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Roteiro

INTRODUÇÃO
Neste trabalho falaremos sobre Alberto Guerreiro Ramos
que foi sociólogo e político, considerado o pai da
sociologia crítica no Brasil, suas ideias contribuíram para a
sociologia e para a administração pública no Brasil.
Desenvolvimento
Nascido no dia 13 de setembro de 1915 em Santo Amaro-
BA, viveu boa parte da sua infância em cidades pobres e
próximo ao rio São Francisco e posteriormente se mudou
para Salvador até sua ida definitiva a o Rio de Janeiro em
1939 com 24 anos de idade.

Em 1942 diplomou-se em ciências pela Faculdade


Nacional de Filosofia do Rio de Janeiro e um ano depois
obteve seu Bacharel pela Faculdade de Direito
Sua atuação profissional inclui passagem, na década de
1940, no Departamento Administrativo do Serviço Público
(DASP) onde exerceu funções técnicas e burocráticas.
Durante o mesmo período, publicou no periódico do
departamento – a ainda existente “Revista do Serviço
Público” – resenhas e artigos sobre diferentes obras e
autores clássicos na história do pensamento sociológico
(Tenório, 2010). No período entre 1950-1960 se destacou
entre os estudiosos do destino do País a partir da
perspectiva nacional – desenvolvimentista.
Foi assessor do presidente Getúlio Vargas no seu segundo
mandato, em seguida, atuou como diretor do Iseb.
Ingressou na política partidária em 1960 pelo PTB e em
1962 candidatou-se a deputado federal pelo estado de
Guanabara e ocupou uma cadeira da câmara de
deputados até abril de 1964.
Atuou também como delegado do Brasil junto à
Organização das Nações Unidas (ONU), pronunciou
conferências na Universidade de Paris e fez viagens de
estudos a diversos países.

Foi secretário do BNDE, assessor da Secretaria de


Educação da Bahia, técnico de administração do
Departamento Administrativo do Serviço Público (Dasp) e
professor da Escola Brasileira de Administração Pública da
Fundação Getúlio Vargas (Ebap-FGV).
Cassado em 1964, durante o regime militar, se transferiu
para os Estados Unidos da América, onde foi reconhecido
como o pioneiro na introdução da fenomenologia nos
estudos de administração pública daquele país. Exilado
veio a falecer décadas depois no exterior. Em “Mito e
Verdade da Revolução Brasileira” (1963) demonstra seu
potencial crítico em relação às questões governamentais
e da ciência social – sobretudo os marxistas –, apontando
inclusive para a alienação da elite brasileira
Em Administração e contexto brasileiro: esboço de uma
teoria geral da administração, descreve os elementos da
administração pública brasileira. A busca pela redução do
conhecimento à realidade brasileira foi característica
marcante do autor. Na obra A Redução Sociológica (1958)
define o que entende pelo processo reducionista, a
atitude parentética e o homem parentético.
O processo reducionista é apresentado pelo
comportamento acrítico dos indivíduos. A atitude
parentética, a posição crítica em relação aos conceitos
estrangeiros. O homem parentético, aquele que se
posiciona como espectador em relação a vida social.
Fruto de 30 anos de pesquisa e reflexão e proposta de
embrião para uma agenda de pesquisa pública A Nova
Ciência das Organizações (1989), onde analisa o
determinismo de mercado orientador do estudo
organizacional e destaca a relevância da racionalidade
substantiva. A análise da sociedade de dá a partir da
economia, isonomia e fenonomia. Na análise da
racionalidade a contribuição oferece uma preocupação
alternativa à perspectiva vigente da racionalidade
instrumental – utilitarista - presente na área da gestão,
em contrapartida à racionalidades substantiva – pautada
em valores como referência. Assim, propõe o paradigma
paraeconômico, em que o mercado é limitado e regulado,
como contrapartida à realidade social multicêntrica em
que predominam elementos substantivos não
considerados dentro da racionalidade funcional.
Guerreiro Ramos se mostrou como um profissional crítico
da realidade, demonstrando os elementos críticos da
sociedade e, consequentemente, gestão organizacional.
Seus estudos permanecem atuais e aplicáveis à realidade
brasileira.
No campo da gestão, dentre os brasileiros é um dos
nomes de maior destaque em termos de lembrança pela
sua contribuição. No papel de professor, suas aulas eram
compostas de análise do contexto político e o papel dele
nesse contexto. Enquanto político foi o deputado federal
que elaborou projeto que regulamentaria a profissão de
administrador no País.
Sua passagem pelos Estados Unidos deixou rastros, sendo
que atualmente existem pesquisadores voltados para a
análise de sua produção acadêmica.
Casou-se com Clélia Guerreiro Ramos, com quem teve
dois filhos Faleceu em Los Angeles, Califórnia. Faleceu em
6 de abril de 1982, em Los Angeles, aos 66 anos, vitimado
por um câncer.
Em 2010, em sua homenagem, o Conselho Federal de
Administração instituiu o “Prêmio Guerreiro Ramos de
Gestão Pública”, cuja finalidade é a divulgação e a
valorização dos estudos e ações de gestores públicos.

Conclusão
Carinhosamente apelidado como “o velho guerreiro”,
Alberto Guerreiro Ramos introduziu de maneira distinta e
pioneira o estudo da sociologia no campo de estudo das
organizações brasileiras. Sua abordagem traz para o
campo da administração, sobretudo no Brasil, novas
percepções sobre o ambiente da administração.
Considerava a sociologia como a ciência dos oprimidos e
destacava a relevância do seu conhecimento pela
necessidade de saber para aplicá-la, amparando na
necessidade de conhecer a realidade social.

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