Agradecimentos
Prefácio
Introdução
1. O Modelo da Casa de Deus: Uma Casa de Oração!
2. O Estilo de Vida Dia e Noite
3. Batalha Espiritual Centrada em Deus
4. Movimento de Oração dos Últimos Dias
5. Dicas Práticas para Uma Vida de Oração
Sobre o Autor
Agradecimentos
Em primeiro lugar, minha gratidão vai ao Aba Pai e seu Filho Jesus
Cristo, o amado da minha alma, aquele que me alcançou em sua
graça e colocou em meu coração fogo e anseio por sua presença.
À minha amada esposa, que teve coragem para me seguir e
abraçou a aventura de caminhar em direção ao chamado de Deus
para a nossa família. Obrigado por toda a entrega e dedicação à
causa do reino de Deus. Você é a melhor esposa e mãe, e eu sou
abençoado por tê-la ao meu lado. Benjamin e Maria, vocês são
flechas em nossas aljavas; papai ama vocês.
Aos meus pais, Alcy e Rosa, vocês foram os intercessores que
me alcançaram no lugar de oração. Papai e mamãe, nunca poderei
pagar pelo que fizeram por mim. Eu honro a vida de vocês.
Aos mentores Harold Walker e Robert Walker, homens
responsáveis pelo meu primeiro despertar para o valor do altar e da
oração coletiva. Vocês terão uma recompensa por tocar e despertar
uma geração.
A todos da comunidade do Rei e sala de oração Betânia. Foi
nesse lugar que a mensagem que carrego foi gerada. Sou grato
pelos momentos que vivemos juntos em busca e oração. Obrigado,
Fábio e Danielly Bravo, Junior e Camila Oliveira, começamos isso
juntos na piscina quebrada!
Aos meus filhos espirituais da casa de oração Liberdade Rio,
vocês são um solo fértil e produtivo. Obrigado por abraçar o sonho
do salmo 132. Vamos juntos construir um lugar de descanso para o
nosso Deus.
A Eduardo e Eliana Oliveira e a todos da editora Impacto,
obrigado por acreditar e investir tempo e esforço para que esse livro
se tornasse realidade. Vocês terão uma herança e participação nos
frutos desta obra.
A todos os guerreiros de oração espalhados por toda nação
brasileira. A todos os líderes de casas de oração que estão
cooperando para fortalecer uma Igreja que ora e levantar uma
cultura de oração. Eu dedico esse pequeno livro a vocês! Não
desprezem os pequenos começos!
Michael Duque Estrada
Prefácio
Harold Walker
Jundiaí, SP, outubro de 2016
Introdução
2 – Fome de justiça
Justiça significa transformar situações erradas em certas. Em
2013, a fome de justiça tomou conta do nosso país. Milhares de
pessoas foram às ruas protestar, não apenas pelo aumento de 20
centavos na taxa de transporte público, mas porque estavam
saturadas de ver tanta corrupção e depravação tomando conta do
Brasil.
A fome de justiça vai alcançar o povo de Deus, e pequenas
atitudes de oração produzirão grandes mudanças por causa dessa
angústia interior. A Terra está marcada pela dor. As nações estão
sendo sacudidas por causa do pecado e da injustiça do homem. As
estatísticas são de apavorar: uma dentre sete pessoas sofre sob o
peso da escassez e desnutrição. Hoje, a fome mata mais do que a
Aids, a tuberculose e a malária juntas. Fome não é ficar doze horas
sem comer; é passar uma semana comendo terra e arroz. Essa é
uma realidade que acontece logo ali, no Piauí. Catorze por cento da
população vai dormir hoje sem fazer nem sequer uma refeição
básica de arroz e feijão. Sabe qual o nome disso? Injustiça. Cinco
milhões de crianças morrem de fome por ano.
Na África, 50 milhões de crianças ficam órfãs todo ano. Isso é
equivalente a juntar a Alemanha e a Inglaterra e remover todos os
pais e mães.
A fome de que ele venha e faça justiça na Terra irá nos motivar
a permanecer diante de sua presença. Toda a justiça de Deus será
feita na volta do Senhor, mas é um erro não começar a implantá-la
hoje. Precisamos viver o máximo do “ainda não” agora. Muitas
vezes, somos fatalistas afirmando que tudo será feito quando o
Messias vier reinar. Porém, o Reino já está aqui. É claro que, no
Milênio, sob o reinado de Jesus, haverá plenitude, mas precisamos
ferir a Terra com a justiça do Reino nos nossos dias. Nossas
orações devem ser nesse sentido.
2 - Justiça
A justiça está totalmente interligada à intercessão. Lucas 18.7
afirma que Deus fará justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam
dia e noite. Esse versículo é direcionado aos sacerdotes, aos
escolhidos, ao povo eleito. A palavra justiça, nesse contexto, quer
dizer retidão ou posição correta. Justiça não é igualdade; justiça é
fazer o que é correto. Deus vem com seu trono e conserta o que
está errado: a pobreza, a miséria, a dor e a enfermidade. Justiça
não é apenas juízo. Existe o lado positivo também quando, por
exemplo, oramos, e ele julga a pedofilia. Ele diz que vai fazer justiça
rápida.
