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Questões de ocologia-5

Nome: Nágyla Oliva Ferreira


R.A:00142100

1) O Exame de biópsia com análise histopatológica é


realmente um exame preventivo? Justifique.
A biópsia é realizada através de punção por agulha ou procedimento
cirúrgico para a retirada de um fragmento do tumor sendo ele benigno ou
maligno. O exame histológico permite a análise das características das
células tumorais e da organização estrutural do tecido. A biópsia é
considerada um exame preventivo pois ele é capaz de detectar o câncer
previamente, ou seja, no seu inicio sendo um exame preventivo.

2) Qual a diferença entre prevenção e diagnóstico


precoce? De exemplos de exames de prevenção e
diagnóstico precoce.
Prevenção são as medidas para reduzir as chances de incidência de uma
doença. Ela pode ser praticada pela mudança no estilo de vida e no
câncer pelo tratamento bem sucedido de lesões pré-cancerígenas, esta
atitude que reduz os fatores de risco da doença. Os fatores de risco
podem ser ambientais, comportamentais, hormonais, genéticos ou
hereditários. Ao rastrear todos estes fatores, a pessoa tem maiores
chances e possibilidade de trabalhar na prevenção.
Sim, a prevenção reduz as chances de uma doença se manifestar.
Todavia, nem sempre é possível evitar completamente seu surgimento e
para isso existe a diagnóstico precoce.
O diagnóstico precoce consiste na realização de exames periódicos, que
visam garantir que a doença seja detectada ainda em sua fase inicial.
Essa detecção antecipada é capaz de reduzir a mortalidade pelo câncer
por exemplo, pois o tratamento em estágios iniciais é mais eficiente e
menos agressivo.
Os exames de prevenção e diagnostico precoce são o teste ergométrico,
o Papanicolau, colesterol, hemograma, trigliceridios, glicemia,
mamografia, toque retal e PSA, colonoscopia, tomografia de pulmão.

3) O que é prevenção primária e prevenção secundária?


De exemplos de medidas de prevenção primária e
secundária ao Câncer.
Prevenção primária são ações ou atividades voltadas a indivíduos ou
populações saudáveis, com o intuito de diminuir ou abolir os fatores de
risco relacionados a determinadas enfermidades ou agravos à saúde, ou
seja, são ações voltadas para evitar a exposição a fatores de risco. No
câncer os principais fatores de risco são o álcool, tabagismo, obesidade,
exposição solar e alguns vírus. Já a prevenção secundária são ações ou
atividades encaminhadas a indivíduos saudáveis ou doentes,
direcionadas para a identificação e tratamento precoce de doença ou
agravo à saúde.

Exemplos de medidas de prevenção primaria ao câncer seria ter um peso


corporal adequado, praticar atividades físicas, não fuma, não beber, evitar
exposição solar excessiva, vacina contra a hepatite( tumores de fígado) e
hpv.. Os exemplos de medidas de prevenção secundaria são o
rastreamento do câncer de mama pela mamografia, de colo do útero pelo
exame Papanicolau que realizam o diagnóstico precoce, tratamento
precoce.
4) O que é o CEA? Para que serve ? Era realmente
indicado nesta situação?
O exame CEA é um exame de sangue que tem como principal objetivo
identificar os níveis circulantes do CEA (antígeno carcinoembrionário),
que é uma proteína produzida no início da vida fetal e durante a
multiplicação rápida das células do sistema digestório na vida
embrionária, mas alguma quantidade pode estar presente no cólon . Uma
representativa elevação de seus valores séricos poderá ser indicativa da
presença de carcinoma endodérmico. O teste serve para monitoramento
de tratamento e recidiva de carcinoma colorretal; monitoramento de
outros carcinomas de origem epitelial, como estômago, pâncreas e
mama; avaliação de prognóstico. Na situação da paciente M.J.O, seria
desnecessário pois ela não tinha histórico de câncer colorretal ou suspeita
deste.

5) O que são biomarcadores? Quais os seus subtipos e


para que servem ?
O termo biomarcador refere-se a uma molécula biológica encon trada no
sangue e em outros fluidos ou tecidos corporais que podem ser medidas
experimentalmente e indicam a ocorrência de uma determinada função
normal ou patológica de um organismo.

