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Pi = 0 χij (r) Ej (145)
j=1
onde a matriz χij (r) representa o tensor susceptibilidade eléctrica. Este tensor traduz
o facto de o comportamento dos materiais poder ser em geral complicado, dependendo a
polarização de ponto para ponto e também da direcção em que aponta o campo eléctrico.
No caso em que a polarização é independente da direcção do campo eléctrico, o material
diz-se isotrópico e a polarização é então simplesmente paralela ao campo eléctrico, o que
permite simplificar a equação anterior:
P = 0 χ(r)E (146)
P = 0 χ E (147)
D = 0 E + P = 0 E + 0 χ E = (1 + χ)0 E = r 0 E = E (148)
= (1 + χ)0 = r 0 (149)
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Partindo da equação (143), a lei de Gauss pode ser assim reescrita como:
ρf
∇ · D = ρf ⇔ ∇ · (E) = ρf ⇔ ∇ · E = (150)
Esta equação é dá-nos uma informação extremamente útil: em meios lineares, ho-
mogéneos e isotrópicos, toda a electrostática se resume às cargas livres e à
substituição da permitividade eléctrica 0 do vazio pela permitividade eléctrica
do meio (0 → ).
A susceptibilidade eléctrica χ é em geral positiva, pelo que a permitividade eléctrica
do material, = (1 + χ)0 é superior a 0 . Então, a equação (150) informa-nos que o
campo eléctrico no interio do dieléctrico é equivalente a um campo criado pela densidade
de carga efectiva ρf /r .
A partir das equações (140) e (147), podemos extrair a relação entre cargas livres e
cargas de polarização:
ρp = −0 χ∇ · E (151)
ρp = −χρ (152)
Donde, sendo ρ = ρf + ρp e χ = r − 1
ρ
ρf = (1 + χ)ρ ⇔ ρ = (153)
r
conforme já tı́nhamos concluı́do.
Energia electrostática
2 1 1
E = E · E = D · E (154)
2 2 2
0.9. A ELECTROSTÁTICA DE MEIOS MATERIAIS 49
2 1
E dτ = D · E dτ (155)
τ 2 2 τ
σ
E= (156)
0
σ Qd
∆V = d= (157)
0 A0
0 A
C= (158)
d
Rigidez dieléctrica
Por último, refira-se que, sob a acção de campos eléctricos particularmente intensos, é
possı́vel ionizar os átomos/moléculas que compõem um meio, fazendo com que o meio se
torne condutor. O campo eléctrico máximo suportado por um isolador, acima do qual
ocorre a ruptura dieléctrica do meio, designa-se rigidez dieléctrica. É este fenómeno que
ocorre nas vulgares descargas através do ar, seja nos raios que ocorrem numa trovoada,
seja nas faı́scas observadas quando se desliga um aparelho da tomada. Para o ar, a rigidez
dieléctrica é cerca de 3 MV/m.