Manual Do Formando M16 - TAF

Cognos Formação e Desenvolvimento Pessoal
Curso Técnico Auxiliar em Farmácia
Manual do Formando
Módulo 16. Gestão de processo de devoluções de medicamentos e produtos

de sáude
Formador
Fátima Martins
Cognos- Formação e Desenvolvimento Pessoal

Edifício Gran Via
Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº 15, 9º andar, sala 9.2
4400-134 Vila Nova de Gaia
NIPC: 508 88 44 70 - Capital Social 5 000 €- C.R.C. Porto
Telf: 220 965 669 Telm: 910 415 337 email: geral@cognos.pt
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Índice
0pág.
1. Gestão do processo de devoluções 4
2. Regularização de devoluções 5
3. Sistemas de informação 7
4.Material de Apoio 9
Bibliografia 13

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Objetivo Geral
No final deste módulo, os formandos deverão ser capazes de identificar e

operacionalizar o processo de devoluções de medicamentos e produtos de
saúde.
O formando deverá dedicar 25 horas de estudo para este módulo.
Conteúdos do módulo
• Gestão do processo de devoluções (tratamento, envio, a

regularização, arquivo)
• Regularização de devoluções (formas de regularização, listagens de
controlo)
• Utilização dos sistemas de informação na gestão de devoluções
Objetivos Específicos
No final deste módulo, os formandos deverão ser capazes de:
✓ Fazer uma devolução

✓ Regularizar uma devolução
✓ Identificar os diferentes sistemas de informação na farmácia

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1. A devolução de medicamentos e produtos de saúde pode ser devido a:
- Produto e/ou embalagens danificadas
- Produto fora de prazo ou prazo de validade curta
- Produto trocado
- Erro de aviamento do grossista
- Produto recolhido de acordo com as circulares do INFARMED
- Alterações de preço ou comparticipação
O processo de devolução de medicamentos e produtos de saúde

compreende:
1- Identificar os medicamentos e produtos de saúde a devolver

2- Criar uma guia de devolução no sistema informático com a indicação do
motivo da mesma
3- Comunicar a guia de devolução à AT (Autoridade Tributária)
4- Acondicionar o transporte para o fornecedor
Segundo o INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde,

I.P.), nas Boas Práticas de Distribuição de Medicamentos de Uso Humano
podemos aceitar uma devolução (utente - farmácia) se:
• Estiver dentro do prazo de validade e não tiver sido alvo de recolha
• Encontrar-se no acondicionamento secundário (por ex. a caixa de
medicamentos) por abrir, inalterado e em boas condições
• Tenha sido devolvido num prazo máximo de 10 dias
• Tiver sido demonstrado pelo utente que foram transportados,
manuseados e armazenados em condições adequadas – com especial
ênfase nos medicamentos de frio (por ex. vacinas e insulinas)
• Forem examinados pelo Diretor Técnico
• Os produtos devolvidos corresponderem aos fornecidos (incluindo lote
e quantidade)
• Não existirem suspeitas de falsificação

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Deve ser aplicado o sistema “primeiro a expirar, primeiro a sair”.
Medicamentos roubados que tenham sido recuperados não podem ser
reintegrados nas existências comercializáveis.
2.Regularização de Devoluções
Nota de crédito
Aceite ou produto de
substituição
Devolução criada
Não Aceite Quebra
• Caso a devolução seja aceite pelo fornecedor:

O fornecedor indicará a forma de aceitação (nota de crédito ou produto
substituído) e deverá proceder-se à regularização de devolução no sistema
informático.
Por vezes podemos ter devoluções parcialmente regularizadas, ou seja, parte
da devolução é regularizada e posteriormente será feita a restante
regularização.
Nota de crédito- é um documento de acerto de contas, que anula total
ou parcialmente uma ou mais faturas. É utilizada para “retirar” valor à
fatura ou até mesmo a totalidade do montante.
Devemos contatar o fornecedor para agendamento da data de recolha
dos produtos e emitir a listagem dos mesmos devolvidos.

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• Caso a devolução NÃO seja aceite pelo fornecedor:
Os medicamentos e/ou produtos de saúde são processados na regularização
de devolução tendo em vista a respetiva quebra. Posteriormente é efetuada
a sua destruição, via Valormed ou empresas especializadas no tratamento de
resíduos.
Valormed- Segundo o site do Valormed: “A VALORMED, CRIADA EM 1999, É

UMA SOCIEDADE SEM FINS LUCRATIVOS QUE TEM A RESPONSABILIDADE DA GESTÃO
DOS RESÍDUOS DE EMBALAGENS VAZIAS E MEDICAMENTOS FORA DE USO. RESULTOU
DA COLABORAÇÃO ENTRE A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA, DISTRIBUIDORES E
FARMÁCIAS EM FACE DA SUA CONSCIENCIALIZAÇÃO PARA A ESPECIFICIDADE DO
MEDICAMENTO ENQUANTO RESÍDUO”.
A quebra tem como objetivo retirar do stock os produtos para não serem
contabilizados. A quebra pode ser feita pelos seguintes motivos:
• Devolução não aceite pelo laboratório
• Embalagens deterioradas ou quebradas
• Produtos para uso interno (algodão, álcool, água destilada para
preparação de antibióticos…)
• Outros.

