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Orientador:
Prof. Dr. Roque Rabechini Jr.
Rio de Janeiro
2010
M521 Melhorias que podem ser introduzidas nos escritórios de projeto da
Engenharia/IETEG, UN-AM e do SMS corporativo com base nas melhores
práticas identificadas na literatura / Adalberto Ermida Franco et al. – Rio de
Janeiro, 2010.
127 f. : il. ; 30 cm.
CDD: 658.040
________________________________________________
Prof. Dr. Roque Rabechini Jr.
Rio de Janeiro
2010
AGRADECIMENTOS
A Deus, que nos concedeu saúde e disposição para realizar este trabalho.
Aos nossos familiares que são o sustentáculo e motivação para que possamos estar
continuamente desenvolvendo nosso conhecimento.
Ao nosso orientador prof. Dr. Rabechini que durante este trabalho sempre contribuiu com
presteza e atenção.
Tabela 1 – Matriz de priorização dos Fatores Críticos para o PMO SMS ............................... 76
Tabela 2 – Matriz de priorização dos Fatores Críticos para o PMO ENGENHARIA ................ 95
Tabela 3 - Matriz de priorização dos Fatores Críticos para o PMO UN-AM ......................... 117
Tabela 4 – Fatores críticos X Concordância geral em percentual ......................................... 119
Tabela 5 – Fatores críticos X Discordância geral em percentual .......................................... 119
Tabela 6 – Fatores críticos X Nota global ponderada ........................................................... 119
Tabela 7 – Fatores críticos X Prioridades de implantação de melhorias .............................. 119
LISTA DE QUADROS
1 INTRODUÇÃO ...............................................................................................................15
2 BASE CONCEITUAL ........................................................................................................17
2.1 CONCEITUAÇÃO..................................................................................................................17
2.2 FUNÇÃO/OBJETIVO.............................................................................................................18
2.3 TIPOS DE PMO ....................................................................................................................20
2.3.1 Equipe de Projetos Autônoma (APT – Autonomous Project Team) ...........................20
2.3.2 Escritório de Suporte de Projetos (PSO – Project Support Office) .............................21
2.3.3 Centro em Excelência de Gestão de Projetos (Project Management Center of
Excellence – PMCOE) .......................................................................................................21
2.3.4 Escritório de Gerência de Programas (PMO – Program Management Office) ............21
2.4 APLICAÇÃO DO PMO...........................................................................................................24
2.5 IMPLANTAÇÃO DO PMO.....................................................................................................26
2.5.1 Fase 1 .....................................................................................................................28
2.5.2 Fase II .....................................................................................................................28
2.6 FATORES CRÍTICOS PARA IMPLANTAÇÃO...........................................................................29
2.6.1 Patrocínio e apoio gerencial ....................................................................................30
2.6.2 Adequação e alinhamento do PMO a Organização...................................................31
2.6.3 Metodologia ...........................................................................................................32
2.6.4 Qualificação de pessoal e excelência dos serviços prestados....................................32
2.6.5 Sistema de informações ..........................................................................................33
2.6.6 Partes Interessadas (Stakeholders)..........................................................................34
2.6.7 Comunicação ..........................................................................................................34
2.6.8 Outros fatores diretamente ligados ao PMO............................................................35
2.7 BENEFÍCIOS DO PMO ..........................................................................................................36
3 METODOLOGIA.............................................................................................................39
3.1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................39
3.2 MÉTODO DE PESQUISA.......................................................................................................39
3.3 COLETA DE DADOS..............................................................................................................41
3.3.1 Dados Gerais...........................................................................................................42
2
1 INTRODUÇÃO
2 BASE CONCEITUAL
2.1 CONCEITUAÇÃO
2.2 FUNÇÃO/OBJETIVO
Dinsmore (1999) apud Rabechini Jr. (2007) discorrre sobre os estágios de evolução
dos PMO e sobre o aumento progressivo de recursos para os mesmos. Considera que no
segundo estágio de evolução onde existem equipes de apoio já se pode considerar um
escritório de projetos. No terceiro estágio denominado centro de excelência o escritório de
projetos deve conhecer:
a) metodologia de gerenciamento de projetos não mais restrita às áreas de
prazo e custo (inclui-se aqui a administração da qualidade das várias entregas
do projeto, do gerenciamento do escopo do produto e do projeto, da
avaliação e análise de riscos, e, fundamentalmente, das informações do
projeto);
b) formas de administrar os recursos humanos e materiais do projeto;
c) programas de computador que ajudem os interessados no controle do
projeto;
d) processos gerenciais incluindo os procedimentos de início e fim de projetos.
