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desmontes e demolições
Série MATERIAIS
Versão provisória
joão guerra martins
(não revista)
Universidade Fernando Pessoa Materiais Construção II
Condições Gerais
Quando omisso nas Condições Técnicas Especiais e nos Mapas de Medições, são da conta do
Empreiteiro todos os trabalhos necessários para desenraizamentos, desmatações, arranques de
árvores, demolição de velhas fundações, canalizações e desvios;
a) Só serão considerados trabalhos a mais aqueles que forem completamente imprevisíveis à
data de início dos trabalhos;
b) Desmatações e desenraizamentos nunca serão considerados trabalhos a mais.
São também da conta do Empreiteiro e considerados trabalhos preparatórios:
a) As escavações e remoções de terras para implantação dos edifícios até uma profundidade
de 0,20 m e distância de transporte de 100 m;
b) Os trabalhos de aterro, rega, compactação, etc. para se alcançarem os níveis e as bases
para os diversos pavimentos;
c) O enchimento das covas deixadas pelos arranques, que será cuidadosamente executado,
de forma idêntica ao enchimento de valas para canalizações.
São ainda da conta do Empreiteiro as repetições de trabalho por motivos de aluimentos, etc., bem
como os destinados ao enxugo, quer durante o assentamento de colectores, construção de caixas,
etc..
Os preços unitários contratados não serão alterados quaisquer que sejam as facilidades ou
dificuldades que sobrevenham na execução das escavações, entendendo-se que o Empreiteiro se
inteirou devidamente, antes do concurso, das condições do trabalho que se propôs executar.
Além do anteriormente referido, encontram-se compreendidas no preço deste artigo todos os
trabalhos e fornecimentos necessários à sua boa execução, salientando-se:
a) os trabalhos de topografia;
b) a implantação e a marcação;
c) as entivações, quando necessárias;
d) a bombagem e o escoamento de águas, incluindo as valas necessárias à sua condução
sempre que não seja apresentada em item próprio no mapa de medições;
e) a reposição de terras após a execução das fundações propriamente ditas, e a remoção das
sobrastes para zonas de aterro ou vazadouro, sempre que não conste em item próprio no
mapa de medições;
f) a compactação de fundos.
O volume da escavação considerado para valorização das entrevações a pagar, não será em
qualquer caso considerado nas baldeações, aterros e transportes, pelo que se farão as deduções
correspondentes na preço composto.
Quando no mapa de trabalho for estipulado que o depósito de terras será da escolha do
Empreiteiro - sempre que omisso assim será entendido - o preço do transporte de terras
apresentado na proposta tomou essa escolha em conta, não sendo de aceitar qualquer reclamação
com base em nova localização.
Os trabalhos de aterro regado e batido a maço consistem nos aterros das valas, trincheiras e
poços abertos, o que será medido e pago pelo volume geométrico do aterro efectivamente
executado, quando não incluído no custo da escavação.
Quando nada conste em contrário, nas diferentes peças do Caderno de Encargos, as propostas
dos empreiteiros considerarão:
a) que a medição das escavações é feita por m3; que a largura medida é a largura nominal,
isto é, a largura das alvenarias, das sapatas ou das vigas de fundação a construir;
b) que a altura é medida desde o fundo da escavação até à cota do terrapleno projectado,
independentemente deste estar ou não realizado;
c) que se inclui no mesmo artigo a reposição e a remoção dos excedentes.
No cálculo do volume das terras escavadas a remover, se no Caderno de Encargos outro critério
não haja sido tomado, será considerado um factor de empolamento correspondente ao tipo de
terreno escavado conforme a tabela seguinte:
Este trabalho será medido e pago por m3 de terra removidas, sendo a medição feita a partir do
volume da escavação afectado do factor de empolamento;
O preço unitário da remoção das terras escavadas será constante até profundidades de 2m, sendo
aumentado de 20% por cada aumento de 2m ou fracção, quando nada tenha sido previamente
estabelecido.
