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Constelação familiar
As descobertas fundamentais
Hellinger descobriu alguns pontos esclarecedores sobre a dinâmica da
sensação de “consciência leve” e “consciência pesada”, e propôs uma
“consciência de clã” (por ele também chamada de “alma”-- no sentido de algo
que dá movimento, que “anima”), que se norteia por “ordens” arcaicas simples,
que ele denominou de “ordens do amor”, e demonstrou a forma como essa
consciência nos enreda inconscientemente na repetição do destino de outros
membros do grupo familiar. Essas ordens do amor referem-se a três princípios
norteadores:
O procedimento
A “constelação familiar” consiste em uma vivência na qual um cliente apresenta
um tema de trabalho e, em seguida, o terapeuta solicita informações factuais
sobre a vida de membros de sua família, como mortes
precoces, suicídios, assassinatos, doenças graves, casamentos anteriores,
número de filhos ou irmãos.
Com base nessas informações, solicita-se ao cliente que escolha entre outros
membros do grupo, de preferência estranhos a sua história, alguns para
representar membros do grupo familiar ou ele mesmo. Esses representantes
são dispostos no espaço de trabalho de forma a representar como o cliente
sente que se apresentam as relações entre tais membros. Em seguida, guiado
pelas reações desses representantes, pelo conhecimento das "ordens do
amor" e pela sua conexão com o sistema familiar do cliente, o terapeuta
conduz, quando possível, os representantes até uma imagem de solução onde
todos os representantes tenham um lugar e se sintam bem dentro do sistema
familiar.
Nos anos de 2003 a 2005, Hellinger apurou sua forma de trabalho para um
desenvolvimento ainda mais abrangente, que ele denominou de "movimentos
da alma". Estes abrangem contextos mais amplos do que o grupo familiar, tais
como o grupo étnico. Descobriu e descreveu ainda os efeitos das intervenções
(chamados de “ajuda”) e os princípios que efetivamente norteiam a ajuda
efetiva, criando assim também as chamadas “ordens da ajuda”.
Aplicações
Constelações Familiares
A história de nossa família nos pertence. Estamos a ela vinculados, ela é uma
parte de nós e marca a nossa personalidade, com todas as forças e fraquezas
que temos.
Ela atua de forma direta nas questões do sistema familiar, abrindo espaço para
uma nova compreensão e cura desses padrões. A solução torna-se possível
quando a ordem básica sistêmica é restabelecida, os familiares excluídos
voltam a ser respeitados e aceitamos a nossa herança familiar.
O QUE É CONSTELAÇÃO
Bert Hellinger acrescenta que mais de 50% dos nossos problemas são de
origem sistêmica. Esse trabalho é, então, uma oportunidade de descobrirmos
de que forma continuamos enredados dentro do sistema familiar e que papéis
assumimos inconscientemente. Somente encontrando o verdadeiro papel que
nos cabe dentro da família, podemos nos sentir livres e resgatar nossa vida
com dignidade e totalidade.
Nossa família nos fortalece e nos apóia quando conhecemos e nos rendemos
às leis ou ordens que regem nosso sistema familiar. Ela nos enfraquece
quando essas mesmas ordens são desconhecidas ou desrespeitadas, gerando
toda sorte de emaranhamentos ou desequilíbrios familiares. Fazer a sua
Constelação Familiar significa trazer força e equilíbrio para você e para todo o
seu sistema familiar.
AS ORDENS DO AMOR
1. Cada membro de uma família pertence a ela igualmente. Cada família tem
um vínculo interno muito forte, a despeito do quão desunida ela pareça
quando olhamos de fora. Todos os membros de uma família merecem
atenção. Se alguém é expulso, ele será representado por um membro que
nascer mais tarde, o qual irá impor a si mesmo um destino similar.
2. A morte precoce de um membro da família tem um forte efeito sobre todo o
sistema. Uma inclinação para morrer advém nos irmãos do morto, devido a
suas conexões com ele. Isto é expresso através da frase “ Eu seguirei você”.
Se alguém carrega algo assim e mais tarde tem filhos, estes percebem isto e
tentam aliviar os pais. Isto é expresso pela frase “Melhor eu do que você”.