Mulcahy (2007) trata o PMO como um departamento que centraliza o
gerenciamento de projetos e que em geral, o mesmo assume uma das seguintes funções:
a) fornecer as políticas, as metodologias e os modelos para gerenciar projetos na
organização;
b) fornecer apoio e orientação para outras pessoas na organização sobre como
gerenciar projetos, fornecer treinamento sobre gerenciamento de projetos ou
software de gerenciamento de projetos, e apoiar o uso de ferramentas
específicas de gerenciamento de projetos;
c) fornecer gerentes de projetos para diferentes projetos e assumir a
responsabilidade pelos resultados dos mesmos (todos os projetos, ou projetos
de um determinado porte, tipo ou influência, são gerenciados por este
escritório).
Cleland e Ireland (2007) ao considerar que um escritório de projetos pode ser
simples com umas poucas pessoas e também ter muitas pessoas em função das
20
projetos são derivadas da experiência do gerente de projeto, não havendo suporte por parte
da organização. Para Vargas (2003), este tipo de escritório destina-se ao gerenciamento de
um projeto ou programa específico, onde toda responsabilidade sobre o resultado, é da
equipe do projeto.
Crawford (2002) ao analisar os tipos de escritório de projetos afirma que sua missão
poderá envolver do operacional ao estratégico dependendo da sua forma de implantação.
A figura 3 apresenta três níveis de um escritório de projetos:
a) Nível 1: o escritório de projetos oferece a função de suporte e controle a um
programa ou projeto complexo;
b) Nível 2: o escritório ainda oferece suporte a projetos individuais a unidades de
negócios ou divisões, integrando um grande número de projetos de tamanho
variados;
c) Nível 3: o escritório gerencia as necessidades de recursos continuamente
dando prioridade à lista dos projetos alinhando com o planejamento
estratégico da empresa.
24
principais objetivos giram em torno de manter um balanço lógico e eficiente entre custo,
prazo, qualidade e escopo dos objetivos ou produtos do projeto.
Kate (2000) acrescenta que o aumento da complexidade do mundo dos negócios faz
com que as empresas necessitem de uma maior capacidade de coordenar, gerenciar e
controlar suas atividades de maneira a responder mais rapidamente aos estímulos externos.
Essa coordenação e controle de atividades são o foco do gerenciamento de projetos e estão
intimamente ligados ao sucesso da implementação de estratégias de negócios por meio de
projetos.
Crawford (2001) justifica esta aparente ineficácia no gerenciamento de projetos
dizendo que a maioria dos problemas relativos aos projetos ocorre devido à falta de
processos adequados e padronizados de gerenciamento, ou seja, a maior causa das falhas
nos projetos não são as especificidades do que efetivamente deu errado, mas sim a falta de
procedimentos, metodologias e padrões.
Kate (2000) complementa dizendo que o gerenciamento de projetos isolados é
somente parte do que uma empresa deve fazer para ser competitiva atualmente. Também é
crítico o conhecimento do que se passa em todos os projetos da organização. A empresa
necessita assegurar-se de que os projetos mais importantes para a organização tenham
acesso privilegiado a recursos de forma a produzir os melhores resultados possíveis.
O Escritório de Gerenciamento de Projetos surge, então, como um elemento
organizacional responsável pela minimização dos problemas de falta de processos e para a
divulgação das melhores práticas de gerenciamento de projetos para toda organização.
