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Manual de Formação

Unidade de Formação Modular (UFCD): 9047 Sistemas informáticos aplicados à atividade

comercial

Código da Ação: 9047

Ação 1

Operação nº: POISE-01-3524-FSE-002964

Local: Rua de São João, Vilar de Arca, 4690-497

Formador: André Filipe Oliveira da Silva

CCP nº F662061/2017

Início: 10-12-2020 Fim: 15-01-2021


Índice
1 Objetivos ...................................................................................................................... 3
2 Recursos Didáticos ...................................................................................................... 3
3 Software tipo da atividade comercial..................................................................... 4
3.1 As Aplicações Informáticas e as Organizações ...................................................... 6
3.2 Vantagens com a adoção de Aplicações Informáticas.......................................... 6
3.3 O software comercial assegura a automatização da atividade do
estabelecimento ..................................................................................................................... 8
3.4 Avaliação das necessidades e aquisição de um software comercial ................. 8
4 Pagamento em caixa ................................................................................................ 10
4.1 Outros meios de pagamento ................................................................................... 11
5 O que é um sistema POS ......................................................................................... 12
5.1 Vantagens de um sistema POS ............................................................................... 13
6 Teclado do POS ......................................................................................................... 14
7 Manuseamento do POS ............................................................................................. 15
8 Etapas do pagamento em caixa ............................................................................. 15
9 Fecho da Caixa .......................................................................................................... 17
9.1 POS Moloni ................................................................................................................. 17
9.2 Primavera Pssst ......................................................................................................... 20
10 Outras operações efetuadas no POS ..................................................................... 24
11 Aplicações mais frequentes no ponto de venda .................................................. 25
11.1 Leitura e gestão por código de barras .................................................................. 28
11.2 Código único de documento e o código de barras bidimensional (código QR)
30
11.3 Sistemas de proteção de produtos ........................................................................ 32
11.3.1 Etiquetas de Segurança ........................................................................................... 32
11.3.2 Sistemas de Radiofrequência ................................................................................. 33
11.3.3 Sistemas de Videovigilância.................................................................................... 34
11.3.4 Controlo de Acessos Eletrónico .............................................................................. 37
11.3.5 Sistemas de alarme de intrusão ............................................................................. 38
12 Referencias ................................................................................................................ 40
1 Objetivos

 Identificar o software tipo da atividade comercial.


 Utilizar software específico da atividade comercial.

2 Recursos Didáticos

 Manual de Formação.
 Computador.
 Videoprojector.
 Quadro preto.
 Giz.
 Programas de software da atividade comercial gratuitos.
3 Software tipo da atividade comercial

Os benefícios de uma tecnologia de informação bem estruturada são a


eficiência dos processos internos, o melhor acompanhamento e fiscalização dos
resultados, a redução de custos, o aperfeiçoamento, a qualidade e
disponibilidade da informação, que conduzem à maximização do valor dos
serviços e produtos dados por uma organização.
O principal benefício que a tecnologia da informação traz para as estruturas é
a sua capacidade de melhorar a qualidade e a disponibilidade de informações e
conhecimentos importantes para a empresa ou organização, seus clientes e
fornecedores.
Por outro lado, o controlo fiscal exige informação transparente, fidedigna,
organizada e detalhada, ao passo que, o arquivo de todos os dados históricos é
importante para uma correta interpretação dos mesmos.
Ao mesmo tempo, a legislação Portuguesa está direcionada a legislar no sentido
de tornar a implantação de programas de faturação certificados obrigatória.
O Decreto-Lei n.º 28/2019, de 15 de fevereiro rege as regras que incidem sobre
os requisitos formais das faturas e demais documentos fiscalmente relevantes,
nomeadamente quanto à sua emissão e certificação dos programas de
faturação.
Neste sentido, os sujeitos passivos com sede, estabelecimento estável ou
domicílio em território nacional e outros sujeitos passivos cuja obrigação de
emissão de fatura se encontre sujeita às regras estabelecidas na legislação
interna nos termos do artigo 35.º-A do Código do IVA, estão obrigados a utilizar,
exclusivamente, programas informáticos que tenham sido objeto de prévia
certificação pela AT, sempre que:
- Tenham tido, no ano civil anterior, um volume de negócios superior a 50000 €
(€ 75.000,00 no ano de 2019) ou, quando, no exercício em que se inicia a
atividade, o período em referência seja inferior ao ano civil, e o volume de
negócios anualizado relativo a esse período seja superior àquele montante;
- Utilizem programas informáticos de faturação;
- Sejam obrigados a dispor de contabilidade organizada ou por ela tenham
optado.
Em caso de inoperacionalidade do programa de faturação, os sujeitos passivos
devem emitir faturas ou documentos fiscalmente relevantes pré-impressos em
tipografias autorizadas, os quais devem posteriormente ser recuperados para o
programa.
Recentemente, a Portaria n.º 195/2020 veio definir os requisitos de
implementação do código de barras bidimensional (QR Code), a partir de
janeiro de 2021, e do Código Único de Documento (ATCUD) nas faturas, a partir
de 2022.
A entrada em vigor está prevista para 2021 para o Código QR e 2022 para o
ATCUD, data a partir da qual estes códigos devem passar a constar das faturas
e outros documentos fiscalmente relevantes (documentos de transporte),
emitidos por programas certificados pela AT.
A introdução deste código impulsiona, além da promoção da desburocratização
através da desmaterialização de documentos, o controlo das operações
realizadas pelos sujeitos passivos, com a finalidade de combater a fraude e
evasão fiscais. Esta desmaterialização permite, entre outras coisas:

 A redução de custos com o cumprimento das obrigações fiscais, ao


estimular a utilização, por parte das empresas, de novos instrumentos
tecnológicos;
 A simplificação do processo de comunicação das faturas por parte de
pessoas singulares para efeitos de determinação das respetivas despesas
dedutíveis em sede de IRS.

Por fim, a evolução das ferramentas digitais e a globalização do acesso à


internet veio permitir otimizar o nosso tempo e executar tarefas remotamente,
sem necessidade de estarmos presentes fisicamente num espaço.
Em suma, a maximização da eficiência e eficácia, as obrigações fiscais e um
boom do mundo digital fazem com que todas as áreas comerciais disponham de
softwares informáticos de suporte à sua atividade.
3.1 As Aplicações Informáticas e as Organizações

A informática atualmente é fundamental em todos os segmentos da sociedade.


Por um lado, a contabilidade é o instrumento de mediação e avaliação do
património e dos resultados auferidos pela entidade. No entanto, para mensurar
os valores refletidos na contabilidade é necessário recorrer a informações
registadas em base de dados, que armazenem informações relativas a
faturação, inventários, informações fiscais, etc.
Por outro lado, a gestão é um segmento que não vive sem a ajuda dos
computadores, percebendo-se o investimento crescente das organizações em
software e hardware ligados à área da gestão.
No mundo global e extremamente competitivo é fundamental que as empresas
usufrutuam de meios que permitam gerir o negócio, com benefícios para um
melhor fluxo do processo, para uma melhor análise de dados, para dados de
maior qualidade, que permitam decisões eficientes. Desta forma, é
aperfeiçoada não só a coordenação em toda a cadeia
produção/distribuição/prestação, mas também dos bens e os serviços finais.
As aplicações informáticas para além de auxiliar a contabilidade e a gestão
acarretam benefícios pela redução de custos.

