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MATELÂNDIA – PR
2015
UCAM - UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
MATELÂNDIA – PR
2015
JOGOS MATEMÁTICOS: UM RECURSO PARA APRENDIZAGEM DA
MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO DO CAMPO
Este artigo apresenta uma reflexão sobre a utilização dos jogos matemáticos como método de ensino
que além de proporcionar laser e prazer leva a criança ao desenvolvimento de conceitos matemáticos
na educação do campo. A importância dos jogos, brincadeiras e desafios como metodologias de
ensino nas aulas de matemática e, que assim necessitam para poder jogá-los da utilização de
conhecimentos matemáticos. Nesse tipo de ensino de educação do campo, saímos um pouco das
concepções tradicionais que priorizam o mero repasse de conteúdos. O papel pedagógico do
jogar/brincar nas práticas educativas não pode ser considerado apenas um simples divertimento, mas
uma forma alegre de aprender, dando mais atenção às tarefas escolares. Na educação do campo, a
educação matemática é desafiada, tendo como recurso a utilização desses jogos pedagógicos.
Desta forma quando bem desenvolvidos e preparados os jogos, as brincadeiras e os desafios, são
um recurso pedagógico eficaz para a construção do conhecimento e o aprendizado matemático. Está
sendo proposta nesse artigo a diversidade de jogos que fazem com que a pessoa, aprimore seus
conhecimentos e aprenda a matemática de um jeito divertido e competitivo.
Introdução
Há vários recursos que podem ser utilizados pelo professor para que a aprendizagem
ocorra com bons resultados. Um dos recursos para ensinar a matemática em sala de aula é a
utilização de jogos que são citados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), como
uma proposta de trabalho que favorece a criatividade na elaboração de estratégias de
resoluções e busca de soluções, para as mais diversas situações que o aluno venha a encontrar,
num aprender brincando. Ensinar por meio de jogos é um caminho para desenvolver mais
interessantes, descontraídas e dinâmicas, podendo assim competir com igualdade com
inúmeros recursos que os alunos têm fora da escola.
O aluno deve estar sempre motivado e estimulado para o pensamento independente
nas atividades sendo sujeito na construção do seu próprio saber, desenvolvendo assim seu
raciocínio lógico-dedutivo e a autoconfiança. Durante a pré-escola ou em idade escolar, as
habilidades conceituais da criança são ampliadas a partir do brinquedo, do jogo, e, portanto,
do uso da imaginação, segundo (VYGOTSKY, 1991 apud GRANDO, 2000),
Através do brinquedo a criança aprende a agir numa esfera cognitivista sendo livre
para determinar suas próprias ações. Segundo ele, o brinquedo estimula a curiosidade e a
autoconfiança, proporcionando desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da
concentração e da atenção. Cabe ao educador ter a consciência, quando ao montar as
atividades, que serão passadas aos alunos, que quando se refere à construção do saber, não se
pode prender-se apenas ao conhecimento matemático, mas também aos aspectos sociais,
morais e éticos envolvidos nos jogos, pois além de trabalhar em grupo ouvindo e dando
opiniões aprende-se a ganhar sem ludibriar as jogadas, respeitando o perdedor, pois o que foi
aprendido é mais importante que a vitória.
Quando usar os recursos dos jogos nas aulas de matemática a postura do educador
deve mudar, pois passará de comunicador do conhecimento para, organizador, mediador,
interventor e incentivador da aprendizagem no processo de construção do saber do aluno. Os
jogos devem ser utilizados como facilitadores, colaborando para trabalhar os bloqueios que os
alunos apresentam em relação a alguns conteúdos matemáticos e não como instrumentos
recreativos meramente para brincar. Borin, 1996, pg. 9.
“Outr
o motivo para a introdução de jogos nas aulas de
matemática é a possibilidade de diminuir bloqueios
apresentados por muitos de nossos alunos que
temem a matemática e sentem-se incapacitados
para aprendê-la. Dentro da situação de jogo, onde
é impossível uma atitude passiva e a motivação é
grande, notamos que, ao mesmo tempo em que
estes alunos falam Matemática, apresentam
também um melhor desempenho e atitudes mais
positivas frente aos seus processos de
aprendizagem.”