Esta inclinação para a morte se mostra através da doença e de
comportamentos perigosos (esportes radicais, uso de drogas).
3. Crianças tomam sentimentos de outros membros da família. Isto ocorre de
dois modos: ou elas compartilham fortes sentimentos de outros membros da
família ( elas ajudam a carregar estes sentimentos por assim dizer ), ou elas
tomam para si sentimentos não expressos. Por exemplo, uma avó submissa
é abusada fisicamente por seu marido. Ela tem então uma neta que por sua
vez fica enraivecida com seu marido por nenhuma razão aparente. Na
constelação familiar torna-se claro que a neta carrega a raiva de sua avó.
4. As crianças são leais aos seus pais (pai e mãe). As crianças quase sempre
lidam com seu prórpio destino de modo a impedir que elas mesmas tenham
um destino melhor que o de seus pais. Devido a esta lealdade elas tendem a
repetir o destino destes pais e seus infortúnios.
5. Há uma ordem na família que precisa ser respeitada. A pessoa que vem
primeiro, seja um irmão ou um parceiro, toma o primeiro lugar. Os outros
seguem esta ordem cronológica. Estes lugares precisam ser respeitados
sem julgamento ou valorização, apenas percebidos como são.
6. Há uma organização espacial básica que é preferível. Há uma ordem básica
na qual todos os membros de uma família se sentem bem, desde que se
garanta que todas a conexões negativas tenham sido resolvidas. Nesta
ordem os pais ficam à frente de seus filhos com o pai ficando no primeiro
lugar e a mãe seguindo no sentido horário a ele (quando olhamos de cima).
As crianças devem ficar olhando seus pais seguindo o sentido horário de
acordo com sua ordem cronológica do mais velho para o mais novo.
de Pertencer .
“Muita gente julga que o amor tem o poder de superar tudo, que é preciso
apenas amar bastante e tudo ficará bem. (…). Para que o amor dê certo, é
preciso que exista alguma outra coisa ao lado dele. É necessário que haja o
conhecimento e o reconhecimento de uma ordem oculta do amor. ”
Bert Hellinger
Essas leis vêm sendo ignoradas por toda a história da humanidade, causando
grandes distúrbios, conflitos e dores em escala individual e coletiva.
A primeira lei se refere à pertinência: Todos têm o igual direito de pertencer.
A segunda lei se refere ao equilíbrio entre dar e receber.
A terceira lei diz que há uma hierarquia de tempo: os mais antigos vêm primeiro
e na sequencia os mais novos.
Nenhum trabalho foi tirado da teoria para chegar à prática, mas sim ao
contrário, da prática para a teoria.
O trabalho é simples, pois atua com questões essenciais da vida como o
relacionamento familiar. E apesar da simplicidade, ele toca nas dimensões
mais sutis da alma familiar (alma não no sentido religioso, mas no sentido latino
da palavra, “aquilo que empresta movimento a algo”) como a dor, a vida, a
morte, o amor e as separações, com isso seus resultados são vastos,
complexos e profundos.
Essa ”lei do pertencimento” também é válida para aquelas pessoas que foram
prejudicadas em favor de alguém da família. Se por exemplo, um homem se
divorcia para contrair um novo matrimônio, após uma separação “mal
resolvida”, onde a ex mulher foi excluída por ele, a energia dessa exclusão
pode atuar sobre os filhos do novo casal do homem.
Essa é uma dinâmica das mais comuns verificadas por Hellinger. Um filho se
comporta de modo “inapropriado” tendo ciúmes de um dos pais, ou sendo
tirano dentro de casa, porque pode estar sofrendo os efeitos daquela mãe que
foi deixada de lado em favor da união dos pais.
Esse “sofrimento” pode perdurar por gerações nos integrantes da família, até
alguém fazer um movimento para que esse indivíduo excluído
seja reconhecido e incluído novamente no sistema familiar.
A teoria geral de sistemas (também conhecida pela sigla, T.G.S.) surgiu com
os trabalhos do biólogo austríaco Ludwig von Bertalanffy, publicados entre
1950 e 1968.