3.2 Vantagens com a adoção de Aplicações Informáticas

Na prática é possível identificar as vantagens da adoção de aplicações


informáticas por parte das organizações. Sendo elas:

 Agilidade nos negócios;


 Criação de uma base de dados única;
 Criação de uma base tecnológica;
 Controlo e gestão;
 Melhoria da eficiência;
 Obtenção da informação em tempo real;
 Integração das áreas da organização;
 Otimização de documentação de processos;
 Definição de regras de negócio;
 Redução de custos na área da informática;
 Evolução tecnológica;
 Orientação da organização para processos.

Vantagens Operacionais
 Redução dos custos;
 Redução do tempo do ciclo operacional;
 Melhoria da produtividade;
 Melhoria da qualidade;
 Melhoria dos serviços prestados ao cliente.

Vantagens para a Gestão


 Gestão melhorada dos recursos;
 Melhoria na tomada de decisão e planeamento;
 Melhoria do desempenho.

Vantagens para Estratégia


 Suporte ao crescimento do negócio;
 Criação de inovações de negócio;
 Promove uma estratégia de menor custo operacional;
 Gera diferenciação do serviço;
 Cria ligações externas, isto, a clientes e fornecedores.

Vantagens Organizacionais
 Suporte às mudanças organizacionais;
 Facilita a aprendizagem do negócio;
 Cria perspetiva e visões comuns.
3.3 O software comercial assegura a automatização da atividade do
estabelecimento

As micro e pequenas empresas a par das grandes empresas, passaram a dar


atenção à gestão dos processos e organização da atividade comercial. No
âmbito desta necessidade de melhoramento e modernização, muitas empresas
procuram entidades conhecedores dos vários softwares de gestão e com
consultores que avaliam as particularidades do negócio e recomendam o
software comercial mais indicado.
Com este tipo de programas é possível analisar as vendas, comparar os
negócios, monitorizar custos e lucros, efetuar gestão de stocks e até conhecer
melhor os clientes e as suas necessidades. É uma ferramenta que ajuda o
empresário a ter uma melhor capacidade de decisão, tratando-se de um
software pode ser acedido em qualquer plataforma ou lugar. É ótimo para quem
tem vários negócios e não consegue estar a tempo inteiro num único local.
Como pode aceder ao software remotamente, isto significa que pode
igualmente acompanhar ao minuto o que se passa no local, analisando vendas,
encomendas, preferências dos clientes, entre outros.
No caso de empresários com mais do que um espaço comercial, não há
necessidade de vários softwares e de ligações diferentes. Pelo contrário, a
informação de cada negócio está num único software comercial, em que pode
escolher qual a área de negócio que quer consultar, sem ter que sair do
programa. De forma eficaz e organizada, a informação fica centralizada e é
possível que todos os utilizadores consigam acedam desde que autorizados pelo
administrador do sistema.

3.4 Avaliação das necessidades e aquisição de um software comercial

As necessidades que as organizações enfrentam impulsiona a aquisição de


softwares informáticos. No entanto, no momento da aquisição as organizações
devem percorrer os seguintes pontos:
 Avaliação
Fazer uma avaliação das reais necessidades da empresa, envolver o maior
número de pessoas possíveis nesta avaliação inicial, principalmente os
diretamente beneficiados pelo software.

 Consultoria
Procurar apoio e conhecimento técnico de especialistas da área de informática
para definição da arquitetura tecnológica que mais se enquadra na empresa.

 Funcionalidades
Procurar entender todas as funcionalidades do software e análise dos benefícios
que estas trarão para a empresa: aumentando a produtividade, reduzindo
custos ou tempo.

 Flexibilidade
O ideal seria ter um software desenvolvido sob medida para a empresa, mas
devido ao custo elevado muitas empresas optam pela compra de um software
pronto. Neste caso, o software possui uma parcela de ajuste a empresa e vice-
versa.

 Parametrização
Há uma facilidade na mudança de relatórios, layout, impressões, parâmetros.

 Tecnologia de Base de dados


Procurar junto a um especialista em informática informação sobre a tecnologia
das bases de dados para garantia de segurança dos mesmos.

 Internet
A integração entre sistemas de gestão e a internet está cada vez mais presente
nas empresas. É importante assegurar que isto está presente no software de
gestão e identificar quais as vantagens que esta integração trará para a
empresa.
 Referências
Procurar referências de outras empresas que utilizam o software e analisar a
semelhança entre os processos. Ver o grau de satisfação da empresa que usa o
software atualmente, identificar os pontos fracos, casos existam.

 Instalação, implementação e adaptação


É a parte mais delicada, por isso deve-se procurar apoio de um especialista em
informática para acompanhar todo o processo para que não existam falhas que
acarretarão problemas futuros.

 Formação
Nesta fase, a empresa precisa estar completamente envolvida e escolher a
época mais calma nas suas atividades, pois todos devem participar.

4 Pagamento em caixa

A interação a nível mundial já existe desde há séculos, refletindo o instinto


humano para encontrar novas oportunidades, descobrir novas pessoas e novos
lugares e trocar ideias e mercadorias. No passado, os principais motores da
globalização eram o comércio de bens e os fluxos de capitais. Hoje em dia, sob
o impulso da rápida evolução tecnológica, a globalização baseia-se cada vez
mais no conhecimento.
Avanços como a internet e a expansão das economias emergentes aceleraram
ainda mais as trocas mundiais e transformaram a sua natureza. Os produtos, na
sua maioria, já não são fabricados num só país, sendo antes fabricados em
qualquer parte do mundo. Integram matérias-primas, componentes,
tecnologias e serviços provenientes de vários países e continentes.
Desta forma, é relevante as empresas adotarem meio de pagamentos uniformes
para que não tenham constrangimentos em fornecer bens e serviços a outras
empresas que não estejam no mesmo território.
As notas de euro têm curso legal em toda a área do euro, ou seja, deverão ser
aceites como meio de pagamento, pelo seu valor nominal, isto é, pelo valor
inscrito na nota, em todos os países que adotaram a moeda única. Fora deste
espaço, o euro não tem curso legal forçado.
Em Portugal, existem restrições legais ao pagamento com numerário (Lei n.º
92/2017, de 22 de agosto):
 É proibido pagar ou receber em numerário em transações de qualquer
natureza que envolvam montantes iguais ou superiores a 3000 €, ou o seu
equivalente em moeda estrangeira. Quando o pagamento seja realizado
por pessoas singulares não residentes em território português e desde
que não atuem na qualidade de empresários ou comerciantes, o limite
ascende a 10 000 €.
 Para sujeitos passivos de IRC, bem como sujeitos passivos de IRS que
disponham ou devam dispor de contabilidade organizada, os pagamentos
de valor igual ou superior a 1000 €, ou o seu equivalente em moeda
estrangeira, devem ser efetuados através de meio de pagamento que
permita a identificação do respetivo destinatário.
 É proibido o pagamento em numerário de impostos cujo montante
exceda 500 €.