Possibilita o fornecimento da infra-estrutura necessária, a diminuição dos índices de falha de
processos bem definidos e padronizados, pela divulgação das melhores práticas de
gerenciamento de projetos, proporcionando a diminuição dos índices de falhas e garantido
que os projetos mais importantes para a organização sejam os mais prioritários.
Por outro lado, alguns autores, como Dinsmore (2002), discordam mostrando que
alguns estudos estão evidenciando que os Escritórios de Gerenciamento de Projetos (PMO)
podem não ser uma solução viável para um grande número de empresas e sua evidência nos
dias de hoje pode ser fruto de um modismo passageiro.
Neste contexto, que alguns autores tratam o PMO como um alto potencial de
ganhos para empresas e outros o caracterizam como uma moda passageira é mister fazer
26
um estudo mais profundo do assunto, para então apresentarmos fatos e dados para uma
análise mais criteriosa do assunto.
2.5.1 Fase 1
2.5.2 Fase II
2.6.3 Metodologia
Como listado a seguir, vários são os autores que dão destaque à qualidade da
equipe e dos serviços do PMO:
Barcaui e Quelhas (2006) “dependendo da competência do PMO e do patrocínio da
empresa, o escritório de projetos tem o potencial de se tornar o ‘braço direito’ da alta
gerência”.
Manchester (2005) segue na direção de Dinsmore (1999), destacando a importância
do que ele se refere como Competência “pessoas preparadas para gerenciar e prestar
suporte técnico aos projetos”.
Valeriano (2001) trata ambos os aspectos:
a) a qualidade e excelência dos serviços prestados é ponto importante, uma vez
que se estes não satisfizerem suas atribuições iniciais, dificilmente irão evoluir
para exercer atividades mais elevadas;
b) a equipe do PMO deve ser corretamente dimensionada, com dedicação
suficiente para resolução dos problemas de projetos abordados pelo
escritório de projetos.
Valeriano (2001) sinaliza também nessa direção quando lembra que o sistema de
informações para o armazenamento de dados e informações dos projetos deve visar à
melhoria dos processos gerenciais.
De forma bem objetiva, Cleland e Ireland (2007) destaca a importância das partes
interessadas (stakeholders) no processo de implantação do PMO:
O sucesso do escritório de projetos será determinado pelos seus clientes, que são
aqueles que recebem os produtos e serviços do escritório de projeto. (Dirigentes gerentes
ou líderes de projeto, membros da equipe do projeto, gerentes funcionais e “stakeholder”)
A implantação é de cima para baixo, para a autoridade iniciar e manter o escritório
de projetos. Se os usuários não estão satisfeitos com os serviços, o apoio superior será
erodido e o escritório de projetos será interrompido.
Por sua vez, Crawford (2002) inclui o esquecimento dos “stakeholder”, chave do
processo de implantação, dentre os possíveis fatores de fracasso do processo.
Mulcahy (2007) destaca que deve haver uma tentativa de equilibrar os interesses
das parte interessadas durante a iniciação e o planejamento do projeto.
2.6.7 Comunicação
3 METODOLOGIA
3.1 INTRODUÇÃO
O estudo de caso foi a forma identificada para conduzir esta pesquisa, pois sua
utilização como estratégia de pesquisa é utilizada em muitas situações sendo que entre elas
estão estudos organizacionais e gerenciais conforme Yin (2001). Este mesmo autor após
comparar a adoção do estudo de caso frente a outras estratégias de pesquisa comenta da
incorreção da visão hierárquica de considerar a adoção de estudos de caso apenas como
ferramenta exploratória e estabelece as três condições para definir a estratégia de pesquisa.
São elas:
a) no tipo de questão de pesquisa proposta;
b) na extensão de controle que o pesquisador tem sobre eventos
comportamentais efetivos;
c) grau de enfoque em acontecimentos históricos em oposição a
acontecimentos contemporâneos.