A T.G.S. não busca solucionar problemas ou tentar soluções práticas, mas sim
produzir teorias e formulações conceituais que possam criar condições de
aplicação na realidade empírica. Os pressupostos básicos da T.G.S. são:
Essa teoria de sistemas pode ser uma maneira mais abrangente de estudar
os campos não físicos do conhecimento científico, especialmente as
ciências sociais;
Histórico
Conceito
Conceitos fundamentais
Pensamento
A ciência do século passado adotava a mecânica clássica como modelo do
pensamento científico. Isso equivale a pensar nas coisas como mecanismos e
sistemas fechados. A ciência de nossos dias adota o organismo vivo como
modelo, o que equivale a pensar em sistemas abertos.
Sistema
O sistema consiste em uma sistemática fatorial em grupos de influência de
ações que fundamentam a Teoria Sistemática Geral.
Ambiente
O ambiente de um sistema é um conjunto de elementos que não fazem parte
do sistema, mas que podem produzir mudanças no estado do sistema.
Sistemas abertos
Sistemas fechados
Esses sistemas são aqueles que não sofrem influência nem influenciam o meio
ambiente no qual estão inseridos, de tal forma que ele se alimenta dele
mesmo. A entropia apenas se mantém constante nos sistemas isolados. Ex:
Sistema de televisão, pois não muda e não sobre atualizações e não interfere
no meio externo. (Com exceção das Smarts).
Sinergia/entropia
Realimentações
Os organismos (ou sistemas orgânicos) em que as alterações benéficas são
absorvidas e aproveitadas sobrevivem, e os sistemas onde as qualidades
maléficas ao todo resultam em dificuldade de sobrevivência, tendem a
desaparecer caso não haja outra alteração de contrabalanço que neutralize
aquela primeira mutação. Assim, de acordo com Ludwig von Bertalanffy,
a evolução permanece ininterrupta enquanto os sistemas se autorregulam.
Em biologia temos nas células um exemplo, pois não importa quão profundo
seja o estudo individual de um neurônio do cérebro humano, este jamais
indicará o estado de uma estrutura de pensamento, se for estirpado, ou morrer,
também não alterará o funcionamento do cérebro. Uma área emergente
da biologia molecular moderna que se utiliza bastante dos conceitos da Teoria
de Sistemas é a Biologia Sistêmica.
Aplicações
Esta teoria sugere que, para que tenhamos um entendimento mais amplo dos
segredos do universo, devemos compreender os processos geradores que
ligam as ordens implícitas e explícitas.
Espaço
Para Bohm, o "espaço vazio" é parte desse todo que é fluxo incessante. Não é
vácuo, mas espaço e matéria estão intimamente ligados. Efetuou cálculos
matemáticos demonstrando a ontologia do "espaço vazio": cada centímetro
quadrado deste contém mais energia potencial do que toda a energia que está
manifestada no universo.
No seu livro Uma Nova Ciência da Vida (A New science of life, 1981),
Sheldrake toma posições na corrente organicista ou holística clássica,
sustentadas por nomes como Von Bertalanffy e a sua Teoria Geral de Sistemas
ou E. S. Russell, para questionar de um modo definitivo a visão mecanicista,
que dá por explicado qualquer comportamento dos seres vivos mediante o
estudo de suas partes constituintes e sua posterior redução para as leis
químicas e físicas.
Sheldrake propõe a idéia dos campos morfogenéticos, os quais ajudam a
compreender como os organismos adotam as suas formas e comportamentos
característicos.
Morfo vem da palavra grega morphe que significa forma; genética vem de
gêneses que significa origem. Os campos morfogenéticos são campos de
forma, campos padrões, estruturas de ordem. Estes campos organizam não só
os campos de organismos vivos, mas também de cristais e moléculas. Cada
tipo de molécula, cada proteína, por exemplo, tem o seu próprio campo mórfico
– hemoglobina, insulina, etc. De um mesmo modo cada tipo de cristal, cada
tipo de organismo, cada tipo de instinto ou padrão de comportamento tem seu
campo mórfico. Estes campos são os que ordenam a natureza. Há muitos tipos
de campos porque há muitos tipos de coisas e padrões dentro da natureza.
