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DIDÁTICA

Fabiola dos Santos Kucybala


O cotidiano escolar e suas
práticas pedagógicas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

„ Reconhecer que o cotidiano escolar vai além do espaço físico.


„ Identificar os elementos constitutivos da aula e suas relações.
„ Explicar a importância da organização do trabalho do professor em
sala de aula para a aprendizagem dos alunos.

Introdução
É de extrema importância que as atividades pedagógicas estejam or-
ganizadas e fundamentadas dentro da rotina do professor. Seguindo
essa concepção, a organização do cotidiano escolar é um aspecto que
demanda planejamento, discussões e embasamento teórico e prático
para subsidiar o trabalho docente.
O cotidiano das ações do professor serve para planejar, orientar
e propor atividades diárias que estejam pautadas no propósito da
significação da aprendizagem e da implementação da autonomia, e na
problematização de situações que levem o aluno a refletir, questionar
e dialogar.
Neste capítulo, você vai estudar sobre o cotidiano escolar e como a
sua organização interfere nas práticas pedagógicas dos professores e as
determina. Além disso, vai aprender sobre os aspectos que devem ser
considerados no momento de planejar a rotina escolar, pensando em
uma proposta de trabalho que transcende o espaço físico da sala de
aula e vai além dos conhecimentos preestabelecidos pelos conteúdos
curriculares.

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2 O cotidiano escolar e suas práticas pedagógicas

O cotidiano escolar para além da sala de aula e


do espaço físico
Um dos papéis da escola é desenvolver a autonomia de seus alunos, prepará-los
para o futuro e promover vivências, práticas e conhecimentos diversificados.
O professor, seguindo essa concepção, também contribui para esse importante
trabalho, visto que é encarregado de educar para a vida em sociedade, a fim
de que o aluno se torne uma pessoa crítica, reflexiva, consciente e responsável
pela transformação da realidade em que está inserido.
Além disso, é importante que o professor ofereça subsídios aos alunos,
demonstrando comprometimento e interesse com as questões sobre aprendi-
zagem e conscientizando-se sobre o papel que exerce. É fundamental também
que ele vise ao empenho, contentamento e à participação dos educandos, a
partir de conhecimentos construídos diariamente no decorrer do processo de
ensino. Alarcão (1996, p. 177) destaca:

Ser professor implica saber quem sou, as razões pelas quais faço o que faço e
consciencializar-me do lugar que ocupo na sociedade. Numa perspectiva de
promoção do estatuto da profissão docente, os professores têm de ser agen-
tes ativos do seu próprio desenvolvimento e do funcionamento das escolas
como organização ao serviço do grande projeto social que é a formação dos
educandos.

Nesse sentido, é importante pensar na formação de seres humanos críticos,


pensantes, criativos e que também saibam utilizar a memória como base
da criatividade, a partir da mediação da aprendizagem e da promoção de
aulas voltadas para a participação, o pensamento, o diálogo, o comprome-
timento, o empenho e os saberes dos educandos. Colocam-se assim alguns
questionamentos: afinal, todo esse trabalho acontece somente dentro da sala
de aula? Ele está reservado apenas a esse ambiente? Como se dá a relação
de aprendizagem quando é proposto algo que transcende o espaço físico
de uma sala?
Buscando responder essas questões, é importante pensar que o espaço da
sala de aula acolhe inúmeras realidades, vivências, experiências e conheci-
mentos. Consequentemente, é um cenário em que variadas configurações de
docência são exercidas. Essa diversidade pressupõe um diálogo entre teoria
e prática, bem como entre a dimensão interna e externa da docência, no que
se refere a o que, a quem e para que ensinar.
Partindo desse pressuposto, a docência no cotidiano escolar transcende
os limites da sala de aula, revelando outros espaços importantes que são pro-

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motores de ensino e aprendizagem. Tais espaços contribuem para que sejam


proporcionadas novas experiências, saberes, pensamentos e possibilidades
de crescimento e discussão.
Libâneo (1994) destaca que o processo de ensino não deve ser restrito ao
espaço da sala de aula. O autor ainda acrescenta que:

[...] o trabalho docente é uma das modalidades específicas da prática educativa


mais ampla que ocorre na sociedade. Para compreendermos a importância do
ensino na formação humana é preciso considerá-lo no conjunto das tarefas
educativas exigidas pela vida em sociedade (LIBÂNEO, 1994, p. 15).