O Quadro 1, elaborado por COSMOS Corporation, apresenta as situações relevantes
para diferentes estratégias de pesquisa.
O questionário elaborado conta com uma parte relativa a dados gerais desenvolvido de
forma objetiva visando traçar um perfil simplificado das pessoas que responderam ao
questionário e das suas áreas de atuação. As questões incluídas foram às seguintes:
a) escritório de projeto Identificar a qual dos escritórios de projeto analisados
o respondente mantêm relacionamento. As possibilidades são: UN-AM,
Engenharia e SMS;
b) função atual Identificar se o respondente atua em um dos escritórios de
projeto como parte integrante do mesmo, como cliente ou então como
gerente de projeto. As possibilidades são: escritório/cliente/gerente de
projeto;
c) tempo na função Visa identificar o tempo em que o entrevistado atua com
gerenciamento de projetos. As possibilidades foram classificadas em anos da
seguinte forma: até 4; 4 até 8; maior que 8;
d) conhecimento em gerenciamento de projetos Tem como objetivo
identificar se o entrevistado tem conhecimento da metodologia de
gerenciamento de projeto. As possibilidades possíveis são: nenhum; básico;
avançado;
e) adoção dos processos definidos no PMBOK pelo PMI Visa verificar se o
entrevistado utiliza as práticas do PMI no gerenciamento de seus projetos. As
respostas possíveis são: não; parcial; sim;
f) qualificação ou certificação Visa identificar a formação do entrevistado em
relação ao gerenciamento de projetos. Os tipos de qualificação e/ou
certificação consideradas são: nenhum; PMP; MBA ou similar.
Melhores Práticas
Instrumento de pesquisa
(Base teórica X Situação real) Amostra selecionada
Avaliação da incorporação de melhores
práticas pelo PMO estudado
(concordância total/parcial; discordância
total /parcial; e nota global ponderada)
Objetivo do estudo
4 RESULTADOS
Cliente
Até 4
Gerente de 4 até 8
33% Projeto Maior que 8
41%
Nenhum Não
Básico Parcial
51% Avançado 53% Sim
Qualificação ou Certificação
PMP
MBA ou
13% similar
Nenhum Não
Básico Parcial
67% Avançado Sim
Qualificação ou Certificação
11% 33%
Nenhuma
PMP
56% MBA ou
similar
Qualificação ou Certificação
69% 31%
Nenhuma
PMP
0% MBA ou
similar
5.1 INTRODUÇÃO
A análise dos resultados foi efetuada de forma distinta para os 3 (três) escritórios de
projetos independentemente e no seu conjunto. A análise foi 3 (três) diferentes níveis: Fator
crítico, PMO e Corporativo Petrobras.
Estudo das diferentes práticas associadas a cada fator crítico para cada PMO
tornando possível uma consolidação no nível de fator crítico para cada escritório.
A análise nesse nível trará os resultados obtidos com o uso do instrumento de
pesquisa, ilustrados por gráficos; os principais pontos evidenciados; as conclusões e
oportunidades de melhorias para o escritório estudado e um embasamento teórico por meio
de um exemplo de referência bibliográfica que destaca a importância da melhoria sugerida.
As práticas relacionadas a cada fator crítico estudado estão sintetizadas no quadro a
seguir.
56
Qualificação de
Alinhamento e Metodologia e
Fator Patrocínio e apoio pessoal e Stakeholders e
adequação da Sistema de
crítico gerencial excelência dos Comunicação
organização Informações
serviços prestados
Práticas apoio gerencial aos alinhamento do PMO existência de disponibilização pelo consideração dos
trabalhos do PMO com objetivos processos e PMO de corpo de interesses das
associadas estratégicos da procedimentos que senioridade em partes interessadas
Organização e foco orientam a condução termos de nos produtos e
nos problemas de sua dos projetos na competências em serviços gerados
área de atuação metodologia do PMO G.P pelo PMO
participação do proposições pelo disponíbilidade de disponibilidade de estabelecimento de
patrocinador no PMO de mudanças na sistemas de instrutores para processos formais
processo de metodologia a informações que programas de de comunicação
planejamento dos medida que ocorrem fortaleçam o papel treinamento em G.P pelo PMO
projetos coordenados mudanças na do PMO como pelo PMO
pelo PMO Organização guardião da
propriedade
intelectual em G.P
delegação de consultas a gerentes disponibilidade de desenvolvimento comunicação pelo
autoridade ao PMO de linha e de projeto sistema de pelo PMO do PMO dos objetivos
pelas gerências previamente à informações de gerenciamento de e sucessos
responsáveis disponibilização de dados que projetos com alcançados nos
informações pelo contribuam para a responsabilidade e projetoss.