O transporte dos produtos escavados, bem como as cargas, espalhamentos e descargas, far-se-
ão pelos processos que mais convenham ao Empreiteiro, sem prejuízo de outros trabalhos
realizados ou a realizar.
A forma de medição será a seguinte:
a) As terras removidas por m3 de terras removidas, considerando o factor de empolamento,
a carga, descarga e espalhamento;
b) O transporte por m3 e quilómetro de distância entre a obra e o depósito acordado pela
Fiscalização - não são de considerar distâncias iguais ou inferiores a 0,1 Km.
Critérios de Medição
Os trabalhos serão medidos e pagos:
a) As terraplanagens por m2 até altura média de 0,25m, e por m3 nos restantes casos;
b) Os movimentos de terra (escavações e aterros) por m2 de terreno escavado, sem
considerar qualquer empolamento.
A medição das escavações em movimentos de terras será avaliada pelo volume geométrico de
escavação necessária à obra, isto é, em planta as dimensões serão só as correspondentes às dos
fundos, e em altura as determinadas pela Fiscalização ou constantes no projecto.
No caso do tipo do terreno a escavar ser diferente do previsto no mapa de trabalhos, o preço
unitário da escavação será revisto de acordo com os factores adiante especificados.
Os tipos de terrenos a considerar são os relacionados a seguir, sendo indicado também o
equipamento manual de desmonte mínimo que é necessário utilizar para cada um deles:
Não será de atender qualquer reclamação do empreiteiro na classificação do terreno pelo facto de
utilizar meios de desmonte de potência superior aos realmente necessários.
Os factores de correcção dos preços unitários de escavação, são os a seguir indicados, para caso
de nas medições ou no projecto se ter indicado terreno de escavação como terra compacta
(coluna A) ou como terra dura (coluna B):
A B
Terra Solta ou Branda 0,6 0,5
Terra Compacta 1 0,8
Terra Dura 1,25 1
Rocha Branda ou Terra Muito Dura 3 2,4
Rocha Dura 8 6,4
Rocha Muito Dura 12 9,6
Quando a natureza do terreno exigir entivação e esta não tenha sido incluída nos itens
respectivos do Mapa de Medições, será o seu valor considerado entrando na medição da
escavação com um volume fictício, correspondente ao obtido multiplicando a área de um
rectângulo com a largura de 35% da altura e altura igual á da entivação, pelo desenvolvimento
em planta de cada uma das superfícies interiores da escavação. Porém para consideração desta
correcção, torna-se indispensável que a Fiscalização tenha concordado por escrito com a
necessidade da entivação, e que esta haja realmente sido executada.
Materiais Encontrados
A areia ou pedra encontrados nas escavações poderão ser empregues na obra mediante
autorização da Fiscalização, depois de acordo sobre o preço a pagar pelo empreiteiro.
Caso não se consiga chegar a acordo, os materiais serão arrumados, por conta do Empreiteiro,
em local a menos de 50 m da obra, fazendo-se a compensação de preço em relação aos
movimentos de terra a realizar a mais, por este facto, pelos preços de concurso.
Todos os materiais encontrados são pertença do dono da obra, pelo que deverão ser entregues à
Fiscalização contra recibo.
Natureza do Terreno
A classificação dos terrenos será realizada de acordo com a Especificação em vigor -
"Fundações directas correntes".
A natureza do terreno será indicada nas condições especiais.
A falta desta indicação ou qualquer erro de classificação não fundamentará qualquer reclamação,
partindo da hipótese de que o Empreiteiro se devia ter inteirado no local das condições de
realização da obra.
O preço do Empreiteiro deverá referir-se a uma média do terreno encontrado.
Equipamentos
Os equipamentos a empregar, quer em escavações, quer em aterros, deverá satisfazer ao volume,
natureza e dificuldade do trabalho a executar, mas sempre de forma a esse trabalho obedecer às
normas da boa técnica de construção e a concluir-se dentro do prazo previsto no respectivo plano
de trabalhos.
