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Operações:

Manufatura e Serviços
A função produção, entendida como o conjunto de atividades que levam à
transformação de um bem tangível em um outro com maior utilidade,
acompanha o homem desde sua origem.
Quando polia a pedra a fim de transformá-la em utensílio mais eficaz, o
homem pré-histórico estava executando uma atividade de produção.

Operações
Operações compõe o conjunto de todas as atividades da empresa relacionadas
com a produção de bens e/ou serviços.
As operações podem variar em função do seu volume, variedade, demanda,
contato com o consumidor.
Manufatura x Serviços
Bens
Tangível
Pode ser estocado
A produção precede o consumo
Baixo nível de contato com o consumidor
Pode ser transportado
A qualidade é evidente

Serviços
Intangível
Não pode ser estocado
A produção e o consumo são simultâneos
Alto nível de contato com o consumidor
Não pode ser transportado
É difícil julgar a qualidade

Competitividade
Uma empresa é competitiva quanto seu produto ou serviço apresenta
condições de disputar com outros fornecedores a preferência do mercado
consumidor.
A capacidade de competir normalmente varia ao longo do tempo e não são
raros os exemplos de empresas que perdem tal capacidade e são expulsas do
mercado.
À medida que crescem as vantagens competitivas de uma empresa, aumenta
sua parcela do mercado.
Assim, em uma situação normal de mercado oligopolista, uma empresa só
sobrevive enquanto mantém alguma vantagem competitiva sobre seus
concorrentes.
Quanto mais vantagem, tanto melhor.
É evidente que uma empresa pode ser competitiva em um mercado e não o ser
em outro.
Para ser competitiva, a empresa deve estabelecer uma estratégia de ação para
atuar em mercados locais, regionais ou globais.
Quanto maior o raio de sua atuação, tanto maior deverá ser sua capacidade
competitiva ou, vale dizer, suas vantagens competivivas.

Estratégias Competitivas
O planejamento estratégico das empresas tem, entre outros, o objetivo de fixar
diretrizes de atuação nas áreas:
Administrativa
Financeira
De Marketing
De Manufatura
O planejamento estratégico visa dar à empresa uma ou mais vantagens
competitivas.
Assim uma empresa pode obter uma vantegem competitiva a partir de uma
estratégia financeira adequada, o mesmo valendo para as outras áreas.
Exemplos de estratégias competitivas:
Informatização
Desmobilizações
Qualidade total
Aquisiçõe
Incentivos
Projeção da demanda
Robotização.
Informatização
Dispor de um sistema de informações altamente computadorizado que
permita agilidade e precisão nas informações, antecipando-se aos
concorrentes em suas decisões.
Desmobilizações
Vender imóveis e/ou empresas a fim de aumentar seu capital de giro ou
concentrar-se em um menor número de produtos ou processos
produtivos.
É uma seleção de vocações.
Qualidade total
Obter vantagem competitiva através da comercialização de produtos de alta
qualidade.
Aquisições
Obter vantagem competitiva através da aquisição de empresas que
disponham de melhor tecnologia ou algum outro tipo de vantagem.
Incentivos
Buscar a vantagem através do envolvimento maciço de seus colaboradores,
por meio de uma maior motivação para obtenção de resultados.
Projeção da demanda
Obter vantagem através da utilização de técnicas de projeção de demanda
tão precisas que lhe permitam conseguir margens de erro de estimativa
muito baixas, propiciando-lhe indiretamente um menor custo.
Robotização
Obter vantagem através da automação das linhas de produção, com robôs,
manufatura integrada por computador, etc.
No estabelecimento de uma estratégia de manufatura ou de operações, para ser
mais abrangente, devem ser analisados e formulados objetivos e diretrizes
quanto a:
Custos
Qualidade
Prazo de entrega

Custos
A produção de um bem e/ou serviço ao menor custo possível é um objetivo
permanente de toda e qualquer organização.
A dimenção custo, que pode traduzir-se em menor preço de venda, é o grande
fator decisório do consumidor.
Não há dúvidas que uma estratégia de redução de custos terá enorme impacto
na vantagem competitiva.

Qualidade
A melhoria contínua da qualidade foi o grande trunfo das empresas japonesas
na conquista de mercados cada vez maiores e mais sofisticados.
A dedicação de esforços na área da qualidade dos produtos/serviços tem um
duplo efeito no aumento da vantagem competitiva, pois está demonstrado
que a melhoria da qualidade, ao contrário do que sempre se imaginou, traz
uma consequente redução de custos de produção.

Prazos de entrega
Quanto menor o prazo de entrega de um produto/serviço, tanto mais satisfeito
ficará o consumidor.
Além disso, quanto menor o prazo de entrega, tanto menores serão os estoques
intermediários, tanto maior será o giro do estoque de matérias-primas, mais
cedo será realizada a receita e menores serão os desperdícios e perdas.
Flexibilidade
É a capacidade que a empresa deve ter para rapidamente adaptar-se às
mudanças nas tendências do mercado.
Deve ser ágil na adaptação de seus produtos às novas exigências do
consumidor.
Quanto mais flexível e rápida for, mais cedo sairá na frente de seus
concorrentes, ganhando conseqüentemente a vantagem da novidade.

Inovação
É a capacidade da empresa de antecipar-se às necessidades dos consumidores.
A empresa americana 3M tem por característica sua capacidade inovadora, o
que tem lhe dado grande vantagem competitiva em relação a seus
concorrentes.

