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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

REGIONAL CATALÃO
Unidade Acadêmica Especial de Física e Química
Departamento de Física

Laboratório de Física II
Prof. Marcionilio T. O. Silva

Relatório I – Pêndulo Simples

Catalão, 2015.
Laboratório de Física II
Data: 22/01/2016

Relatório I – Pêndulo Simples

Turma C – Grupo 01 Engenharia De Minas


Alex Rodrigues de Sousa - Matrícula: 201305639

Pablo Henrique Vieira Diniz - Matrícula: 201508678

Paulo Henrique de Melo Mattos - Matrícula: 201305672

Thaynara Marques de Moura Santos - Matrícula: 201515490

Catalão, 2015.
1 - Introdução

Perante ao estudo do Movimento Oscilatório, utiliza-se muito a teoria do Pêndulo


ou Movimento Pendular, proposta por Galileu Galilei na descoberta da periodicidade. Na
Física Mecânica, um Pêndulo Simples consiste na oscilação de um corpo de massa
puntiforme em torno de um ponto fixo - a posição de equilíbrio -, suspenso por um fio de
massa desprezível.

O movimento de um pêndulo simples envolve basicamente uma grandeza


chamada período (simbolizada por T): é o intervalo de tempo que o objeto leva para
percorrer toda a trajetória (ou seja, retornar a sua posição original de lançamento, uma
vez que o movimento pendular é periódico). Derivada dessa grandeza, existe a frequência
(f), numericamente igual ao inverso do período (f = 1 / T), e que, portanto, se caracteriza
pelo número de vezes (ciclos) que o objeto percorre a trajetória pendular num intervalo
de tempo específico. A unidade da frequência no SI é o Hertz (Hz), equivalente a um
ciclo por segundo(1/s).[1]

O período do pêndulo simples não


depende da massa e o fio tem que ser inelástico
e de massa desprezível para que não altere T.
Este é dependente do comprimento L do fio, da
aceleração local da gravidade (g). Figura 1

Em pequenas oscilações (considerando Ө


muito pequeno), a aproximação senθ ≈ θ fornece
a seguinte expressão para o período do pêndulo:

Figura 1 – Pêndulo Simples


𝑻 = 𝟐𝝅√𝑳⁄𝒈 (Equação 1)

(T: período; L: comprimento do fio; g: aceleração da gravidade.)

Na Equação 1, elevando ambos membros ao quadrado e isolando g, temos:

(𝟐𝝅)²𝑳
𝒈= (Equação 2)
𝑻²

Logo, pela Equação 2, é possível calcular a aceleração da gravidade g a partir da


oscilação de um pêndulo, considerando pequenas amplitudes.

No entanto, experimentalmente, as incertezas das medidas e do tempo permitem


a propagação de erros nos resultados finais. Assim, a incerteza do período do pêndulo é
calculada por:

𝟏
𝝈 = √( ) 𝟏 ∑𝟐𝟎
𝒊=𝟏/𝑻 − 𝑻𝒊/² (Equação 3)
𝑵
2 – Objetivo

Determinar experimentalmente o valor da aceleração da gravidade g através da


medida do período T do pêndulo.
3 – Material Utilizado

Corpo de massa puntiforme;

Figura 2

Cronômetro digital Vollo (𝜎𝐼𝑛𝑠𝑡. = 1ms);

Figura 3
Trena Milimetrada Storrett (𝜎𝐼𝑛𝑠𝑡. = 0,5 mm);

Figura 4

Tripé cidepe.

Figura 5
4 – Procedimento Experimental

I. Medir o comprimento L do fio;


II. Medir 20 vezes o intervalo de tempo correspondente a cinco períodos de
oscilação do pêndulo (t = 5T);
III. Apresentar os resultados com as devidas incertezas;
IV. Construir uma tabela com os valores medidos;
V. Fazer uma análise estatística, obter e apresentar o valor médio, o desvio
médio e o desvio padrão do período do pêndulo simples;
VI. Através da equação para calcular a propagação de erros (equação do erro
indeterminado), determinar o valor do período de oscilação do pendulo
simples T e sua respectiva incerteza ΔT;
VII. Com os valores obtidos para o comprimento L e o período T, determinar
o valor da aceleração da gravidade g. Comparar com o valor conhecido
(g = 9,8 m/s²) e determinar o desvio percentual;
VIII. Determinar a incerteza no valor de g;
IX. Determinar o valor de g pelo método gráfico. Para isso: i). Variar o
comprimento do fio L, medir 10 vezes o período T do pêndulo e calcular
o período médio; ii) em papel milímetro, construir o gráfico do quadrado
do valor médio do período em função do comprimento do fio L; iii)
determinar os coeficientes A e B da reta; iv) determinar o valor de g e
comparar com o que foi obtido anteriormente;
X. Responder: a) Qual o valor do período T se a massa m for dez vezes
maior?; b) Se o ângulo θ for muito grande, o que deve ocorrer com o
período T do pêndulo simples?
5 – Análises dos Resultados