Se não constar no Projecto ou das condições Técnicas Especiais o mínimo equipamento
mecânico a utilizar nos trabalhos, ou não for cláusula do próprio concurso, o Empreiteiro obriga-
se à aprovação da Fiscalização o equipamento que pretende utilizar nesses trabalhos.
Em qualquer dos casos, se não constar do plano de trabalho, com o necessário desenvolvimento,
a planificação das terraplanagens, o Empreiteiro terá de submeter essa planificação à aprovação
da Fiscalização.
O equipamento a utilizar nas terraplanagens, ou seja nas escavações, escarificação, aterros, rega,
compactação e transportes, deverá encontrar-se em boas condições de funcionamento de forma a
permitir a continuidade de trabalho previsto no plano. Se tal não se verificar, a Fiscalização
poderá exigir a substituição dessas unidades, ou mesmo o seu aumento independentemente da
aprovação a que se refere o parágrafo primeiro da condição anterior, de forma aos trabalhos
poderem prosseguir normalmente e concluírem-se portanto dentro do prazo proposto.
O equipamento a utilizar não deve, pela sua forma, dimensões ou peso, provocar danos às obras
em curso ou às construções existentes.
A passagem dos meios de transporte sobre os aterros executados na obra deve fazer-se tanto
quanto possível em percursos diferentes, de forma a obter-se uma melhor compactação das zonas
aterradas.
Os danos causados nas vias públicas, os embaraços ao trânsito ou quaisquer outras
responsabilidades perante terceiros, resultantes do tipo de equipamento e das operações do
transporte de terras serão encargo do Empreiteiro.
1.4. Escavações
a) A escavação não deve ser levada abaixo das cotas indicadas nos desenhos, salvo em
circunstâncias especiais surgidas durante a construção, tais como a presença de rocha, ou
seja, as escavações a efectuar não são levadas a efeito sem primeiramente se ter feito a
implantação no terreno das cotas do projecto. O Empreiteiro deverá verificar se as cotas,
alinhamentos e áreas do projecto estão perfeitamente implantados no terreno, e se não
existem quaisquer divergências entre os elementos eventualmente fornecidos e os
especificados no projecto. Se existirem quaisquer divergências deve requerer a imediata
aprovação da Fiscalização para as correcções a fazer e isto antes de se iniciar os
trabalhos. Uma vez começados não serão aceites quaisquer reclamações sobre os
elementos de implantação que eventualmente lhe tenham sido fornecidos, sendo da
responsabilidade do Empreiteiro todos os encargos relacionados com as correcções a
fazer. O material removido abaixo da cota do Projecto deve ser substituído por solos ou
materiais com características de sub-base ou base;
b) A compactação relativa da camada subjacente ao leito do pavimento, referida ao ensaio
AASHO modificado deve ser de pelo menos 95%, até uma profundidade de 600 mm. No
caso de não serem atingidos estes valores, deverá o solo ser escarificado, ou mesmo
substituído, procedendo-se depois à sua compactação de acordo com a parte aplicável do
artigo referente a aterros;
c) A escavação deve sempre desenvolver-se de forma a que seja assegurado um perfeito
escoamento superficial das águas. Se no decorrer das escavações for encontrada água
nascente ou de infiltração, tal facto deve ser imediatamente considerado, no caso do
Projecto não prever a respectiva drenagem. A escavação, entretanto, deve ser mantida
livre de água por intermédio de bombagem ou outro meio. A fiscalização poderá
determinar a construção provisória de drenos ou valas de drenagem para interceptarem ou
desviarem as àguas superficiais que possam prejudicar a segurança ou sequência do
trabalho;
d) A qualidade dos materiais das escavações da obra a aplicar em aterro (e dos empréstimos)
deve ser verificada de maneira contínua durante o trabalho. Se a qualidade diferir do
especificado, essa circunstância deve ser devidamente considerada, nomeadamente no
dimensionamento do pavimento;
e) Os materiais escavados deverão ser seleccionados de forma a poderem ser utilizados nos
aterros. A fiscalização sempre que o entender, poderá para comprovação desses materiais
a utilizar nos aterros, exigir os ensaios prescritos na norma em vigor (sem prejuízo de
outras normas, recomendações e regulamentos nacionais ou europeus que sejam
aplicáveis);
f) O material seleccionado deverá ser transportado directamente, sempre que for praticável,
do local da escavação para o local da sua utilização.
