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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR

DISCIPLINA: Filosofia da Linguagem


Docente: Valério Hillesheim
Discente: Valdeneir Alves de Brito

FICHAMENTO “Diálogo Crátilo de Platão”

O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma análise comentada de alguns
pontos da segunda parte da obra “Diálogos: Teeteto e Crátilo”, do filósofo Plantão,
que trata da relação linguagem e conhecimento, e a divisão entre os filósofos
gregos em
Convencionalistas e naturalistas. A divisão mais comum dada ao diálogo se dá em
três partes: a primeira é uma apresentação das duas teses, naturalismo e
convencionalismo e algumas refutação, sob dois personagens Sócrates e
Hermógenes (384a-390e); na segunda parte, que por sinal é mais extensa, se
compõe de uma construção rica sobre a justeza dos nomes, que justifica-se a partir
da compreensão do seu valor, seja ele semântico e/ou etimológico (391 a – 427e);
Na terceira e última parte, é feita uma retomada da tese naturalista e sua refutação,
na discussão entre Sócrates e Crátilo (428a – 440e).

Um ponto central que pode ser percebido no diálogo Crátilo é a ausência de uma
conclusão que resolva o impasse entre as duas teses apresentadas frente a filosofia
da linguagem. Desse modo, o nosso trabalho aqui está voltado para uma questão
ontológica do conhecimentos do seres.

Como nosso foco aqui são os argumentos do naturalismo e convencionalismo, para


facilitar na didática, construiremos nosso trabalho sob dois pontos. Primeiro pelas
citações diretas (fichamento); e segundo lugar fecharemos o pensamento
apresentado, por um breve comentário explicativo direcionados mais na primeira e
terceira parte do diálogo.
REFERÊNCIA
PLATÃO. Diálogos: Teeteto e Crátilo. Trad. C. A. Nunes. Belém: Editora da UFPA,
1988.
Citação Comentário
“Crátilo sustenta que cada coisa tem O texto é uma introdução do diálogo
por natureza um nome apropriado e entre Socrátes, Hermógenes e Crátilo.
que não se trata da denominação
O problema levantado é a verdade
que alguns homens convencionaram
dar-lhes, com designá-las por existente entre os nomes e as coisas.
determinadas vozes de sua língua, Aqui é o argumento central do
mas que, por natureza, têm sentido
naturalismo Crátilo, afirmar uma
certo, sempre o mesmo, tanto entre
os Helenos como entre os bárbaros conformidade do nome segundo a
em geral” (Crátilo, 383 a). natureza.
“Sócrates — Hermógenes, filho de Na figura de Socrátes é depositada o
Hipónico, diz antigo provérbio que as intermediador para resolução da
coisas belas são difíceis de
discussão. No entanto, a proposta
aprender; o conhecimento dos
nomes não é negócio de importância oferecida por Sócrates é um convite
somenos”[...] (Crátilo, 384 b). para uma investigação, característica
“de muito bom grado me disponho a
investigar o assunto juntamente base da sua filosofia, investigar ao
contigo e Crátilo. [...]o melhor será invés de simplesmente responder.
congregarmos esforços para saber
quem está com a razão: tu ou Crátilo.
(Crátilo, 384 c).
“II — Hermógenes —Por minha Aqui se inicia a apresentação da tese
parte, Sócrates, já conversei várias convencionalista defendida pelo
vezes a esse respeito tanto com ele
Hermógenes. Neste argumento da
como com outras pessoas, sem que
chegasse a convenção os nomes podem ser
convencer-me de que a justeza dos atribuídos como verdadeiros, mediante
nomes se baseia em outra coisa que
um acordo entre os homens. E por
não seja convenção e acordo. Para
mim, seja qual for o nome que se dê isso, é possível pensar vários nomes a
a uma determinada coisa, esse é o mesma coisa ou nome o uso no
seu nome certo; e mais: se
mesmo nome coisas diversas.
substituirmos esse nome por outro,
vindo a cair em desuso o primitivo, o Além da convenção um dado
novo nome não é menos certo do importante dos pontos apresentados
que o primeiro.” (Crátilo, 384 d). aqui, é questão da lei e a