Produtividade
É uma dimenção que deve estar presente em todas as ações da empresa, sob
pena de perder competitividade, em que pese sua capacidade de inovar, sua
flexibilidade, qualidade etc.
Todas as decisões devem ter uma relação custo/benefício favorável, pelo
menos a médio e longo prazos.

Cadeia de Suprimentos
Administração da cadeia de suprimentos
Cadeia de suprimentos: rede de fornecedores, depósitos, operações,
estabelecimentos
Gerência de materiais: Compra, estoque e movimentação de materiais
durante a produção e distribuição de produtos acabados

Ciclo do Departamento de Compras


Recebimento da requisição
Seleção do fornecedor
Emissão do pedido
Monitoramento dos pedidos
Recebimento de pedidos
Análise de Valor
vs Terceirização
Análise de valor
Exame da função das peças e materiais comprados com o intuito de reduzir
o custo e/ou melhorar o desempenho
Terceirização
Compra de produtos ou serviços de fontes externas em vez de fabricar o
produto ou fornecer o serviço internamente

Terceirização
Custo de fabricação vs custo de compra
Estabilidade da demanda
Qualidade dos fornecedores
Manter controle estreito
Capacidade ociosa disponível

Avaliando as Fontes de Suprimentos


Análise de fornecedores: Avaliação das fontes de suprimento em termos de
preço, qualidade, reputação e serviço.

Determinação dos Preços


Listas publicadas de preços
Preços fixados ou pré-determinados
Licitação de preços
Modo como o governo compra produtos ou serviços
Negociação
Transação ganha-ganha

Centralização x Descentralização
Departamento Centralizado
A compra é realizada por um departamento específico
Departamento Descentralizado
As compras são feitas individualmente pelos departamentos da empresa ou
regionalmente

Fornecedores
Escolha de fornecedores
Avaliação das fontes de suprimento
Auditorias em fornecedores
Certificação de fornecedores
Parcerias com fornecedores

Avaliando Fontes de Suprimentos


Análise de fornecedores – avaliando as fontes de suprimento em termos de
Preço
Qualidade
Serviços
Localização
Política de estoque
Flexibilidade

Fornecedor como Parceiro


Parcerias com Fornecedor
Idéias dos fornecedores podem melhorar a competitividade
Redução no custo de realização das compras
Redução nos custos de transporte
Redução nos custos de produção
Melhoria na qualidade do produto
Melhoria no projeto do produto
Redução do tempo para chegar ao mercado
Melhoria da satisfação do cliente
Reduzir custos com o estoque
Introduzir novos produtos ou serviços
Logística
Movimentação dentro de uma instalação
Entrada e saída de mercadorias
Código de barras
EDI
Distribuição
Entregas JIT

Logística
Objetivo da disciplina
Proporcionar o entendimento da logística empresarial e a sua aplicabilidade
em ambientes que visem à qualidade e à produtividade.
Por quê estudar logística?
A logística dentro da empresa
Logística como Estratégia Empresarial.
Histórico
A logística foi examinada pela primeira vez sob o prisma acadêmico no início
do século XX, embora como atividade humana já existisse há séculos.
Em 1901 John Crowell tratou dos custos e fatores que afetavam a distribuição
de produtos agrícolas.
Em 1916 Arch Shaw abordou os aspectos os aspectos estratégicos da logística
e L.D.W. Weld introduziu os conceitos de utilidade de marketing
(momento, lugar e posse) e de canais de distribuição.
Em 1922 Fred Clark identificou o papel da logística em marketing.
Em 1927 o termo logística foi definido de modo similar ao utilizado hoje.
Com o advento da II Guerra Mundial, a logística teve um impulso em
evolução e refinamento.
Utilizada em conjunto com uma nova filosofia empresarial emergente na
década de 50 – “o conceito de marketing.
Um estudo realizado em 1956 introduziu o conceito de análise de custo total.
Em 1961 Edward Smykay, Donald Bowersox e Frank Mossman apresentam
um dos primeiros textos sobre administração da logística.
Evolução da Logística no Brasil
Anos 70 – Movimentação de Materiais
Empilhadeiras elétricas e armazéns verticalizados com estrutura porta
palete.
Anos 80 – Administração de Materiais e Produção
JIT / MRP / DRP / KB
Anos 90 – Logística Integrada “Suplly Chaim Management”
DOT / ERP / WMS / ECR / EDI / 3 PL / E-COM / APS.

Logística como Estratégia Razões


crescente número de alternativas para atender a padrões de custos e serviços;
exame minucioso da tendência durante o longo prazo no sentido de linhas de
produtos complexos;
a ênfase na administração eficiente de estoques;
as limitações das fontes energéticas;
blocos econômicos e globalização.
Logística (Logistics)
Em um contexto industrial, a arte e a ciência de obter, produzir e distribuir
materiais e produtos a um local específico e em quantidades específicas. Em
um sentido militar também pode significar o movimento de
pessoal/recursos.
Definição de Logística
A logística empresarial trata de todas atividades de movimentação e
armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição
da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de
informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de
providenciar níveis de serviços adequados aos clientes a um custo razoável
[Ballou, 1992, p. 24].