Em Lucas 18.8, está escrito: “Quando vier o Filho do Homem,
achará, porventura, fé na terra?”. Não penso que essa seja uma
pergunta negativa, pois ele encontrará fé na Terra, achará um povo
orando dia e noite antes da sua volta. A Terra está sendo sacudida
pela injustiça.
No Camboja, existem pais que almejam que as esposas deem
à luz filhas meninas, para que possam vendê-las. O nome disso é
injustiça! O papel da Igreja é reunir-se ao redor do Senhor clamando
pela justiça rápida que ele prometeu. Injustiça social não pode ser
combatida com cesta básica, pois é uma consequência direta do
pecado e um ataque do diabo. É claro que precisamos nos
mobilizar, fazer coisas práticas que revelem o caráter justo de Deus.
Mas devemos combater a injustiça nas regiões celestiais com
intercessão.
Justiça também está ligada a avivamento e derramamento do
Espírito. Existem milhares de pessoas, neste momento, envolvendo-
se com o movimento de justiça social desassociado do poder de
Deus. Isso é um equívoco que beira ao humanismo. Não vamos
melhorar as pessoas; elas precisam ter o coração transformado.
Temos de ir e tocar os pobres, as prostitutas sim. Porém,
precisamos ganhá-los de joelhos.
3 – Porque Deus não faz nada na Terra a não ser por meio da
comunhão com o seu povo.
Tem uma questão que sempre me deixava em crise: se Deus
tem uma vontade, por que ele não a realiza logo? Você acha que é
a vontade de Deus restaurar a igreja? Se o Senhor é soberano e
esse é o seu desejo, por que ele não a restaura? Porque existe um
princípio de que Deus é pessoal. Nós somos impessoais; Deus não
é. Suponhamos que Deus aparecesse para mim durante a noite e
fizesse uma proposta: “Michael, vou dar-lhe a oportunidade de
acabar com todo pecado da humanidade, e você tem o direito de
escolher o método para que isso aconteça”. Sabe qual eu usaria?
Um botão que, ao ser apertado, desse fim a todo pecado. Percebe a
impessoalidade? Queremos solucionar os problemas sem nos
envolver com eles.
Quando Deus quis resolver o pecado, ele veio pessoalmente.
Deixou a sua esfera de santidade perfeita, sem pecado, sem dor,
sem miséria e habitou no meio de uma cultura ímpia.
Temos uma capacidade incrível de nos relacionar com o que é
“espiritual” de forma impessoal. Conseguimos ler a Bíblia e não
encontrar Deus. Ele mesmo disse: “vocês vão às Escrituras
tentando achar poder e vida eterna, mas não vêm a mim?” (Jo 5.39).
Jesus, a palavra encarnada, estava ali em forma de homem e,
embora lessem a Lei, não conseguiam tocar o verbo vivo de Deus,
que era Jesus. Lemos a Bíblia como um livro de receita, de forma
impessoal.
Somos ensinados a instruir nossos filhos no caminho em que
devem andar (Pv 22.6). Então, um de nossos filhos cresce, torna-se
um traficante e ficamos ofendidos com Deus. Afinal, lemos a Bíblia!
O que ela disse deve acontecer. Só tem um problema: não
encontramos o Deus que escreveu o versículo. Para obedecer,
precisamos ouvir a voz de Deus, ter contato com quem escreveu e
inspirou cada parte da Bíblia. É por isso que o Pai precisa
comunicar os seus planos, pois ele nada fará na Terra sem que isso
aconteça.
Em Amós 3.7, lemos que “o Senhor Deus não fará coisa
alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os
profetas”. Vocês, por acaso, contam seus segredos ao padeiro a
menos que ele seja um amigo íntimo? Da mesma forma, Deus conta
seus segredos a quem é seu amigo.
Funciona mais ou menos assim: Deus tem uma vontade, e
você precisa descobri-la. Em seguida, você ora a vontade dele e, só
então, ele a realiza. Por quê? Porque Deus decidiu assim. Isso é um
escândalo para o homem. Deus faz tudo em parceria com você, um
mero mortal, cheio de pecado.
1 – Condenação
Muitos de nós já nos comprometemos a orar e oramos um dia,
dois, três, mas logo abandonamos o lugar da oração e nunca mais
voltamos por vergonha de Deus. Ou até mesmo uma discussão com
alguém nos afasta da intimidade com o Pai, porque não fomos tão
“bonzinhos”. A questão é que o que nos qualifica a entrar na
presença de Deus não é se fazemos tudo certo. O que nos qualifica
é o sangue de Jesus. Hebreus 10.19 diz que devemos entrar com
coragem e ousadia no santo dos santos.