Caso se imponha o depósito do material seleccionado para ulterior utilização, correrão
esses trabalhos, desde a sua escavação até à sua aplicação, à responsabilidade do
Empreiteiro, o que aliás deve por este estar previsto, quer quando da elaboração da sua
proposta, quer quando da elaboração do respectivo plano de trabalhos;
Nas escavações que não se destinam a receber alvenarias ou betões, as irregularidades do fundo
serão preenchidas posteriormente por pedra e areia fortemente compactadas, de modo a obter-se
um fundo plano à cota fixada no projecto.
Nas superfícies laterais das escavações, o Empreiteiro deverá proceder à remoção dos blocos que
corram perigo de desmoronamento.
acabamento dos fundos e das superfícies laterais, e a execução das fundações, deverá ser
reduzida ao mínimo.
Em terrenos particularmente sensíveis haverá necessidade de disposições especiais, tais como a
execução de uma camada de betão aplicada directamente sobre a superfície do fundo.
Nas escavações para ensoleiramento geral, os materiais encontrados no fundo e susceptíveis de
constituírem pontos de maior rigidez, tais como afloramento de rochas e de fundações, deverão
ser removidos. As bolsadas de natureza mais compressível que o conjunto do fundo da
escavação, deverão ser substituídas por material de compressibilidade análoga do restante
terreno, de modo a obter-se um fundo de compressibilidade uniforme, à cota fixada no projecto.
Recto escavadora
Figura N.º2
Consideram-se escavações deste tipo, aquelas em que o comprimento e a largura são da mesma
ordem de grandeza, para alturas superiores a 1m e a metade da largura.
Escavação livre - escavações com largura superior a 2m e profundidade superior a metade da
largura.
Quando necessário, deverá ser instalada adequada ventilação e iluminação nos poços enquanto
dure a sua escavação.
A escavação em poços em que a máxima distância entre faces interiores apostas seja inferior a
1,20 m não poderá ser efectuada por descida de um operário ao fundo.
Quando se empreguem explosivos na escavação dos poços, o empreiteiro tomará as medidas
necessárias à evacuação dos gases tóxicos produzidos.
Se a altura da fundação for superior a 4,0 m e inferior a 5,5 m o trabalho será medido por este
artigo aumentado de 100%.
Aos trabalhos realizados nas condições especiais que a seguir se indicam, se não mencionados no
respectivo Caderno de Encargos, serão medidos em rubrica própria e considerados como
trabalhos a mais:
a) quando as escavações forem realizadas abaixo do nível freático, no referente a
bombagens;
b) quando em locais infestados ou infectados.
deverá corrigir à sua custa as zonas escavadas em excesso, usando materiais e processos
aprovados pela Fiscalização.
acabamento. Em geral a vistoria e consequente decisão terão lugar no prazo de 8 dias a partir da
solicitação do empreiteiro. Quando a escavação deva ser imediatamente seguida de aterro ou de
outros trabalhos, a vistoria e consequente decisão terão lugar no prazo de 24 horas a partir da
solicitação do Empreiteiro.
Se a topografia do local o permitir, poderá ser executada uma vala colectora envolvendo a zona
prevista para as escavações.
Se a topografia do local não permitir a evacuação por gravidade das águas das escavações, estas
serão reunidas em poços de recolha e bombadas para o dreno exterior.
Salvo disposição em contrário, o abaixamento do nível da água nos poços será limitado ao
necessário para assegurar a execução dos trabalhos.
Quando se utilize bombagem intensa deverão ser tomadas medidas adequadas a evitar que a
percolação da água possa provocar a remoção dos fios do terreno e prejudicar a estabilidade das
obras já existentes ou a construir.