“Nenhum nome é dado por natureza arbitrariedade no processo de dá


a qualquer coisa, mas pela lei e o nome. Assim, os nomes das coisas
costume dos que se habituaram a estão deliberados de forma individual.
chamá-la dessa maneira” (Crátilo,
384 d-e).
“Sócrates — Como! Se eu dou nome Neste fragmento Hermógenes
a uma coisa qualquer, digamos, se reconhece que os nomes são impostos
ao que hoje chamamos homem, eu
às coisas pelas pessoas e cada uma
der nome de cavalo, a mesma coisa
passará a ser denominada homem pode impor a cada coisa o nome que
por todos, e cavalo por mim desejar. Na refutação de Sócrates aqui
particularmente, e, na outra hipótese,
à tese convencionalista, é posto a
homem apenas para mim, e cavalo
para todos os outros? Foi isso o que questão da verdade e falsidade,
disseste? também explana em cima da
Hermógenes — Sim; é assim que
universalidade da linguagem. Se não
penso” (Crátilo, 385 a).
Sócrates- Muito bem. Responde-me, existe uma padronização, pode correr
agora, ao seguinte: admites que se o risco de não haver distinção entre a
possa dizer a verdade ou mentir?
verdade e mentir.
Hermógenes — Admito.
Sócrates — Sendo assim, a
proposição que se refere às coisas
como elas são, é verdadeira, vindo a
ser falsa quando indica o que elas
não são.
Hermógenes — É isso mesmo.
Sócrates — Logo, é possível dizer
por meio da palavra o que é e o que
não é.
Hermógenes — Perfeitamente.
(Crátilo, 385 b).
Sócrates — Assim, numa proposição O convencionalismo proposto
verdadeira, o nome é enunciado? Hermógenes é ingênuo em assegurar
Hermógenes — Sim.
a possibilidade de trocar nomes por
Sócrates — E é verdadeiro, segundo
o afirmaste. gosto particular. Sócrates argumenta
Hermógenes — Sim. que é preciso olhar um
Sócrates — E a parte de uma
convencionalismo coletivo, ou seja, o
proposição falsa, não será também
falsa? nome não pode ser alterado pelo
Hermógenes — De acordo. indivíduo, haja vista que a linguagem
Sócrates — Logo, é possível dizer
não é individual, mas de caráter social.
nomes verdadeiros e nomes falsos,
uma vez que há proposições de
ambas as modalidades. (Crátilo, 385
c).
Eu, pelo menos, Sócrates, não Dois movimentos são apresentados
conheço outra maneira de denominar nesta posição convencionalista. O ato
com acerto as coisas, a não ser a
de nomear e ato de designar a coisa
seguinte: posso designar qualquer
coisa pelo nome que me aprouver pelo nome. Na posição de Sócrates é
dar-lhes, e tu, por outro nome que tentar conduzir Hermógenes a uma
lhe atribuíres. O mesmo vejo passar-
outra concepção a justeza dos nomes.
se nas cidades, conferindo por vezes
cada uma aos mesmos objetos Sócrates argumenta a existência de
nomes diferentes, que variam de uma essência, uma natureza das
Heleno para Heleno, como dos
coisas. Desse modo, as coisas para
Helenos para os bárbaros. (Crátilo,
385 d-e). ele existem em si mesma,
Sócrates — Ora, se as coisas não independentemente das diferentes
são semelhantes ao mesmo tempo, e
percepção que temos delas. No núcleo
sempre, para todo o mundo, nem
relativas a cada pessoa em da reflexão socráticas está a busca
particular, é claro que devem ser em pelo conhecimento da essência da
si mesmas de essência permanente;
coisa, fugindo da intepretação presa
não estão em relação conosco, nem
na nossa dependência, nem podem simplesmente no nome. Outro
ser deslocadas em todos os sentidos elemento importante da reflexão
por nossa fantasia, porém existem socrática é fazer Hermógenes e Crátilo
por si mesmas, de acordo com sua
buscar a verdade no mundo das
essência natural. Hermógenes —
Parece-me que é assim mesmo, ideias.
Sócrates. (Crátilo, 386 d-e).
