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São direitos reconhecidos como inerentes à própria natureza humana. Referem-se aos
direitos básicos da pessoa humana reconhecidos no âmbito dos documentos de direito
internacional (Declaração Universal dos Direitos dos Homens).
Bobbio confirma em seu livro a Era dos Direitos que os direitos fundamentais são
adquiridos com luta e que o marco inicial dessa conquista é o constitucionalismo.
Segundo ele (2004) “os direitos não nascem todos de uma vez (...) nascem quando
devem ou podem nascer”
A segunda geração de direitos esteve presente durante o século XX. Tem por
características os direitos sociais, culturais, previdenciários, econômicos e coletivos
baseados na igualdade, como uma reação ao modelo liberal clássico. Teve como
inspiração a Constituição Mexicana de 1917 e a Lei Fundamental de Weimar
(Constituição Alemã de 1919). Diferentemente da primeira geração, essa admite um
comportamento intervencionista do Estado.
“Não serão permitidas práticas contrárias à dignidade humana, tais como a clonagem
reprodutiva de seres humanos”.
(Declaração Universal do Genoma Humano e dos Direitos Humanos, art. 11).
A quarta geração de direitos é caracterizada pela pesquisa biológica e científica, pela
defesa do patrimônio genético, pelo avanço tecnológico, pelo direito à democracia, à
informação e ao pluralismo.
Direitos são bens da vida que as normas jurídicas consagram; garantias são os
instrumentos previstos em normas jurídicas para assegurar a plena fruição desses bens,
desses direitos.
Como diz Kant, "o homem, e, duma maneira geral, todo o ser racional, existe como fim em
si mesmo, não só como meio para o uso arbitrário desta ou daquela vontade" (KANT, p.
58, 2004).
No entanto, tomar o homem como fim em si mesmo e que o Estado existe em função
dele, não nos conduz a uma concepção individualista da dignidade da pessoa humana.
Ou seja, que num conflito indivíduo versus Estado, privilegie-se sempre aquele. Com
efeito, a concepção que aqui se adota, denominada personalista, busca a
compatibilização, a interrelação entre os valores individuais e coletivos; inexiste, portanto,
aprioristicamente, um predomínio do indivíduo ou o predomínio do todo. A solução há de
ser buscada em cada caso, de acordo com as circunstâncias, solução que pode ser tanto
a compatibilização, como, também, a preeminência de um ou outro valor.
A pessoa é, portanto, o valor máximo da democracia, sendo tal princípio uma decorrência
do Estado Democrático. Não sem razão, alguns doutrinadores o consideram como um
super princípio. Para José Afonso da Silva (1995, p. 106), "a dignidade da pessoa
humana é um valor supremo que atrai o conteúdo de todos os direitos fundamentais do
homem, desde o direito à vida."
Inspirado no conhecido in dubio pro reo do Direito Penal e no in dubio pro operario do Direito
do Trabalho, o in dubio pro misero é o princípio jurídico aplicado no campo da seguridade
social que visa à proteção do pobre, do hipossuficiente.
Sua aplicação é simples: havendo na lei duas ou mais interpretações possíveis,
prevalecerá a mais benéfica ao hipossuficiente.
8 O PRINCÍPIO DA IGUALDADE
Art. 60
[...]
§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
São representados pelas cláusulas pétreas expressas contidas no art. 60, § 4º da CF.
Representam o núcleo inegociável da Constituição de 1988. Essas cláusulas podem ser
modificadas por emendas constitucionais, mas o reformador não pode “tender a abolir”.
Não pode alcançar a essência.
Os direitos e garantias individuais protegidos pelo art. 60, § 4º da CF não são apenas os
contidos no rol do art. 5º, mas também outros direitos fundamentais de índole individual,
inclusive os previstos nos capítulos dos direitos sociais, nacionais e políticos, além de
outros decorrentes do regime e dos princípios adotados pela CF.
10 DIREITOS SOCIAIS
Estão expressos nos arts. 6º a 11 da Constituição Federal, todavia, o elenco não possui
caráter taxativo, sendo complementado por outros direitos instituídos pela própria
Constituição e pela legislação ordinária, como o direito à cultura (CF, arts. 215 e 216), o
direito ao desporto (CF, art. 217), os direitos da família, da criança, do adolescente e do
idoso (CF, arts. 226 a 230) e os direitos dos índios (arts. 231 e 232)
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a
moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.