4.1 Outros meios de pagamento

 Paypal
O PayPal é um dos líderes em soluções de pagamentos online. Encontra-se
disponível em 200 mercados e em 56 moedas diferentes, contando com 267
milhões de membros ativos. Permite realizar pagamentos e transferências
monetárias online, de forma segura.

 Cartões bancários
Os cartões bancários são dos métodos de pagamento online mais utilizados na
Europa. Visa, Mastercard, Visa Electron e Maestro, são as redes de cartões mais
populares.

 Digital Wallets
As digital wallets são as carteiras do mundo virtual onde podemos guardar
cartões e dinheiro. O objetivo deste método de pagamento é possibilitar que o
consumidor saia de casa sem cartões, realizando pagamentos com o smartphone
ou mesmo, o smartwatch.

 MB WAY
O MB WAY é uma solução de multibanco que permite fazer compras e
transferências instantâneas através de dispositivos móveis.
Para além disso, permite gerar cartões virtuais MB NET que não partilham dados
do cartão principal e funcionam utilizando o cartão de débito. Isto traz mais
segurança para o consumidor
Para pagar online com MB WAY, o comprador só tem de inserir o número de
telemóvel na loja online, e recebe imediatamente um pedido na aplicação
móvel para autorizar o pagamento.

 Multibanco
O método de pagamento multibanco abrange as caixas de multibanco, rede de
multibanco, Automatic Payment e também fornece serviços de pagamento para
telemóvel como o MB Way e o MBNet.
Para realizar o pagamento, o consumidor tem de receber a referência de
multibanco e o número de entidade. Estes números, são uma referência de
pagamento, que permite ao consumidor pagar tanto numa caixa de multibanco,
como através de aplicações e websites de bancos portugueses.

 Transferência Bancária
Apesar de não ser o ideal para quem gere encomendas e uma loja online, é um
método de pagamento online também bastante utilizado. O consumidor fica
responsável por efetuar o pagamento dentro do prazo estipulado pela empresa.

5 O que é um sistema POS

Um sistema POS é uma ferramenta essencial para negócios que envolvam


atendimento ao cliente.
POS significa Point of Sale, ou seja, um ponto de venda. Este é o local onde o
cliente paga as suas compras.
Esta é uma ferramenta que torna a venda mais simples e eficaz e facilita a
gestão do negócio. Com um software POS, a empresa vai tornar-se mais
produtiva.
Um sistema POS é a escolha ideal para todo o tipo de negócios de atendimento
ao público. Já é comum ver esta ferramenta em restaurantes, bares, cafés,
pastelarias, discotecas e comércio a retalho.
Este software assenta na tecnologia informática. Esta caraterística permite que
o POS possa ser implementado em vários terminais, ligados em redes, que
podem estar no mesmo espaço físico ou em diferentes lojas.
Uma das grandes vantagens dos terminais POS é a possibilidade de adaptação
às necessidades de cada negócio. Estes podem incluir um ecrã tátil, leitor de
códigos de barras e impressoras de talões, por exemplo. Existem também
diferentes aplicações para programar o sistema, com o intuito de responder a
determinados problemas.
Um exemplo destas aplicações é a criação e atualização automática de stock.
Basta inserir os valores no POS e sempre que um produto é vendido o programa
subtrai automaticamente do stock.

5.1 Vantagens de um sistema POS

Existem várias vantagens associadas à implementação destes sistemas em lojas


e estabelecimentos de atendimento ao público.

Permite criar campanhas promocionais


Em restaurantes, bares, pastelarias e negócios desta área é comum existirem
happy hours. Com um sistema POS pode criar estas campanhas promocionais de
forma simples. O próprio software calcula os preços, tornando a venda mais
fácil e rápida.

Rentabilização do tempo
Estes softwares ajudam a que a loja ou estabelecimento se torne mais
produtivo. Os colaboradores vão ter todo o sistema de venda automatizado, o
que permite que todo o processo seja mais rápido. Este tempo pode ser
utilizado para fazer um acompanhamento mais próximo ao cliente.

Maior controlo
Um sistema POS permite que tenha sempre toda a informação que necessita
sobre o negócio. Pode poupar tempo na atualização de stocks e contas e criar
uma comunicação simplificada com fornecedores e clientes.

Segurança de dados
A informação é uma das partes mais importantes de uma empresa. Com um
software POS os dados sobre os diferentes setores do seu negócio vão estar
guardados em segurança.

Maior eficiência de tomada de decisões


O sucesso de um negócio depende sempre da gestão que é feita. Com um
sistema POS a gestão toma decisões de forma mais fácil, uma vez que tem
acesso a todos os dados que precisa sobre o negócio

6 Teclado do POS

É possível definir um número ilimitado de teclados e associar de forma


individual a cada posto, um teclado distinto.
Desta forma os diversos teclados podem apresentar as seguintes características:
 Multi-teclado;
 Possibilidade de associar fotos dos artigos;
 Divisão em páginas, com configuração total de todos os elementos:
* Número e dimensão de teclas no ecrã;
* Cor das teclas;
* Imagem dos artigos;
* Ordem pela qual os artigos aparecem.
 Teclados dinâmicos. Permite a definição de um teclado apenas com base
na família. O teclado será preenchido automaticamente com base nos
artigos dessa família, reduzindo a gestão necessária dos teclados.
 Equivalências entre produtos. Permite a troca de um produto ou
conjunto de produtos, como um menu, de uma forma simples, com um
simples click.

7 Manuseamento do POS

O manuseamento do POS é simples e intuitivo, visto que a maioria dos sistemas


baseia-se em sistemas touch, de forma a facilitar as operações. Por norma
permitem a escolha de artigo a artigo e a escolha de conjunto de artigos em
menu.
Por outro lado, o sistema também é compatível com outros dispositivos de
entrada de dados, tais como, rato e teclado.

8 Etapas do pagamento em caixa

Fluxo de caixa tem uma enorme importância como instrumento de análise


financeira, sendo primordial a sua importância na hora de decisão da empresa
nos pagamentos e investimentos. Representa a dinâmica da situação financeira
de uma empresa, considerando todas as fontes de recursos e todas as aplicações
em itens do ativo.
Apesar do fluxo de caixa não resolver, por si só, todos os problemas da
administração das micro e pequenas empresas, a sua utilização é da maior
importância no planeamento e controlo dos recursos financeiros, permitindo o
diagnóstico e resolução de muitos desses problemas, facilitando a tomada de
decisões.
Assaf Neto e Silva (2006) afirmam que é no entendimento do processo de
produção e venda de bens e serviços, com vista à obtenção de resultados e
satisfação das expectativas de retorno das várias fontes de financiamento, que
se identifica, de forma natural e repetitiva, o ciclo operacional da empresa. O
ciclo operacional incorpora sequencialmente todas as fases operacionais
presentes no processo empresarial de produção-venda-recebimento e varia em
função do sector de atividade e das características de atuação da empresa.
Os autores demonstram que o ciclo operacional é composto pelos ciclos
financeiro e económico:

Onde:
PMS(MP) = Prazo Médio de Stock (Matérias Primas);
PMF = Prazo Médio de Fabricação;
PMV = Prazo Médio de Venda;
PMC = Prazo Médio de Cobrança;
PMPF = Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores.