Logística de Abastecimento (Provision Logistics/ Feeding Logistics)


Atividade que administra o transporte de materiais dos fornecedores para a
empresa, descarregamento no recebimento, e armazenamento das matérias-
primas e componentes. Estruturação da modulação de abastecimento,
embalamento de materiais, administração do retorno das embalagens, e
decisões sobre acordos no sistema de abastecimento da empresa. (IMAM,
1996)
É aquela que lida com fluxos de materiais de fora para dentro da manufatura,
incluindo matéria-prima e outros insumos.(ALVARENGA & NOVAES,
1994, p. 63)

Logística de Distribuição (Distribution Logistics)


Administração do centro de distribuição, localização de unidades de
movimentação nos seus endereços, abastecimento da área de separação de
pedidos, controle da expedição, transporte de cargas entre fábricas e centros
de distribuição e coordenação dos roteiros de transporte urbano. (IMAM,
1996)
Opera de dentro para fora da Manufatura e envolve as transferências de
produtos entre a fábrica e os armazéns próprios ou de terceiros, seus
estoques, os subsistemas de entrega urbana e interurbana de mercadorias, os
armazéns e depósitos do sistema. (ALVARENGA & NOVAES, 1994, P.64)

Logística de Manufatura (Manufacturing Logistics)


Atividade que administra a movimentação para abastecer os postos de
conformação e montagem, segundo ordens e cronogramas estabelecidos
pela programação da produção. Desova das peças conformadas como semi-
acabados e componentes, e armazenamento nos almoxarifados de semi-
acabados. Deslocamento dos produtos acabados no final das linhas de
montagem, para os armazéns de produtos acabados. (IMAM, 1996)
com o auxílio de metodologias próprias, bastante específica Entendida como
logística Interna, cuida dos aspectos logísticos dentro da manufatura em si,
e por isso, inserida dentro do PCP, é usualmente tratada. (ALVARENGA &
NOVAES, 1994)

Logística de Terceira Parte (Third-Party Logistics)


Empresa que administra toda ou parte das operações de entrega de produtos de
outra empresa
Ex: Indústrias que contratam transportadoras para transportar seus produtos
até seus clientes

Logística Organizacional (Business Logistics)


Logística dentro de um sistema organizacional.
Organização, planejamento, controle e execução do fluxo de produtos do
desenvolvimento e aquisição até produção e distribuição para o consumidor
final para atender as necessidades do mercado a custos mínimos e uso
mínimo de capital.
Logística Reversa
(Reverse Logistics)
Atividades e habilidades gerenciais logísticas relacionadas a redução,
administração e disposição de detritos perigosos ou não derivados de
produtos ou embalagens. Inclui distribuição reversa que faz com que os
produtos e informações sigam na direção oposta das atividades logísticas
normais.
É a logística para a alienação de resíduos do processo produtivo.

Setores Industriais
A Logística tem sido desenvolvida em todos os setores industriais. O setor
industrial, entretanto tem se destacado frente aos demais. A construção de
plantas operacionais modernas como no caso da Volkswagen, em Resende,
provoca impactos fortes tanto a nível interno quanto externo da Logística.

A Logística nos diversos Tipos de Empresas


Dependendo da atividade da empresa o seu enfoque pode ser na distribuição
ou nos suprimentos

Tipos de Empresas
Indústrias transformadoras de matéria-prima bruta em geral preocupam-se
mais com a logística de abastecimento.
Empresas atacadistas, por se caracterizarem pela comercialização em alta
escala e pelos produtos serem iguais aos insumos, apresentam enfoque
logístico na armazenagem.
Muitas empresas transportadoras, do ponto de vista logístico, são semelhantes
às atacadistas. Recebem mercadorias de diversos destinos e as transportam
também para os mais diversos destinos.
Empresas varejistas recebem em grandes lotes de mercadorias das indústrias e
dos atacadistas, tendo que repassar em lotes menores, utilizando logística
urbana.
Custos Logísticos
Os custos logísticos devem ser levantados por tipo do produto e por rota
considerando amostras significativas e computando todas as despesas
incidentes, incluindo além do custo de transporte ou do frete, da
armazenagem, da movimentação, da embalagem, as taxas, etc..
Em seguida, para cada rota e cada tipo de produto, divide-se o custo calculado
pelo fluxo médio, obtendo-se os custos unitários de transporte.
Para um determinado nível de serviço ao cliente, a administração deve
minimizar o custo logístico total e não tentar o custo de atividades
individuais.
Com base no sistema de informações, haverá a possibilidade através da análise
logística integrada optar pela:
Exploração de novos mercados;
Obter vantagens com inovações no sistema de transporte;
Escolher entre transportadoras rodoviárias normais ou privadas;
Aumentar as entregas ou aumentar os estoques;
Fazer mudanças na configuração do centro de distribuição;
Reestruturar a escala dos estoques;
Fazer mudança na embalagem;
Determinar até que ponto o sistema de processamento de pedido deve ser
automatizado, etc..
Questionamentos
Como os custos logísticos afetam a contribuição por produto, por território,
por cliente e por vendedor?
Quais são os custos associados ao aumento dos níveis de serviços ao cliente?
Quais trocas compensatórias são necessárias e quais são os aumentos em
benefícios e em perdas?
Qual é a quantidade ótima de estoque? Qual é a sensibilidade do nível de
estoque quanto às mudanças nos padrões de armazenagem ou às mudanças
nos níveis de serviço a clientes? Qual o custo de manutenção de estoques?
Qual o conjunto de meios de transportes (modais/transportadoras) que devem
ser utilizados?
Quantos armazéns/depósitos devem ser utilizados e onde devem ser
localizados?
Quantas paradas de máquinas na produção serão necessárias? Quais fábricas
serão utilizadas para produzir cada produto? Quais são as capacidades
ideais das fábricas para compostos e volumes de produtos alternativos?
Quais alternativas de embalagem de produtos devem ser utilizadas?
Até que ponto o sistema de processamento de pedidos deve ser automatizado?
Quais centros de distribuição devem ser utilizados?
Custos Logísticos
Os custos totais envolvem:
Custo de transporte;
Custo de armazenagem;
Custos de processamento de pedidos e informações;
Custos de lotes; e
Custos de manutenção de estoques.

