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Direito Constitucional p/ DEPEN

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Profa. Nádia Carolina – Aula 05

AULA 05: Poder Executivo.

SUMÁRIO PÁGINA
1-Teoria 1-15
2-Questões Comentadas 16-27
3-Lista de Questões 28-32
4-Gabarito 33-34

Presidencialismo

No presidencialismo, o Presidente da República acumula as funções de


Chefe de Governo e Chefe de Estado. Já no parlamentarismo, o chefe de
Estado é o Rei ou o Presidente da República, enquanto o chefe de Governo é o
Gabinete, chefiado pelo Primeiro-Ministro.

“Puxa, Nádia... Estou confuso (a)...Qual a diferença entre chefe de


Governo e chefe de Estado?”

A chefia de Estado é a própria representação do Estado, principalmente


no que se refere às relações internacionais. O chefe do Estado está acima da
política, e por isso é responsável pela nomeação de cargos sem caráter
político. Por isso, no presidencialismo, quando exerce a função de chefe de
Estado, o Presidente da República não presta contas de seus atos ao Poder
Legislativo, pois não há cunho político em suas decisões.

Por outro lado, a chefia de Governo está fortemente relacionada à


política, visando principalmente à realização de ações e tomada de decisões
com base nos anseios dos diversos setores sociais.

Assim, de posse desses conceitos, podemos perceber que o


presidencialismo se diferencia do parlamentarismo pela maior independência
de poderes. No presidencialismo, o chefe do governo escolhe e nomeia seus
ministros, sem qualquer interferência do Legislativo, enquanto no
parlamentarismo o Parlamento e o Gabinete não subsistem sem o apoio um do
outro. Em alguns casos, é o Parlamento que nomeia os integrantes do
Gabinete. Em outros, é o chefe do Executivo que os nomeia, desde que haja
apoio da maioria parlamentar (é o caso da Inglaterra, por exemplo).

Outro importante aspecto do presidencialismo é que os governantes


possuem mandato por prazo certo. No Parlamentarismo, isso não ocorre: o
Primeiro-Ministro permanece no cargo enquanto possuir maioria parlamentar.

Por fim, no Presidencialismo há responsabilidade do governo


diretamente perante o povo. Já no Parlamentarismo esta se dá perante o
parlamento: caso o Primeiro Ministro perca o apoio parlamentar, exonera-se
imediatamente.
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O quadro a seguir resume as principais características do


Presidencialismo:

MAIOR INDEPENDÊNCIA ENTRE OS PODERES


PRESIDENCIALISMO

MANDATO POR PRAZO CERTO

ACÚMULO DAS FUNÇÕES DE CHEFE DE GOVERNO E


CHEFE DE ESTADO

RESPONSABILIDADE PERANTE O POVO

Com base no que acabamos de estudar e no art. 1º da Constituição


Federal, podemos concluir que a República Federativa do Brasil apresenta as
seguintes características:

República Federativa do Brasil


• Forma de estado = Federação
• Regime político = Democracia
• Forma de governo = República
• Sistema de governo = Presidencialismo

Funções do Poder Executivo

A função típica do Poder Executivo é a executiva, que se consubstancia


pela aplicação da lei aos casos concretos. Essa função executiva subdivide-se
em função de governo (atribuições de decisão política) e função administrativa
(intervenção, fomento e prestação de serviço público).

Além de sua função típica, o Executivo exerce outras, atípicas. Cabe a


esse Poder legislar (por meio da edição de medidas provisórias e decretos
autônomos) e julgar (contencioso administrativo).

Investidura e posse
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Determina o art. 77, § 1º, da Constituição, que a eleição do Presidente


da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado. O § 2º do
mesmo artigo estabelece, ainda, que será considerado eleito Presidente o
candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de
votos, não computados os em branco e os nulos.

Assim, tanto o Presidente quanto o Vice-Presidente da República são


eleitos pelo sistema majoritário, no qual é eleito o candidato com maior
número de votos. Esse sistema se divide em duas espécies básicas: sistema
majoritário puro ou simples ou sistema majoritário de dois turnos.

Pelo primeiro (puro ou simples), considera-se eleito o candidato que


obtiver o maior número de votos. A Carta Magna adotou esse sistema para a
eleição dos Senadores (art. 46, CF) e de prefeitos municipais, em Municípios
com menos de 200 mil eleitores (CF, art. 29, II).