Nesse sentido, é possível afirmar que, além dos conteúdos escolares pro-
postos pelos planos de estudo das escolas e mantenedoras, é importante que o
professor contemple em seu planejamento conhecimentos, saberes e discussões
relacionados à vida em sociedade, visto que os alunos estão inseridos nesse
contexto e precisam estar preparados para enfrentar, dialogar e refletir sobre
as questões que norteiam o seu cotidiano.
Para isso, é necessário que o professor crie condições de estudo, bem como
selecione e reorganize os conteúdos de maneira que sejam oportunizadas
práticas educativas pautadas nas exigências da vida social, e que vão além
do espaço da sala de aula. Saviani (2011) considera que a educação vai além
dos muros da escola, partindo da premissa de que o “saber sistematizado”
deve ser trabalhado dentro das escolas, como um conhecimento mais elevado
do cotidiano.
Moacir Gadotti (2006, documento on-line), em seu artigo A escola na
cidade que educa, fala a respeito da cidade educadora — conceito que se
consolidou no início da década de 1990, em Barcelona (Espanha) — e dispõe,
a partir da aprovação de uma carta no Congresso Internacional das Cidades
Educadoras, alguns princípios básicos que caracterizam uma cidade que educa.
Basicamente “[...] é a cidade, como espaço de cultura, educando a escola e todos
que circulam em seus espaços, e a escola, como palco de espetáculo da vida,
educando a cidade numa troca de saberes e de competências” (GADOTTI,
2006, p. 134, documento on-line).
A escola, numa perspectiva transformadora, tem como papel:

[...] contribuir para criar as condições que viabilizem a cidadania, por meio
da socialização da informação, da discussão, da transparência, gerando uma
nova mentalidade, uma nova cultura, em relação ao caráter público do espaço
da cidade (GADOTTI, 2006, p. 138, documento on-line).

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Além disso, Libâneo (2001, documento on-line) afirma que é papel da


escola e do professor criar condições favoráveis de estudo, que tornem o aluno
sujeito ativo de sua própria aprendizagem.
Outra questão importante é compreender que os alunos são parte integrante
do processo de ensino e aprendizagem. Assim, além de transmitir conheci-
mentos e conteúdos, cabe ao professor mediar e propor discussões, desafios
e problemáticas que sejam significativas, propícias e pertinentes ao cotidiano
da escola, da turma e dos estudantes. Libâneo (2011, p. 8, documento on-line)
acrescenta:

O professor põe-se como mediador entre o aluno e os objetos de estudo,


enquanto os alunos estabelecem com o conhecimento uma relação de estudo.
A par disso, professores e alunos estão implicados numa relação social que se
materializa na sala de aula, mas, também, na dinâmica das relações internas
que ocorre na escola em suas práticas organizativas.

Para que essas relações sejam pertinentes e produtivas, é fundamental que


o professor diversifique a rotina escolar a partir de saídas de campo, visitas
e pesquisas, além de propor atividades que possam ser desenvolvidas em
outros espaços da escola. Um exemplo são as aulas realizadas em bibliotecas,
laboratórios de informática, brinquedotecas, entre outros.
Contudo, é importante destacar que muitas escolas não possuem recursos
materiais e espaços físicos para oferecer um trabalho diversificado aos alunos,
dificultando assim a prática docente e a forma como o professor vai planejar
as suas aulas. Diante de tais apontamentos, o seu papel é ainda maior, pois ele
precisa mediar as relações sociais, os conteúdos e as necessidades da turma a
partir de um cenário que muitas vezes não é favorável para tal.
Mesmo diante dessas dificuldades, promover atividades no ambiente
externo à sala ainda é uma forma de fazer com que o aluno vivencie o
que aprendeu em aula, de maneira que ele faça ligações e relações ao
conteúdo e à teoria. Assim, ele vivencia, experimenta e aprofunda o que
foi aprendido em sala de aula, o que contribui para que seja autor de seu
próprio conhecimento.
Essa proposta que ultrapassa os limites da sala de aula estimula o aprendi-
zado, a vivência em grupo e a descoberta de saberes e experiências ainda não
vivenciados. Além disso, o professor, ao planejar a sua prática, deve também

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partir de situações cotidianas, adaptando-as aos conteúdos que precisam ser


trabalhados e aos contextos em que estão inseridos.
Pereira (2015, documento on-line) complementa dizendo que o grande
desafio é motivar com criatividade, de maneira que a escola não seja vista
como um espelho fixo de conteúdos direcionados a uma sociedade previsível
e distante. Em vez disso, é importante que esteja aberta às mudanças, seja
representada pelas figuras do professor e do aluno e tenha como base o com-
prometimento e a reflexão entre teoria e prática no cotidiano escolar. Tardif
(2012, p. 128) aponta:

Os professores não buscam somente realizar objetivos; eles atuam, também,


sobre um objeto. O objeto do trabalho dos professores são seres humanos
individualizados e socializados ao mesmo tempo. As relações que eles esta-
belecem com seu objeto de trabalho são, portanto, relações humanas, relações
individuais e sociais ao mesmo tempo.