Transporte - Modalidades
Rodoviário velocidade do fornecimento
Ferroviário confiança no fornecimento
Marítimo possibilidade de deteriorização da qualidade
Aéreo custo do transporte
Dutos flexibilidade das rotas

Desenvolvimento da Administração
1770 - 1780
Adam Smith - Primeiro reconhecimento de ganhos econômicos resultante
da divisão do trabalho.
1830 - 1840
Charles Babage - Desenvolveu as idéias de Adam Smith e levantou
questões sobre a organização e economias da produção.
1900 - 1910
F. W. Taylor - A administração científica. Real começo da organização da
produção como área de estudo.
1910 - 1920
F. W. Harris - Primeira aplicação de modelos matemáticos a controle de
estoques.
1930 - 1940
W. Shewhart - Primeira aplicação de princípios de probabilidade ao
controle de qualidade.
1950 -
Programação linear e outros métodos de programação
Computadores, uso maior de modelos
Administração de Materiais
Processo Evolutivo
Atividades conduzidas inconscientemente por executivos preocupados com
outras atividades
Reconhecimento das atividades de administração de materiais, subordinação
destas atividades a um grande número de gerentes, total descentralização, o
gerente geral ou presidente, embora preocupado com assuntos mais
importante é o único gerente de materiais
Atividades de administração de materiais relacionadas a compras são
agrupadas sob as ordens de um único executivo,
(cont.) que gradualmente começa a se comportar como gerente de linha.
Atividades de administração de materiais - compras e uma ou mais das demais
- são agrupadas sob uma única gerência, é o embrião da gerência integrada.
Administração de materiais torna-se uma atividade reconhecidamente como
somadora de valores para a empresa, cria-se a gerência integrada de
materiais ou estruturas alternativas dentro deste contexto.

Administração de Materiais
Conceitos
Administração de Materiais corresponde, no seu todo, ao planejamento,
organização, direção, coordenação e controle de todas as tarefas necessárias
à definição de qualidade, aquisição, guarda, controle e aplicação dos
materiais destinados às atividades operacionais de uma empresa, seja esta
de natureza industrial, comercial ou de serviços.
O conceito de Administração de Materiais não introduz quaisquer funções
novas na estrutura organizacional da empresa, mas sugere um
reagrupamento das funções existentes que, de algum modo, tenham relação
com materiais e suprimentos usados nas operações.
A Administração de Materiais é um ramo especializado da Ciência da
Administração que trata especificamente de um conjunto de normas e
procedimentos relacionados com a gerência de artigos essenciais à produção
de determinado bem ou serviço.
Administração de Materiais é conceituada como um sistema integrado em que
diversos subsistemas próprios interagem para dotar a administração dos
meios necessários ao suprimento de materiais indispensáveis ao
funcionamento da organização.
Administração de Materiais é de natureza sistêmica e inclui o planejamento e
controle de todas as atividades relativas aos processos de produção e
distribuição, incluindo matérias primas, componentes, sobressalentes,
suprimentos diversos e produtos finais.
Administração de Materiais
Objetivos
“...Abastecer de modo contínuo a empresa com o material necessário,
combinando os aspectos:
Qualidade do Material;
Prazo de entrega;
Menor preço.
“...Incumbir-se de um ciclo contínuo de atribuições:
Armazenamento;
Conservação;
Venda de excedentes;
Análise de inventários.
AM Objetivos
Objetivos principais:
Preço mais baixo;
Alto giro de estoques;
Baixo custo de aquisição/posse;
Fornecimento contínuo;
Consistência de Qualidade
Bons Registros.
Objetivos Secundários:
Relações recíprocas favoráveis;
Materiais e produtos novos;
Economia em fabricar/comprar;
Padronização;
Melhoria de produtos;
Harmonia Interdepartamental;
Previsões;
Aquisições.
AM Funções
São funções da Administração de Materiais:
Classificação de materiais;
Normalização e Padronização de materiais;
Gestão de estoques;
Valoração de estoques;
Aquisição de materiais;
Alienação de materiais;
Armazenamento de materiais;
Inspeção de qualidade; e
Movimentação e transporte de materiais.

Classificação de Materiais
Função responsável pela identificação, codificação e catalogação de dados
referentes aos materiais.
Estabelece uma linguagem única a ser utilizada por todos os elementos do
sistema.
Sua finalidade é desenvolver um processo de identificação clara e precisa,
porém o mais simples o objetiva possível, para a facilidade das
comunicações.
Normalização e Padronização de Materiais
A normalização ocupa-se em estabelecer a maneira pela qual devem ser
utilizados os materiais em suas diversas finalidades;
A padronização tem por função principal a eliminação do inútil e o
fornecimento de elementos capazes de facilitar e tornar mais equilibrada a
permuta e substituição de peças e materiais, com o fim de fixar padrões de
dimensão e qualidade;
Esta função é responsável pela especificação dos materiais, possibilitando
melhor entendimento entre o consumidor e o fornecedor quanto ao tipo de
material a ser negociado.
Gestão de Estoques
É a função responsável pela programação das necessidades de material, pelo
acompanhamento das quantidades existentes em estoque, pelos prazos de
entrega dos fornecedores e pelo controle dos níveis de estoque.

