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Cimbramento
Definição e nomenclatura
Cargas Atuantes
Materiais utilizados (principais características e usos)
Sistemas de Cimbramento
Sistemas de Reescoramento
Sistematização
Cimbramento
Reescoramento
Práticas Recomendadas
Conclusão
Conceitos
Sistematização
Práticas Recomendadas
Conclusão
Cimbramento
É um estrutura de suporte provisória composta por um conjunto de elemen-
tos que apoiam as fôrmas horizontais (vigas e lajes), suportando as cargas
atuantes (peso próprio do concreto, movimentação de operários e equipa-
mentos, etc.) e transmitindo-as ao piso ou ao pavimento inferior. Para tanto
deve ser dimensionado, entre outras coisas, em função da magnitude de Conceitos
carga a ser transferida, do pé-direito e da resistência do material utilizado.
Estes elementos normalmente divididem-se em:
Suporte: escoras, torres, etc.,
Trama: vigotas principais (conhecidas também como longarinas) e vigotas
Nota
secundárias conhecidas também como barrotes)
Neste Manual, adotamos o termo
Acessórios: peças que unem, posicionam e ajustam as anteriores.
cimbramento ao invés de
escoramento por entender este
ser uma denominação mais
ampla, abrangendo todos os
sistemas e não só os que usam
escoras. Já no caso do
reescoramento, apesar de em
alguns casos ser necessário
reescorar com torres ou outros
elementos, é muito mais usual
utilizarmos escoras para tal, daí
o uso do termo reescoramento
ao invés de recimbramento.
Reescoramento
Após a concretagem, inicia-se o pro-
cesso de endurecimento do concre-
Dica
to, onde as peças atingem a condi-
posicionamos novas escoras e
ção de serem autoportantes (em
DEPOIS desmontamos o
média 72 horas após) até atingirem
cimbramento. Em NENHUM
a resistência para a qual foram
momento as peças recém-
projetadas (28 dias). A fim de libe-
concretadas devem ficar sem
rarmos a maioria das peças de
apoio, mesmo que seja por
cimbramento para o próximo uso, posicionamos novas escoras (ou, nos sistemas que permitem a
alguns minutos.
desmontagem das outras peças sem movimentarmos as escoras, deixamos parte delas) e depois desmontamos as
demais peças para uso na próxima laje.
Materiais Utilizados
Madeira Serrada Criado em conjunto com o sistema formapronta, apresenta peças de ma-
deira aparelhadas, peças padronizadas e com encaixes previstos. Como van-
tagens temos também o seu baixo custo (em obras lentas são imbatíveis
quando comparamos o seu valor de aquisição com o valor de locação dos
sistemas industrializados) e sua disponibilidade. Já as suas desvantagens são
o nivelamento através de cunhas e seu uso normalmente restrito a uma
única obra (principalmente devido à dificuldade em ser reformado e ade-
quado a outras dimensões)
Normalmente composto de:
·escoras simples de pontaletes 3x3 para as lajes
·escoras duplas (conhecidas como garfos) de pontaletes 3x3 para as
vigas
·longarinas de sarrafos 1x6 duplos
·barrotes de sarrafos 1x4duplos ou pontaletes 3x3
Glossário
Escoras (ou sistema pontual) Contraventamento: travamento
Elementos verticais isolados e fáceis de montar ,necessitando apenas de ele- entre escoras, através de outro
mentos que os deixem em pé durante a montagem, normalmente conheci- elemento, criando uma malha
dos como tripés. Sua área de abrangência varia normalmente de 1,5 a 4,5 estrutural e evitando a flexão das
metros de altura, sendo que, entre 3 e 4,5 metros geralmente devem ser escoras.
contraventados.
Nota
Existem escoras com altura de
5,5m, sendo utilizadas para
A capacidade de carga, a precisão do nivelamento e a durabilidade, dão às escoras reescoramento
metálicas larga vantagem em relação às de madeira. Além disto, a estabilidade
dimensional possibilitada pelas escoras metálicas as faz recomendada para
requisitos da qualidade onde não se aceitam deformações (caso da laje zero).
Conjuntos de pontaletes e sarrafos são utilizados para a confecção de garfos largamente usados no escoramento de vigas
de borda. Para as vigas internas, os mais indicados são as escoras metálicas.
Mesas Voadoras
Portanto, a complexidade dessa etapa é menor (mas não menos importante), como Conceitos
também é menor o número de elementos responsáveis pelo cumprimento dessa função.