Se o Empreiteiro, por negligência ou outro motivo, escavar o terreno abaixo das cotas indicadas,
deverá corrigir essas zonas escavadas em excesso, com materiais e processos indicados pela
Fiscalização, sem direito a qualquer indemnização. Todas as terras escavadas impróprias para
aterros, nomeadamente a camada de terra vegetal, serão transportadas a local de depósito e
colocadas de acordo com as indicações dadas pela Fiscalização.
Todas as zonas de empréstimo de terras deverão ser convenientemente niveladas ou
regularizadas antes da recepção provisória dos trabalhos, de forma a apresentarem um
acabamento aceitável.
Se durante a execução dos trabalhos for necessário interceptar sistemas de drenagem superficiais
ou subterrâneos, sistemas de esgotos, condutas ou estruturas semelhantes e enterradas, será de
responsabilidade do Empreiteiro a adopção de todas as medidas necessárias para manter em
funcionamento os referidos sistemas e proteger tais estruturas. Sempre que se encontrem esses
sistemas ou estruturas, deverá o Empreiteiro informar a Fiscalização que dará as devidas
instruções e se necessário, tomará as providências que se imponham.
1.5. Aterros
4. Na colocação dos solos de aterro deve ter-se em atenção que na parte inferior devem ficar
os de pior qualidade, melhorando sucessivamente até que na parte superior se empreguem
aqueles que tenham melhores características;
5. Deverão ainda ser feitos todos os trabalhos de terraplanagem, nas zonas de transição de
escavação para aterro, de forma a ser garantida uniformidade na capacidade de suporte;
6. Empregando-se pedra na execução dos aterros, os vazios devem ser preenchidos com
material mais fino, compactando-se de forma a obter uma camada densa. Assim, as
camadas não poderão ter espessura superior a 600 mm, sendo obrigatório o espalhamento
mecânico do material em camada, por meio de equipamento mecânico que, em sucessivas
passagens com a lâmina cada vez mais baixa, depositará inicialmente os blocos de
maiores dimensões, preenchendo os seus intervalos ou vazios com blocos de menores
dimensões a cada passagem, efectuando na última a regularização com os elementos mais
pequenos, detritos e terras. A compactação neste caso deve ser feita com cilindro de
pneus, ou na falta deste, com cilindro de rasto liso de peso não inferior a 12 toneladas. Os
600 mm do topo deverão ser sempre formados por solos compactados por camadas, não
se permitindo pedras com mais de 100 mm de dimensão máxima a menos de 300 mm da
parte superior do aterro;
7. No caso de alguns blocos de rocha possuírem dimensões superiores a 600 mm, serão
convenientemente distribuídos nos aterros de forma a permitirem a fácil e eficiente
aplicação das máquinas compactadoras nos seus intervalos e de tal modo que os seus
pontos mais altos fiquem a uma profundidade do leito do pavimento de pelo menos, 1 m;
8. Os aterros têm de ser sempre construídos por forma a darem um perfeito escoamento às
águas, não devendo o declive transversal exceder, no entanto, um valor superior a 6%.
Os materiais destinados a aterros em contacto com edifícios não devem conter terras infectadas
por fungos ou infestados por insectos.
Os materiais destinados a aterros em contacto com paredes de cave devem assegurar as
condições de drenagem previstas no projecto ou no caderno de encargos.
1.5.7.1. Nivelamento
Os aterros destinam-se a obter as plataformas definidas pelas cotas projecto. Estes aterros serão
obtidos pela compactação de camadas com a espessura máxima de 0,20m e serão sempre
procedidas pela remoção da terra vegetal.
1.5.7.4. Verificações
a) O controle do aterro far-se-á normalmente à custa dos ensaios de determinação da
baridade das camadas compactadas, podendo estes ensaios serem dispensados pela
Fiscalização, mediante autorização escrita;
b) Qualquer camada ou sua porção que não atinja a compactação mínima exigida será
escarificada e compactada até que se obtenha a baridade exigida e satisfaça a
Fiscalização;
c) Os valores de compactação fixados nesta especificação referem-se à percentagem da
baridade seca máxima obtida pelo ensaio de Proctor (ASTM-1557 e ASTM-D-854).