Valoração de Estoques
Intimamente ligada à contabilidade, esta função é responsável pelas
valorações monetárias das entradas, saídas e das existências em estoque.

Aquisição de Materiais
Função ligada à determinação das necessidades em quantidade e qualidade, à
negociação com fornecedores na compra dos materiais necessários.

Alienação de Materiais
Função encarregada da venda de materiais inservíveis para a atividade
econômica da Organização.
Armazenamento de Materiais
Função responsável pela guarda dos estoques de materiais em perfeita ordem e
segurança.
Inspeção de Qualidade
Função responsável pelo controle da qualidade dos materiais adquiridos em
confronto com as especificações estabelecidas.

Movimentação e Transporte de Materiais


Cuida da movimentação física dos materiais combinando:
Baixos custos;
Aumento da capacidade produtiva;
Melhores condições de trabalho.
Normalização
Especificação
Simplificação
Diversificação
Classificação
Identificação
Codificação
Cadastramento
Catalogação

Normalização - Conceitos
O homem, desde as formas mais primitivas de vida grupal, sentiu a
necessidade de estabelecer normas, princípios, regras definidoras das
relações dos membros do grupo. Desde então, nos mais diferentes ramos de
suas atividades cotidianas, o homem fica sempre condicionado às regras que
estabelece, aos padrões que cria.
Portanto, a norma é fruto de consenso, de acordo firmado entre partes. A
empresa não foge desta regra, carece de normas, desde as de cunho
absolutamente administrativos até as normas técnicas.
“A função NORMALIZAÇÃO refere-se aos instrumentos necessários à
perfeita especificação de materiais utilizados pelas empresas, definindo seus
requisitos globais. Indica também os procedimentos quanto à utilização de
materiais”.
“Ocupa-se da maneira pela qual devem ser utilizados os materiais em suas
diversas finalidades”.
É a classe de norma técnica que constitui um conjunto metódico e preciso de
preceitos destinados a estabelecer regras para execução de cálculos,
projetos, fabricação, obras, serviços ou instalações, prescrever condições
mínimas de segurança na execução ou utilização de obras, máquinas ou
instalações, recomendar regras para elaboração de outras normas e demais
documentos normativos.
É o estudo elaborado segundo procedimentos e conceitos emanados do
sistema nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial,
conforme a Lei 5.966, de 11/12/73, e demais documentos legais dela
decorrente.
De acordo com a sua classificação, as normas brasileiras são resultantes de um
processo de consenso nos diferentes Fóruns do sistema, cujo universo
abrange o Governo, o setor produtivo, o comércio e os consumidores.

Normalização - Objetivos
Defesa dos interesses nacionais;
Racionalização na fabricação ou produção e na troca de bens e serviços, por
meio de operações sistemáticas e repetitivas;
Proteção dos interesses dos consumidores;
Segurança de pessoas e bens;
Uniformidade dos meios de expressão e comunicação.

Vantagens para a Empresa


Simplificação
Intercambialidade
Comunicação
Adoção racional de símbolos e códigos
Economia geral
Segurança
Defesa do consumidor, etc.
Vantagens Técnicas
Menor tempo utilizado no planejamento;
Maior segurança e menor possibilidade de diferenciação pelo uso de produtos
normalizados;
Menor possibilidade de falhas técnicas na seleção;
Economia de tempo para o processo técnico de produção;
Simplificação das decisões pelos responsáveis;
Simplificação nos entendimentos entre projetistas, montadores e engenheiros
de produção;
Menor tempo de preparação do pessoal técnico;
Simplificação dos métodos de montagem em conformidade com as normas;
Limitação de correções no decorrer da produção;
Asseguramento da intercambialidade e reutilização de peças, desenhos,
embalagens e gabaritos de verificação, processos e produtos melhorados;
Eliminação de preconceitos que possam surgir pela programação mal
elaborada;
Possibilidade de cálculos mais econômicos;
Etc.
Tipos de Normas
Procedimento ou norma propriamente dita;
Especificação;
Padronização;
Método de ensaio;
Terminologia;
Simbologia;
Classificação.

Abrangência da aplicação
Nível individual;
Nível de empresa;
Nível de associação;
Nível nacional;
Nível regional;
Nível internacional.

Princípios da Normalização
A normalização é essencialmente um ato de simplificação;
A normalização é uma atividade social, bem como econômica, e sua
promoção deve ser fruto de cooperação mútua de todos os interessados;
A simples publicação de uma norma tem pouco valor, a menos que ela possa
ser aplicada; logo, a aplicação pode acarretar sacrifícios de poucos para o
benefício de muitos.

Classificação das Normas


NBR1: normas compulsórias, de uso obrigatório em todo o território nacional;
NBR2: normas referendadas, de uso obrigatório para o Poder Público e
serviços públicos concedidos;
NBR3: normas registradas, normas voluntárias que venham a merecer registro
no Inmetro;
NBR4: normas probatórias, em fase experimental com vigência limitada e
registrada no Inmetro.

Normalização Internacional
Âmbito Global
ISO – Organização Internacional para Normalização;
IEC – Comissão Internacional Eletrotécnica;
Âmbito Regional
CEN – Comitê Europeu de Normalização;
Asac – Comitê Asiático Assessor de Normas;
Asmo – Organização Árabe para Normalização e Metrologia;
Copant – Comissão Pan-americana de Normas Técnicas.

