela ilumina o ambiente
porque fica claro, não é? Portanto, imagina que a energia que ela consumiu transformou toda
luminosidade em luz. Errado!
A maior parte da energia transformada pela lâmpada incandescente é energia térmica, ou
seja, aquele calor que ela emana e até nos queima se tocarmos a lâmpada.
A eficiência energética é exatamente o estudo para tentar produzir energia que seja apro-
veitada, ao máximo, pelos aparelhos em nosso cotidiano.
Quanto mais a energia for aproveitada, menos necessária será a quantidade de energia pro-
duzida. Isto parece confuso? Veja este Casos e Relatos.
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E ESPECIAIS
48
CASOS E RELATOS
Aproveitamento da energia
Marcos é uma pessoa que sempre foi ligada em conservação do meio am-
biente e quando pensou na reforma da sua residência, já começou tentan-
do achar uma maneira de conseguir um projeto elétrico que não gastasse
tanta energia, uma vez que quanto mais energia se usa maior será a conta
elétrica. No entanto, fazendo esta pesquisa de como economizar, soube
por um amigo, técnico em edificações que trabalhava numa concessionária
de energia elétrica, no setor de inovação, que uma das maneiras de eco-
nomizar na conta de energia é através da utilização correta de lâmpadas
elétricas que realmente iluminem o ambiente usando toda a energia pos-
sível para gerar a quantidade de luz necessária. Como assim? É fácil! Uma
lâmpada incandescente, para produzir luminosidade, gasta muito mais
energia do que deveria. Parte da energia consumida pela lâmpada incan-
descente é realmente transformada em luz, a outra parte é transformada
em calor, e isto faz com que a lâmpada não seja eficiente. Outras lâmpadas
mais modernas, como as de LED, transformam a energia que ela consome
em luz, assim não haverá perda de energia. Lembre que, para gerar energia
elétrica, o meio ambiente sofre algum impacto e esta era a maior preocu-
pação de Marcos que queria uma economia de energia sem agredir o meio
ambiente. Assim, Marcos resolveu investir em um novo projeto com inova-
doras tecnologias em lâmpadas.
RECAPITULANDO
Anotações:
Desenho de instalações elétricas
O desenho é a forma que temos para nos comunicar com os diversos profissionais que tra-
balham com eletricidade, seja engenheiro, técnico em edificações, eletricista ou qualquer ou-
tro profissional que necessite de informações sobre o que foi projetado.
Para isto, precisamos identificar os símbolos que utilizamos nas plantas elétricas onde está
o dimensionamento do projeto. A norma NBR 5444 é a que orienta quanto à utilização dos
símbolos nos projetos.
6.1 Simbologias
Indicar a altura e
Caixa de passagem na se necessário fazer
5.16
parede detalhe (dimensões
em mm)
5.17 Eletroduto que sobe
I - Luz e força
IV - Especiais (CO-
MUNICAÇÕES)
Condutor seção 1,0
5.21.1
mm2, fase para campainha
Condutor seção 1,0
5.21.2 mm2, neutro para cam- Se for de seção
painha maior, indicá-la
Condutor seção 1,0
5.22 mm2, retorno para cam-
painha
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E ESPECIAIS
56
QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO
Nº SÍMBOLO SIGNIFICADO OBSERVAÇÕES
Quadro parcial de luz e
6.1
força aparente
Quadro parcial de luz e
6.2
força embutido
Quadro geral de luz e Indicar as cargas
6.3
força aparente de luz em watts e de
Quadro geral de luz e força em W ou kW
6.4
força embutido
6.5 Caixa de telefones
INTERRUPTORES
Nº SÍMBOLO SIGNIFICADO OBSERVAÇÕES
Interruptor de um A letra minús-
7.1 seção cula indica o ponto
comandado
Interruptor de duas As letras minús-
7.2 seções culas indicam os
pontos comandados
Interruptor de três As letras minús-
7.3 seções culas indicam os
pontos comandados
Interruptor paralelo A letra minús-
7.4 ou Three-Way cula indica o ponto
comandado
Interruptor inter- A letra minús-
7.5 mediário ou Four-Way cula indica o ponto
comandado
Botão de minutaria
7.6
Lâmpada de sinali-
8.10
zação
Refletor Indicar potên-
8.11 cia, tensão e tipo de
lâmpadas
Pote com duas lu- Indicar as potên-
8.12 minárias para iluminação cias, tipo de lâmpa-
externa das
Lâmpada obstáculo
8.13
Motobomba para
bombeamento da reserva
8.17
técnica de água para com-
bate a incêndio
6 Desenho de instalações elétricas
59
TOMADAS
Nº SÍMBOLO SIGNIFICADO OBSERVAÇÕES
Tomada de luz na
9.1 parede, baixo (300 mm do A potência de-
piso acabado) verá ser indicada ao
Tomada de luz a meio lado em VA (exceto
9.2 a altura (1.300 mm do piso se for de 100 VA),
acabado) como também o nº
Tomada de luz alta do circuito corres-
9.3 (2.000 mm do piso acaba- pondente e a altura
do) da tomada, se for
Tomada de luz no piso diferente da norma-
9.4
lizada; se a tomada
Saída para telefone for de força, indicar
9.5 externo na parede (rede o nº de W ou kW
Telebrás)
Saída para telefone
9.6 externo na parede a uma Especificar “h”
altura “h”
Saída para telefone in-
9.7 terno na parede
Relógio elétrico no
9.11
teto
Relógio elétrico na
9.12 parede
Campainha
9.16
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E ESPECIAIS
60
Estes símbolos são encontrados na norma NBR 5444. Nem sempre os projetos
nos escritórios de engenharia seguem essa padronização, mas, de forma geral,
estes símbolos são apresentados sempre com legendas nas plantas dos projetos,
o que facilita a compreensão.