1.6. Fundações
O enchimento dos caboucos, e a execução de fundações de tipo especial, será feito pela forma e
com o emprego dos materiais fixados no projecto.
Na sua execução o empreiteiro deverá prever a realização dos trabalhos inerentes a essas
fundações, bem como a travessia de canalizações e cabos, que porventura existam e de que vem
a tornar-se responsável por quaisquer danos que lhes ocasione.
No caso de se tratar de fundações indirectas, em estacaria ou por poços, a sua execução, ensaios
e modo de Fiscalização, será objecto das Condições Técnicas Especiais.
6. As operações de bombagem serão conduzidas com cuidado para que não seja modificado
o arranjo intergranular das formações do substrato e, se efectuadas durante a betonagem,
deverão ser conduzidas ainda com um cuidado mais rigoroso, por forma a evitar o
arrastamento da leitada do betão;
7. As escavações serão executadas com observância rigorosa da implantação, forma e
demais características geométricas indicadas nos desenhos de execução;
8. Os produtos das escavações serão removidos para local apropriado, que a Fiscalização
poderá fixar, e serão regularizados no depósito;
9. No preço unitário contratual das escavações, de montante igual ao indicado pelo
Empreiteiro na lista de preços unitários anexa à proposta que apresentou no concurso
para adjudicação da empreitada, ou no total das fundações se aqui estiver incorporado,
são considerados incluídos todos os trabalhos inerentes à sua completa execução, tais
como entivações, escoramentos, esgotos e drenagem, ou quaisquer outros, mesmo que
subsidiários, ficando bem esclarecido que o Empreiteiro se inteirou no local, antes da
elaboração da sua proposta, de todas as particularidades do trabalho e que nenhum
direito a indemnização lhe assiste, no caso das características geológicas se revelarem
também diversas das que inicialmente previra, salvo se ocorrer a modificação do tipo de
fundação previsto no Projecto;
10. Para efeito da determinação do trabalho realizado em escavações, estas serão
consideradas pela medição geométrica do volume escavado sobre os perfis teóricos de
escavação;
Equipamento de transporte
Figura N.º4
Também são incluídas em transporte de terras as operações de condução destas a depósitos e
posteriormente, aos locais de aplicação. Salvo qualquer referência especifica, não será devido
nenhum pagamento adicional ao empreiteiro pelo transporte de terras, quer provenientes das
escavações e transportadas a vazadouro, quer provenientes de locais de empréstimo, cujo custo
se considera incluído nos preços respeitantes ao capítulo de movimento de terras.
Equipamento de transporte
Figuras N.º4 e N.º5
Quando o regime da empreitada for por preço global, constitui encargo das operações de
transporte de terras decorrentes da localização da zona de trabalho.
Constituirão trabalhos a mais ou a menos os transportes de terras resultantes das alterações dos
locais de empréstimo ou de depósito de terras não imputáveis ao Empreiteiro.
Os preços unitários do transporte devem incluir as operações de carga e descarga e serão
referidos ao transporte de 1 m3, nos percursos decorrentes da localização das zonas de trabalho,
de empréstimo de depósito, indicada no contrato, no projecto ou no caderno de encargos.
Os encargos referentes aos transportes a mais ou a menos devidos à alteração dos percursos serão
determinadas com base nos preços unitários relativos ao transporte de 1 m3 à distância de 1 m,
sem operações de carga e descarga.
Em qualquer regime de empreitada os erros ou omissões do projecto ou do caderno de encargos,
relativos à natureza e quantidade dos materiais a transportar, aos percursos e às condições de
carga e descarga não poderão servir de fundamento à suspensão ou interrupção dos trabalhos,
constituindo obrigação do empreiteiro dispor oportunamente do equipamento necessário.
Constituem encargos do empreiteiro os trabalhos referentes à instalação dos acessos provisórios
necessários, dentro e fora do(s) estaleiro(s).