PMO melhoria dos considerando a ética
processos gerenciais vigente na empresa
aprovação gerencial capacidade de valorização pelo dimensionamento existência de
das diretrizes de adaptação do PMO à PMO da implantação adequado a processo de
gerenciamento de realidade dos de Sistemas de realidade atual da comunicação
projetos elaboradas projetos que Informações, sem equipe do PMO fortalecendo a
pelo PMO necessita coordenar perder o foco na importância do
integração dos PMO
projetos.
a capacidade de melhoria da compreensão, qualidade dos disponibilização
delegar, descentralizar integração dos aceitação e utilização trabalhos do PMO pelo PMO de canais
o poder, tomar resultados do projeto da metodologia de comunicação
decisões e a na organização em adotada pelo PMO com as partes
disponibilidade da função do PMO pela organização interessadas nos
administração projetos
a capacidade de adequação do suporte de forma envolvimento e atuação do PMO no
assumir o dimensionamento do adequada da integração das sentido de
planejamento e a PMO e sua estrutura condução dos partes interessadas equilibrar os
tomada de decisões para o projetos pela pela equipe do PMO interesses das
por parte da gerência acompanhamento metodologia adotada quando realiza seus partes interessadas
do projeto. dos projetos. pelo PMO trabalhos nos projetos
Quadro 2 – Principais práticas associadas aos Fatores Críticos para implementação de um PMO .
Fonte: os Autores, 2009.
57
As questões relacionadas aos Fatores Críticos buscam avaliar para cada fator, a
concordância ou discordância com a consolidação de melhores práticas, identificadas na
literatura, pelo PMO em estudo.
58
Gráfico 4 – Análise de resultados – Fator Crítico: Patrocínio e apoio gerencial - PMO SMS
Fonte: os Autores, 2009.
A análise geral do fator crítico patrocínio e apoio gerencial mostra em 85% dos
casos, uma concordância geral (incluindo parcial) sobre a consolidação das melhores práticas
nesse PMO, sendo que em 31% dos casos essa concordância é total. Deve ser destacado que
esses percentuais são influenciados pelo percentual significativo de respostas “sem opinião”
(10% no caso geral, incluindo todas as práticas). Se forem desconsiderados os casos onde
não há opinião, a concordância geral, incluindo concordância parcial ou total, sobe para
94%.
Analisando cada prática relacionada ao fator crítico, observa-se que a concordância
geral (incluindo parcial) quanto à consolidação da prática no escritório varia entre 78% e
100%: em 33% dos casos está em 100% e 50% dos casos em torno de 80%; e o restante 17%
dos casos em 65%.
Dentre todas as práticas consideradas, aquela que apresenta maior concordância
total quanto a sua consolidação no escritório em estudo é a aprovação gerencial das
diretrizes de gerenciamento de projetos elaboradas pelo PMO (69%). O apoio gerencial aos
trabalhos do PMO também tem alta concordância total (47%). Essa posição se mantém em
termos de "nota global" ponderada para as práticas citadas.