6.2 Plantas
LAVANDERIA
- 2- SALA BANHEIRO
5400 VA
100 VA - 2-
100 VA - 7- 7
6 mm3 1 25mm
2 6
AL
6 1d-1- D
-1- B 60 VA G
10mm3 150 VA 2 x 40 VA
1b 2 1 2 600 VA
- 2- -6- 6 1E
d
600 VA
100 VA
E
7 6 1 c
25mm 1 1a
100 VA E 5
- 2- 35mm 100 VA
- 1-
b
- 2 - 100 VA c COZINHA - 5- - 3-
1c f
1 2 3 4 5 2500 VA 600 VA
2 1a
1f
25mm
2 3 5
F
c 1 3 4 5
- 1-
- 1- A 3
2 100 VA
2 x 40 VA - 1- 150 VA
25mm
2 100 VA 4
4
2 - 4- - 3-
-2- - 4-
GARAGEM 100 VA -2- 600 VA 600 VA
DORMITÓRIO
6.3 Cortes
Os cortes apresentam as paredes vistas de frente. Nos cortes podemos ter in-
formações de alturas de pontos como as tomadas, as caixas de distribuição, caixas
de passagem, quadros etc.
-1- 60W
1a
1a a
a
-1- 60W
1a
-2-
1 2 a
Vem
do QD
2,5 -1- 60W
2 1a 2
1a 2
a
2,5
2,5
2
2,5 -2-
CASOS E RELATOS
6.4 Detalhes
50 250 50
ELETRODUTO
1/ 10mm = 23/42 TAMPA DE CONCRETO
CONECTOR
MURO
250
50
3000
PASSEIO
HASTE
ø13mm
DETALHE DE ENTRADA
Haste
CONECTOR
OBS: COTAS EM MILÍMETROS
COM MEDIÇÃO TRIFÁSICA
MEDIÇÃO TRIFÁSICA - INSTALAÇÃO EM MURO
6.5 Diagramas
QD-1 C.4
3#10(10)10 40A 3#10(10)10 Ø 2,5 20A Ø 2,5
C.5
ø11/2’ ø11/2’ Ø 2,5 20A Ø 2,5
C.6
Ø 2,5 20A Ø 2,5
C.7
Ø 2,5 20A Ø 2,5
C.8
3#10(10) 3#10(10) 50A 3#10(10) Ø 2,5 20A Ø 2,5
C.9
ø11/2’ ø11/2’ ø11/2’
M
São quadros que ficam embutidos nas paredes, na maior parte em muros com
o aparelho medidor de energia. São padronizados pelas empresas fornecedoras
de energia.
Estes quadros contêm medidores que servem para contabilizar o consumo de
energia durante um período determinado, que é o de um mês, para então a em-
presa de fornecimento de energia fazer a cobrança.
Em alguns locais são conhecidos como relógio medidor de energia. A fiação
chega do poste até o medidor, e deste é distribuída até o quadro de distribuição
ou quadro de disjuntores, que fica em local próximo ou dentro da residência.
Em alguns prédios, nos quais seja necessário ter mais de um medidor porque
terá mais de um consumidor, os medidores terão que ter um local específico so-
mente para os medidores e inclusive com proteção. Caso seja em local fechado,
não deve ser sem ventilação e o seu acesso deve ser restrito. Além disso, o local
deve ser reservado exclusivamente para medidores, não podendo ser utilizado
para outras funções.