Ainda segundo estes autores, “o ciclo financeiro mede exclusivamente as


movimentações de caixa, abrangendo o período compreendido entre a despesa
inicial de caixa (pagamento de materiais a fornecedores) e o recebimento da
venda do produto. Em outras palavras, representa o intervalo de tempo que a
empresa irá necessitar efetivamente de financiamento para as suas atividades.”
Para Kuster e Nogacz (2002), o fluxo de caixa é um instrumento que permite ao
administrador monitorar a evolução do equilíbrio ou desequilíbrio entre a
entrada e saída de dinheiro durante um determinado período, possibilitando a
adoção antecipada de medidas que venham assegurar a disponibilidade de
recursos para o suprimento das necessidades de caixa.
Segundo Zdanowicz (2004), o fluxo de caixa é o instrumento que permite
demonstrar as operações financeiras que são realizadas pela empresa,
facilitando a análise e decisão na utilização dos recursos financeiros
disponíveis. Permite ao administrador financeiro ter uma visão clara da época
em que ocorrerão as entradas e saídas de caixa, através da projeção das
entradas e das saídas, decorrentes da atividade operacional da empresa para o
período desejado.
Em suma e de acordo com os diversos autores, o fluxo de caixa é um importante
instrumento de gestão que visa:

 A projeção das entradas e das saídas dos recursos financeiros para um


determinado período;
 O prognóstico das necessidades de captação de recursos e das aplicações
de excedentes de caixa nas operações mais rentáveis, sem comprometer
a liquidez;
 A prevenção de períodos com elevados défices e de períodos com
elevados superavits.

9 Fecho da Caixa
9.1 POS Moloni

Os Movimentos de caixa são uma parte importante do controlo no seu módulo


POS Moloni e permitem controlar a abertura e fecho de caixa.
Depois de proceder à sua abertura, é importante que no final do dia ou do
período de vendas efetue o fecho de caixa. Os passos abaixo descritos,
descrevem este processo:

Passo 1
Neste momento, o ícone de
"Movimentos de Caixa" (1) indica
que a caixa deste terminal
encontra-se aberta, sendo possível
emitir documentos de venda.

Passo 2
Clicando "Movimentos de Caixa"
(1), é possível confirmar esse
estado. Para proceder ao fecho da
caixa, clique em "Fecho de caixa"
(2).

Passo 3

Na nova janela que aparece,


deverá seguir os mesmos passos
utilizados para a abertura de
caixa, ou seja, introduzir um
valor para o "Fundo de
Caixa" (3), e que deverá ser o
valor que pretende deixar na
caixa para a sessão seguinte,
devendo depois especificar os valores (Registo de Valores) e como os recebeu,
clicando em "Adicionar" (4).
Passo 4

Vamos supor que tem na caixa


245,00€ em dinheiro, numerário.

Para registar esse valor, deverá


efetuar escolher essa opção na
lista do Tipo de Entrada (5);

Passo 5

Introduza o valor que contou em


numerário (6) e clique em
"Adicionar" (7).

Passo 6

Para o caso específico da opção "Numerário", poderá especificar as unidades


(8), escolher um número (9) e clicar depois em "Adicionar" (10).
Se tiver recebido valores noutras formas de pagamento multibanco, vouchers,
deverá repetir os passos 4 e 5 para cada um deles.
Passo 7

Pode agora visualizar a forma de pagamento introduzida (11). Assim, o valor


total de vendas (12) deverá refletir o total somado de todas as formas de
pagamento inseridas.
O valor do fundo de caixa (13) deverá refletir o valor que irá deixar na caixa
para a sessão seguinte em que abrir a caixa.
Finalmente, clique em "Guardar e Fechar" (14), e a caixa será fechada.

Importante
Quando efetuar o fecho de caixa, se tiver a sua impressora de talões ligada,
será impresso um relatório com o detalhe das operações diárias, juntamente
com a informação inserida neste procedimento.

9.2 Primavera Pssst

O rigor no controlo do caixa é


fundamental em qualquer ponto de
venda. O registo de todas as operações
relacionadas com a caixa permitem
uma correta gestão de todo o fluxo
monetário do dinheiro. Neste ponto
pretende-se demonstrar como utilizar a
funcionalidade que permite registar
entradas e saídas em caixa no Primavera Pssst.
Após o registo de vários documentos de venda, podemos verificar que o total
de numerário em caixa (Caixa > Total) é de 78,95 €.
Em Caixa > Entradas/Saídas poderá escolher Entrada de Caixa ou Saída de
Caixa. O registo destes movimentos é muito importante para que o valor em
caixa corresponda sempre ao valor mostrado pela aplicação. Esta preocupação
é fundamental, especialmente quando existem vários funcionários e vários
turnos. Também numa eventual ação de auditoria e fiscalização por parte do
Fisco é importante que o valor em caixa corresponda ao valor indicado pelas
aplicações informáticas.

Registo de Saídas de Caixa

Ao efetuar uma saída de caixa,


poderá, se assim o desejar, definir
uma descrição para melhor identificar
este movimento. Por exemplo,
“Pagamento ao Fornecedor X”, com o
valor de 17,46 €. Outra situação na
qual é usual utilizar esta
funcionalidade é quando é necessário
retirar dinheiro da caixa para uma
caixa central ou para um cofre (movimento também designado por “sangria de
caixa”), para outra caixa, ou mesmo para depositar no banco.

É possível imprimir os documentos de


saída de caixa, com a descrição da
operação, data, hora, valor e outros
dados.
Automaticamente o total em caixa
passou a ser de 61,49 €. Os movimentos
de saída de caixa ficam registados na
rubrica das Saídas.

Registo de Entradas de Caixa

Para registar uma entrada de dinheiro em


caixa o processo é idêntico, bastando
definir uma descrição, que é opcional, e
o valor. Neste caso foi efetuado um
reforço do valor em caixa com mais 100 €,
para facilitar trocos por exemplo, ou para
ter dinheiro suficiente em caixa para
devoluções.
Todos estes movimentos, assim como os
respetivos detalhes, ficam disponíveis no
menu Caixa > Movimentos.

Ao carregar na opção
Consultar irá aceder ao
detalhe dos movimentos.