Nesse sentido, embora os professores trabalhem com grupos sociais,


é a partir do trabalho com os indivíduos e das diferenças existentes entre
eles que a aula vai se delineando, ganhando riqueza e significado. Dessa
maneira, o profissional do ensino constrói o seu próprio espaço pedagó-
gico de trabalho e resolve de forma cotidiana as situações que lhe são
postas, apoiado a partir de uma visão de mundo, de homem e de sociedade
(TARDIF, 2012).

Os elementos constitutivos da aula e suas


relações
A forma pela qual o processo de ensino-aprendizagem é organizado e sistema-
tizado passa pelo planejamento de uma aula. É por meio dela que o professor
poderá propor e trabalhar com diferentes conteúdos, metodologias e recursos
que promovam a interação e a construção de novos conhecimentos, com vistas
ao protagonismo estudantil e à implementação de uma postura crítica reflexiva,
inerente à formação humana. Contudo, para que a aula assuma o papel de
interação mútua, propício à construção do pensamento crítico e reflexivo e
ao desenvolvimento de novos saberes e habilidades, é fundamental que sejam

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proporcionados espaços de questionamentos, indagações e investigações, cuja


proposta principal seja a constante busca dos alunos enquanto sujeitos ativos,
autônomos e pesquisadores.
Nesse contexto, existem alguns elementos constitutivos da aula que são
importantes e devem ser levados em consideração antes de se pensar em
atividades, conteúdos e propostas de trabalho, por estarem relacionados en-
tre si e contribuírem para uma aprendizagem mais significativa. Entre eles,
destacam-se a ação docente, tendo o professor como mediador, interlocutor e
promotor do diálogo; o aluno como parte integrante do contexto e responsável
por buscar novos saberes; o processo de construção do conhecimento e como
se dá a relação entre o ensino e a aprendizagem; o planejamento da prática,
que permite delinear e nortear os caminhos para se alcançar a aprendizagem
que se deseja; os recursos didáticos que serão utilizados durante todo o an-
damento do trabalho.
Para especificar melhor cada um desses itens, é importante pensar que
todos eles, em suas especificidades, trabalham de forma integrada e conjunta,
visto que precisam estar interligados para garantir uma educação que esteja
pautada na formação integral do sujeito. Nesse sentido, para compreender
melhor os elementos constitutivos da aula, vale explicitar a importância de
cada um deles no decorrer do processo educativo, a partir de exemplos que
nortearão as discussões acerca dessa temática.
Quando remetemos o nosso pensamento à escola ou às áreas da educação,
logo vem à nossa mente a ação do professor. Esse sujeito, conforme afirma
Alarcão (1996), sem dúvida desempenha um papel de extrema importância
na produção e estruturação do conhecimento pedagógico, visto que é ele o
responsável por contribuir para a formação de um cidadão mais humano,
crítico e consciente. Vasconcellos (2006) complementa dizendo que a atuação
do educador contribui para provocar, desequilibrar e estimular um grupo, no
sentido de que este rompe o seu estágio cognitivo, tornando-o aberto e sensível
aos fatos da realidade que precisa compreender e na qual deve intervir. Além
disso, Freire (1996, p. 42) ressalta: “[...] a prática docente crítica, implicante
do pensar certo, envolve o movimento dinâmico, dialético, entre o fazer e o
pensar sobre o fazer”.
O professor, nesse contexto, tem a oportunidade de proporcionar momentos
de reflexão, construção e participação de todos. Ele é um mediador e facili-
tador do processo de ensino-aprendizagem, oportunizando a construção de
conhecimentos significativos, preparando os alunos para a vida em sociedade
e auxiliando-os a se tornarem cidadãos conscientes de suas responsabilidades.