Já pelo segundo (sistema de dois turnos), será considerado eleito o


candidato que obtiver a maioria dos votos válidos (não computados os em
branco e os nulos). Caso não obtenha essa maioria na primeira votação, será
realizado um novo turno de votações. Esse método é adotado pela Lei
Fundamental para as eleições de Presidente da República, Governador de
Estado e Distrito Federal e Prefeitos de Municípios com mais de 200 mil
eleitores (CF, art. 77).

Questão de prova:

1. (Cespe/2013/TRE-MS) A eleição do presidente da República,


simultaneamente com a do vice-presidente, é feita mediante voto
direto e secreto, pelo sistema de representação proporcional, sendo
realizada nos estados, nos territórios e no Distrito Federal.

Comentários:

A eleição do Presidente e do Vice-Presidente se dá pelo sistema majoritário,


não pelo sistema proporcional. Questão incorreta.

O art. 77, “caput”, da Constituição Federal, determina que a eleição do


Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente,
no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de
outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do
mandato presidencial vigente. Com isso, determina que à eleição para esses
cargos aplica-se o sistema majoritário de dois turnos, pelo qual o candidato só
se elege pela maioria absoluta dos votos, que, não sendo obtida no primeiro
turno, será garantida em um segundo turno.

A Constituição define, ainda, nos § 4º e 5º do art. 77 da CF, que se,


antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou
impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o

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de maior votação. Além disso, se remanescer, em segundo lugar, mais de um


candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.

O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão


conjunta do Congresso Nacional, em 1º de janeiro, prestando o compromisso
de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o
bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a
independência do Brasil. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o
Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força MAIOR, não tiver
assumido o cargo, este será declarado vago.

Observe que o cargo só será considerado vago se nenhum dos


candidatos (Presidente e Vice) comparecer. A existência de força maior
também modifica a situação, conforme o esquema abaixo:

O CANDIDATO A VICE
ASSUMIRÁ O MANDATO COMO
PR NÃO
PRESIDENTE E EXERCERÁ
COMPARECE
INTEGRALMENTE O MANDATO
AUSÊNCIA DE SEM VICE-PRESIDENTE
FORÇA
MAIOR
PR E VICE NÃO O CARGO SERÁ CONSIDERADO
COMPARECEM VAGO

O ELEITO VICE ASSUMIRÁ O


MANDATO DE PRESIDENTE
PR NÃO
TEMPORARIAMENTE, ATÉ QUE O
COMPARECE
ELEITO PARA ESTE CARGO TOME
POSSE
FORÇA
MAIOR
O ELEITO PRESIDENTE
VICE NÃO
EXERCERÁ SEU CARGO SEM VICE
COMPARECE
ATÉ QUE ESTE SEJA EMPOSSADO

Sobre o mandato presidencial, destaca-se ainda que, de acordo com o


art. 82 da Carta Magna, este é de quatro anos e terá início em primeiro de
janeiro do ano seguinte ao da eleição do Presidente da República. É permitida
a reeleição para um único período subsequente.

Para finalizar o tópico, destaca-se que a Constituição exige alguns


requisitos para a candidatura ao cargo de Presidente e Vice-Presidente da
República:

 Ser brasileiro nato (art. 12, § 3º, CF);


 Estar no gozo dos direitos políticos;
 Ter mais de 35 anos;

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 Não ser inelegível (não incidir em nenhuma das hipóteses de


inelegibilidade previstas na Carta Magna);
 Possuir filiação partidária.

Substituição e sucessão

Os impedimentos são afastamentos temporários do Presidente da


República, ocorrendo, por exemplo, quando este se afasta do País. Quando
ocorrem, o Vice-Presidente substitui o Presidente no cargo.

Já a vacância é o afastamento definitivo do Presidente, com consequente


sucessão do Vice-Presidente no cargo, ocorrendo nas seguintes situações:

PELO NÃO-COMPARECIMENTO PARA A POSSE


HIPÓTESES DE VACÂNCIA DO

DENTRO DE DEZ DIAS DA DATA FIXADA PARA A


CARGO DE PRESIDENTE DA

MESMA, EXCETO POR FORÇA MAIOR

POR MORTE, RENÚNCIA, PERDA OU SUSPENSÃO


REPÚBLICA

DOS DIREITOS POLÍTICOS E PERDA DA


NACIONALIDADE BRASILEIRA

POR CRIME DE RESPONSABILIDADE, OU


COMUM, MEDIANTE DECISÃO DO SENADO
FEDERAL OU DO STF, RESPECTIVAMENTE

AUSÊNCIA DO PAÍS POR MAIS DE QUINZE DIAS,


SEM AUTORIZAÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL

No que se refere à ausência do país por mais de quinze dias do


Presidente e do Vice-Presidente da República, esta deverá se dar com
autorização do Congresso Nacional (art. 49, III, CF). Nesse sentido, destaca-se
o entendimento do STF de que afronta os princípios constitucionais da
harmonia e independência entre os Poderes e da liberdade de locomoção
norma estadual que exige prévia licença da Assembleia Legislativa para que o
governador e o vice-governador possam ausentar-se do País por qualquer
prazo. Espécie de autorização que, segundo o modelo federal, somente se
justifica quando o afastamento exceder a quinze dias. Aplicação do princípio da
simetria.” (ADI 738).

