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07. José Carlos Santos, advogado, dirigiu-se ao Ministério Público a fim de tomar
apontamentos sobre investigação criminal em andamento, conduzida pelo Parquet,
em face de seu cliente, em que foi decretado sigilo. Dias depois, José Carlos foi à
delegacia de polícia no intuito de examinar e retirar cópias de autos de certo
inquérito policial, em curso, no qual também foi decretado sigilo, instaurado contra
outro cliente seu.
Consoante o disposto no Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa
correta.
A Em ambos os casos, José Carlos deverá apresentar procuração tanto para
tomar apontamentos sobre a investigação em trâmite perante o Ministério
Público quanto para examinar e retirar cópias do inquérito policial.
B Apenas é necessário que José Carlos apresente procuração para tomar
apontamentos sobre a investigação em trâmite perante o Ministério Público, não
sendo exigível a apresentação de procuração para examinar e retirar cópias do
inquérito policial.
C Apenas é necessário que José Carlos apresente procuração para examinar e
retirar cópias do inquérito policial, não sendo exigível a apresentação de procuração
para tomar apontamentos sobre a investigação em trâmite perante o Ministério
Público.
D Não é exigível a apresentação de procuração para examinar e retirar cópias do
inquérito policial, nem para tomar apontamentos sobre a investigação em trâmite
perante o Ministério Público.
FUNDAMENTAÇÃO : Art. 7º São direitos do advogado:
XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da
Administração Pública em geral, autos de processos findados ou em
andamento, mesmo sem procuração, quando não estejam sujeitos a
sigilo, assegurada a obtenção de cópias, podendo tomar apontamentos;
XXI § 10. Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar
procuração para o exercício dos direitos de que trata o inciso XIV.
Se for sigilo tem que ter procuração! Tem que ter procuração tanto no
inquérito como na investigação do parquet.
Sandra Mara Dobjenski
Auto = aquilo que é próprio ou que funciona por si mesmo. Autointegração -->
integração com aquilo que é próprio (de si mesmo). Logo --> integração do
ordenamento por ele mesmo.
“Para se completar um ordenamento jurídico pode-se recorrer a dois métodos
diferentes que podemos chamar, segundo a terminologia de Carnelutti, de
heterointegração e de auto-integração. O primeiro método consiste na
integração operada através do: a) recurso a ordenamentos diversos; b)
recurso a fontes diversas daquela que é dominante (identificada, nos
ordenamentos que temos sob os olhos, com a Lei). O segundo método
consiste na integração cumprida através do mesmo ordenamento, no âmbito
da mesma fonte dominante, sem recorrência a outros ordenamentos e com o
mínimo recurso a fontes diversas da dominante.”
10. Uma punição só pode ser admitida na medida em que abre chances no sentido
de evitar um mal maior.
Jeremy Bentham
Jeremy Bentham, em seu livro Princípios da Moral e da Legislação, afirma que há
quatro casos em que não se deve infligir uma punição.
Assinale a opção que corresponde a um desses casos citados pelo autor na obra em
referência.
A Quando a lei não é suficientemente clara na punição que estabelece.
B Quando o prejuízo produzido pela punição for maior do que o prejuízo que
se quer evitar.
C Quando o juiz da causa entende ser inoportuna a aplicação da punição.
D Quando o agressor já sofreu o suficiente em função das vicissitudes do processo
penal.
FUNDAMENTAÇÃO: O filósofo inglês Jeremy Benthan defendia a ideia de que as leis
deveriam ser revogáveis e passíveis de aperfeiçoamento.
No que tange à punição, cumpre-se enfatizar que esta constitui um ato
pernicioso, um mal; assim, “uma punição só pode ser admitida na medida em
que abre chances no sentido de evitar um mal maior”. Qual seria? Ter o
conhecimento de quais atos devam ser punidos é, portanto, fundamental.
Bentham evidencia, então, os casos gerais em que infligir punição,
Sandra Mara Dobjenski
logicamente, não seria admitido: (1) Quando não houver motivo para a
punição, ou seja, quando não houver nenhum prejuízo a evitar, pelo fato de o
ato em seu conjunto não ser pernicioso. (2) Quando a punição só pode ser
ineficaz, ou seja, quando a mesma não pode agir de maneira a evitar o
prejuízo. (3) Quando a punição for inútil ou excessivamente dispendiosa;isto
aconteceria em caso de o prejuízo produzido por ela ser maior do que o
prejuízo que se quer evitar. (4) Quando a punição for supérflua, o que acontece
quando o prejuízo pode ser evitado – ou pode cessar por si mesmo – sem a
punição, ou seja por um preço menor."