Especificação
Adquire preponderância, visto que dela depende o ressuprimento necessário às
atividades da empresa.
Detalhada e completa evita a compra de materiais em desacordo com as
necessidades e, por outro lado, os compradores não necessitam distribuir
amostras para cotação.
Como subproduto, temos a catalogação dos materiais utilizados pela empresa
e a possibilidade de se efetuar a padronização.

Condições Básicas
Existência de catalogação de nomes, que devem ser padronizados;
Estabelecimento de padrões de descrição;
Existência de programa de normalização de materiais.

Especificação - Conceitos
É a descrição das características de uma material, com a finalidade de
identificá-lo e distingui-lo de seus similares;
É a representação sucinta de um conjunto de requisitos a ser satisfeito por um
produto, um material, um processo, indicando-se sempre que for
apropriado, o procedimento por meio do qual se possa determinar se os
requisitos estabelecidos são atendidos;
É a definição dos requisitos globais, tanto gerais como mínimos, que devem
obedecer aos materiais, tendo em vista a qualidade e a segurança deles.
É o tipo de norma que se destina a fixar condições exigíveis para aceitação
e/ou recebimento de matérias-primas, produtos semi-acabados, produtos
acabados, etc.
É pré-requisito para qualquer concorrência efetivar-se em bases competitivas.

Especificação de Materiais
Importância e Necessidade
Para que o sistema de aquisição saiba exatamente o que está sendo desejado;
Para que o fornecedor seja inteiramente informado das exigências, quanto à
qualidade, do comprador;
Para que meios apropriados de inspeção e testes possam ser aplicados para
determinar o cumprimento ou não dos padrões estipulados;
Para que se evitem divergências entre compradores e fornecedores na
aceitação/rejeição de materiais.

Especificação de Materiais
Exigências para uma especificação satisfatória
Identificar exatamente o material desejado;
Dar condições de verificação de seus requisitos;
Ser razoável em suas tolerâncias;
Dar capacidade de entendimento como pressuposto básico para a
concorrência.
Especificação De Materiais
Roteiro Básico
Descrição e código do material.
Descrição individualizadora, concisa e completa;
Código individualizador do material.
Unidade metrológica.
Unidade de fornecimento da empresa;
Unidade de fornecimento do mercado (se diferente);
Fator de conversão entre unidades de fornecimento.

Especificação De Materiais
Roteiro Básico
Propriedades do material.
Propriedades físicas;
Composição química;
Tolerância das propriedades e composições indicadas;
Método de análise das propriedades e composições;
Padrões e normas aplicáveis.
Medidas
Desenho com dimensões;
Forma;
Tolerâncias aceitas;
Outras medidas (capacidade, potência, etc).
Características de fabricação
Processos;
Acabamento;
Marca ou referencial comercial do fabricante.
Características de operação e aplicativos
Desenho esperado;
Garantias exigidas;
Testes de aceitação.

Especificação de Materiais
Métodos
Especificações técnicas
Processo de manufatura;
Propriedades físicas;
Composição química;
Desenho;
Identificação com normas técnicas.
Especificações de rendimento
Descrição de uso;
Desempenho.
Marcas aprovadas
Marca registrada;
Fabricante e número de catálogo.

Simplificação
É o processo de tornar algo mais simples de produzir ou fabricar.
A simplificação busca eliminar o desperdício, livrando-se de variedades, tipos
e tamanhos inúteis.
A ênfase não recai simplesmente sobre o corte de produtos para reduzir a
variedade, mas sobre a eliminação de produtos e variações desnecessárias.
Além de reduzir a variedade de peças, o projeto do produto pode muitas vezes
ser simplificado, a fim de reduzir os custos de operação e de material.
Ex.: a utilização de uma tampa plástica de encaixar em vez de uma tampa de
rosca reduz o material e a mão-de-obra.
Diversificação
Quando a empresa opta por atender a uma demanda bastante diversificada,
necessita uma ampla gama de produtos que pode comprometer os resultados
da organização se a mesma não apresentar um sistema de controle
adequado.
Os grandes distribuidores e atacadistas necessitam por opção trabalhar com
um número bastante elevados de produtos diferentes para atender sua
clientela.
A diversificação ocorre também com relação aos equipamentos utilizados
pelas organizações, se houver a escolha de um mesmo fornecedor corre-se o
risco de gerar uma dependência perigosa, se a opção for por fornecedores
diferentes, esta dependência fica minimizada, porém as peças de reposição e
sobressalentes ficam em um maior número, já que cada tipo de equipamento
deverá ter o seu estoque.

Classificação
A classificação é o processo de aglutinação de materiais por características
semelhantes.
Grande parte do sucesso no gerenciamento de estoques depende
fundamentalmente de bem classificar os materiais da empresa.
Assim o sistema classificatório pode servir também, dependendo da situação,
de processo de seleção para identificar e decidir prioridades.

Atributos Para Classificação De Materiais


Abrangência – deve tratar de uma gama de características em vez de reunir
apenas materiais para serem classificados.
Flexibilidade – deve permitir interfaces entre os diversos tipos de
classificação, de modo que se obtenha ampla visão do gerenciamento de
estoques.
Praticidade – a classificação deve ser direta e simples.

Tipos de Classificação
Valor de consumo;
Importância operacional;
Perecibilidade;
Periculosidade;
Possibilidade de fazer ou comprar;
Dificuldade de aquisição; e
Mercado fornecedor.