O art. 79, “caput”, da Constituição, determina que substituirá o


Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-
Presidente.

Reza o art. 80 da Carta Magna que em caso de impedimento do


Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão

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sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara


dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.

Destaca-se que a sucessão presidencial, no caso de vacância definitiva


do cargo, antes do término do mandato, possui regras diferenciadas,
dependendo de quem o substitua, bem como do período que restar para o
término do mandato. Assim, só o Vice-Presidente pode suceder o Presidente
definitivamente. Os demais (Presidente da Câmara dos Deputados, do Senado
Federal e do Supremo Tribunal Federal) o farão temporariamente, até que
ocorra nova eleição, conforme a tabela a seguir:

NOS DOIS
ELEIÇÃO DIRETA NOVENTA
PRIMEIROS
DIAS DEPOIS DE ABERTA A
VACÂNCIA ANOS DO
ÚLTIMA VAGA
DOS CARGOS MANDATO...
DE
PRESIDENTE
E VICE- NOS DOIS ELEIÇÃO INDIRETA, PELO
PRESIDENTE ÚLTIMOS CONGRESSO NACIONAL,
ANOS DO TRINTA DIAS APÓS ABERTA A
MANDATO... ÚLTIMA VAGA

É importante destacar que a hipótese prevista no § 2º do art. 81 da


Carta Magna é a uma modalidade de eleição indireta. Trata-se de uma
exceção no processo eleitoral, que só é legítima porque foi prevista pelo
constituinte originário.

Eu sabia que você iria me perguntar isso... É possível a previsão de


eleição indireta no ordenamento jurídico dos Estados?

Mesmo não havendo lei federal permissiva, entende o STF que lei
estadual poderá prever, sim, eleição indireta em Estado, caso haja previsão
para a realização desta na Constituição Estadual. Isso porque, mesmo
dispondo a Constituição, em seu art. 22, I, que compete privativamente à
União legislar sobre direito eleitoral, a lei que prevê eleição indireta em Estado
não é, segundo a Corte, materialmente eleitoral, visto que apenas regula a
sucessão “extravagante” do Chefe do Poder Executivo.

Atribuições do Presidente da República

As atribuições do Presidente da República enquanto Chefe de Estado e


Chefe de Governo estão enumeradas no art. 84 da Constituição Federal. Veja
quais são elas, na tabela a seguir:

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I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;

II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a


direção superior da administração federal;

III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos


casos previstos nesta Constituição;

IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis,


bem como expedir decretos e regulamentos para sua
fiel execução;

V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;

VI - dispor, mediante decreto, sobre:

a) organização e funcionamento da administração


federal, quando não implicar aumento de despesa
nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando


vagos; VII - manter relações com Estados
estrangeiros e acreditar seus representantes
diplomáticos;

VIII - celebrar tratados, convenções e atos


internacionais, sujeitos a referendo do Congresso
Nacional;

IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;

X - decretar e executar a intervenção federal;

XI - remeter mensagem e plano de governo ao


Compete Congresso Nacional por ocasião da abertura da
privativamente sessão legislativa, expondo a situação do País e
ao Presidente solicitando as providências que julgar necessárias;
da República...
XII - conceder indulto e comutar penas, com
audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em
lei;

XIII - exercer o comando supremo das Forças


Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do
Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-
generais e nomeá-los para os cargos que lhes são
privativos;

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XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal,


os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos
Tribunais Superiores, os Governadores de
Territórios, o Procurador-Geral da República, o
presidente e os diretores do Banco Central e outros
servidores, quando determinado em lei;

XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os


Ministros do Tribunal de Contas da União;

XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos na


Constituição, e o Advogado-Geral da União;

XVII - nomear membros do Conselho da República,


nos termos do art. 89, VII;

XVIII - convocar e presidir o Conselho da República


e o Conselho de Defesa Nacional;

XIX - declarar guerra, no caso de agressão


estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou
referendado por ele, quando ocorrida no intervalo
das sessões legislativas, e, nas mesmas condições,
decretar, total ou parcialmente, a mobilização
nacional;

XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo


do Congresso Nacional;
Compete
privativamente XXI - conferir condecorações e distinções
ao Presidente honoríficas;
da República...
XXII - permitir, nos casos previstos em lei
complementar, que forças estrangeiras transitem
pelo território nacional ou nele permaneçam
temporariamente;

XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano


plurianual, o projeto de lei de diretrizes
orçamentárias e as propostas de orçamento
previstos na Constituição;

XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional,


dentro de sessenta dias após a abertura da sessão
legislativa, as contas referentes ao exercício
anterior;

XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais,

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na forma da lei;

XXVI - editar medidas provisórias com força de lei,


nos termos do art. 62;

XXVII - exercer outras atribuições previstas na


Constituição.

No que se refere à função de comandante supremo das Forças Armadas,


não se trata de título honorífico, mas de verdadeira função de comando e
direção das atividades do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.

De acordo com o parágrafo único do art. 84 da Carta Magna, o


Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos
VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da
República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados
nas respectivas delegações.

Nesse sentido, entende o STF que o presidente da República pode


delegar aos ministros de Estado, por meio de decreto, a atribuição de demitir,
no âmbito das suas respectivas pastas, servidores públicos federais (STF,
Primeira Turma, RMS 24128 DF, julgamento 06.04.2005).

A lista do art. 84 da Carta Magna é exemplificativa, conforme se


depreende do inciso XXVII do art. 84 da Constituição, que diz que o Presidente
da República exercerá outras atribuições previstas na Constituição.

Em regra, essas atribuições são indelegáveis, só podendo ser exercidas


pelo Presidente da República ou por quem o substituir ou suceder. Entretanto,
o parágrafo único do art. 84 permite que o Presidente delegue algumas
atribuições aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República e ao
Advogado-Geral da União:

DISPOR, MEDIANTE DECRETO, SOBRE ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO


DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL, QUANDO NÃO IMPLICAR AUMENTO DE
DELEGÁVEIS DO PR

DESPESA NEM CRIAÇÃO OU EXTINÇÃO DE ÓRGÃOS PÚBLICOS E


ATRIBUIÇÕES

EXTINÇÃO DE FUNÇÕES OU CARGOS PÚBLICOS, QUANDO VAGOS

CONCEDER INDULTO E COMUTAR PENAS, COM AUDIÊNCIA, SE


NECESSÁRIO, DOS ÓRGÃOS INSTITUÍDOS EM LEI

PROVER OS CARGOS PÚBLICOS FEDERAIS, NA FORMA DA LEI

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Veja como isso foi cobrado em prova recente do Cespe...

2. (Cespe/2012/DPF) Como são irrenunciáveis, todas as


atribuições privativas do presidente da República previstas no texto
constitucional não podem ser delegadas a outrem.

Comentários:

São delegáveis as atribuições previstas no parágrafo único do art. 84 da


Constituição como tal. Questão incorreta.

Poder regulamentar

O poder regulamentar é uma das mais importantes prerrogativas do


Poder Executivo, estando previsto no art. 84, IV, da Constituição, que
estabelece que cabe privativamente ao Presidente da República expedir
decretos e regulamentos para a fiel execução das leis.

Os decretos e regulamentos são, portanto, atos normativos infralegais,


devendo subordinar-se às leis. Segundo a doutrina, classificam-se em:

• São atos normativos secundários, sendo editados para


possibilitar a fiel execução de uma lei. Sua edição é
Decretos ou competência indelegável do Chefe do Executivo. Exercem
regulamentos a função de uniformizar a aplicação da lei, assegurando a
de execução observância do princípio da igualdade, ou seja, que a
Administração atuará da mesma forma diante de casos
semelhantes.

• São atos regulamentares que complementam a lei com


base em expressa determinação nela contida. Essa lei
Decretos ou
deve determinar precisamente os contornos dos decretos
regulamentos
ou regulamentos autorizados. São editados
autorizados
principalmente por órgãos administrativos de natureza
técnica, como as agências reguladoras, por exemplo.

• São atos normativos primários que disciplinam a


organização ou a atividade administrativa, extraindo sua
Decretos ou
validade diretamente da Constituição. Existem em nosso
regulamentos
ordenamento jurídico desde a EC no 32/2001 (art. 84, VI,
autônomos
da CF). A competência para sua edição pode ser delegada,
nos termos do parágrafo único do art. 84 da CF.

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O art. 84, VI, da CF/88 prevê hipóteses de edição de decreto autônomo.