Reescoramento Escoras: são as mais utilizadas. São encontradas no mercado para locação e
Metálico venda, sua capacidade de carga é elevada e duram muitas obras. O sistema de ajuste
conta com tubo tipo flauta furado para o ajuste grosso e rosca para o ajuste fino.
Podem-se reescorar lajes e vigas com a mesma facilidade. Se o projeto de fôrmas
previr faixas de reescoramento, essas escoras poderão ser colocadas abaixo dessas
faixas, estando posicionadas já como reescoramento após a desforma.
A escolha do tipo de cimbramento e reescoramento mais adequados a um determinado projeto depende de uma série
de variáveis que devem ser consideradas já na fase de planejamento da obra:
Projeto de Fôrmas Fornece subsídios para a escolha do melhor sistema ao mesmo tempo em que leva
em conta o tipo de cimbramento. A paginação das chapas de lajes, por exemplo,
Sistematização leva em conta a posição das escoras, longarinas e barrotes e também do reescoramento.
Projeto Estrutural Fornece elementos tais como o volume e conseqüentemente peso das peças a serem
concretadas. É fundamental que o Projetista Estrutural participe na análise das
deformações admitidas e pontos de apoio descartando alternativas não compatí-
veis de cimbramento e reescoramento. Além disso, as exigências relativas ao acaba-
mento da laje, se vai receber contrapiso ou não para seu nivelamento também
devem ser consideradas.
Planejamento Determina o ritmo de execução da estrutura, bem como a sequência dos trabalhos.
Os sistemas considerados devem ser compatíveis com estas exigências, principal-
mente no que se refere ao equipamentos de movimentação necessários. O custo do
material (compra ou locação) não pode ser avaliado isoladamente. Esse será definido
pela composição de materiais e horas trabalhadas para a montagem e desmontagem.
Custo Além dos custos diretos na obra, devemos levar em conta os custos marginais,
como: reposições, indenizações, valor residual no caso de compra, opção de com-
pra x locação, manutenção, etc.
Produtividade Cada sistema detemina etapas de montagem e desmontagem mais simples ou mais
complexas, alguns ainda permitem um pré-montagem inicial e uma apenas uma
desmontagem parcial no decorrer do ciclo de concretagens. É fundamental que os
operários envolvidos sejam treinados no uso do equipamento.
Segurança O sistema deve contemplar peças específicas para a segurança dos operários, como:
plataformas de trabalho, guarda-corpos, etc.
Flexibilidade Um bom sistema também deve ser flexível, adaptando-se as variações geométricas
das peças a serem concretadas.
Estabilidade Por questões óbvias de segurança e qualidade, a alternativa de escoramento deve ser
estável no pavimento onde se apóia e propiciar estabilidade também nas fôrmas
que suporta.
Pé-direito Muitos sistemas leves vencem pequenas alturas e os sistemas que atendam a pé
direitos altos são pesados. Um bom sistema vence a altura de projeto, sem ser Sistematização
extremamente pesado.
Facilidade
de Ajustes Baixa Alta Alta Alta
Nota
Até 3 metros Normalmente Praticamente Normalmente
Pé-direito (sem contraven- até 4,5 metros qualquer altura até 4,5 metros Peças soltas: peças que devem
tamento) ser montadas e desmontadas a
cada concretagem.
Quantidade de
peças soltas* Média Média Variável Mínima
Nem sempre o tipo de reescoramento acompanha a alternativa escolhida para o escoramento. Por exemplo, se uma
laje é escorada através de mesa voadora, o reescoramento não adotará esse sistema, uma vez que a mesa será
transferida ao pavimento superior. A laje será reescorada, por exemplo, com escoras metálicas.
A escolha dos sistemas de reescoramento deve levar em conta alguns aspectos, como:
Sistematização
Características do projeto muitas vezes é interessante que já no projeto de fôrmas (na etapa de pagina-
de fôrmas ção de chapas) sejam previstas faixas de reescoramento para que, após a
concretagem, sejam deixados elementos de reescoramento, sem que se tenha
o trabalho de movimentar excessivamente peças durante a desforma.
Características do projeto deverá haver compatibilidade entre os sistemas, a fim de que não se perca
de escoramento qualidade e produtividade.
Projeto
Projeto Estrutural
define a geometria das peças e sua posição no espaço.
Projeto de Fôrmas
define a paginação dos fundos de vigas e painéis de lajes, bem como a compatibilização entre os travamentos
metálicos e os painéis.
Movimentação do Cimbramento
define o tamanho/peso máximo de cada um dos elementos do sistema.
Tipo de Lançamento
define as cargas atuantes no momento do lançamento do concreto.
Vigas e Lajes
Escoramento de vigas
Inspeção