Sócrates — Logo, as ações se Sócrates se posiciona a princípio
realizam segundo sua própria favorável a tese de Crátilo. O mesmo
natureza, não conforme a opinião
salienta que ações de falar e dar
que dela fizermos [...].
De que modo, então, falará, alguém nomes as coisas não são relativas aos
corretamente: da maneira que lhe homens. a Novidade apresentada aqui
aprouver falar, ou, de preferência,
é o nome como instrumento e
dizendo as coisas segundo o modo
natural de falar e como devem ser reconhecimento de um modo natural
ditas, para alcançar das coisas. O fim dessa refutação é
o seu intento e dizer, de fato, alguma
ajustar o nome a natureza da coisa, e
coisa, Sem oque cometerá erros e
nada conseguirá? por isso, valida que existe um comum
Hermógenes — Penso que é como acordo entre a ação de nomear com
dizes. sua própria natureza.
[...]Sócrates — Logo, nomear,
também é ação, uma vez que falar é
uma espécie de ação, com relação a
certas coisas.
Hermógens — É isso mesmo.
Sócrates — Ora, as ações, como já
vimos, não são relativas a nós, mas
tem cada uma sua própria natureza.
Hermógenes — É isso mesmo
(Crátilo 387 b-c).
Sócrates — Assim sendo, convirá Em Sócrates é evidenciado uma
nomear as coisas pelo modo natural relação, mesmo mínima que seja,
de nomeá-las e serem nomeadas, e
entre o nome com a aquilo que
pelo meio adequado, não como
imaginamos que devemos fazê-lo, designa. Assim, o nome sendo um
caso queiramos ficar coerentes com instrumento de informação, quer
o que assentamos antes. Só por
exprimir a essência do que se está
esse modo conseguiremos, de fato,
dar nome às coisas; do contrário, nomeando. Exemplo desse é
será impossível. (Crátilo, 387 d). argumento é observarmos que nome,
Sócrates — O nome, por
isolado, não tem o mesmo valor que
conseguinte, é instrumento para
informar a respeito das coisas e para vinculado a alguma coisa.
separá-las, tal como a lançadeira
separa os fios da teia.
Hermógenes — É isso mesmo.
(Crátilo, 388 c).
Sócrates — Por conseguinte, Na linguagem as palavras são
Hermógenes, nem todos os homens instrumentos de comunicação, de
têm capacidade para impor nomes,
modo que estas devem ser usadas
mas apenas o fazedor de nomes, e
esse, ao que tudo indica, é o afastadas de convencionalismo e a
legislador, de todos os artistas o arbitrariedade. Nem todos os homens
mais raro.
podem ser legislador. De fato existe
Hermógenes — É o que parece, de
fato. uma essência do ser que é expressa
(Crátilo, 389 a) pela linguagem. A falha da tese de
Hermógenes é argumentada por
Sócrates como sem uma
universalidade a compreensão entre
os homens seria impossível.
Sócrates — Logo, meu excelente Muito interessante o caminho
amigo, o nosso legislador deverá apresentando por Sócrates para
saber formar com os sons e as
sílabas o nome por natureza conduzir Hermógenes na revisão de
apropriado para cada objeto, sua tese. Se os sons e as sílabas
compondo todos os nomes e
constituem a base para compor os
aplicando-os com os olhos sempre
fixos no que é o nome em si, caso nomes que designam os objetos.
queira ser tido na conta de Existe signos distintos para objetos
verdadeiro criador de nomes. (Crátilo
distintos, ou seja, o nome tem que se
389d)
adequar ao ser.
Sócrates — Então, Hermógenes, A tese naturalista é posto em destaque
talvez não seja “atividade tão quando alerta que as palavras devem
despicienda como imaginas, a de
ser corrigidas quando não expressam
instituir nomes, nem é trabalho de
gente sem préstimo nem mesmo as essências das coisas.
para todo o mundo. Sendo assim,
Crátilo tem razão de dizer que os
nomes das coisas derivam de sua
natureza e que nem todo homem é
formador de nomes, mas apenas o
