1. INTRODUÇÃO
Assim, temos que os direitos sociais, segundo Manoel Jorge e Silva Neto,
dizem respeito aos direitos públicos subjetivos dirigidos ao Estado, a determinar a
exigibilidade de prestações no que se refere à educação, saúde, trabalho, lazer,
segurança e previdência social (JORGE, NETO, 1998).
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conjuntamente com a análise das características dos direitos humanos, enfocando,
particularmente, algumas delas no que concerne aos direitos humanos de primeira e
segunda geração. E por fim, o trabalho em tela trará a apuração dos resultados
práticos dos direitos sociais comparados internacionalmente.
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codificação dos primeiros direitos fundamentais, como: a propriedade, a vida, a
honra, a dignidade, a família e a supremacia das leis (MORAIS, 2003).
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A escola do Jus-naturalismo moderno aparece como um dos primeiros
fundamentos filosóficos dos Direitos Humanos, servindo de doutrina jurídica para
embasar a Revolução Francesa e Americana (BOBBIO, 2004). Sua concepção
individualista consistiu na predominância do indivíduo.
Passa a teoria a possuir norma para ser praticada, ou seja, como dizia
Bobbio “do direito pensado para o direito realizado” (BOBBIO, 2004, p. 49). Passam
assim tais direitos a serem protegidos apenas nos Estados, que os reconhecem
através das normas programáticas.
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A análise supra reitera o pensamento de Bobbio quanto à questão de existir
vários fundamentos para os direitos humanos, posto que um direito de uma geração
não pode suprir o de outra, sendo os direitos de segunda geração um resguardo
para os direitos das liberdades públicas, uma vez que os direitos sociais,
econômicos e culturais trazem implicitamente a liberdade, igualdade dos seres
humanos.
Artigo XXIII
1.Todo o homem tem direito ao trabalho, à livre escolha de
emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção
contra o desemprego.
2. Todo o homem, sem qualquer distinção, tem direito a igual
remuneração por igual trabalho.
3. Todo o homem que trabalha tem direito a uma remuneração justa
e satisfatória, que lhe assegure, assim como a sua família, uma
existência compatível com a dignidade humana, e a que se
acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.
4. Todo o homem tem direito a organizar sindicatos e a neles
ingressar para proteção de seus interesses.
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A Declaração traz algumas noções desse direito em seu artigo XXVI, no qual
dispõe:
Artigo XXVI
1. Todo o homem tem direito à instrução. A instrução será gratuita,
pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução
elementar será obrigatória. A instrução técnica profissional será
acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no
mérito.
2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento
da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos
direitos do homem e pelas liberdades fundamentais. A instrução
promoverá a compreensão, a tolerância e amizade entre todas as
nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades
das Nações Unidas em prol da manutenção da paz.
3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de
instrução que será ministrada a seus filhos
Artigo XXV
1. Todo o homem tem direito a um padrão de vida capaz de
assegurar a si e a sua família saúde e bem-estar, inclusive
alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços
sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de
desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de
perda de meios de subsistência em circunstâncias fora de seu
controle.
2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência
especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do
matrimônio, gozarão da mesma proteção social.
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renda e legislação tendenciosa para o sistema capitalista, beneficiando a minoria.
Ademais, por mais que existam falhas na efetividade e proteção dos direitos
sociais, não se pode negar sua evolução, mesmo que de forma lenta, tendo em vista
que a presença desses na sociedade internacional ocorreu através de lutas e
conquistas, de forma a contribuir significativa para o surgimento do Estado
democrático de Direito, presente em vários países.
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS:
BOBBIO, Norberto. A Era dos Direitos. São Paulo: Ed. Campus, 2004.
FILHO, João Oliveira. Origem Cristã dos Direitos Fundamentais do Homem. Ed.
Forense,1995.
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MORAIS, Alexandre. Direitos Humanos Fundamentais. São Paulo: Atlas, 2002
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