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Nessa perspectiva, o educador deixa de ser informante do saber e assume papel


de mediador entre o sujeito e o objeto do conhecimento, fazendo com que os
estudantes reflitam e explorem as suas ideias. Reforça-se assim a consciência
crítica em relação a tudo o que é desenvolvido em sala de aula.
Por meio desse trabalho orientado pelo professor mediador, cabe refletir
sobre outro importante elemento constitutivo da aula: o aluno. Toda a ação do
educador — e da escola como um todo — gira em torno desses sujeitos, bem
como das estratégias que serão oportunizadas para se alcançar uma educação de
qualidade, visando a ampliação dos conhecimentos que vão além dos conteúdos
escolares. Libâneo (1994, p. 65) reafirma que “[...] o centro da atividade escolar
não é o professor nem a matéria, é o aluno ativo e investigador. O professor
incentiva, orienta e organiza situações de aprendizagem, adequando-as às
capacidades de características individuais dos alunos”.
Para que tal proposta seja fundamentada, é preciso integrar o aluno nessa
construção, propondo um ensino pautado na autonomia, no diálogo e na
criticidade. A partir dessa relação recíproca entre professor e aluno, muitas
possibilidades de trabalho podem ser fundamentadas, visto que o educando
é estimulado e instigado a refletir sobre as suas ações cotidianas, visando a
um pensamento reflexivo acerca do contexto em que está inserido. Alarcão
(1996, p. 181) afirma: “O pensamento reflexivo é uma capacidade. Como
tal, não desabrocha espontaneamente, mas pode desenvolver-se. Para isso,
tem de ser cultivado e requer condições favoráveis para o seu desabrochar”.
Nesse sentido, é por meio dos conhecimentos construídos no decorrer do
processo escolar que os alunos se tornarão capazes de exercer o seu pensamento
reflexivo e saberão distinguir melhor o seu papel na sociedade, lutando pelos
seus direitos e conquistando diferentes espaços. Além disso, é preciso ensinar
para a criticidade. Freire (1996, p. 35) destaca:

A curiosidade como inquietação indagadora, como inclinação ao desvelamento


de algo, como pergunta verbalizada ou não, como procura de esclarecimento,
como sinal de atenção que sugere alerta faz parte integrante do fenômeno
vital. Não haveria criatividade sem a curiosidade que nos move e que nos põe
pacientemente impacientes diante do mundo que não fizemos, acrescentando
a ele algo que fazemos.

Quando a relação recíproca entre professor e aluno está bem fundamentada,


é possível garantir que os conhecimentos sejam construídos, ampliando a
relação entre o ensino e a aprendizagem — elemento que também faz parte
da aula e que caminha ao encontro da proposta da educação de qualidade. É
possível afirmar que os conhecimentos são construídos a partir do momento

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em que há o diálogo entre os conteúdos formais e as vivências, histórias e


individualidades que cada estudante possui. Freire (1996) complementa essa
ideia dizendo que os professores devem respeitar os saberes que os educandos
trazem à escola e discutir com eles a razão de ser de alguns desses saberes em
relação com o ensino dos conteúdos.
Cabe lembrar que o ato de ensinar não ocorre de forma mecânica e estanque.
Pelo contrário, ele deve ser constantemente revisto, avaliado, aprofundado e
pensado, como forma de buscar uma aprendizagem efetiva. Nesse sentido,
Libâneo (1994, p. 81) destaca: “[...] ensino e aprendizagem são duas facetas
de um mesmo processo. O professor planeja, dirige e controla o processo de
ensino, tendo em vista estimular e suscitar a atividade própria dos alunos
para a aprendizagem”.
A aprendizagem pode ser desenvolvida a partir de qualquer atividade que
uma pessoa possa estar praticando ou vivendo. Voltando esses saberes ao
ambiente escolar, pode-se afirmar, de acordo com Libâneo (1994, p. 83), que
a aprendizagem:

[...] é um processo de assimilação de determinados conhecimentos e modos


de ação física e mental, organizados e orientados no processo de ensino. Os
resultados da aprendizagem se manifestam em modificações na atividade
externa e interna do sujeito, nas suas relações com o ambiente físico e social.

A aprendizagem escolar, assim, não é algo casual e espontâneo, e sim


uma atividade planejada e dirigida, carregada de intencionalidades. Trata-se
de um processo gradativo em que o conhecimento é construído a partir da
mediação da relação cognitiva entre o aluno, as matérias de estudo e a expe-
riência sociocultural concreta que os estudantes trazem do seu meio social
(LIBÂNEO, 1994).
A partir da aprendizagem, é possível instigar os alunos para a curiosidade.
Freire (1996, p. 98) destaca que “[...] o exercício da curiosidade convoca a
imaginação, a intuição, as emoções, a capacidade de conjecturar, de comparar,
na busca da perfilização do objeto ou do achado de sua razão de ser”. Já o
ensino, de acordo com Libâneo (1994, p. 89) “[...] é uma combinação adequada
entre a condução do processo de ensino pelo professor e a assimilação ativa
como atividade autônoma e independente do aluno”. Logo, esse autor afirma
que o ensino é uma atividade mediada para que os alunos se tornem sujeitos
ativos na assimilação de conhecimentos, a fim de desenvolver a preparação
para a vida social (LIBÂNEO, 1994).