Quando Deus olha para a sua vida, ele vê o sangue do seu
Filho. Sendo assim, quando você cair, levante-se e ande. Se falhou
um dia, comece novamente no outro. Deus não olha para nós como
pessoas rebeldes, mas como filhos imaturos. Quando meu filho
Benjamin cai, não arranco as suas pernas; muito pelo contrário, eu o
ajudo a levantar-se, pois está aprendendo a andar. Com o Aba
também é assim. Ele não nos enxerga como hipócritas que não
oram, mas como filhos amados. Mesmo que você nunca mais leia a
sua Bíblia nem ore, Deus continuará o amando.
A oração não é para fazer com seja aceito, pois você já o foi. E
Deus o ama tanto que deseja dar mais do seu coração.
2 – Emocionalismo
Preciso compartilhar que, 90% das vezes em que vou orar,
não sinto nada. Tem pessoas que leem a Bíblia e pensam que ela é
como novela: os eventos do capítulo seguinte se passam no mesmo
dia do anterior.
Daniel foi para a Babilônia com aproximadamente 12 anos de
idade, mas só recebeu visitações angelicais aos 84 anos. A prática
de Daniel era estar três vezes ao dia de frente para Jerusalém,
orando.
A Bíblia diz para termos fé, pois Deus é galardoador daqueles
que o buscam. Sem fé, é impossível lhe agradar. As emoções não
são erradas na nossa devoção, elas são muito importantes, mas
depender delas para desenvolver uma vida espiritual é estar fadado
ao fracasso.
Meditação
Acredito que podemos ler a Bíblia de três maneiras. Pode
haver outras, mas vou citar apenas essas três.
A primeira é ler a Bíblia toda, de capa a capa, para ter
um conhecimento geral.
A segunda maneira é lê-la estudando-a. Talvez, você
não tenha disponibilidade de estudar a Bíblia todos os
dias. Então, uma boa dica é estudar todo o conselho de
Deus ao invés de estudar livros ou temas isolados.
A terceira forma é ler a Bíblia meditando nela. Você não
estuda nem decora nada. Nesse modelo de leitura,
podemos dizer que é a Bíblia que lê você. É quando a
Palavra de Deus começa a esquadrinhá-lo.
1 – Leia a Bíblia
Quando for meditar, não use textos muito longos. Não dá para
meditar lendo todo o Salmo 119, por exemplo. No começo, você
pode escolher passagens mais fáceis como os evangelhos, Salmos
ou mesmo um versículo de que goste muito. Às vezes, na leitura
geral, algum versículo vai sobressair. Separe-o para que possa
meditar nele depois. Vamos supor que você tenha lido o Salmo 27.4:
“Uma coisa pedi ao Senhor, é o que procuro: que eu possa viver na
casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a
bondade do Senhor e buscar sua orientação no seu templo”.
Leia-o devagar, duas, três, quatro vezes ou quantas achar
necessário. De repente, algo dentro do texto lhe saltará aos olhos —
uma frase ou uma palavra. Quando li esse versículo, o que me
chamou a atenção foram as palavras “uma coisa”. Em silêncio,
comecei a fazer perguntas a Deus: “Senhor, o que significa ‘uma
coisa’ para a minha vida em São Gonçalo? O que é ter um coração
de uma coisa?”. Faça perguntas a ele sobre aquilo que acabou de
ler. Essas perguntas naturalmente se transformam em orações.
2 – Tenha um diário
Atualmente, meu princípio é: ler, escrever, orar e cantar. Eu
leio o texto na Bíblia, depois o escrevo no meu diário, pois, se
continuar lendo na Bíblia, vou me distrair com outros trechos. Em
seguida, destaco o que me salta aos olhos e escrevo novamente
embaixo. Só então, começo a fazer perguntas. Logo, vêm
impressões ao meu espírito que podem parecer imaginação. Anoto
tudo o que estou pensando e depois oro com base nisso.
Finalmente, passo para o versículo seguinte.
Esse método de meditação ajuda também a memorizar as
Escrituras. Os mestres devocionais chamam isso de Lectio Divina,
que significa interiorizar as Escrituras.
Muitas vezes, levo esses versículos para o meu dia, colo
lembretes na geladeira e coloco frases no meu celular dentre tantas
outras coisas. Um dos termos para a palavra meditação é “ruminar”.
Você precisa interiorizar aquilo que está sendo lido.
Deixe que a Palavra entre em seu coração, preencha o seu
espírito e o conduza à presença do nosso amado Noivo e querido
Pai. Permita que as verdades das Escrituras o ensinem a orar e a
entender quem você é e o que Deus sente por você. Que a sua vida
de oração aumente em intensidade, qualidade e quantidade à
medida que você se encontrar, numa prática regular, disciplinada e
constante, com o Homem mais belo e encantador de todo o
universo.
Sobre o Autor
[i]
O Projeto Liberdade é uma casa de oração e adoração
que atua com intervenções evangelísticas em zonas de
prostituição.
[ii]
GOLL, James W. - A Arte Perdida da Intercessão. São
Paulo: Editora Vida, 2009.
[iii]
WALKER, John. Nove Divisões da Bíblia. Americana:
Impacto Publicações, 2014.