Embora com 25% de concordância total em relação a sua implementação, a
"capacidade de assumir o planejamento e a tomada de decisões por parte da gerência do
projeto" pelo escritório foi a única prática relacionada a patrocínio e apoio gerencial que
apresentou discordância total (3%). Em conjunto com a prática "delegação de autoridade ao
PMO pelas gerências responsáveis", ambas possuem menor "nota global" ponderada para o
fator crítico "Patrocínio e apoio gerencial". O impacto nas notas se deve à discordância total
no primeiro caso e a menor concordância total (13%) dentre as práticas aliada à discordância
geral (9%), ainda que não total, no segundo caso.
Entre 15 e 20% de concordância total encontramos as práticas "participação do
patrocinador no processo de planejamento dos projetos coordenados pelo PMO" (19%) e
"a capacidade de delegar, descentralizar o poder, tomar decisões e a disponibilidade da
administração" (16%). Ambas apresentam discordância geral (9% e 3% respectivamente),
sem que haja indicação de discordância total.
60
características como não interferir, mas estar disponível em caso de problemas, capacidade
de delegar, descentralização de poder e tomada de decisões entre outras.
De forma geral, este PMO está bem posicionado em relação às práticas relacionadas
ao "Alinhamento e adequação da organização", já que apresentou 91% de concordância
geral em relação a sua consolidação (96% se forem excluídos os itens "sem opinião").
Considerando as diferentes práticas separadamente, em 67% das mesmas há concordância
geral quanto a sua consolidação maior que 93%. As principais oportunidades de melhoria
devem ser desenvolvidas visando à adequação do dimensionamento do PMO e sua estrutura
para o acompanhamento dos projetos, pois foi a prática com menor concordância geral,
menor concordância total, menor "nota global" ponderada e maior discordância geral. Com
resultados também menos favoráveis, algum esforço também pode ser dedicado no sentido
de fortalecer a prática "proposição de mudanças na metodologia à medida que ocorram
mudanças na organização".
para a melhoria dos processos gerenciais" tem a maior discordância geral (19%), o que
explica sua menor "nota global" ponderada. A discordância geral considerando todas as
práticas fica no patamar de 5%.
Em relação à existência de processos e procedimentos que orientam a condução
dos projetos na metodologia do PMO e ao suporte de forma adequada da condução dos
projetos pela metodologia adotada pelo PMO, não foi evidenciada discordância.
5.2.1.4 PMO SMS - Fator crítico: Qualificação de pessoal e excelência dos serviços prestados
Gráfico 7 – Análise de resultados – Fator Crítico: Qualificação de pessoal e excelência dos serviços prestados.
Fonte: os Autores, 2009.
68
As questões relacionadas aos Fatores Críticos buscam avaliar para cada fator, a
concordância ou discordância com a consolidação de melhores práticas, identificadas na
literatura, pelo PMO em estudo.
78
Gráfico 11 – Análise de resultados – Fator Crítico: Patrocínio e apoio gerencial - PMO ENGENHARIA.
Fonte: os Autores, 2009.
79
Em relação ao apoio gerencial aos trabalhos do PMO, não foi evidenciada nenhum
tipo de discordância.
características como não interferir, mas estar disponível em caso de problemas, capacidade
de delegar, descentralização de poder e tomada de decisões entre outras.
5.3.1.4 PMO ENGENHARIA - Fator crítico: Qualificação de pessoal e excelência dos serviços
prestados
87
Gráfico 14 – Análise de resultados – Fator Crítico: Qualificação de pessoal e excelência dos serviços prestados.
Fonte: os Autores, 2009.
88
realidade atual. Há de se destacar que essa prática foi a única com discordância total (8%). A
discordância geral considerando todas as práticas fica no patamar de 13%.
