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A Santidade é para TODOS!

Há 19 anos, no dia 6 de outubro de 2002, acontecia na Praça São Pedro,


em Roma, a Canonização de um sacerdote que marcou para toda eternidade a
vida dos leigos na Igreja. Em meio a multidão de peregrinos que ocupavam este
espaço bimilenar, emoção, alegria e esperança emanava dos corações devotos
do então Beato Josemaria Escrivá. Elevado à glória dos altares, o fundador da
Opus Dei (Obra de Deus) deixou para nós elevado ideal que plasmou seu estilo
de vida e contagiou todas as almas que dele se aproximavam. Eis seu ideal: A
SANTIDADE É PARA TODOS! No então ano de sua canonização a Igreja
também comemorava 40 anos do Concílio Vaticano II que convocou e incentivou
toda humanidade à Santidade que é um dom universal e um chamado divino.

O Catecismo da Igreja Católica, no primeiro parágrafo demonstra com que


amor fomos chamados à vida e com que ternura somos chamados à Santidade:
“Deus, infinitamente perfeito [...] criou livremente o homem para o tornar
participante da sua vida bem-aventurada. Por isso, sempre e em toda a parte,
Ele está próximo do homem. Chama-o e ajuda-o a procurá-Lo, a conhecê-Lo e
a amá-Lo com todas as suas forças.” Somente por amor, Deus nos criou para
podermos participar de sua vida bem aventurada, do Convívio dos Eleitos, do
Paraíso, do banquete nupcial do Cordeiro, a Vida que não terá fim. Esse
chamado é universal e se estende por toda face da terra a todos os seres
humanos; é um convite do nosso Pai celeste a vivermos plenamente felizes com
Ele. Como é belo e consolador este convite de Deus! No entanto, às vezes a
santidade nos parece muito distante ou até mesmo impossível... Mas este
pensamento é nada mais que uma ilusão do demônio para nos afastar de Deus
e de sua Igreja.

Para nos ajudar nessa Jornada rumo ao Pai, São Josemaria Escrivá
deixou-se ser usado por Deus e tornou-se para toda humanidade um grande
luzeiro que através de seus ensinamentos, nos apontam para a santidade que
se esconde na vida cotidiana. É verdade que a maioria do nosso tempo
passamos nossas horas fazendo tarefas corriqueiras: desde o despertar, a
higiene pessoal, o trabalho, o estudo, o cuidado com a casa, a atenção e cuidado
com os filhos... Com exceção dos monges e monjas contemplativos, das 24
horas que Deus nos concede por dia, apenas uma pequena parcela de todas
essas horas são reservadas para a oração e meditação dos Mistérios divinos. E
é aí que o Santo nos chama atenção. São Josemaria apresentou um caminho
de santidade que é acessível a todos. O seu ensinamento fundamental é que
“qualquer atividade humana se pode converter em lugar de encontro com Deus”.

O trabalho pode ser uma grande ocasião de amar a Deus quando nos
entregamos e fazemos de todo coração as funções que nos são propostas
elevando assim nosso coração ao Senhor; os estudos podem nos levar a Deus
quando abraçamos as dificuldades de cada matéria que estudamos e nos
esforçamos com toda a força para aprendermos bem; em família quando
servimos nossos pais com boa vontade e com profundo desejo de agradá-los e
fazê-los felizes nos aproximamos de Deus. Analogamente, esse comportamento
de fazer bem e com amor pode ser aplicado em todas as outras áreas da nossa
vida. Deus nos chama à Santidade pois ele é a fonte de toda Santidade, e por
isso as atividades cotidianas, corriqueiras e diárias escondem um mistério divino
pois ali Deus se encontra; no emaranhado de coisas e tarefas dos nossos dias,
Nosso Senhor se esconde e nos chama dia após dia para sermos Santos pois
como diz Santa Terezinha do menino Jesus, “a nossa vida é um sopro” e com
certeza, Deus não desperdiça nenhum segundo sequer para nos fazer santos e
para nos ter próximos d’Ele.

Samuelson Mesquita

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