Classificação de Materiais
Definição
“Classificar materiais significa ordená-los segundo critérios pré-
estabelecidos, agrupando-os conforme as características semelhantes ou
não, sem, contudo, ocasionar confusão ou dispersão no espaço e alteração
na qualidade”.
A classificação de materiais compreende
Identificação;
Codificação;
Catalogação.

Classificação de Materiais
Desenvolve
Interfaces com outras áreas;
Relação com fornecedores.
Proporciona
Base para qualquer sistema de A. M.
Subsídios para padronização;
Redução de tempos de fornecimento;
Redução de estoques.
Define
Linguagem técnica de suprimentos;
Composição e característica de códigos de materiais e fornecedores.
Possibilita
Banco de informações para A.M.;
Intercâmbio entre empresas;
Permutabilidade de itens;
Melhor aproveitamento de áreas de estocagem;
Melhor programação de compras.
Evita
Proliferação de itens idênticos;
Estoques inativos;
Degeneração na gestão de estoques.
Classificação de Materiais
Objetivos
Desenvolvimento de métodos simples, racionais e claros de identificação de
materiais;
Definição de uma linguagem técnica para a área de materiais;
Redução da variedade dos itens, facilitando a padronização de materiais;
Possibilidade de informatização do sistema;
Facilidade para atuação do sistema de administração de materiais.
Classificação de Materiais
Terminologia
Material
Designação genérica sempre no singular;
Item de suprimento.
Item equivalente
Procedência diversa;
Mesmos dados descritivos.
Itens permutáveis
Itens de suprimento diferente, mas que, sem prejuízo operacional, podem
ter a mesma aplicação.
Administração de Materiais
Criticidade
Chamamos de CRITICIDADE o acompanhamento de itens que se encontram
abaixo do estoque mínimo com relativa freqüência podendo ocasionar a
parada do processo produtivo.
Dependendo de sua importância podem classificar-se em X, Y ou Z, conforme
vemos a seguir.
Classe “X”
São imprescindíveis ao funcionamento da empresa;
Não disponíveis, acarretam paralisação das fases operativas vitais;
Podem envolver riscos relacionados a segurança pessoal e/ou patrimonial, se
ocorrer falta; e
Não possuem equivalentes e/ou permutáveis.
Classe “Y”

São imprescindíveis ao funcionamento da empresa;


Não disponíveis, afetam fases operativas vitais, gerando mudanças na
programação ou redução na produção;
Podem envolver riscos relacionados a segurança pessoal e/ou patrimonial, se
ocorrer falta;
Possuem equivalentes e/ou permutáveis.

Classe “Z”

Não são imprescindíveis ao funcionamento da empresa;


Não afetam fases operativas vitais;
Não estão envolvidos com riscos quanto a segurança;
Podem ou não possuir equivalentes e/ou permutáveis.

Identificação de Materiais
Definição
“A identificação é o primeiro e mais importante passo para a classificação
do material e consiste na análise e no registro dos principais dados
individualizadores que caracterizam e particularizam um item em relação ao
universo de outros materiais existentes na empresa”

É o conjunto de dados para cada material, constituído por nome


padronizado, características físicas e identificação auxiliar.
Busca estabelecer a identidade do material através da especificação das
principais características do item.
Para a especificação é necessário dispor de determinados dados que
descrevam o material, de modo a identificá-lo perfeitamente.
A obtenção dos dados é feita através de consultas a catálogos ou listas de peça
dos fabricantes e às normas técnicas existentes ou ainda através de consulta
aos usuários e mesmo análise das peças.

Métodos de Identificação
Descritivo – quando a identificação é feita pela descrição detalhada do
material, em que procuramos apresentar todas as particularidades ou
características físicas que individualizam o material, independentemente da
referência do fabricante.
Referencial – atribui uma descrição ou uma nomenclatura apoiada na
referência do fabricante, vindo a ser o próprio número de estoque do
fornecedor.

Identificação de Materiais
Nome padronizado
Nome básico (primeira palavra);
Nome modificador (parte final).
Características físicas
Detalhes peculiares de fabricação, tais como:
Material de composição; Formato; Voltagem; Amperagem; Dimensões;
Cor; Norma técnica; Referência comercial; Número ou nome de
catalogo; Especificação da embalagem; Aplicação do material.
Identificação auxiliar
Serve para estabelecer
Formas de embalagens; Acondicionamentos; e Unidade de
fornecimento.
Identificação de Materiais
Codificação
A codificação é sistematização através de códigos numéricos, alfabéticos ou
mistos da classificação existente dentro da organização, cuja finalidade é a
criação de uma linguagem própria da área de materiais a ser utilizada dentro
da empresa ou fora dela, dependendo de sua abrangência.

Codificação de Materiais
Definição
A codificação é uma identificação dos itens, de uma forma padronizada,
tornando assim mais prático, econômico e seguro efetuar registros de
entrada/saída de materiais.
Somente a codificação possibilita informatizar qualquer sistema de controle.

Objetivos
Facilitar a comunicação interna no que se refere a materiais e compras;
Evitar a duplicidade de itens no estoque;
Permitir as atividades de gestão de estoques e compras;
Facilitar a padronização de materiais;
Facilitar o controle contábil dos estoques.

Requisitos de um Sistema de Codificação


Identificar e classificar todos os itens atuais;
Ser expansível;
Apresentar consistência de critérios;
Ser breve, impessoal e permitir memorização fácil;
Manter correspondência BIUNIVOCA entre materiais e códigos.