VITALISMO
MECANICISMO
ORGANICISMO OU HOLISMO
CAMPO MORFOGENÉTICO
“Todas estas coisas são organizadas por si mesmas. Um átomo não tem que
ser criado por algum agente externo, ele se organiza só. Uma molécula e um
cristal não são organizados pelos seres humanos peça por peça se não que
cristalizam espontaneamente. Os animais crescem espontaneamente. Todas
estas coisas são diferentes das máquinas que são artificialmente montadas
pelos seres humanos.”
EXPERIÊNCIAS
Código Morse
Ratos em labirinto
Muitas outras pesquisas são propostas pelo biólogo Rupert Sheldrake e outros
biólogos organicistas (holistas), que enfatizam a contextualização da Biologia e
das pesquisas relacionadas às ciências biológicas, psicologia, física, medicina
e outras.
A teoria das representações sociais foi elaborada por Serge Moscovici com o
intuito de explicar e compreender a realidade social, considerando a dimensão
histórico-crítica (OLIVEIRA, 2001).
Foi na obra La Psychanalyse, son image et son public, de 1961, que o autor
mencionou pela primeira vez o conceito de Representação Social,
desenvolvendo a partir deste uma psicossociologia do conhecimento.
Desta forma, o conhecimento é adquirido por meio da compreensão alcançada
por indivíduos que pensam, porém, não sozinhos, pois a semelhança dos
pronunciamentos feitos pelos indivíduos de um grupo demonstra que pensaram
juntos sobre os mesmo assuntos.
Além disso, ancorar também significa classificar e rotular, pois implica, muitas
vezes, em um juízo de valor pois, ao ancorarmos, classificamos pessoas,
ideias e objetos, situando-os dentro de uma categoria, procurando, assim, um
lugar para encaixar o não familiar. Oliveira e Werba (2001) citam como
exemplo de ancoragem o problema da Aids que, quando surgiu, diante da
dificuldade de entendê-la e classificá-la, foi ancorada pelo senso comum como
uma “peste”, ou seja, a “peste gay”, a qual só aconteceria com estes. Esta foi a
forma encontrada para encaixar, de alguma forma, o não familiar, dando conta
da ameaça que a Aids trazia.
O segundo processo de formação das representações acontece com a
objetificação, ou seja, uma transformação do abstrato em algo quase físico,
traduzindo algo que existe no pensamento em algo que existe na natureza.
Segundo Moscovici (1981, p. 64), “objetificar significa descobrir o aspecto
icônico de uma ideia ou ser mal-definido, isto é, fazer equivaler o conceito com
a imagem”.
Desta forma, procura-se, por meio da objetificação tornar concreta, visível uma
realidade, aliando conceito com imagem, ou seja, a objetificação é a imagem
que acompanha a ancoragem, que é conceito.
O processo
O cliente
O terapeuta
As perguntas
Centrar-se em si mesmo
Os sinais
A abertura
O início
De volta agora ao trabalho com as constelações familiares. A questão que o
terapeuta deve decidir, em primeiro lugar, é:
Coloco a família atual ou a de origem?
Deu bons resultados começar com a família atual. Pois, dessa maneira, pode-
se colocar mais tarde aquelas pessoas da família de origem que ainda agem
fortemente na família atual. Obtém-se assim uma imagem em que as
influências que sobrecarregam e curam através das várias gerações ficam
visíveis e podem ser sentidas. Unicamente quando os destinos da família de
origem são especialmente trágicos é que se começa com a família de origem.
A próxima pergunta é:
Com quem começo a colocação?
Começa-se com o núcleo familiar, portanto, pai, mãe e filhos. Se existe um
natimorto ou uma criança que morreu precocemente, coloca-se esta criança
mais tarde para poder ver qual o efeito que tem na família quando está à vista.
A regra é começar com poucas pessoas, deixar-se conduzir por elas e
desenvolver passo a passo a constelação.
O procedimento
A participação
Os mortos
A alma
Aqui atua mais do que um campo de forças. Aqui atua uma alma comum que
liga não somente os vivos mas também os membros falecidos da família. Esta
alma abarca somente certos membros familiares e nós podemos ver pelo
alcance de sua atuação quais os membros da família que foram por ela
abrangidos e tomados a seu serviço.