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3. Sistemas de Informação
Existem vários sistemas de informação que podem ser utilizados numa
farmácia, nomeadamente o Sifarma, o whinphar ou a Logitools.
Estes sistemas constituem uma ferramenta imprescindível para uma boa

gestão e organização das operações do dia-a-dia. Assim permitem um serviço
mais sistematizado, rápido e com menor probabilidade de erro.
O software mais utilizado na maioria das farmácias, em todas as associadas da
ANF (Associação Nacional das Farmácias) é o Sifarma 2000.
A ANF representa 97% das farmácias portuguesas e tem por missão a defesa
dos interesses morais, profissionais e económicos dos proprietários de
farmácia.
Também existe outra associação de farmácias que se chama AFP (Associação

de Farmácias Portuguesas). Esta associação surgiu em 1991 com um pequeno
grupo de 6 farmácias. Na base da constituição da AFP esteve a intenção de se
formar uma associação que se baseasse num espírito comunitário e de serviço
quer às farmácias, quer à comunidade. É este o espírito que ainda hoje
prevalecem Portugal e já conta com mais de 150 farmácias.

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O Sifarma permite fazer a gestão do produto desde a sua entrada até à saída
de acordo com a sua especificidade (venda livre ou não) gerando stocks
mínimos e máximos de acordo com a aprovação do responsável. Este sistema
operativo permite entre outras operações:
• Gestão de stocks
• Fazer e rececionar encomendas
• Fazer e regularizar devoluções
Na gestão de devoluções, cada sistema operativo tem a sua forma de

processar uma devolução, mas todos eles devem conter na Nota de
Devolução:
• motivo da devolução
• nº da fatura relativamente aos produtos devolvidos
• Identificação do fornecedor
• Identificação da farmácia
• Quantidade de devolvida
Depois de imprimir a nota de devolução é necessário carimbar e assinar. São

impressas 3 cópias da devolução: original e duplicado da guia de devolução
junto com o produto e o triplicado vai para a contabilidade.
Nos sistemas de informação podemos tirar uma listagem de controlo das

devoluções já regularizadas e aquelas ainda por regularizar.

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4.Material de Apoio
➢ AGUIAR, António Hipólito de - Gerir a farmácia do próximo milénio: aumentar a
competitividade. 2ª ed. Lisboa
➢ AGUIAR, António Hipólito de - A gestão da farmácia: ultrapassar os novos
desafios - 1ª ed. – Lisboa
➢ Legislação Farmacêutica: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/legislacao-
farmaceutica-compilada
➢ O regime jurídico das farmácias de oficina- Decreto-Lei n.º 307/2007
➢ Ordem dos Farmacêuticos :Boas práticas de Farmácia Comunitária
https://www.ordemfarmaceuticos.pt/fotos/documentos/norma_geral_sobre_as_infraest
ruturas_e_equipamentos_20240917255ab147e12498f.pdf
➢ Boas Práticas de Distribuição de Medicamentos de Uso Humano-
https://www.ordemfarmaceuticos.pt/fotos/editor2/Eventos/iRACI/Apresentacao_INFA
RMED_BPD_iRACI_28_11_2017_Nuno_Arriagas.pdf
➢ Exemplificação de como regularizar uma devolução no Sifarma

(sistema de informação mais comum usado nas farmácias)
1.Aqui podemos ver o écran principal do Sifarma

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2.Para regularizar uma devolução vamos ao campo onde diz
Encomendas-Regularizações de Devoluções
3.Introduzimos o número da Guia de devolução para localizá-la e depois

selecionamos para regularizar

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4.Selecionamos o produto que vamos regularizar, poderá ser como não aceite
(posteriormente será feito uma quebra), nota de crédito ou troca por outro
produto
5.Neste campo é feito a recolha da nota de crédito, ou seja, é introduzido o

valor que corresponde ao crédito do produto.

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6.Selecionamos o IVA do produto
7.Por fim é impresso o documento comprovativo de regularização de

devoluções a fornecedores

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Bibliografia:
1- AGUIAR, António Hipólito de - Gerir a farmácia do próximo milénio: aumentar a
competitividade. 2ª ed. Lisboa
2- AGUIAR, António Hipólito de - A gestão da farmácia: ultrapassar os novos
desafios - 1ª ed. – Lisboa
3- https://www.e-konomista.pt/artigo/nota-de-credito/
4- https://invoicexpress.com/faqs/notas-credito-e-debito
5- http://www.valormed.pt/intro/home
6- https://www.ordemfarmaceuticos.pt/fotos/documentos/boas_praticas_farmaceuticas_p
ara_a_farmacia_comunitaria_2009_20853220715ab14785a01e8.pdf
7- https://dre.pt/web/guest/legislacao-consolidada/-
/lc/75425909/view?consolidacaoTag=Sa%C3%BAde
8- https://www.computerworld.com.pt/emprego/empresa/2822/anf-associacao-nacional-
das-farmacias/
9- http://portaldasfarmacias.com/
10- Boas Práticas de Distribuição de Medicamentos de Uso Humano-
https://www.ordemfarmaceuticos.pt/fotos/editor2/Eventos/iRACI/Apresentacao_INFA
RMED_BPD_iRACI_28_11_2017_Nuno_Arriagas.pdf

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O processo de devolução de medicamentos e produtos de saúde

1- Identificar os medicamentos e produtos de saúde a devolver

Segundo o INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde,

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Também existe outra associação de farmácias que se chama AFP (Associação

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Depois de imprimir a nota de devolução é necessário carimbar e assinar. São

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1.Aqui podemos ver o écran principal do Sifarma

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5.Neste campo é feito a recolha da nota de crédito, ou seja, é introduzido o

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7.Por fim é impresso o documento comprovativo de regularização de

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