RECAPITULANDO
Anotações:
Noções de dimensionamento
Vamos agora ver como é feito um dimensionamento de um projeto elétrico para uma resi-
dência.
LAVANDERIA
- 2- SALA BANHEIRO
5400 VA
100 VA - 2-
- 7- 7
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E ESPECIAIS
100 VA
6 mm3 1 25mm
2 6
AL
6 1d-1- D
-1- B 60 VA G
3
10mm 150 VA 2 x 40 VA
1b 2 1 2 600 VA
- 2- -6- 6 1E
d
600 VA
100 VA
E
7 6 1 c
25mm 1 1a
100 VA E 5
- 2- 35mm 100 VA
- 1-
b
- 2 - 100 VA c COZINHA - 5- - 3-
1c
2 1a
1f
25mm
2 3 5
F
c 1 3 4 5
- 1-
- 1- A 3
2 100 VA
2 x 40 VA - 1- 150 VA
25mm
2 100 VA 4
4
2 - 4- - 3-
-2- - 4-
GARAGEM 100 VA -2- 600 VA 600 VA
DORMITÓRIO
7 Noções de dimensionamento
69
7.1.1 Tomadas
Vamos calcular a carga das tomadas desta residência como mostra o projeto:
100 VA
100 VA
Sala 150 VA 550VA
100 VA
100 VA
2500 VA
600 VA
600 VA
600 VA
100 VA
Dormitório 100 VA 300 VA
100 VA
5400 VA
Sanitário 60 VA 6060 VA
600 VA
12.240 VA
7.1.2 Circuitos
Então, teremos:
7.3 Condutores
Os condutores são os fios e cabos que servem para conduzir a energia elétrica
nas instalações. Eles ligam os disjuntores até as tomadas, os interruptores e os
pontos de iluminação.
Nas instalações prediais, os condutores são de cobre, pela sua boa condutibili-
dade, ou seja, capacidade de conduzir a corrente elétrica.
Os condutores para atender a sua finalidade, que é conduzir corrente elétrica
suficiente para o circuito, deve ter uma seção que suporte a corrente daquele cir-
cuito. E o que significa seção do condutor? Seção é a área do condutor. Imagine
um corte do condutor e você verá um círculo. A seção é este círculo.
SEÇÃO DO CONDUTOR
Condutor NEUTRO:
a) circuitos de iluminação: 1,5 mm²;
b) circuitos de tomadas; 2,5 mm².
Condutor de proteção:
a) seção menor ou igual a 16 mm² : igual a do condutor FASE;
b) seção maior do que 16 e menor que 35 mm² : igual ao condutor 16 mm²;
c) seção maior do que 35 mm² : igual à metade da seção do condutor FASE.
Para facilitar a identificação dos condutores, já que sabermos quais são os FA-
SES e os NEUTROS e os de PROTEÇÂO, usamos diferentes cores, conforme a figura
abaixo.
NEUTRO
OU PROTEÇÃO
OU
FASE
CASOS E RELATOS
CIRCUITO 01:
U = 700 VA
I = 5,5 A
I = 700 = 5,5 A
127
ME = A x m
Assim com a corrente I = 5,5 A, temos para dois condutores carregados o valor
de seção de 0,75mm² para os 13m.
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E ESPECIAIS
76
7.4 Disjuntores
CIRCUITO DISJUNTOR
Circuito 01 - 5,5 A 10
Circuito 02 - 19,6 A 20
Circuito 03 - 9,4 A 10
Circuito 04 - 5,5 A 10
Circuito 05 - 4,7 A 10
Circuito 06 - 42,5 A 50
Circuito 07 - 4,7 A 10
Circuito 08 - 3,1 A 10
Circuito 09 - 1,1 A 10
Quadro 4 - Circuito e seu respectivo disjuntor
Fonte: SENAI, 2013.
10A
50A
20A
10A
60A 10A
10A
10A
10A
10A
As caixas de passagem são feitas para receber uma grande quantidade de fios
ou cabos e têm a finalidade de auxiliar na hora de instalar os fios nos eletrodutos
para facilitar a sua passagem.
Quando fazemos uma instalação elétrica, primeiro precisamos fazer a ligação
da energia que está passando pelo poste da rede pública até o quadro geral da
residência. Neste quadro geral, temos um disjuntor geral fazendo a proteção de
toda a instalação, no nosso exemplo, é o disjuntor de 60 A desse quadro, fazemos
a proteção do sistema com o aterramento, assunto que será visto mais adiante.
A partir deste quadro geral é que fazemos a ligação para o quadro de distribui-
ção que está posicionado no interior de residência.