Ao consultar o total em caixa,


podemos verificar que o montante
de abertura foi 0 e que existiram
vendas no total de 78.95 €, saídas
no total de 17,46 € e entradas no
valor de 100 €. O total em caixa é
de 161,49 €.
Ao fechar a caixa (Caixa > Fechar
caixa), se o modo do caixa estiver
definido para Standard (Sistema >
Configurações > Gerais > separador
Caracterização B > opção Modo de
funcionamento do caixa) o sistema
irá imprimir um resumo com todos
os movimentos.

10 Outras operações efetuadas no POS

O POS permite, em qualquer altura, obter toda a informação que necessita.


Não é necessário efetuar fechos diários de caixa. Os fechos podem ser efetuados
em qualquer altura relativamente a um determinado dia ou período, a um
utilizador ou a determinados documentos específicos.
Pode obter-se uma listagem dos fechos em impressoras A4 ou em impressoras
de talões. Os fechos podem ser detalhados, documento a documento, ou podem
ser acumulados por dias e utilizadores. Permite ainda tirar listagem ou
visualizar no ecrã, em tempo real, as vendas por período, famílias ou por artigo.
Pode obter-se diariamente, ou por período, as vendas de determinado artigo ou
utilizador.
POS possui um sistema antifurto que controla as permissões dos utilizadores,
para a visualização e fecho de caixa, além de registar em histórico todas as
operações efetuadas pelos utilizadores. Possui opção de obrigatoriedade para
o utilizador contar o dinheiro do caixa e introduzir o seu valor total antes do
sistema lhe permitir visualizar o total.
A partir do histórico do caixa, o gerente pode visualizar todas as operações
efetuados pelos utilizadores, desde tentativas de visualização do total de caixa,
valor introduzido, até as horas de abertura da gaveta, em modo manual.
Por outro lado, o sistema POS pode ser utilizado para efeitos de marketing uma
vez que permite fidelizar clientes ao histórico, criando perfis aprofundados dos
mesmos, com informações relevantes sobre contatos e histórico de consumo. O
acesso a esses detalhes pode ajudar a entender melhor os clientes,
identificando as suas preferências e hábitos de consumo, ao passo que, a
organização poderá apresentar serviços ou bens específicos e personalizados de
acordo com perfil de cada consumidor.

11 Aplicações mais frequentes no ponto de venda

Hardware de ponto de venda


 Sistema POS Compacto – Hardware de ponto de venda ou sistema POS. O
processador, o monitor, o disco rígido e por vezes, em alguns modelos,
também a impressora de talões estão juntos.
 Sistema POS Modular – Hardware de ponto de venda portátil, composto
por computador, monitor touchscreen, gaveta e impressora. A
probabilidade de paragem total é diminuta, no caso de um componente
periférico ficar inoperacional, porque os elementos são separados.
 Monitor Touchscreen – Monitores de écran touch de vários tamanhos
utilizados no atendimento no ponto de venda, geralmente em retalho,
restauração e hotelaria.
 Gavetas de dinheiro – Gavetas de dinheiro horizontais ou verticais com
segurança e abertura automática para usar em pontos de venda de
atendimento de clientes.
 Leitor Código Barras – Scanners de leitura de códigos de barras portáteis
ou fixos e leitores de inventários de stocks porque auxiliam na
identificação dos produtos e agilizam o processo de venda.
 Visor de Cliente – Para associar aos computadores e POS do ponto de
venda. Serve para mostrar informação aos clientes, ou seja, os preços
dos produtos e o total a pagar a partir do software de faturação.
 Balanças comerciais – Hardware de pesagem para usar em sistemas de
ponto de venda com interface com sistemas de faturação para melhorar
a experiência de atendimento do cliente.
 Contadores Dinheiro – Máquinas para contar notas, moedas e para
deteção de notas falsas.
 PDA – Para utilização no atendimento móvel em sectores de restauração
e hotelaria em situações em que o empregado de mesa recebe os pedidos
dos clientes à mesa, estes são transmitidos de imediato ao sistema de
faturação por wireless.
 Registadoras – Registadoras certificadas, registadoras modulares e
registadoras tradicionais. Estas últimas já são equipamentos
ultrapassados porque foram substituídas pelos POS. O investimento pode
ser arriscado porque podem não adaptar-se facilmente à legislação.

Equipamento para impressão


 Impressora de talões – Impressora de talões de venda fixa e impressora
portátil, impressora de cozinha para controlo de pedidos.
 Impressoras A4 – Impressoras de diversos tipos como fax, impressora de
etiquetas, impressora a jato de tinta, impressora laser e multifunções.
 Impressora de cartões – Impressora para impressão de cartões de
identificação de clientes, empregados, visitantes, etc.
 Plotters – Impressoras para imprimir em grandes dimensões. Impressão
com grande qualidade e elevado rigor. São usadas na impressão de mapas
cartográficos, de projetos de engenharia e criações de grafismos.

Computadores para o escritório


 All-in-one – Computadores que incluem tudo numa única peça
apresentando o processador, o monitor e dispositivos periféricos todos
juntos.
 Desktops – Computadores de secretária com diversas variações em
termos de tipos de caixas, potência da fonte alimentação, velocidade do
processador, memória instalada e equipamentos periféricos instalados.
 NetTops – Computador miniatura, PC Thin Client ou mini PC, barato e de
baixo consumo de energia, com ou sem disco rígido. Ocupam pouco
espaço e, além disso, são ótimos para aplicações de acesso à internet,
processamento de documentos e reprodução de áudio e vídeo.
 Monitores – Monitores de uso corrente em computadores de secretária ou
como monitores externos de outros equipamentos.
 Projetores de vídeo – Videoprojectores fixos ou móveis que permitem
mostrar apresentações. Apropriados para apresentações a clientes e
colaboradores da empresa.
 Webcams – Dispositivo ainda utilizado nos computadores de secretária e
nos computadores portáteis mais antigos. Servem para sessões de
videoconferência.

Hardware de uso pessoal


 Computador Portátil – Computadores portáteis permitem que tenha o seu
escritório sempre em movimento.
 Tablets – Tablets apple, tablets BQ, tablets DINO, tablets Samsmung de
todos os tamanhos e cores são práticos de usar.

Hardware de infraestrutura
 Servidores – Servidores em torre e servidores em bastidor. São
apropriados para servir um conjunto de utilizadores e aplicações em
rede. Além disso, permitem a partilha de dados armazenados.
 UPS – Defende os equipamentos dos cortes de energia com a instalação
de um UPS (Uninterruptible Power Supply) para proteção.

Equipamentos para redes


 Redes – Elementos como AP (access point), firewall, placas de rede por
cabo e por wireless, router e switches e seus acessórios.
 NAS – Network Attached Storage para armazenamento de dados a serem
partilhados por vários utilizadores ou dispositivos ligados em rede.

Hardware de vigilância
 Alarmes – Para segurança da empresa, de forma a sinalizar intrusões não
autorizadas em áreas de acesso restrito;
 Vídeo Vigilância – Câmaras e kits de vigilância que permitem controlar a
empresa. Os utilizadores podem visualizar a partir de qualquer
localização através da internet e do seu telemóvel.