Pensar na atividade como jogos como uma metodologia, ou, mesmo, uma teoria
recentemente discutida, é um grande equívoco. Platão já acreditava na ação dos jogos,
educacionais ao ensinar seus “discípulos”, através de jogos com palavras ou jogos lógicos. Os
Jogos Matemáticos são, ao mesmo tempo, estratégias e recursos que se expressam como uma
forma lúdica de resgatar aspectos do pensamento matemático, pois ajudam na construção do
pensamento lógico-matemático e espacial; trabalham o raciocínio lógico, a estimativa, o
cálculo mental, hipóteses e conjecturas, desenvolvendo o pensamento científico; baseiam-se
no processo de construção de conceitos, através de situações que estimulem a curiosidade
matemática por parte do educando.
Segundo (Piaget, 1961 apud Almeida, 2013), “as crianças aprendem quando entra
em contato com os objetos disponíveis a ela, onde a criança constrói de forma ativa seu
conhecimento”. Na educação do campo, a ação está ligada a uma necessidade, a um estimulo
adequado a sua realidade, pois os interesses dos alunos dependem a cada momento de suas
noções adquiridas, das suas disposições afetivas acerca de seus pré- conceitos até então
construídos.
Desenvolvimento
Segundo Malba Tahan, 1968, “para que os jogos produzam os efeitos desejados é
preciso que sejam de certa forma, dirigidos pelos educadores”. O professor deve conhecer
bem o jogo a ser aplicado avaliando o grau de dificuldade e o desafio que ele gerará e se este
levará ou não a compreensão e o desenvolvimento do raciocínio, pois um bom jogo não é
aquele que a criança domina completamente, mas aquele que ela poderá jogar de maneira
lógica e desafiadora para si e para seu grupo. Quando os alunos tentam obter um determinado
resultado, estão interessados no sucesso de sua ação.
Como educadores, devemos constantemente procurar alternativas para aumentar a
motivação dos alunos para a aprendizagem. Dessa forma devemos ocupar um horário dentro
do nosso planejamento, explorando todo potencial dos jogos. Observa-se que os jogos podem
ser utilizados para introduzir e preparar as crianças, objetivando aprofundar os temas já
trabalhados. Deve-se possibilitar que a criança construa as noções e conceitos matemáticos de
forma livre, a partir da atividade lúdica e da exploração ativa, onde ela possa interpretar o
mundo à medida que sua curiosidade é instigada. Observa-se que devemos utilizar os jogos
como facilitadores, colaboradores para trabalhar os bloqueios que os alunos apresentam em
relação a alguns conteúdos matemáticos.
Nessa perspectiva, foram escolhidos jogos que trabalham com a lógica: o jogo da
multiplicação com dominó e o bingo das quatro operações, tendo como principais
características na sequência.
Avaliação
Esse jogo gera um grande entusiasmo, onde os alunos procuram cada vez resolver
com mais rapidez e precisão as operações. Jogar bingo com diferentes variações:
Realizar operações matemáticas: adição, subtração, multiplicação e divisão;
Desenvolver raciocínio lógico matemático;
Aprimorar sua rapidez nos cálculos;
Conclusão
Diante do que foi exposto nesse trabalho, pode-se verificar que os jogos contribuem
para o aprendizado da matemática na educação do campo. Pois, o ensino da matemática
através dos jogos faz despertar nas crianças o interesse, o prazer, a criatividade, promovendo a
construção de conceitos matemáticos de forma livre, oportunizando a criança a interpretar o
mundo ao seu redor satisfazendo suas curiosidades, além de promover o alcance dos objetivos
pelo professor. Sabendo, contudo os jogos matemáticos podem ser utilizados de maneira
eficiente em qualquer âmbito escolar, sendo na educação básica assim como a escola do
campo. Apesar dos avanços em vários aspectos, a exemplos de leis, métodos pedagógicos e
ou materiais didáticos, ainda há muito que se construir para que se tenha uma educação de
qualidade também para os cidadãos que vivem no campo (FERREIRA; BRANDÃO, 2011).
Referências
ALMEIDA, Ivany de L. Jogos matemáticos: um recurso para aprendizagem da
matemática na educação infantil. Publicado em 18 de Novembro de 2013 em Educação.
Disponível em: http://www.webartigos.com/educacao/, acesso em 21/10/2015.
Anexo