Como temos nove circuitos e desses nove circuitos temos 27 cabos, 2 fases e
1 neutro, é necessário que tenhamos caixas para facilitar a passagem dos cabos
dentro dos eletrodutos.
Dimensionamos as caixas de acordo com a quantidade de cômodos que tere-
mos que atender no circuito. Exemplo do circuito 01, onde temos as tomadas da
sala, quarto e varanda, precisaremos de 3 caixas de passagem: uma para puxar os
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E ESPECIAIS
78
cabos da sala, outra no quarto para os cabos das tomadas do quarto, e uma para
a varanda e puxar os cabos da tomada da varanda.
Importante saber que, se a seção dos cabos for suficientemente pequena, per-
mitindo puxar os cabos sem nenhuma dificuldade, é aconselhável não utilizar a
caixa de passagem, uma vez que quanto menos caixa de passagem tiver na pare-
de da residência melhor a estética da instalação. Portanto, a quantidade de caixas
de passagens será proporcional à dificuldade para a instalação dos cabos.
RECAPITULANDO
Anotações:
Proteção contra descargas
atmosféricas - SPDA
Antes de falarmos sobre proteção de descargas atmosféricas, vamos conhecer as suas ca-
racterísticas e como se formam.
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E ESPECIAIS
82
TROVÃO
ENCONTRO DO DESCARGAGA DESLOCAMENTO FORMADO DO
RAIO DESCENDENTE RAIO DESCENDENTE INTENSA E DE DE AR NO DESLOCAMENTO
LIDER ESCALONADO COM O RAIO GRANDE INTERIOR DO DE AR
ASCENDENTE LUMINOSIDADE RAIO
O SPDA é um sistema que serve para proteger as edificações dos efeitos dos
raios ou descargas atmosféricas. O sistema tem três componentes:
a) captor: é um elemento metálico que fica no ponto mais alto da edificação e
que tem a finalidade de concentrar as cargas elétricas positivas criando um
campo elétrico para atrair o raio descendente ou raio escalonado;
b) condutor de descida: é o componente também metálico que faz a ligação
do captor, fazendo uma linha, conduzindo a corrente da descarga até o sis-
tema de aterramento;
Este condutor deve estar fixado e com isolantes, separando-o da edificação
para não haver transferência de descarga pelos elementos da edificação.
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E ESPECIAIS
84
CAPTOR
CONDUTOR
DE
DESCIDA
ATERRAMENTO
CASOS E RELATOS
Dia de tempestade
Em um dia de muita chuva, começou uma tempestade com bastantes raios
e trovões. Os trovões ecoavam pelo céu por causa das descargas transmi-
tidas pelo raio. Em dado momento, um raio atingiu um edifício que estava
desprotegido, no entanto o seu sistema de aterramento era muito antigo e
o condutor de descida estava rompido e não conduziu a descarga até o ater-
ramento. Aconteceu que todas as instalações dos apartamentos tiveram
danos. Muitos perderam geladeira, televisores, aparelhos de som. Outros
moradores receberam a descarga e passaram mal. Infelizmente tudo isto
aconteceu por imprudência da administração do condomínio que não deu
a atenção necessária ao equipamento de SPDA. O equipamento de aterra-
mento é muito importante e deve ter manutenção constante. A segurança
dos moradores deve ser considerada como principal item de manutenção
do prédio. Depois que houve todo o prejuízo, tomaram as providências.
Depois de ter corrigido todo o SPDA, a administração teve que reparar os
danos também nas instalações do prédio e dos apartamentos.
RECAPITULANDO
A NBR 5410: 2008 determina as condições para que o aterramento realmente exerça a sua
função que é de proteger o sistema de sobrecargas e oferecer segurança contra choques elétri-
cos em pessoas e animais, além de proteger os equipamentos em uso nas edificações.
Eletrodos de aterramento
O eletrodo é a haste de cobre que fica enterrada no solo para transferência da
carga elétrica.
Podemos ter um eletrodo ou mais de um eletrodo ligado entre eles. Os eletro-
dos devem ter pouca resistividade, ou seja, a corrente deve percorrer sem proble-
mas pela haste, por isso é utilizado o cobre como material das hastes porque tem
baixa resistividade e alta condutibilidade.
9 Aterramento
89
Outra característica é a resistividade do solo que também tem que ser muito
pequena. O solo apresenta uma característica de ter a sua resistividade alterada
de acordo com o material de composição do solo e de fatores de umidade.
No projeto elétrico de uma edificação, a quantidade de eletrodos será prevista
diante da necessidade de proteção do sistema elétrico dimensionado, além de se
definir o melhor local para instalar o aterramento.