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No entanto, o ensino não pode ser visto como algo estanque. Freire (1996)
parte do termo “inacabamento do ser humano” para expressar que estamos em
constante aprendizado, e que os saberes acontecem em todas as situações
nas quais o sujeito está inserido. O mesmo autor complementa: “É na incon-
clusão do ser, que se sabe como tal, que se funda a educação como processo
permanente. Mulheres e homens se tornaram educáveis na medida em que se
reconhecem inacabados” (FREIRE, 1996, p. 64).
Nesse contexto, se pensarmos de que forma é possível impulsionar o pro-
cesso de ensino e aprendizagem dos alunos, voltamos para o próximo elemento
constitutivo da aula: o planejamento. O planejamento diário é necessário para
a prática de um educador, pois é por meio da sua organização, juntamente com
combinações preestabelecidas com os alunos, que a aprendizagem se tornará
significativa. O professor deve fazer uma avaliação contínua de sua prática,
reestruturando sempre que necessário o seu planejamento, atendendo as falas
dos alunos e suprindo as suas necessidades.
O educador precisa adequar a prática pedagógica às possibilidades
de aprendizagem e desenvolvimento dos alunos, visando promover es-
paços de socialização do conhecimento e ampliação de novos saberes,
derivados não somente das experiências cotidianas, mas de outras áreas
do conhecimento.
Para isso, é preciso pensar no currículo — integrado e flexível — como
um instrumento de formação humana, em que o professor, por meio de situ-
ações que problematizem conhecimentos, possa planejar, propor e coordenar
atividades significativas e desafiadoras. É importante, contudo, que haja
objetivos claros do que se deseja alcançar com o trabalho, a fim de ampliar
as experiências e práticas sociais, culturais e pedagógicas.

[...] os currículos não são conteúdos prontos a serem passados aos alunos.
São uma construção e seleção de conhecimentos e práticas produzidas em
contextos concretos e em dinâmicas sociais, políticas e culturais, intelectuais
e pedagógicas. Conhecimentos e práticas expostos às novas dinâmicas e
reinterpretadas em cada contexto histórico. As indagações revelam que há
entendimento de que os currículos são orientados pela dinâmica da Sociedade.
Cabe a nós, como profissionais da Educação, encontrar respostas (LIMA,
2007, p. 9, documento on-line).

Desse modo, os professores deixam de lado exercícios repetitivos e ado-


tam métodos diversificados, que farão com que o aluno sinta interesse em
permanecer na escola. Gandin e Cruz (1995, p. 64) destacam que “[...] quem

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compreender o conceito de necessidade e puder trabalhar eficientemente com


ele descobriu a essência do planejamento”. Fusari (1988, p. 9) complementa:

O planejamento da educação escolar pode ser concebido como processo que


envolve a prática docente no cotidiano escolar, durante todo o ano letivo, onde
o trabalho de formação do aluno, através do currículo escolar, será priorizado.
Assim, o planejamento envolve a fase anterior ao início das aulas, o durante
e o depois, significando o exercício contínuo da ação-reflexão-ação, o que
caracteriza o ser educador.

No entanto, o termo planejamento não se restringe unicamente àquele


elaborado pelo professor para o trabalho em sala de aula. É importante destacar
o Projeto Político-Pedagógico (PPP) da instituição, cuja intenção é organizar
o trabalho da escola e considerar as necessidades e os anseios da comunidade
escolar. É um processo de planejamento participativo, em que se aperfeiçoa
e se define em qual tipo de ação educativa se quer realizar, a partir de um
posicionamento diante da leitura da realidade e do embasamento estrutural e
legal. Todavia, somente terá significado se construído por todos os integran-
tes da instituição, de maneira a valorizar as opiniões e buscar respostas às
indagações da comunidade.
Caldieraro (2006, p. 18) destaca:

A construção do Projeto Pedagógico é uma oportunidade para a tomada de


consciência dos principais problemas da escola e das possibilidades de solu-
ção. É também oportunidade para definição das responsabilidades coletivas
e pessoais, na eliminação ou abrandamento dos problemas detectados.

Para isso, ele deve apresentar alguns pressupostos fundamentais, que


caracterizam a sua elaboração, como prever condições para o seu desenvol-
vimento a partir das problemáticas e da realidade da instituição; articular
as ações com todos os segmentos envolvidos, respeitando as diversidades;
ser construído coletivamente e de forma integrada; buscar a democratização
da escola.
Assim, os recursos didáticos completam os elementos essenciais para uma
boa aula. São eles que farão com que o planejamento do professor seja posto
em prática, de maneira que haja uma maior compreensão dos conteúdos esco-
lares. Nesse sentido, haverá a relação, apropriação e construção do processo
de ensino e aprendizagem, a partir da interação entre educador, educando e
objeto de conhecimento.