que, olhando para o nome que cada
coisa tem por natureza, sabe como
exprimir com letras e sílabas sua
idéia fundamental. (Crátilo, 390 e)
“A correta aplicação dos nomes, foi o Após longa apresentação da origem e
que dissemos, consiste em mostrar etimologia dos nomes (Crátilo 391-
como é constituída a coisa” (Crátilo
427), Sócrates inicia o diálogo agora
428e)
com Crátilo como seu interlocutor.
Sócrates —- Pelo que se vê, não Crátilo defende é que a signo do nome
admites também, que em relação precisa de alguma forma expressar ou
aos nomes uns tenham sido
revelar a verdade sobre a coisa
atribuídos com mais propriedade do
que outros? designada. Há uma relação absoluta
Crátilo — De forma alguma. entre o nome Hermógenes e a sua
[...]Crátilo — Segundo minha
pessoa.
maneira de pensar, Sócrates, esse
nome não lhe foi dado; apenas Em suma, o naturalismo de Crátilo,
parece que foi. Mas, de fato, é nome expressa a perfeita justeza, adequação
de outra pessoa com as
entre palavra e a coisa.
características a ele inerentes.
(Crátilo 429 b-c)
Sócrates — [...] Não admites que Na discussão Sócrates resulta na
uma coisa é o nome, e outra o objeto distinção do nome da coisa que ele
cujo nome ele é?
representa. O resultado desse
Crátilo — Admito. fragmento é aplicação do nome como
Sócrates — E também aceitas que o uma imitação verdadeira, mas não é
nome seja uma certa imitação da
exatamente a coisa. A crítica socrática
coisa?
Crátilo — De inteiro acordo. (Crátilo da tese naturalista aparece nessa
430 a-b) defesa de Crátilo de que todos os
nomes estão perfeitamente corretos.
Sócrates — E então? Não é possível A tese do naturalismo é refutada
voltar ao mesmo indivíduo e dizer- mostrando que há um certo
lhe: Teu nome é este aqui? O nome
convencionalismo nos nomes
é imitação, tanto quanto a imagem.
(Crátilo 431 a)
Socrátes -Se a distribuição, de fato, Como Crátilo sustenta que os nomes
pode ser feita dos dois modos, não podem ser falsos porque para ele
vamos denominar um deles falar
cada coisa possui apenas um nome
verdade, e o outro, dizer inverdade.
[...] Ora, se os verbos e os nomes correto, ligada a sua essência,
podem ser atribuídos desse jeito, o Sócrates tenta mostrar para ele que os
mesmo forçosamente se dará com
nomes podem ser formados de modo
as sentenças, pois estas, segundo
penso, são formadas pela reunião equivocado. Se a palavra e coisa fosse
daqueles. (Crátilo 431 b) semelhante então seria duplicada e
Sócrates — Tem, portanto, a
não poderia separá-los.
coragem, meu bravo amigo, de
admitir que os nomes podem ser Os nomes, mesmo nas suas
corretamente ou incorretamente elaborações mais primitivas, podem
aplicados (Crátilo 432 e)
haver sido gerados de maneira mais
ou menos imperfeita.
Socrates – [...] procura outro critério Sócrates mostra a Crátilo que deve
mais, preciso para a aplicação dos existir um certo distanciamento entre a
nomes e deixa de admitir que o
palavra e as coisas, pois pode haver
nome é a representação do objeto
por meio de "Sílabas e de letras. uma confusão ao confundirmos as
Porque, se afirmares ambas as duas realidades.
coisas ao mesmo tempo, não ficarás
de acordo contigo mesmo.
Crátilo — Parece-me razoável,
Sócrates, o que disseste, e nada
tenho a objetar. (Crátilos 433 a)
Sócrates- [...] Assim, os nomes bem Os argumentos de Sócrates levam à
formados são formados desse modo. compreensão de que exista
Porém, se algum for mal formado, é
semelhança entre as partes dos
possível que seja constituído em sua
quase totalidade de letras nomes e a natureza das coisas.
convenientes e semelhantes, sem' “O Também referente a composição dos
que não seria imagem, embora tendo