Para o aterramento temos três esquemas TN, TT e IT, que veremos a seguir:
a) esquema TN – S: neste esquema os condutores neutro e de proteção são
ligados ao solo separadamente.
N
PE
N
PE
Figura 24 - Esquema TN – C
Fonte: SENAI, 2013.
N
PE
Figura 25 - Esquema TN – C – S
Fonte: SENAI, 2013.
N
PE
PE
Figura 26 - Esquema TT
Fonte: SENAI, 2013.
PE
Figura 27 - Esquema IT
Fonte: SENAI, 2013.
CAIXA DE INSPEÇÃO
TUBO
FIO
BRAÇADEIRA
HASTE DE COBRE
CASOS E RELATOS
O aterramento
Bruno comprou a residência dos seus sonhos, investiu o que tinha para
comprá-la e logo em seguida se mudou com toda a família. Pouco tempo
depois, Bruno percebeu que alguns equipamentos estavam dando choque,
pequenos, mas eram perceptíveis. Como conhecia um pouco de eletricida-
de, logo imaginou que algo de errado foi feito na instalação. Bruno chamou
um técnico que trabalhava numa construtora para dar uma olhada e dizer o
9 Aterramento
93
que estava acontecendo de fato. O técnico, que se chamava Igor, logo per-
cebeu que a instalação, apesar de bem feita, não possuía um aterramento
adequado. Igor descobriu que o aterramento foi feito de maneira impró-
pria com uma haste de ferro, ao invés de cobre, e que o condutor de ligação
estava conectado de forma irregular na instalação, o que não permitia a
fuga de carga para o solo. Bruno resolveu fazer o projeto do aterramento
e chamou um eletricista que realmente trabalhasse com responsabilidade
e que pudesse confiar no serviço. Assim, contratou um eletricista indica-
do por Igor e começou a execução do aterramento seguindo o projeto de
Igor. Assim que terminou o serviço, Bruno percebeu que os choques não
mais ocorreram, ficando mais seguro com relação aos aparelhos elétricos
da casa.
São os fios ou cabos que fazem a ligação da haste com o circuito. Eles devem
ser feitos em cobre pelo mesmo fato da braçadeira, ou seja, para que não galvani-
zem as superfícies de contato e não sofram corrosão.
O cabo deve vir sempre dentro de dutos apropriados para fiação elétrica e
sempre encapados. Devem sempre passar pelo duto até as caixas de passagens,
que são caixas em alvenaria no piso onde uma parte da haste fica exposta para
possibilitar a conexão do cabo com a haste por meio de uma braçadeira de cobre.
Nunca se deve fazer um aterramento diretamente no solo com a ligação apa-
rente, pois este procedimento é perigoso, havendo risco de choques, além de au-
mentar as chances de corrosão dos materiais. Como o aterramento é um sistema
de proteção, deve ser feito seguindo as normas para garantir que cumpriu a sua
função.
A norma 5410 diz que um condutor de proteção pode servir a outros circuitos
ao mesmo tempo, mas os circuitos devem estar em um mesmo eletroduto.
Além do aterramento, temos o condutor neutro. Este condutor neutro perten-
ce ao circuito, criando um equilíbrio de todo o sistema da instalação elétrica. Em
cada circuito elétrico, temos um condutor neutro, que sai do quadro de distribui-
ção. E nunca um condutor neutro pode servir a vários circuitos.
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E ESPECIAIS
94
9.4 Curto-circuito
curto-circuito
carga
Quando a corrente passa pelo caminho mais curto, ela aumenta a sua intensi-
dade e, como a seção do fio foi prevista para um corrente menor, esse fio aquece,
derrete a proteção, ou seja, a capa dos fios fica desprotegida, e um fio acaba en-
costando no outro, saindo, neste momento, a faísca que pode provocar o incên-
dio.
É por isso que temos que usar materiais de qualidade e seguir exatamente o
que o projeto determina para que não ocorram surpresas.
9 Aterramento
95
RECAPITULANDO
10
Instalações especiais são todas as instalações que podem ser usadas nas edificações tanto
residenciais como comerciais, a exemplo das instalações telefônicas, de sonorização de detec-
ção de incêndio, de sinais de TV e de sistemas de controle patrimonial.
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E ESPECIAIS
98
A tubulação para telefonia deve ser exclusiva, não podendo passar fios de ali-
mentação de energia. Os projetos de telefonia devem ser aprovados pela empre-
sa de telefonia, ou seja, a concessionária1 e somente os funcionários da empresa
é que fazem a ligação.
No projeto de telefonia deve estar previsto o aterramento para proteção de
descargas atmosféricas, evitando choques nos usuários e danos nos equipamen-
tos.