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A utilização de materiais, ferramentas e recursos diversificados é de ex-


trema importância para a vida escolar do educando, pois a aula se torna mais
prazerosa quando o aluno possui variedades e recursos a seu favor, auxiliando
na compreensão dos exercícios propostos e facilitando a aprendizagem.

O volume I dos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997, p. 39) diz:

Os alunos não contam exclusivamente com o contexto escolar para a


construção de conhecimento sobre conteúdos considerados escolares.
A mídia, a família, a escola, a igreja, os amigos, são também fontes
de influência educativa que incidem sobre o processo de construção
de significado desses conteúdos. Essas influências sociais normal-
mente somam-se ao processo de aprendizagem escolar, contribuindo
para consolidá-lo; por isso é importante que a escola as considere e
as integre ao trabalho.

Desse modo, recursos didáticos diversificados podem ser facilmente uti-


lizados para enriquecer as discussões teóricas, servindo como suporte para
as práticas pedagógicas. Tais possibilidades permitem que as experiências
cotidianas dos alunos ganhem significado, propiciando um maior entendi-
mento acerca dos conteúdos propostos. É fundamental, nesse sentido, que
a escola também proporcione espaços de integração e auxilie o professor na
construção do seu planejamento, para que ele possa elaborar aulas às quais
os alunos sintam prazer em assistir.
Portanto, são muitos os fatores que contribuem para o bom andamento
da aula e para a efetivação da aprendizagem. Libâneo (1994, p. 93) aponta
que “[...] o professor planeja, dirige, organiza, controla e avalia o ensino
com endereço certo: a aprendizagem ativa do aluno”. No entanto, o mesmo
autor destaca que não se trata de uma tarefa fácil; é preciso resolver a con-
tradição entre o ensino e a aprendizagem, além de detectar as dificuldades
apresentadas pelos alunos na assimilação ativa dos conteúdos, de maneira
que sejam encontrados procedimentos que os auxiliem a progredir no de-
senvolvimento intelectual.

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12 O cotidiano escolar e suas práticas pedagógicas

A importância da organização do trabalho do


professor em sala de aula para a aprendizagem
dos alunos
Questões referentes ao processo de aprendizagem, à maneira como o aluno
aprende e aos meios que serão utilizados para se alcançar essa aprendizagem
sem dúvida fazem parte das discussões de escolas e professores de todos os
cantos do Brasil. A busca constante por formas diversificadas de ensinar, assim
como a preocupação com objetivos, conteúdos e avaliação, também está entre
os anseios desses profissionais.
Para buscar atender a todas essas questões e melhor refletir sobre a sua
prática docente, o professor deve pesquisar, dialogar, aperfeiçoar os seus
conhecimentos e buscar constantemente a sua formação continuada. A for-
mação, nesse sentido, assume um papel fundamental na caminhada teórica
e prática do profissional da educação, pois ela permite que o professor arti-
cule os seus saberes, conhecimentos e experiências com a possibilidade de
“formação-transformação” (VASCONCELLOS, 2001, p. 181) advinda da
prática pedagógica. Essa formação permite analisar os resultados e possibilita
a tomada de consciência da realidade vivenciada, gerando intervenções e
possíveis mudanças.
Seguindo essa concepção, a partir da formação enquanto articulação dos
saberes e do trabalho docente, uma questão de extrema importância deve ser
considerada: a organização do trabalho pedagógico. A partir dele, o professor
pode sistematizar os conteúdos e manter a sua prática centrada na efetivação
da aprendizagem, visando atender a toda a demanda e diversidade de saberes
existentes na sala de aula.
Dentro dessa organização, é importante destacar alguns aspectos re-
levantes que devem ser levados em consideração pelos professores. Entre
eles estão os espaços de trocas, discussões e interações concretas com seus
pares, que possibilitam atingir os objetivos propostos pela escola em relação
ao processo de ensino-aprendizagem; a questão do planejamento das ativi-
dades que serão oferecidas aos alunos; o tempo estimado para desenvolver
a proposta de trabalho; a rotina diária, que auxilia tanto professores quanto
alunos a sistematizar os seus conhecimentos e compreender como será
decorrida a aula em cada dia.
Contudo, antes de tratar sobre o trabalho pedagógico do professor, é ne-
cessário apontar a importância do trabalho coletivo, para que os profissionais
repensem a sua identidade docente e reflitam sobre novas possibilidades e
práticas de formação continuada.