Sistemas de Codificação
Tipos
Classificação dos sistemas de codificação
Sistema Alfabético;
Sistema Alfanumérico; e
Sistema Numérico.

Sistema Alfabético
Esta codificação tem, por constituição, somente letras. Sua característica
principal é a fixação através de processo mneomônico mediante a
associação e combinação de letras com as características do material.
Ex.: P - Parafuso 14x18
P/AAA - Parafuso Aço 11/2x14
P/ZAA - Parafuso Zincado 11/2x14
P/GAB - Parafuso Galvanizado 16x24

Sistema Alfanumérico
É um método intermediário aos sistemas alfabético e numérico, constituindo
na combinação de letras e números para representar um material.
Ex.: Condensadores de cerâmica tipo transmissão.

Sistema Numérico
De todos os métodos de codificação é este que tem uso generalizado e
ilimitado, em boa parte das empresas, tendo em vista a sua forma simples e
a sua maior assimilação bem como a facilidade que oferece na ordenação
seqüencial dos diversos itens e na adoção do processamento de dados.

EX. (1): Sistema de classificação decimal


Modelo FSC - Federal Suply Classification

00 } Grupo
0011 } Classe
222 3333 } Identificação do item

Ex.(2): Modelo MEPEC - Material e Equipamento Padrão

00 } grupo
11 } Sub grupo
22 } Sub sub grupo
333 } item
4 } indicador

100 grupos
100 sub grupos
100 sub sub grupos
1000 itens

Sistema de Codificação
O importante, na codificação dos materiais, é procurar utilizar o menor
número possível de dígitos, facilitando a sua utilização com menores
possibilidades de erros de:
Transcrição; Digitação; Visualização.
Alternativas de formação de classes
Grupos de suprimentos
Natureza (características e qualidades);
Funções.
Aplicações
Áreas de atuação;
Produtos.
Sistema de Codificação
Formação de Classes
Aspectos contábeis e tributários
Mercado fornecedor
Nacional;
Estrangeiro;
Fabricação própria.
Obtenção
Mercado de oferta (disponibilidade);
Mercado de procura;
Sazonalidade;
Logística.
Freqüência de demanda
Contínua;
Periódica/esporádica.
Cadastro de Materiais
O cadastro visa o registro:
Dos dados identificadores do material;
Dos códigos dos itens;
Das informações sobre os materiais.
É necessário à emissão das listagens de material, para a confecção dos
catálogos.
Atividades de Cadastramento
Identificação;
Codificação;
Transcrição dos dados;
Formulários de especificação e de cadastramento;
Arquivos e listagem de materiais.
Catalogação de Materiais
Definição
É a ultima fase do processo de classificação de materiais e consiste em
ordenar, de forma lógica, todo um conjunto de dados relativo aos itens
IDENTIFICADOS, CODIFICADOS e CADASTRADOS. De modo a
facilitar a sua consulta pelas diversas áreas da empresa.

Requisitos para um bom Catalogo


Simplicidade;
Objetividade;
Concisão dos dados;
Fácil acesso a informações; e
Rapidez na pesquisa.

Catalogação de Materiais
Objetivos
Fazer com que o usuário saiba, com certeza, o item que deseja pesquisar;
Facilitar aos órgãos de compra a obtenção correta do material;
Evitar que itens já cadastrados sejam, novamente, incluídos no catalogo com
outro código.
Possibilitar a conferência dos dados de identificação nas requisições/compras.
Consultas
Pelo nome; e
Pela referência.
Catalogo de Materiais
Referências
DADO OBTEM-SE
Material Código
Ordem Alfabética;
Ordem de Classe ou Produto.
Código Material

Fabricante Mat. Fabricados


Mat. Codific.

Equipamento Mat. Codific.que


lhe são Aplic.

Produtos Comp. Comprad.


Mat. Codific.
Análise de Valor
Refere-se ao exame da função das peças e materiais comprados, com o intuito
de reduzir o custo e/ou melhorar o desempenho desses itens.
A análise de valor busca conduzir à melhoria do desempenho dos produtos
comprados e/ou à redução dos custos desses produtos.
Questionamentos
Poderia ser utilizado um componente ou material menos dispendioso?
A função é necessária?
A função de duas ou mais peças ou componentes poderia ser desempenhada
por uma única peça, a um custo mais baixo?
Uma peça poderia ser simplificada?
As especificações de produto poderiam ser menos rigorosas, de forma a
conduzir a um preço mais baixo?
As peças-padrão poderiam ser substituídas por peças não padronizadas?

Visão Global da Análise de Valor


Selecionar um item que tenha um valor monetário elevado pode ser uma peça,
um material ou um serviço que tenham sido adquiridos de terceiros.
Identificar a função do item.
Aplicar questionário.
Analisar as respostas e fazer as recomendações devidas
Questionário
O item é necessário? Ele agrega valor ou pode ser eliminado?
Existem fontes alternativas para o item?
O item pode ser fornecido por fonte interna?
Quais as vantagens da configuração atual?
Quais as desvantagens da configuração atual?
Pode-se utilizar uma outra peça, material ou serviço?
As especificações podem ser menos rigorosas, para permitir uma economia de
custo ou de tempo?
Duas ou mais peças podem ser combinadas?
Pode-se diminuir (ou aumentar) o processamento do item, para se economizar
custos?
Os fornecedores têm sugestões de melhorias?
Os funcionários têm sugestões de melhorias?
O embalamento pode ser melhorado ou ter seu custo diminuído?

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