10 Reapresentação gráfica de instalações especiais
99
POSTE
LAVANDERIA
SALA BANHEIRO
LEGENDA
TOMADA TELEFÔNICA
CAIXA DE DISTRIBUIÇÃO
TUBULAÇÃO SOBE
TUBULAÇÃO DESCE
COZINHA
GARAGEM DORMITÓRIO
10.2 Sonorização
POSTE
BANHEIRO
LEGENDA
TUBULAÇÃO 3/4’’
CONSULTÓRIO 1
CONSULTÓRIO 2
GARAGEM
POSTE
BANHEIRO
LEGENDA
TUBULAÇÃO 3/4’’
DETECTOR DE FUMAÇA
RECEPÇÃO
CONSULTÓRIO 3
CAMPANHIA DE INCÊNDIO
CONSULTÓRIO 1
CONSULTÓRIO 2
GARAGEM
POSTE
BANHEIRO
LEGENDA
TUBULAÇÃO 3/4’’
PONTO DE
ANTENA / CABO
RECEPÇÃO
CONSULTÓRIO 3
CONSULTÓRIO 1
CONSULTÓRIO 2
GARAGEM
CASOS E RELATOS
Representação de projetos
Em um escritório de uma construtora, que possuía três filiais em estados
diferentes do Brasil, havia um volume muito grande de projetos, sendo ne-
cessário, em muitos casos, fazer a troca de projetos e informações. No en-
tanto, foi detectado um grande problema: as formas de representação grá-
fica dos projetos. Surgiu a necessidade de se fazer uma uniformização de
simbologia, seguindo a norma. Este processo gerou um problema de adap-
tação, porque um setor teve que ser criado somente para elaborar uma
forma de unificar toda a linguagem de representação gráfica com estudos
minuciosos das normas de representação gráfica, para que os projetos não
tivessem nenhum tipo problema com relação à legalização nos órgãos de
prefeituras. Para este setor, a empresa contratou dois técnicos que enten-
dessem de projetos elétricos e que sabiam interpretar as normas. Ao final
de todo o processo implantado na empresa, os resultados foram analisados
pelos supervisores, que diagnosticaram que o investimento neste novo se-
tor e na nova forma de representação gráfica da empresa estava valendo
a pena, pois começaram a diminuir os erros de interpretação de projetos
e, consequentemente, os erros na obra, que geravam desperdício e gastos
desnecessários. Dessa forma, a mudança resultou num melhor rendimento
do trabalho e da qualidade.
POSTE
BANHEIRO
LEGENDA
TUBULAÇÃO 3/4’’
PONTO DE
ANTENA / CABO
RECEPÇÃO
CONSULTÓRIO 3
CONSULTÓRIO 1
CONSULTÓRIO 2
GARAGEM
RECAPITULANDO
11
11.1 Disjuntores
Figura 38 - Disjuntores
Fonte: WIKIMEDIA COMMONS, 2008, 2010, 2012 (Adaptado).
11.2 Interruptores
1 Corrugado:
11.3 Condutores
São os cabos ou fios que usamos para conduzir a eletricidade até os compo-
nentes.
Os cabos utilizados nas instalações elétricas residenciais e prediais são de co-
bre revestido com PVC para proteção.
Temos dois tipos de condutores mais utilizados nas instalações prediais. O fio
rígido é um único fio de cobre revestido para evitar perda de carga e também
proteção contra curto-circuito. Este fio possui a instalação mais complicada por se
tratar de um condutor que não apresenta tanta flexibilidade, principalmente na
hora de passar este cabo por dentro das tubulações, nas quais sempre há curvas
e, quando estas curvas não são suaves, o fio acaba ficando preso e difícil de passar.
11 Materiais e componentes dispositivos de comando, condutores, eletrodutos e acessórios
111
11.4 Eletrodutos
São os tubos por onde passam os cabos ou os fios. Através dos eletrodutos os
cabos são conduzidos por todo o prédio. Eles conduzem os cabos inicialmente do
quadro geral até a caixa de distribuição dentro do prédio, e da caixa de distribui-
ção até as tomadas, os pontos de luz e os interruptores.
Podemos ter eletrodutos rígidos e flexíveis.
Eletrodutos Rígidos: são aqueles tubos de PVC de cor preta, usados para a
distribuição geral, ou seja, do quadro geral até a caixa de distribuição, porque os
fios são mais grossos e apresentam mais dificuldade para deslizar no interior de
um eletroduto flexível corrugado1.