De forma simplificada, em uma primeira análise podemos destacar que para o PMO
ENGENHARIA:
a) a concordância geral (incluindo parcial) quanto à consolidação das diversas
práticas relacionadas a cada fator crítico no escritório varia entre 80% e 92%,
enquanto a discordância geral varia de 5% a 13%;
b) os fatores críticos "Stakeholders e Comunicação" e "Alinhamento e adequação da
Organização" são aqueles que apresentaram maior concordância geral quanto a
sua consolidação (92,2% e 86,6% respectivamente), seguido pelo fator crítico
"Metodologia e sistemas de informações" (84,4%);
c) os menores percentuais de concordância quanto a sua consolidação foram
atribuídos aos fatores críticos "Qualificação de pessoal e excelência dos serviços
prestados" (80,6%) e "Patrocínio e apoio gerencial " (83,3%);
d) a maior discordância geral foi associada ao fator crítico "Qualificação de pessoal e
excelência dos serviços prestados" (6,8%).
Uma avaliação geral, considerando as escalas de discordância e concordância e a
freqüência de cada uma delas por meio da "nota global" ponderada, indica a mesma
situação: os fatores críticos "Stakeholders e Comunicação" e "Alinhamento e adequação da
organização" obtêm os melhores resultados também para esse indicador;
As menores "notas globais" ponderadas são relativas a "Metodologia e Sistema de
Informações" e "Qualificação de pessoal e excelência dos serviços prestados" .
Analisando os resultados citados anteriormente, pode ser observado que dentre
todos os fatores críticos estudados, a "Qualificação de pessoal e excelência dos serviços
prestados" foi o que apresentou maior % de discordância (12,6%) em relação a sua
consolidação no escritório em questão, devido, principalmente, à discordância geral de 30%,
sendo 8% de discordância total, inerente à adequação do dimensionamento da equipe do
PMO para a realidade atual e devido a 29% referentes a disponibilidade de instrutores para
programas de treinamento em G.P pelo PMO .
Em termos de "nota global" ponderada, a menor pontuação refere-se ao fator
crítico "Metodologia e Sistemas de Informação", principalmente devido à discordância
quanto à disponibilização pelo PMO de sistemas de informação de dados que contribuam
para a melhoria dos processos gerenciais.
95
5.4 PMO UN AM
As questões relacionadas aos Fatores Críticos buscam avaliar para cada fator, a
concordância ou discordância com a consolidação de melhores práticas, identificadas na
literatura, pelo PMO em estudo.
Gráfico 18 – Análise de resultados – Fator Crítico: Patrocínio e apoio gerencial - PMO UN AM.
Fonte: os Autores, 2009.
De forma geral, este PMO está bem posicionado em relação às práticas relacionadas
ao "Alinhamento e adequação da organização", já que apresentou 88% de concordância
geral em relação a sua consolidação (96% se forem excluídos os itens "sem opinião").
Considerando as diferentes práticas separadamente, em 83% das mesmas há concordância
geral quanto à consolidação maior que 85%. Apenas no caso da "adequação do
dimensionamento do PMO e sua estrutura para o acompanhamento dos projetos" esse
valor foi menor, ficando em 67%. Da mesma forma, esta prática apresentou menor "nota
global" ponderada, foi a única a apresentar discordância e não apresentar concordância
total, de modo que as principais oportunidades de melhorias devem estar voltadas para
promover a consolidação dessa prática em específico.
metodologia adotada pelo PMO pela organização, não foi evidenciada nenhum tipo de
discordância.
Gráfico 21 – Análise de resultados – Fator Crítico: Qualificação de pessoal e excelência dos serviços prestados.
Fonte: os Autores, 2009.
Apesar de incluídos na amostra selecionada, não houve retorno dos clientes, o que
afeta diretamente a efetiva consolidação das práticas relacionadas aos fatores críticos, em
particular o fator "Stakeholders e processo de comunicação". O não retorno dos
questionários pelos clientes evidencia de imediato que os mesmos não estão sendo
devidamente envolvidos e, por consequência, que seus interesses não são adequadamente
considerados e ao tempo que também expõe a fragilidade do processo de comunicação.
Dessa forma, as evidencias descritas a seguir se baseiam nos resultados dos questionários,
mas devem ser entendidas como a visão de pessoas diretamente ligadas ao escritório,
incluindo gerente de projetos, mas sem a visão dos clientes - cuja inclusão deverá ser tratada
como uma necessidade de melhoria para o escritório!