1.7.3. Transportes
As terras sobrantes serão transportadas para vazadouro da escolha do empreiteiro, se outra coisa
não for especificada.
Equipamento de transporte
Figuras N.º6
1.8. Terraplanagens
O termo restringe-se às operações de regularização do terreno, geralmente efectuadas antes da
implantação definitiva da obra, conducente à adaptação do projecto ao terreno natural e aos
arruamentos.
Os terrenos em fundações de pavimentos são objecto de condições em separado. O material
escavado, depois de seleccionado, poderá ser utilizado na construção de aterros ou em fundações
de pavimentos, se tal for previsto no projecto ou nas Condições Técnicas Especiais e autorizado
pela Fiscalização nas sempre de acordo com as indicações desta.
Figuras N.º 7 e 8
Figura N.º9
A Fiscalização reserva-se o direito de alterar rasantes e cotas do projecto, se daí resultar maior
economia para a obra ou se isso for julgado conveniente para a melhoria do trabalho, sem que tal
traga modificação no preço unitário proposto.
Figura N.º 10
b) A superfície da camada superior das terraplanagens deve ficar lisa, uniforme, isenta de
fendas, ondulações ou material solto.
Figura N.º 11
Figura N.º 12
3. Cada camada deve ser compactada de tal forma que a compactação relativa, referida ao
ensaio AASHO modificado, seja nos últimos 500 mm de terraplanagem, de pelo menos
95%. As camadas inferiores terão uma compactação mínima de 90%. No caso de solos
incoerentes, os valores referidos sobem para 100% e 95%, respectivamente. Ao termo da
compactação, o teor em humidade do material de aterro deve ser tal que possa produzir a
compactação relativa especificada. Se o material de aterro tiver excesso de humidade, não
deve ser compactado até que esteja suficientemente seco de forma a produzir a
compactação requerida;
4. Em volta das colunas, muros isolados, etc., o enchimento far-se-á tanto quanto possível,
para os dois lados opostos, de modo a não dar origem a impulsos unilaterais
significativos.
1.11. Taludes
Os terrenos de todos os taludes ficarão perfeitamente consolidados e regularizados e serão
fixados em princípio por meio de chorões cujo fornecimento, plantação e conservação até a
recepção provisória competem ao Empreiteiro.
1.12.1. Drenagem
A drenagem deve permitir que as águas do aterro suportado se evacuem livremente, obstando
assim, a que o muro de suporte seja submetido a um impulso hidrostático.
A drenagem compreende:
a) Um filtro de drenagem, que poderá ser constituído por pedra arrumada à mão na extensão
de 400 a 800 mm ou, em obras de média importância, por bloco cerâmico com a
espessura de 100 a 150 mm;
b) Um dreno, que será constituído por tubos perfurados ou porosos, dispostos na posição
mais baixa possível e com uma inclinação mínima de 1%. O diâmetro mínimo será de
200 mm. Deverá ainda, verificar-se a existência de caixas de visita, espaçadas de 50 a 70
m no máximo, para permitir a limpeza dos colectores;
c) Um canalete, cuja inclinação dependerá da quantidade de água superficial prevista e que
se destina a evitar a infiltração das águas superficiais, em grande quantidade, no filtro de
drenagem.
1.12.2. Aterro
Utilizar-se-á como material de aterro, na parte posterior do muro, o material de escavação, se for
possível compactá-lo adequadamente e, simultaneamente, manter a espessura do filtro de
drenagem em altura.
Para evitar comprometer a estabilidade do muro e conservar a eficácia do filtro de drenagem
devem seguir-se as seguintes regras de boa execução:
a) aterro deverá ser feito por camadas de 300 mm, no máximo, que devem ser compactadas
por instrumentos ligeiros;
b) A compactação só deverá ser feita a partir de uma distância de 1 m do paramento interior
do muro, devendo ser o mais regular possível para evitar assentamentos diferenciais. No
topo do muro, no entanto, e na espessura de 1 m, a compactação será feita até ao
paramento interior;