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Nóvoa (1995, p. 26) destaca que:

[...] o diálogo entre os professores é fundamental para consolidar saberes


emergentes da prática profissional. Mas a criação de redes colectivas de
trabalho constitui, também, um factor decisivo de socialização profissional
e de afirmação de valores próprios da profissão docente.

A partir dessas redes coletivas, o educador busca as informações necessárias


para o seu aperfeiçoamento e crescimento intelectual. Por meio de leituras,
pesquisas, grupos de estudos e formações com os demais docentes, podem ser
levantadas algumas discussões pertinentes ao cotidiano da escola.
Uma dessas discussões diz respeito ao planejamento, que é um dos fatores
mais relevantes para auxiliar o professor na organização do seu trabalho.
Conforme afirma Libâneo (1994, p. 222), o planejamento: “[...] é um processo
de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a
atividade escolar e a problemática do contexto social”. O mesmo autor ainda
complementa, dizendo que:

[...] o planejamento é uma atividade de reflexão acerca das nossas opções


e ações; se não pensarmos detidamente sobre o rumo que devemos dar ao
nosso trabalho, ficaremos entregues aos rumos estabelecidos pelos interesses
dominantes da sociedade (LIBÂNEO, 1994, p. 222).

Vasconcellos (2006, p. 36) aponta que o ato de planejar remete a:

1) querer mudar algo; 2) acreditar na possibilidade de mudança da realidade;


3) perceber a necessidade da mediação teórico-metodológica; 4) vislumbrar
a possibilidade de realizar aquela determinada ação. Para que a atividade de
projetar seja carregada de sentido, é preciso, pois, que, a partir da disposição
para realizar alguma mudança, o educador veja o planejamento como neces-
sário (aquilo que impõe, que deve ser, que não se pode dispensar) e possível
(aquilo que não é, mas poderia ser, que é realizável).

Cabe destacar que o planejar consiste na forma como o professor vai organi-
zar e reorganizar o seu trabalho, levando em consideração aspectos referentes
à realidade da turma e à forma como ela é composta. Nesse sentido, o plane-
jamento deve ser flexível, claro, objetivo e coerente, visto que a educação está
em constante movimento, e os conteúdos, saberes e habilidades que precisam
ser desenvolvidos estão sempre sujeitos a alterações.

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14 O cotidiano escolar e suas práticas pedagógicas

Porém, para que o plano proposto pelo professor seja realmente signi-
ficativo, é necessário que ele esteja intimamente ligado à prática diária, de
maneira que sejam registradas as situações, conhecimentos e experiências
relevantes durante cada etapa desse processo. Libâneo (1994, p. 225) destaca
que “[...] agindo assim, o professor usa o planejamento como oportunidade
de reflexão e avaliação da sua prática”.
Outra questão importante dentro do planejamento é a possibilidade de
um trabalho conjunto entre as diferentes áreas do conhecimento, na medida
em que promove a interação, colaboração e participação entre os envolvidos
num processo coletivo de saberes. Corsino (2007, p. 59) destaca que “[...] o
conhecimento é uma construção coletiva e é na troca dos sentidos construídos,
no diálogo e na valorização das diferentes vozes que circulam nos espaços de
interação que a aprendizagem vai se dando”.
A interdisciplinaridade, assim, nasce como uma proposta pedagógica
cujo objetivo é envolver as diferentes áreas do currículo de forma integrada,
estabelecendo relações entre as áreas do conhecimento, com o propósito
de aprimorar o processo de aprendizagem. Souza (2012, p. 9) destaca:

Uma abordagem interdisciplinar no tratamento da diversidade de temáticas


relacionadas às diversas áreas do saber constitui, portanto, algo de extrema
relevância e tal concepção propicia a concordância de que o tempo escolar
não deve ser dividido por áreas de conhecimento. O desejo é a integração
dessas diferentes áreas.

Depois de proposto e elaborado o planejamento, seguindo a proposta


interdisciplinar, é importante que o professor o organize dentro do período
que possui para trabalhar com seus alunos. Assim, a temática tempo é outra
questão de extrema relevância para a organização do trabalho pedagógico
em sala de aula. É preciso, no entanto, que fique claro que todo esse pro-
cesso deve acontecer de forma flexível, sem que a aula seja fragmentada
ou que os conteúdos que estão sendo trabalhados sejam interrompidos.
Para isso, o professor deve propor uma forma diversificada de conduzir as
atividades, de maneira que elas sejam interligadas e relevantes no processo
de ensino.
Rodrigues (2009, p. 36) traz algumas considerações sobre o professor,
quando se pensa no tempo escolar:

Na sala de aula, ele produz, em conjunto com seus alunos, o tempo e o trabalho
real de ensino, por meio da implementação das atividades e da dinâmica da

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O cotidiano escolar e suas práticas pedagógicas 15

turma. Essa produção não segue uma ordem, nem uma frequência. Não tem
duração. Ela se transforma em experiência e ajuda o professor a organizar o
tempo no seu trabalho diário.