11.1 Leitura e gestão por código de barras

Até ao aparecimento do código de barras, os estabelecimentos comerciais eram


obrigadas a realizar o inventário físico dos seus produtos com regularidade e
frequência sendo necessário, normalmente, fechar as lojas durante um dia ou
dois para que se pudesse fazer a contagem do stock disponível ou, sendo mais
raro, proceder a essa operação durante a noite.
De igual modo, a passagem na caixa de saída dos produtos era feita
manualmente através da digitação do preço por parte dos colaboradores.
Ora, o código de barras revolucionou por completo a forma como as operações
quer de inventário quer de passagem pela caixa eram realizadas no retalho,
verificando-se um aumento exponencial da eficiência e rapidez dos processos.
O código de barras consiste numa representação gráfica do produto e de todas
as informações numéricas ou alfanuméricas relativas ao mesmo que serão
descodificadas através da utilização de um equipamento de leitura de
infravermelhos.

Um Código de barras é assim:

1. Representação visual de uma sequência numérica que identifica um


produto.
2. Cada grupo de 7 barras corresponde a um dos algarismos abaixo delas.
3. Um sensor ótico identifica os números, que geralmente são 13 e indicam
o país de origem, o fabricante e o produto.
4. Para ser válido, o código deve ser registado pela organização mundial
GS1.

A tecnologia de código de barras, hoje amplamente utilizada nas lojas e


supermercados para identificar produtos e preços, surgiu nos Estados Unidos,
em 1970 e foi patenteado por Bernard Silver e Norman Woodland, ambos
estudantes graduados pelo Drexel Institute of Technology, atualmente
chamado Drexel University. Os autores usaram um padrão de tinta que brilhava
à luz ultravioleta. Este sistema na época era caro demais e a tinta não era muito
estável.
Acompanhando a evolução tecnológica, a base dos códigos de barras, leitura de
códigos pré-definidos, está a ser utilizada não só para ler preços e efetuar o
controlo de stock’s, mas também para mostrar imagens ou outras informações,
exibindo detalhes dos produtos em questão e possibilitando uma gama de
informações muito completas, sem necessitar da presença física do produto.
Essas informações podem ser obtidas através de códigos divulgados em revistas,
jornais ou qualquer meio impresso, atraindo clientes e possibilitando uma nova
ferramenta de marketing.
Um exemplo desses códigos é o QR code, Quick Response, um código de barras
bidimensional que pode ser facilmente lido usando a maioria dos SmartPhones
equipados com câmaras fotográficas.
Esse código é convertido em texto interativo, ou num endereço URL, num
número de telefone, numa localização geográfica, num e-mail, num contacto
ou num SMS.
O uso de códigos QR é livre de qualquer licença, sendo definido e publicado
como um padrão ISO. Os direitos de patente pertencem à empresa Denso Wave,
que decidiu não os usar sendo o termo QR code é uma marca registada da Denso
Wave Incorporated. Desde que foi inventado o QR Code tem sido utilizado para
as mais variadas funções, no entanto, nos últimos anos, a sua utilização tem
estado muito associada a ações de marketing e comunicação, fazendo uma
ponte de ligação entre a comunicação online e a comunicação offline.
Em Portugal foi desenvolvido, em 2012, um projeto inovador que resultou de
um trabalho de uma agência de comunicação, a MSTF Partners, para o Turismo
de Portugal e para a Associação de Valorização do Chiado que consistia na
utilização de QR Code em calçada portuguesa com o objetivo de divulgar Lisboa
enquanto destino turístico.
No futuro próximo, os códigos QR vão ter relevância nos documentos
fiscalmente relevantes e aceites pela Autoridade Tributária.

11.2 Código único de documento e o código de barras


bidimensional (código QR)

O Decreto-Lei n.º 28/2019, de 15 de fevereiro, efetuou a consolidação e


modernização de normas relativas à faturação, ao proceder à regulamentação
das obrigações relativas ao processamento de faturas e outros documentos
fiscalmente relevantes bem como das obrigações de conservação de livros,
registos e respetivos documentos de suporte, que recaem sobre os sujeitos
passivos de IVA.
Este diploma introduziu aspetos inovadores, como o código único de documento
e o código de barras bidimensional (código QR), que visam a simplificação na
comunicação de faturas por parte de pessoas singulares para determinação das
respetivas despesas dedutíveis em sede de IRS, incrementando,
simultaneamente, o controlo das operações realizadas pelos sujeitos passivos
tendo em vista combater a economia informal, a fraude e a evasão fiscais.
Neste sentido, o referido diploma veio determinar que, nas faturas e demais
documentos fiscalmente relevantes, deve constar um código de barras
bidimensional (código QR) e um código único de documento (ATCUD), nos
termos a definir por portaria do membro do Governo responsável pela área das
finanças. Sendo que, a Portaria n.º 195/2020, de 13 de agosto veio trazer essa
regulamentação.
Para a obtenção do código de validação das séries documentais, previsto no n.º
2 do artigo 35.º do Decreto-Lei n.º 28/2019, de 15 de fevereiro, os sujeitos
passivos devem comunicar, nos termos do n.º 1 do mesmo artigo, por meio de
processamento utilizado, como forma de identificação da série:

a) O identificador da série do documento;


b) O tipo de documento, de acordo com as tipologias documentais definidas
na estrutura de dados a que se refere a Portaria n.º 321-A/2007, de 26
de março, nas notas técnicas correspondentes aos campos «Tipo de
documento» e «Tipo de recibo» do grupo de dados «Documentos
comerciais»;
c) O início da numeração sequencial a utilizar na série, de acordo com o
definido no n.º 3 do artigo 3.º;
d) A data prevista de início da utilização da série para a qual é solicitado o
código de validação.

O código de validação da série a atribuir pela AT é composto por uma cadeia


de carateres, com um comprimento mínimo de oito (8) carateres.
O ATCUD é composto pela concatenação dos seguintes elementos, separados
pelo carácter «-», sem aspas:

a) Código de validação da série;


b) O número sequencial do documento dentro da série.

O número sequencial a utilizar é a sequência de caracteres numéricos, sendo


que, no caso dos programas informáticos de faturação, é a que se encontra
imediatamente a seguir à barra (/), tal como definido na estrutura de dados
referida na Portaria n.º 321-A/2007, de 26 de março, nas notas técnicas
correspondentes aos campos «Identificação única do documento de venda»,
«Identificação única do documento de movimentação de mercadorias»,
«Identificação única do documento» e «Identificação única do recibo» do grupo
de dados «Documentos comerciais».
O ATCUD, com o formato «ATCUD:CodigodeValidação-NumeroSequencial»,
deve constar obrigatoriamente em todas as faturas e outros documentos
fiscalmente relevantes, emitidos por qualquer dos meios de processamento
identificados no artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 28/2019, de 15 de fevereiro.
Os produtores e os utilizadores de programas informáticos de faturação e outros
meios eletrónicos de faturação, bem como as tipografias autorizadas, devem
garantir a perfeita legibilidade do ATCUD, independentemente do suporte em
que seja apresentado ao cliente.
Em documentos com mais do que uma página, o ATCUD deve constar em todas
elas e, quando aplicável o código de barras bidimensional (código QR),
imediatamente acima do mesmo.
A elaboração do código de barras bidimensional deve obedecer às
especificações técnicas definidas pela Autoridade Tributária e Aduaneira, a
disponibilizar no Portal das Finanças. Os produtores devem garantir a correta
geração do código de barras bidimensional que deve constar obrigatoriamente
nas faturas e outros documentos fiscalmente relevantes, emitidos por
programas certificados pela AT, nos termos do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º
28/2019, de 15 de fevereiro.