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E ESPECIAIS
112
FLEXÍVEL
RODUTO
T
ELE
ELE T R O
D
UT
O FLEXÍVEL
FLEXÍVEL
ODUTO
TR
ELE
ELE T R O
D
UT
O FLEXÍVEL
CASOS E RELATOS
Instalação elétrica
A senhora Helena possuía uma casa de veraneio e decidiu fazer uma refor-
ma para ampliar a casa e poder receber os filhos e amigos no período de
veraneio, mas por se tratar de uma casa de veraneio, Helena achou que não
deveria investir muito dinheiro na compra dos materiais elétricos, princi-
palmente porque são itens muito caros na construção. No entanto, sua filha
Cecília que fazia o curso técnico em edificações aprendeu com o professor
de instalações elétricas que a utilização de materiais de boa qualidade e
dentro do especificado pela norma era uma garantia de um projeto sem
problemas no futuro se este tiver sido feito corretamente. Então Cecília
argumentou com a mãe e conseguiu convencê-la a comprar um produto
mais confiável. É claro que Helena percebeu que a compra resultou num or-
çamento maior do que o previsto. Mas na hora da compra ela pôde compa-
rar os produtos e, mesmo sendo leiga no assunto, percebeu a diferença do
material. Chegando à casa, ela comentou com Cecília sobre essa diferença
e, finalmente, entendeu o motivo pelo qual as instalações antigas deram
tanto problema. Portanto, nunca mais pensará em economia sem critérios.
11.5 Acessórios
Quadro geral
Caixa onde acoplamos os disjuntores gerais da instalação. Ficam situados pró-
ximos à entrada da edificação, geralmente, em área externa para facilitar a instala-
ção por parte das companhias fornecedoras de energia. Nestes quadros também
são feitos aterramentos como medidas de proteção para toda a instalação.
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E ESPECIAIS
114
São caixas de tamanho 4x4” instaladas nas paredes, geralmente usadas para
fazer alguma mudança de caminho para a fiação e facilitar também a passagem
quando a distância entre o disjuntor e o ponto elétrico (tomada, interruptor) é
muito grande.
Temos também as caixas para os pontos de luz no teto, que são circulares e
colocadas na laje do cômodo, servindo para trazer os cabos e fios até o ponto
onde vai ficar a luminária.
11.9 Tomadas
Figura 52 - Tomadas
Fonte: SENAI, 2013.
11 Materiais e componentes dispositivos de comando, condutores, eletrodutos e acessórios
117
RECAPITULANDO
12
Temos o catálogo brasileiro de normas, conhecido como ABNT - sigla para definir Associa-
ção Brasileira de Normas Técnicas - que determina todos os parâmetros de tudo que é produ-
zido no país, oferecendo as características destes produtos e garantindo a qualidade deles.
Nos projetos elétricos, a ABNT não deixou de existir, pelo contrário, ela determina como
proceder para o dimensionamento e especificação dos projetos e de sua execução.
Temos três normas que nos dão as orientações, estabelecendo parâmetros para serem ri-
gorosamente seguidos:
a) NBR 5410 – instalações elétricas de baixa tensão: esta norma determina todos os con-
ceitos que fazem parte de uma instalação elétrica. Desde os nomes de componentes a
tipos de instalações que podem ocorrer numa edificação.
Em toda norma, a preocupação com os critérios corretos para uma instalação é fundamen-
tal para garantir que o projeto e a instalação estejam dentro da segurança;
b) NBR 5444 – símbolos gráficos para instalações elétricas prediais: esta norma tem
como critério estabelecer uma única forma de representação gráfica que atenda a todo
tipo de projeto elétrico em qualquer tipo de edificação. A necessidade de ter uma lin-
guagem gráfica única é fundamental para garantir que os projetos sejam interpretados
corretamente, que não haja uma interpretação duvidosa. O bom funcionamento de uma
instalação começa com a interpretação correta do projeto, sendo assim, o que foi preten-
dido no projeto deve realmente ser executado.
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E ESPECIAIS
120
Infelizmente alguns símbolos usados nos projetos não respeitam o que manda
a norma. Alguns escritórios ou profissionais adotam símbolos aleatórios, sem a
preocupação de formar uma identidade da simbologia gráfica;
CASOS E RELATOS
O emprego da norma
Carlos era um proprietário de uma residência que precisava fazer uma re-
forma. Ele fez uma pesquisa de mercado para contratar uma equipe que
tivesse um bom custo para a reforma, ficando em dúvida entre duas equi-
pes. Uma delas, que tinha o maior orçamento, estava fazendo uma obra
na mesma rua da sua residência, mas, mesmo assim, ele não contratou e
entregou a reforma para a equipe que tinha o menor preço. A obra estava
ocorrendo bem, com todos os serviços feitos, inclusive o projeto elétrico.