A sala de aula, no que diz respeito ao tempo, deve ser vista como um
ambiente propício à aprendizagem, em que os conteúdos sejam trabalhados
de forma integrada, sem compartimentações. São os professores, a partir do
seu planejamento diário, os principais responsáveis em conhecer a realidade
e as necessidades que precisam ser trabalhadas, discutidas e fundamentadas
durante todo o decorrer de sua aula.
É importante ressaltar que o professor não deve utilizar esse tempo para
regular, controlar ou deter as atenções para si próprio, tampouco centrar
a aula em suas explicações ou impor o que deve ser realizado em cada
momento do dia. Pelo contrário, o aluno deve ser envolvido nesse processo
e ser parte integrante da organização, tornando-se um sujeito ativo de sua
aprendizagem e contribuindo para que a aula transcorra de forma prazerosa
e significativa.
Seguindo essa proposta de organização em que o aluno é envolvido, a
rotina aparece para nortear o andamento da aula, pois é a partir dela que as
atividades serão pensadas e desenvolvidas de acordo com uma sequência. A
partir da rotina, o aluno participa das atividades e conhece o que vai acontecer
ao longo do dia, o que contribui para que sejam desenvolvidas a sua autonomia
e a sua iniciativa, colaborando para o bom andamento da proposta de trabalho
do professor, levando assim à melhoria do ensino como um todo.
Mas, afinal, o que é uma rotina? Como ela deve ser organizada? Para melhor
exemplificar o seu conceito, Barbosa (2006, p. 37) destaca: “[...] as rotinas
podem ser vistas como produtos culturais criados, produzidos e reproduzidos
no dia-a-dia, tendo como objetivo a organização da cotidianidade”. A autora
ainda complementa, dizendo que “[...] a rotina pedagógica é um elemento
estruturante da organização institucional e de normatização da subjetividade
das crianças e dos adultos que frequentam os espaços coletivos de cuidados
e educação” (BARBOSA, 2006, p. 45).
Contudo, quando se pensa na terminologia rotina, logo se tem a ideia de
que esta é realizada a partir da repetição e sequência de ações que organizam
o cotidiano. Para fugir dessa visão, é preciso considerar que, a partir de uma
rotina, é possível proporcionar às crianças a noção e compreensão de tempo,
além de desenvolver a construção do contexto em que está inserida, possibi-
litando a construção da autonomia e da identidade.

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16 O cotidiano escolar e suas práticas pedagógicas

A rotina, nesse sentido, auxilia no cumprimento das metas diárias, propostas


pelo professor a partir do seu planejamento, e caminha em parceria com a
organização do tempo escolar, visto que:

[...] é produto de uma construção histórica e cultural, produzida e reproduzida


pela escola e pelo professor como processo de aprendizagem e de organização
das atividades de ensino. Podemos visualizar a rotina, então, como sendo parte
integrante e enraizada do trabalho, ressignificada todos os dias no espaço da
sala de aula (RODRIGUES, 2009, p. 35).

É preciso, portanto, priorizar a aprendizagem do aluno, seja por meio


do planejamento, da construção da rotina ou do estabelecimento do tempo
necessário para cada proposta de trabalho. Esse processo requer um repensar
constante da prática. Trata-se de características importantes para quem quer
investir e transformar a sala de aula em um espaço prazeroso de aprendizagem.
Assim, o educando se sentirá estimulado a frequentar a escola com motivação;
a escola, por sua vez, poderá alcançar a qualidade do ensino e a educação para
todos, sem discriminações.
Com certeza o trabalho docente é repleto de ambiguidades, incertezas e
desafios, mas também é pleno de esperanças, aprendizados e transformações.
Por meio de erros e acertos, o professor poderá mobilizar conhecimentos,
criar um clima positivo e promissor, impulsionar ações e canalizar o tra-
balho conjunto, favorecendo o crescimento dos alunos em relação à sua
aprendizagem.

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Leitura recomendada
OUVIDORIA-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Educação: boas práticas: educação
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watch?v=LJEjltb7Xq4>. Acesso em: 23 jun. 2018.

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