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Uniformidade da Semente produzida pelo Moinho de Bolas Tecnal TE-8100-FZ.

Edição técnica por Eng°.Florenal Zarpelon

A uniformidade (coeficiente de variação / CV) da semente produzida num moinho de bolas depende de
vários fatores: desenho do moinho, rotação, número e diâmetro das bolas, tempo de preparo da semente e
posteriormente o tempo para a chamada “maturação” da semente.

Dos fatores apontados acima, o moinho Tecnal já foi otimizado, faltando duas etapas importantes para
obter baixo coeficiente de variação: o tempo de preparo e o tempo de maturação da semente.

O tempo ótimo de preparo, obtendo-se CV da ordem de 30%, é deixar o moinho rodando continuamente
por cinco dias. É que as partículas maiores vão sendo reduzidas de modo que no final obtém-se partículas
da ordem de 5 microns (0,005 mm). Mas, nem sempre é possível deixar todo este tempo e já com cerca de
dois dias (48 horas) neste moinho Tecnal obtém a homogeneidade suficiente (menos que 35% de CV)
para que se produza bons cozimentos.

Em visita que fizemos em 1973 ao Instituto Açucareiro de Braunschweig / Alemanha nos foi dito pelo Dr.
E. Reinefeld, grande estudioso da cristalização do açúcar, que uma semente recentemente preparada
nunca tem um baixo CV, e investigações realizadas mostraram que uma semente bem preparada, quando
mantida em agitação suave atinge a melhor homogeneidade possível depois de duas semanas, sendo,
então, recomendável que a semente fique “maturando” antes de seu uso. Após aproximadamente 10 dias a
semente já melhora substancialmente. A explicação para isto é que uma pequena quantidade de açúcar se
dissolve no álcool, principalmente os cristais menores, e com o tempo este açúcar dissolvido no álcool
recristaliza nos cristais melhorando a homogeneidade.

Na prática, um grande número de variáveis influi na produção de um bom cozimento, não somente a
homogeneidade da semente. O pé a ser granado, recomendando-se que seja de Mel com pureza entre 70 a
75 para a produção de Massas B / C, deve primeiramente estar diluído e aquecido a um nível em que não
tenha cristais vindos de cozimento anterior; também a supersaturação e a técnica escolhida para o
semeamento deve ser tal que não produza novos cristais. De igual modo, a circulação da massa, que é o
resultado do desenho / projeto do tacho de cozimento (dimensões, diâmetro e altura dos tubos, altura da
massa no tacho, etc.) tem uma influência muito grande na circulação da massa e, deste modo, evitando o
aparecimento de novos cristais (formação de poeiras). Tudo isto resulta em que não é tão simples assim
definir que somente o CV da semente seja a razão para não ter bons cozimentos. Ademais, vale lembrar
que quando o cozimento é bem feito, bem controlado, o aumento do tamanho dos grãos em si já produz
uma melhoria do CV da massa que está sendo produzida, e aí facilita sobremaneira a centrifugação e a
obtenção de açúcar de alta qualidade.

Da mesma forma para a granagem de massas de açúcar refinado granulado, em que o pé de granagem tem
pureza próxima de 100, é fundamental que o tacho de cozimento seja muito bem desenhado e que tenha
controle automático apurado para conseguir a supersaturação adequada para que a semente introduzida
produza cristais finais bem regulares.

Florenal Zarpelon
Fone – Fax 19 3872-2725 E-mail: fz@dglnet.com.br
Eng. Químico
08/04/2013

Tecnal Indústria Comércio Importação e Exportação de Equipamentos para Laboratórios Ltda.


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