Em 90% dos casos, há concordância geral (incluindo parcial) sobre a consolidação
das melhores práticas nesse PMO, sendo que em 9% dos casos essa concordância é total. Se
forem desconsiderados os casos onde não há opinião, a concordância geral, incluindo
concordância parcial ou total, sobe para 96%.
Analisando cada prática relacionada ao fator crítico, observa-se que a concordância
geral (incluindo parcial) quanto à consolidação da prática no escritório varia entre 65% e
100%: em 50% dos casos está em 100%; em 33% dos casos em 88%; e o restante 17% dos
casos em 66.
A despeito da ausência dos clientes (!?!), dentre todas as práticas consideradas,
aquela que apresenta maior concordância total quanto a sua consolidação no escritório em
estudo relaciona-se com consideração dos interesses das partes interessadas nos produtos e
serviços gerados pelo PMO (33%), conforme sinalizado também pela "nota global"
ponderada. Nos demais 67% houve concordância, pelo menos parcial, com o tema. Ou seja,
não há nenhum tipo de discordância quanto à consolidação dessa prática no escritório
estudado. Essa evidência, que a princípio seria bastante positiva para o escritório UN-AM
necessita, como as demais relativas à Stakeholders e comunicação, ser validada com a visão
dos clientes.
113
O não retorno dos clientes deve ser um ponto de atenção para o PMO UN-AM. É
necessário com urgência identificar suas causas e desenvolver ações que os envolvam de
forma efetiva, os inclua no processo e que fortaleçam o processo de comunicação com os
mesmos, lembrando que sem clientes não ha escritório de projetos. Na consolidação geral
do escritório essa recomendação será associada a todas as práticas de forma geral.
De forma geral, mesmo para o restante da amostra, percebe-se que a principal
oportunidade de melhoria em termos de consolidação de práticas associadas ao fator crítico
“Stakeholders e Comunicação” relaciona-se com o processo de comunicação que fortaleça a
114
importância do PMO. Nesse sentido, além de discordância geral e não concordância total
tem também a menor concordância geral.
Oportunidade de melhorias no processo de comunicação aparece sinalizado
também na menor “nota global” ponderada da prática, confirmando por vários indicadores,
a conclusão obtida ao se analisar a ausência dos clientes na pesquisa desse escritório.
Como citado anteriormente, embora não seja objetivo direto desse estudo, em
função da grande convergência dos resultados encontrados para os PMOs estudados,
considerou-se importante consolidá-los para que os mesmos possam servir como ponto de
partida para um posterior estudo corporativo ou possam diretamente subsidiar melhorias
nesse nível, sem que isso descaracterize a importância de uma análise corporativa específica
com uma amostra mais abrangente, que represente melhor a Corporação.
As melhorias listadas a seguir para aplicação em Nível Corporativo, ou seja, em toda
a Companhia, foram aquelas atribuídas a todos os PMOs estudados. Sugere-se nesse caso
que os demais PMO da Empresa façam uma análise de abrangência imediata verificando a
adequação e aplicabilidade dessas medidas no caso específico.
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BARCAUÍ, A.; QUELHAS, O. Escritório de projetos: uma visão geral. Disponível em:
http://www.bbbrothers.com.br/scripts/Artigos/Escrit%F3rios%20de%20Projeto-
Uma%20vis%E3o%20geral.pdf. Acesso em: Acesso em: 16 de novembro de 2008.
CASEY, W., PECK, W. Choosing the right PMO setup. PM Network, v. 15, n. 2, Feb. 2001.
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131
Dados Gerais
Escritório de Projeto UN-AM Engenharia SMS
Função atual Escritório Cliente Gerente de Projeto
Tempo na Função Atual em anos Até 4 4 até 8 Maior que 8
Conhecimento Gerenciamento de Projetos Nenhum Básico Avançado
Adoção das práticas do PMI Não Parcial Sim
Qualificação e ou certificação Nenhuma PMP MBA ou similar
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