Começando pelos descendentes são os seguintes:
1. os filhos, inclusive os natimortos e os falecidos,
2. os pais e seus irmãos,
3. os avós,
4. algumas vezes ainda um ou outro avô ou avó e também ancestrais que
estão ainda mais longe
5. todos - e isto é especialmente significativo - aqueles que deram lugar para a
vantagem dos membros mencionados anteriormente, principalmente parceiros
anteriores dos pais ou avós, e todos aqueles que através de sua infelicidade ou
morte a família teve vantagem ou lucro.
6. as vítimas de violência ou morte causadas por membros anteriores dessa
família. Sobre os dois últimos grupos mencionados gostaria de comunicar o
que experiências recentes trouxeram à luz. Nas colocações das constelações
familiares de descendentes de pessoas que acumularam uma grande riqueza,
chamou-me a atenção que netos e bisnetos têm tido destinos terríveis que não
podem ser entendidos somente pelos acontecimentos dentro da família.
Somente depois que as vítimas cuja morte ou infelicidade havia sido o preço
para esta riqueza foram colocadas na constelação veio à tona a extensão da
atuação dos destinos destas pessoas na família. Exemplos para estes casos:
trabalhadores que morreram na construção de ferrovias ou sondagens de
petróleo, cuja contribuição para a riqueza e bem-estar dos industriais não tinha
sido reconhecida e valorizada. Em muitas colocações de descendentes de
assassinos, por exemplo, agressores nazistas do 3° Reich pôde-se ver que os
netos e bisnetos queriam se deitar junto às vítimas e com isso corriam extremo
risco de se suicidar.
A solução para ambos os grupos era a mesma. As vítimas devem ser vistas e
respeitadas por todos os membros da família. Todos devem reverenciá-las,
inclinando-se diante delas, sentir tristeza e chorar por elas. Depois disso, os
ganhadores e agressores originais devem se deitar ao lado das vítimas e os
outros membros da família devem deixá-los aí. Só assim os descendentes
ficam livres. Aqui fica evidente que os membros da família se comportam como
se tivessem uma alma comum e como se fossem chamados a serviço por uma
instância comum preordenada e como se esta instância servisse uma certa
ordem e seguisse um certo objetivo.
O amor
Em primeiro lugar podemos ver que a alma liga os membros da família uns aos
outros. Isso vai tão longe que a alma de uma criança anseia seguir na morte o
pai que morreu cedo ou a mãe que morreu cedo. Pais ou avós também
desejam às vezes seguir na morte um(a) filho(a) ou um(a) neto(a). Podemos
observar esse anseio também entre parceiros. Se um deles morre o outro
freqüentemente também não quer mais viver.
O equilíbrio
Em segundo lugar, podemos ver que existe em uma família uma necessidade
de equilíbrio entre o ganho e a perda que abarca várias gerações. Isto é, os
que ganharam às custas de outros pagam com uma perda compensando assim
o que ganhou. Ou, se no caso dos ganhadores se tratarem de agressores,
geralmente não são eles que pagam, senão os seus descendentes. Estes são
escolhidos pela alma da família para compensar no lugar de seus
antecedentes, freqüentemente sem que tenham consciência disso.
As soluções
Dinâmica familiar
Neste contexto, Ackemann (1998, p.77, cit in Szymanski, 2004, p.6) considera,
no que diz respeito às dinâmicas familiares saudáveis, que:
O que acontece, na maioria destes casos, é que os pais não sabem distinguir
os papéis, o que acaba por interferir negativamente com a dinâmica familiar e
atinge tudo aquilo que diz respeito à dinâmica parental (Dessen, &
Szelbracikowski, 2004).
Por vezes, em dinâmicas familiares nas quais existem dois filhos e um deles é
agressivo para com o outro, isso vai alastrar-se às suas relações com os pares,
principalmente na escola, isto porque a família é a base de socialização que
a criança tem (Dessen, & Szelbracikowski, 2004).
“Para dar conta das expetativas do grupo social, os pais oferecem uma
condição de desenvolvimento favorável tanto no ambiente físico como no tipo
de ações que criam, nas oportunidades que oferecem aos filhos e nos objetivos
e estratégias que desenvolvem para enfrentar essa tarefa” (Nunes, 1994, cit in
Szymanski, 2004, p. 5).
Conclusão