11.3 Sistemas de proteção de produtos

11.3.1 Etiquetas de Segurança

As etiquetas de segurança (Electronic Article Security - EAS) são reconhecidas


no mercado como uma das mais eficientes soluções para garantir a segurança
dos produtos que estão em exposição.
A tecnologia EAS é utilizada para proteger os artigos de eventuais roubos por
parte dos clientes da loja. Quando um artigo roubado passa nos
pórticos/pedestais de segurança, é acionado um alarme que avisa os seguranças
para a existência de um furto.
Uma das grandes vantagens das etiquetas EAS reside no facto desta forma de
segurança permitir que os vendedores possam colocar produtos de valor nas
prateleiras. Assim, já não há necessidade de colocar este tipo de produtos em
armários fechados para evitar roubos.
O funcionamento das etiquetas de segurança é simples: é colocada uma
etiqueta ou dispositivo plástico no artigo. A etiqueta emite um sinal que é
detetado pelos recetores dos pórticos/pedestais de segurança, fazendo
disparar o alarme quando estas são atravessadas.
Quando o cliente compra o artigo, a etiqueta ou dispositivo plástico passa por
um scanner e é desativado ou removido, podendo o cliente sair da loja sem
fazer disparar qualquer alarme.
Atualmente, os dispositivos plásticos, que são adicionados às roupas, são feitos
de forma a danificarem significativamente os artigos se forem removidas pela
via da força.
A instalação de sistemas EAS não elimina por completo os roubos no sector do
retalho. Contudo, os especialistas de segurança acreditam que estes sistemas
contribuem para um decréscimo de 60%.
As tecnologias mais frequentemente utilizadas nas etiquetas de segurança são
as seguintes:

 Etiquetas Eletromagnéticas (EM)


 Etiquetas Acústico-Magnéticas (AM)
 Etiquetas Radiofrequência

11.3.2 Sistemas de Radiofrequência

O sistema de radiofrequência (RFID) teve a sua primeira aplicação para


monitorizar o transporte de gado, quando este era deslocado através de longos
percursos. Nos anos mais recentes, o RFID generalizou-se e tem sido utilizado
nos mais variados setores. Esta tecnologia permite monitorizar os produtos ou
equipamentos adquiridos aos fornecedores desde a linha de montagem até às
prateleiras de venda. A RFID permite detetar potenciais roubos ou perdas de
produtos que podem representar elevados prejuízos. Ao mesmo tempo, este
sistema também permite detetar potenciais falsificações de produtos. As
vantagens dos sistemas de radiofrequência não se ficam pela segurança, uma
vez que estas oferecem a possibilidade de reduzir os custos a nível do
armazenamento.
As etiquetas rígidas ou adesivas contêm no interior um chip e uma antena que
permite localizar os produtos. Utilizando um leitor de frequências rádio, que
normalmente está ligado a um computador, é possível ler a informação contida
no chip das etiquetas e detetar os produtos.
A tecnologia permite ao responsável de segurança monitorizar e avaliar as
ameaças que são inerentes aos procedimentos internos de funcionamento de
um negócio de retalho. Através deste meio de segurança previnem-se perdas
com origem nos funcionários e nos fornecedores.

11.3.3 Sistemas de Videovigilância

O Circuito Fechado de Televisão (CFTV) é também um dos meios mais eficazes


para prevenir os furtos com origem nos clientes e nos funcionários. A
videovigilância é utilizada no setor do retalho para monitorizar as zonas de
venda e os armazéns de produtos e equipamentos, desencorajando
consideravelmente o furto destes. Os sistemas de videovigilância são
constituídos por câmaras de segurança que captam imagens das áreas
protegidas e que transmitem essas imagens para um circuito de televisão
fechado, onde estas podem ser monitorizadas por um responsável. Apesar de
não intervirem diretamente na prevenção dos crimes, a videovigilância
funciona pelo fator dissuasor. Atualmente com a utilização dos gravadores
digitais de vídeo, conhecidos como DVRs, é possível armazenar as imagens de
qualidade elevada, podendo ser analisadas posteriormente quando for
necessário. O CFTV permite reduzir o risco de crimes realizados no trabalho
porque:
 Desencoraja possíveis prevaricadores;
 Ajuda a identificar os locais críticos no interior de uma loja;
 Permite recolher provas que, em determinados casos, poderão ser
levadas a julgamento dos prevaricadores;
 Ajuda os trabalhadores e os clientes a sentirem-se mais seguros.

A recente aprovação, e promulgação, da Proposta de Lei de Execução do


Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados procurou reforçar, esclarecer e
regular matérias das atividade de tratamento de dados pessoais. Entre essas
atividades encontramos a gravação de imagens através de câmaras de
videovigilância.
No que concerne à instalação de CCTVs, antes uma entidade ficava autorizada
a instalar e recorrer a estas câmaras através de autorizações emitidas pela
Comissão Nacional de Proteção de Dados (“CNPD”), com a entrada do RGPD
estas autorizações deixaram de ser necessárias, passando o ónus para as
empresas que pretendam utilizar este género de tecnologias cumprirem com a
lei, nomeadamente o RGPD, e o conseguir demonstrar perante as autoridades
competentes.
Mas não é apenas a legislação relativa à proteção de dados que regula a
utilização, recurso e instalação destas câmaras.
O Regime do Exercício da Atividade de Segurança Privada, recentemente
alterado pela Lei nº 46/2019, conjuntamente com algumas normas
preambulares do Código de Trabalho, regulam alguns dos principais pontos
quanto ao recurso a sistemas de videovigilância, pontos esses que se mantêm
em vigor apesar desta nova Lei de Execução. Dos quias deve-se ter em atenção:

 Finalidade: a instalação de CCTVs deve limitar-se à proteção de pessoas


e bens.
 Período de conservação: em registo codificado, pelo prazo de 30 dias,
findo o qual deverão ser destruídas, no prazo máximo de 24 horas.
 Acesso às imagens: Pessoas que podem ter acesso em razão da sua
função, as quais devem guardar sigilo, sob pena de procedimento
criminal. É proibida a cessão ou cópia das gravações.
 Informação que deve ser afixada, em conjunto com a simbologia
adequada, em local bem visível, quando haja recurso a estas câmaras:
1. A menção «Para sua proteção, este local é objeto de
videovigilância»;
2. A entidade de segurança privada autorizada a operar o sistema,
pela menção do nome e alvará ou licença;
3. O responsável pelo tratamento dos dados recolhidos perante quem
os direitos de acesso, retificação, apagamento, limitação,
oposição e portabilidade podem ser exercidos.