nomes não havendo semelhança à
de permeio, também, uma ou outra
inadequada, que impedem de ser coisa, pode ser atribuído uma escolha
belo o nome e bem formado. (Crátilo incorreta e falsa.
433 c)
Crátilo — De qualquer jeito, Aqui revela uma ideia puramente
Sócrates, é preferível o processo de convencionalista contrária seu
representar por uma imitação
naturalismo. Claramente temos uma
semelhante o que queremos
representar, a fazê-lo por algum noção de que nem todas as palavras
processo arbitrário. (Crátilo 434 a) possuem um nexo natural entre como
entre som e sentindo.
Ora, se assim é, que fizeste contigo A abordagem feita por sócrates
mesmo, senão uma convenção, ressalta costume e a convenção como
reduzindo-se para ti a justeza da
formas para a confirmação dos nomes.
aplicação dos nomes a pura
convenção (Crátilo 435 a) O diálago começa a tender para uma
resolução de que exista um duplo
movimento natural, mas também de
convenção.
Crátiio — A meu parecer, não há Sócrates e Crátilo entram no problema
outra; esta é a única e a melhor. da linguagem e o conhecimento. Os
[...]Crátilo — Estou convencido de
nomes não podem ser a única forma
que devemos dirigir as pesquisas e
os descobrimentos por maneira de acesso as coisas, pois se fosse,
absolutamente igual. como chegaram as coisas se antes
Sócrates — Atenção, Crátilo!
não tinha nome. É um ponto salutar da
Reflitamos se não corre perigo de
enganar-se quem, na investigação tese de Crátilo que possamos buscar o
das coisas, segue no rasto dos conhecimento a partir da etimologia
nomes e procura penetrar-lhes o
das palavras.
significado. (Crátilo 436 a-b)
os nomes que se nos afiguraram O nome pode não ser o critério para se
designação das piores coisas, alcançar a verdade, haja vista que
revelaram-se-nos iguais aos das
podem haver ambiguidade se não há
melhores. [...] encontraria muitos
outros nomes que nos levariam à uma certa convenção que facilite o
conclusão oposta, a saber, que o entendimento.
autor dos nomes não quis indicar
com eles que as coisas estão em
marcha e movimento, mas em
repouso. (Crátilo 437 c)
Sócrates — Nesta luta entre os Aqui é evidente o que Sócrates quer
nomes, em que uns se apresentam mostrar que a linguagem e o
como semelhantes à verdade, e
conhecimento estão separados. A
outros afirmam a mesma coisa de si
próprios, [...] É óbvio que teremos de chamada socrática para um olhar
procurar fora dos nomes alguma voltado os seres é a solução.
coisa que nos faça, ver sem os
nomes qual das duas classes é a
verdadeira, o que ela demonstrará
indicando-nos a verdade das coisas.
(Crátilo 438 e)
Sócrates — O modo de alcançar o A conclusão de Sócrates é que a tese
conhecimento das coisas, ou de naturalista e convencionalista revela
descobri-las, é questão que talvez
que o nome não garante o acesso a
ultrapasse a minha e a tua
capacidade. Baste-nos termos verdade, ao contrário, pode obscurecer
chegado à conclusão de que não é o processo filosófico de busca do
por meio de seus nomes que
conhecimento.
devemos procurar conhecer ou
estudar as coisas, mas, de
preferência, por meio delas próprias.
(Crátilo 439 b)

Conclusão

Foi muito válido ter lido e analisado este texto. Alguns elementos foram
importantíssimos para entender como é construído as várias formas de pensar o
naturalismo e o convencionalismo. Ao mesmo tempo, entender o que faz, e como
reconhecer um verdadeiro filósofo que busca o conhecimentos a partir do próprio
ser, partindo da experiências e análises coletivas, leva-nos a questionar sobre qual
conhecimento pode ser adquirido a partir da linguagem.

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