Tabela 1
N Tempo T (s) Tempo Médio (s) - g médio (m/s²)
𝑇⁄
5
1 6,46 1,29 10,01 ± 0,17
2 6,28 1,26 10,01 ± 0,17
3 6,28 1,26 9,64 ± 0,16
4 6,40 1,28 9,43 ± 0,16
5 6,47 1,29 9,82 ± 0,17
6 6,34 1,27 9,23 ± 0,15
7 6,54 1,31 9,61 ± 0,16
8 6,41 1,28 9,7 ± 0,16
9 6,38 1,28 9,79 ± 0,17
10 6,35 1,27 9,7 ± 0,16
11 6,38 1,28 9,79 ± 0,17
12 6,35 1,27 9,17 ± 0,15
13 6,56 1,31 9,52 ± 0,16
14 6,44 1,29 9,79 ± 0,17
15 6,35 1,27 9,43 ± 0,16
16 6,47 1,29 9,52 ± 0,16
17 6,44 1,29 9,88 ± 0,17
18 6,32 1,26 9,43 ± 0,16
19 6,47 1,29 9,79 ± 0,17
20 6,35 1,27 10,01 ± 0,17

O valor médio do período é 1,28s que é a média dos períodos de oscilação do


pêndulo com o desvio médio de 0,013 e o desvio padrão do período 0,016. O valor da
gravidade média ou média calculada é 9,65m/s². Desvio percentual da gravidade foi de -
1,58 %, ou seja, o valor médio da gravidade é 1,58% menor que o valor real da gravidade
que é 9,8 m/s² e segue a baixo a equações usadas.
1
Média: 𝑥̅ = ∑𝑛𝑖=1 𝑥𝑖
𝑛

1
Desvio médio: 𝛿 ̅ = ∑𝑛𝑖=1|𝑥𝑖 − 𝑥̅ |
𝑛

1
Desvio padrão: 𝜎 = √ ∑𝑛𝑖=1|𝑥𝑖 − 𝑥̅ |2
𝑛−1

(𝐷𝑐𝑎𝑙 −𝐷𝑡𝑒𝑜 )
Desvio percentual: 𝜎𝑚 = ∗ 100
𝐷𝑡𝑒𝑜
Variou-se o comprimento do fio L para 25 cm, 30 cm, 35 cm, 40 cm, 45 cm e 50
cm, medindo 10 vezes o período T do pêndulo para cada comprimento e calculou -se o
período médio para ambos, obtendo os valores da tabela:

Tabela 2

Comprimento
0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 0,5
1 1,16 1,18 1,34 1,5 1,5 1,53
2 1,09 1,15 1,34 1,41 1,65 1,56
3 0,94 1,32 1,25 1,28 1,41 1,53
4 1,25 1,13 1,28 1,35 1,53 1,43
Período

5 1,04 1,16 1,25 1,38 1,41 1,5


6 1,06 1,19 1,07 1,22 1,66 1,57
7 0,91 1,34 1,12 1,09 1,38 1,44
8 1,16 1,19 1,28 1,19 1,5 1,5
9 1,09 1,31 1,13 1,4 1,46 1,56
10 1,12 1,22 1,09 1,34 1,59 1,41
𝑇̅ 1,082 1,219 1,215 1,316 1,509 1,503

Gráfico 1

0,6

0,5
Comprimento(m)

0,4

0,3 Melhor reta

0,2

0,1

0
1 1,5 2 2,5
Periodo(s²)

A equação da reta normal do gráfico a cima e y = 0,1986x + 0,0307 onde o


coeficiente A=0,1986 e B=0,0307.
6 – Conclusão
Com esse procedimento pode-se observar e concluir vários aspectos, entre estes,
como a variação do comprimento do fio influencia no período do pêndulo e que este
independe da massa do mesmo, como visto na equação 1. Com os dados obtidos pela
variação no comprimento do fio, foi possível calcular a gravidade utilizando a equação 2.
Com os dados obtidos no experimento pode-se chegar a um valor bem próximo da
gravidade escrita na literatura uma vez que pôde ocorrer erro na leitura da altura ou do
tempo e também verificar aspectos importantes de pêndulos como a relação entre o
período e o comprimento do fio para o mesmo ângulo teta.

7 – Referências Bibliográficas

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert. Fundamentos de física: Volume 2. (Tradução).


8.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008.

PIACENTINI, João J. et al. Introdução ao laboratório de física. 3.ed. Florianópolis:


UFSC, 2008.

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