É proibida a gravação de som pelos sistemas referidos no presente artigo, salvo


se previamente autorizada pela CNPD, nos termos legalmente aplicáveis.
Adicionalmente, com as alterações provocadas pela Lei nº 46/2019, os sistemas
de videovigilância deverão garantir:

 O acesso direto às imagens em tempo real, pelas forças e serviços de


segurança, para efeitos de ações de prevenção ou de investigação
criminal, lavrando auto fundamentado da ocorrência;
 A presença de um sistema de alarmística que permita alertar as forças e
serviços de segurança territorialmente competentes em caso de
iminente perturbação, risco ou ameaça à segurança de pessoas e bens
que justifique a sua intervenção;
 O registo dos acessos, incluindo identificação de quem a eles acede, e
garantia de inviolabilidade dos dados relativos à data e hora da recolha.

Por outro lado, existem proibições quanto à incidência das câmaras de


videovigilância, as quais não deverão ser interpretadas como sendo um elenco
fechado, mas meramente exemplificativo, a saber:

 Vias públicas, propriedades limítrofes ou outros locais que não sejam do


domínio exclusivo do responsável pelo tratamento, exceto no que seja
estritamente necessário;
 A zona de digitação de códigos de caixas multibanco ou outros terminais
da mesma índole;
 O interior de áreas reservadas a clientes ou utentes onde deva ser
respeitada a privacidade, exemplo: instalações sanitárias, zonas de
espera e provadores de vestuário;
 O interior de áreas reservadas aos trabalhadores, exemplo: zonas de
refeição, vestiários, ginásios, instalações sanitárias e zonas
exclusivamente afetas ao seu descanso.

Por fim, as imagens obtidas através da utilização de sistemas de gravação de


vídeo podem ser utilizadas, não só, no âmbito do processo penal, como prova,
como também permite à entidade patronal a utilização dessas imagens
gravadas em processos disciplinares, desde que, as mesmas tenham sido usadas
no âmbito de um processo-crime e esse processo disciplinar vise apurar a
responsabilidade do trabalhador pelos factos relativos a esse processo-crime.

11.3.4 Controlo de Acessos Eletrónico

Os sistemas de controlo de acessos permitem controlar o acesso de


funcionários, fornecedores e clientes a determinadas áreas nas lojas e
armazéns. Desta forma, é mais fácil encontrar os responsáveis por desvios de
produtos e equipamentos que se dão numa determinada área porque o acesso
ao mesmo é restrito a um número conhecido e controlado de pessoas.
Por definição, um sistema de controlo de acessos permite atribuir ou negar o
acesso a um determinado espaço físico, podendo este acesso ser condicionado
a um período de tempo.
Num processo de controlo de acessos, existem 3 passos fundamentais que
respondem a três questões:

 Identificação – Quem?
O utilizador é identificado perante o sistema, validado inequivocamente por
dados pessoais, exemplo: nome, nº cc, nº de funcionário etc. Nesta fase pode
ser atribuído um cartão de acesso ou são recolhidos dados biométricos que
identificam o utilizador no sistema. Entre as diversas tecnologias mais utilizadas
destacam-se o cartão de banda magnética, cartão de proximidade, contactless,
cartão inteligente de proximidade, Smart Card, ou o leitor biométrico.

 Autorização – Como?
É o conjunto de permissões que são atribuídas a um utilizador, ou seja, é aquilo
que um utilizador pode fazer num sistema. Essas permissões definem quais os
acessos permitidos e qual o horário valido para cada acesso.

 Auditoria – Quando?
Processo que permite obter informações de registo do sistema e que permitem
responder a questões como por exemplo: “ Quem entrou na porta x num período
de tempo?” ou “Quais os movimentos de um determinado utilizador?”

Quando a identificação é apresentada, normalmente num leitor eletrónico, o


sistema só autoriza a passagem se a identificação for reconhecida e validada.
Normalmente o acesso é feito através de uma porta ou portão que se abre
depois do indivíduo se ter identificado. No entanto, em vez de portas podem
ser utilizadas cancelas, torniquetes ou barreiras horizontais.
O sistema é, no fundo, uma base de dados com informações pessoais,
permissões de acesso e registos dos acessos realizados. Esta base de dados é
gerida por uma aplicação instalada num computador que permite criar
identificações, autorizações e questionar sobre os eventos efetuados.

11.3.5 Sistemas de alarme de intrusão

Os alarmes de intrusão são uma solução eficaz para evitar e para dissuadir
visitantes indesejados nas instalações de comércio ou em armazéns de
produtos. Estes sistemas alertam para situações em que se verificam
movimentos suspeitos ou tentativas de intrusão nos espaços de comércio.
Atualmente existem diferentes tecnologias capazes de detetar os vários tipos
de intrusão possíveis:
 Sensores de interior: destinam-se a analisar as alterações de ambiente
interior, usando tecnologias como infravermelhos, micro-ondas,
ultrassónicos, células fotoelétricas;
 Sensores de periferia: são uma primeira linha de defesa à entrada, com
sensores como contactos magnéticos, células lineares, de fratura de
vidro, de vibração;
 Sensores de exterior adequado para espaços circundantes ou periferia:
são, normalmente, barreiras de infravermelhos ou de micro-ondas;
 Sensores de ação imediata: como os botões/pedais de pânico ou de
emergência médica.

Os sistemas de alarme de intrusão reduzem os riscos de intrusão e assaltos a


armazéns e lojas porque:

 Desencorajam possíveis prevaricadores; · Alertam rapidamente as


autoridades e os responsáveis pela segurança;
 Em caso de assalto, limitam o tempo de ação dos intrusos, contribuindo
para a redução de danos e prejuízos.

Os sistemas de intrusão são úteis para proteger contra ameaças exteriores,


como assaltos durante as horas em que os estabelecimentos estão fechados.
Apesar dos alarmes serem normalmente associados a assaltos por parte de
indivíduos estranhos à organização, estes sistemas podem também ser
instalados no interior do armazém, para evitar o acesso de funcionários a áreas
mais restritas.
12 Referencias

Assaf Neto, Alexandre, e Silva, César A T. 2006. Administração do Capital de


Giro. 3ª Edição. São Paulo: Editora Atlas, SA.
Kuster, Edison e Nogacz, Nilson Danny. 2002. Finanças. Gazeta do Povo –
Colecção Gestão Empresarial (Curitiba), Vol. 4.
Zdanowicz, José Eduardo. 2004. Fluxo de Caixa: uma decisão de planeamento
e controle financeiro. 10ª Edição. Porto Alegre: Editora Sagra Luzzatto.
Páginas oficiais de POS Moloni e Primavera Pssst.

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