No entanto, com menos de seis meses, a parte elétrica da residência co-
meçou a dar problema. Preocupado, Carlos foi atrás do técnico que tinha
dado o orçamento anterior para a reforma, e o técnico fez uma revisão no
projeto e logo diagnosticou os problemas, informando a Carlos que seu
projeto não funcionou porque muita coisa estava fora da norma e, por isso,
o circuito não estava aguentando, ocasionando vários curto-circuitos. Será
necessário agora refazer o projeto todo e inclusive redimensionar os cabos
porque eles estão muito finos para a carga atual do circuito.
Carlos percebeu que por não ter feito o projeto com um profissional que
usasse a norma como orientação teve um prejuízo muito maior que a dife-
rença do preço do orçamento.
Aplicativos computacionais para
projetos de instalações elétricas e
especiais prediais
13
O aplicativo serve para diminuir o nosso tempo de execução de trabalho, serve para garan-
tir a menor possibilidade de erros, além da praticidade de se fazer simulações de dimensiona-
mento para ver qual é a melhor solução para atingirmos um projeto eficiente.
Muitos softwares já fazem inclusive modelo gráfico, ou seja, a planta do projeto elétrico ou
de telefonia. Isto já é um grande facilitador, pois assim que o software é alimentado com os
dados para o projeto, já fornece alguns modelos de execução.
Alguns softwares podem armazenar informações e dimensões que constam nos códigos
municipais ou companhias de energia do município, o que facilita ainda mais o processo de
dimensionamento.
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E ESPECIAIS
124
CASOS E RELATOS
O software de eletricidade
Em um escritório de engenharia, havia um departamento comandado por
um engenheiro eletricista chamado Anselmo. Este departamento atendia
tranquilamente à quantidade de projetos elétricos que apareciam no escri-
tório. No entanto, o escritório começou a receber um número muito maior
de projetos e começou a ter atrasos na entrega. Então Marcelo, o técnico em
edificações que trabalha no departamento, sugeriu comprar um software
de elétrica, mas Anselmo ficou na dúvida pelo custo do software, mas Mar-
celo conseguiu mostrar que a quantidade de projetos que iriam ser feitos
em menos tempo compensaria o custo inicial e que a quantidade de pro-
fissionais seria a mesma porque, mesmo ele agilizando o dimensionamen-
to, ainda seria necessário ter um técnico ou profissional manuseando as
informações para serem inseridas no software. Com estes argumentos, An-
selmo aceitou a sugestão e os levou até os sócios, que compraram o sof-
tware. Marcelo, como conhecia mais o software, começou a treinar a todos
do departamento, inclusive Anselmo, que ficou bem impressionado com a
agilidade e com o rendimento do departamento, colocando Marcelo como
supervisor dos projetos produzidos no software.
RECAPITULANDO
ABNT NBR 5410: instalações elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro: 2004. Versão Corrigida: 2008.
______. NBR 5444: símbolos gráficos para instalações elétricas prediais. Rio de Janeiro, 1988.
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LIVI, Celso Pohlmann. Fundamentos de fenômenos de transporte: um texto para cursos básicos.
Rio de Janeiro: LTC, 2004.
MONTENEGRO, Gildo A. Ventilação e Cobertas. São Paulo: Edgard Blücher, 2003.
MOREIRA, Vinicius de Araújo. Iluminação elétrica. São Paulo: Edgard Blücher, 2001.
NEGRISOLI, Manuel E.M. Instalações elétricas: projetos prediais. São Paulo: Edgard Blücher, 2004.
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wiki/File:Plastic_tubing.jpg>. Acesso em: 18 set. 2013.
Minicurrículo do Autor
A
âmbar 20
C
células fotovoltáicas 43
combustíveis fósseis 35
concessionária 98
corrugado 111, 112
D
descampado 82
F
filamento 23
fissão 42
L
lâmpada incandescente 47, 48
P
pistões 41
R
recursos hídricos 34
reverberação 99
rotores 34, 36
S
separação dielétrica 82
shafts 84
supersônica 83
SENAI – Departamento Nacional
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
Diana Neri
Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros
Marcelle Minho
Coordenação Educacional
André Costa
Coordenação de Produção
Iumara Rodrigues
Joseane Maytê Sousa Santos
Revisão Ortográfica e Gramatical
Antonio Ivo Ferreira Lima
Fabio dos Santos Passos
Leonardo Silveira
Diagramação e Fechamento de Arquivo
FabriCO
Ilustrações e Design Educacional
i-Comunicação
Projeto Gráfico