Podem ser células específicas, moléculas, genes, enzimas ou hormonas.


Provavelmente os mais relevantes em investigação médica são os
marcadores bioquímicos que podem ser obtidos com relativa facilidade a
partir de fluidos corporais e que estão ao dispor dos investigadores.

Os biomarcadores podem ser usados na prática clínica para o diagnóstico ou


para identificar riscos de ocorrência de uma doença. Podem ainda ser
utilizados para estratificar doentes e identificar a gravidade ou progressão de
uma determinada doença, prever um prognóstico ou monitorizar um
determinado tratamento para que seja menos provável que alguns efeitos
secundários ocorram.

Eles são divididos em:


Biomarcadores de predisposição, ou de avaliação de risco: são utilizados
para definir indivíduos ou populações com maior risco de desenvolver a
doença. Alguns são marcadores de predisposição genética. Podemos citar a
mutação nos genes BRCA1 ou BRCA2, associados à predisposição a câncer
de mama e ovário. Neste caso, é interessante a pesquisa da mutação em
outros membros da família para aconselhamento genético e medidas de
rastreamento e prevenção.

Biomarcadores de rastreamento, ou de detecção precoce: usados para


auxiliar na detecção precoce do câncer, quando o indivíduo ainda não
apresenta sintomas da doença. Isto permite a prevenção secundária, uma
intervenção cujo foco é a identificação e o tratamen to de lesão precursora
do câncer ou lesão cancerosa em estágio inicial, que pode impedir a morte
por câncer. Como o rastreamento é realizado em pessoas assintomáticas,
ele deve oferecer um possível benefício, que suplante os malefícios.
Neste caso, é importante analisar as características do teste
(biomarcador). O rastreamento é mais eficiente quando a doença-alvo é
comum na população a ser rastreada. Pode-se citar como exemplo o PSA,
utilizado contra o câncer de próstata.

Biomarcadores de diagnóstico: podem auxiliar no diagnóstico do tipo, do


estágio e do grau da doença. O cromossomo Philadelphia é utilizado para
identificar casos de leucemia mieloide crônica dentre outros casos de
leucemia (este biomarcador também é aumentado em leucemia linfoide
aguda).

Biomarcadores farmacológicos: são utilizados para avaliar a


farmacocinética dos medicamentos; sua absorção, distribuição,
biotransformação e eliminação. Medem os efeitos do tratamento de
drogas em um alvo específico (como indução de apoptose, inibição de
enzimas ou redução da angiogênese) ou demonstram os efeitos
colaterais de uma droga. Podemos citar a enzima tiopurina
metiltransferase, que faz parte da via de inativação da mercaptopurina,
um quimioterápico. A presença de determinado polimorfismo genético
pode causar ausência de atividade enzimática. O indivíduo portador desta
alteração, se receber doses habituais do fármaco, tem um acúmulo da
forma ativa do mesmo e um excesso de toxicidade.

Biomarcadores preditivos: auxiliam a predizer se uma subpopu lação de


pacientes responderá a certa terapia. Exemplo clássico é a expressão de
receptores hormonais em câncer de mama, usados para a indicação de
hormonoterapia.

Biomarcadores prognósticos: usados para predizer o provável curso da


doença, sua provável taxa de crescimento ou seu potencial metastático,
estatísticas sobre sobrevida geral e sobrevida livre de doença. Podemos
citar o câncer de mama com expressão do receptor HER2, que indica um
prognóstico mais agressivo da doença.

Biomarcadores de monitoramento, ou resposta ao tratamento: avaliam


precocemente a eficácia de uma intervenção terapêutica. Por exemplo,
células do câncer de ovário podem produzir a proteína CA125, a qual
pode estar elevada no sangue. Ao se realizar o tratamento, espera-se a
redução da sua concentração. Se isso não ocorre, suspeita-se de
resistência ao tratamento.

Biomarcadores de recidiva, ou de recorrência: utilizados para detectar a


recorrência ou recidiva da doença. Podemos citar casos de câncer
colorretal com CEA (antígeno carcinoembriônico) elevado, o qual
normaliza após o tratamento. A detecção de novo aumento dessa
proteína no sangue pode indicar a recorrência no tumor.

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