Esses atos, por serem primários, têm a mesma hierarquia das leis formais,
situando-se logo abaixo da Constituição. Submetem-se, por isso, ao controle
de constitucionalidade por Ação Direta de Inconstitucionalidade genérica,
segundo o STF (ADI 3.232, Rel. Min. Cezar Peluso, DJE de 03.10.2008).

Os regulamentos de execução, segundo a doutrina e a jurisprudência,


visam à fiel execução da lei (STF, Pleno, ADIN no 1.435-8/DF, medida liminar,
DJU, 06.08.1999). Buscam detalhar a lei, não criam direitos nem obrigações
diversas das previstas no texto legal.

Essa vedação, conforme lição de Alexandre de Moraes, não significa que


o regulamento deva se limitar a reproduzir o texto da lei, sob pena de
inutilidade. Caberá ao Poder Executivo evidenciar e explicitar todas as
previsões legais, decidindo a melhor forma de executá-las e, eventualmente,
até mesmo suprindo lacunas de ordem prática ou técnica.

Questões de prova:

3. (Cespe/2012/Câmara dos Deputados) No exercício do poder


regulamentar, compete ao presidente da República dispor, mediante
decreto, sobre a criação e a extinção de órgãos, funções e cargos
públicos, quando tal ato não implicar aumento de despesa.

Comentários:

A criação e extinção de órgãos e cargos públicos só pode se dar por meio de


lei. Por decreto, só se permite a extinção de funções e cargos públicos quando
vagos. Questão incorreta.

4. (Cespe/2013/TRE-MS) O poder regulamentar é inerente e


privativo ao chefe do Poder Executivo.

Comentários:

É o que determina o art. 84, IV, da Constituição. Questão correta.

Vice-Presidente e Ministros de Estado

A Constituição confere ao Vice-Presidente diversas funções, que,


segundo Alexandre de Moraes, podem ser classificadas em próprias ou típicas
ou impróprias ou atípicas:

 Funções próprias ou típicas: são aquelas para as quais o cargo de


Vice-Presidente foi criado, sendo-lhe inerentes. Podem resultar de previsão
expressa da Constituição ou de lei complementar. São elas: substituição (CF,
art. 79), sucessão (CF, art. 80), participação nos Conselhos da República (CF,
art. 89, I) e de Defesa Nacional (CF, art. 91, I), bem como as eventuais

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atribuições estabelecidas pela lei complementar prevista no art. 79, parágrafo


único, da Carta Magna.
 Funções impróprias: funções de auxílio ao Presidente da República,
nos termos do art. 79 da Constituição, sempre que por ele convocado para
missões especiais.

Os Ministros de Estado são livremente nomeáveis e exoneráveis pelo


Presidente da República, sendo escolhidos dentre brasileiros natos ou
naturalizados, maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos
(art. 87, “caput”, CF). O Ministro da Defesa, como você se lembra,
necessariamente deverá ser brasileiro nato.

O art. 87, parágrafo único, da Constituição, arrola em lista


exemplificativa as atribuições dos Ministros de Estado, conforme a tabela a
seguir:

PRATICAR OS ATOS PERTINENTES ÀS ATRIBUIÇÕES


ESTADO (LISTA EXEMPLIFICATIVA)
ATRIBUIÇÕES DOS MINISTROS DE

QUE LHE FOREM OUTORGADAS OU DELEGADAS PELO


PRESIDENTE DA REPÚBLICA

APRESENTAR AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA


RELATÓRIO ANUAL DE SUA GESTÃO NO MINISTÉRIO

EXPEDIR INSTRUÇÕES PARA A EXECUÇÃO DAS LEIS,


DECRETOS E REGULAMENTOS

EXERCER A ORIENTAÇÃO, COORDENAÇÃO E


SUPERVISÃO DOS ÓRGÃOS E ENTIDADES DA
ADMINISTRAÇÃO FEDERAL NA ÁREA DE SUA
COMPETÊNCIA E REFERENDAR OS ATOS E DECRETOS
ASSINADOS PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Conselho da República e Conselho de Defesa Nacional

Esses dois órgãos têm função consultiva, ou seja, manifestam-se, em


caráter opinativo, quando consultados pelo Presidente da República.

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Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre intervenção


federal, estado de defesa e estado de sítio, bem como sobre as questões
relevantes para a estabilidade das instituições democráticas. Já o Conselho de
Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos
relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático.

Do Conselho da República participam:

Membros do Conselho da República


• O Vice-Presidente da República
• O Presidente da Câmara dos Deputados
• O Presidente do Senado Federal
• Os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados
• Os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;
• O Ministro da Justiça
• Seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade,
sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado
Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de
três anos, vedada a recondução.

Os membros grifados com amarelo são, como você verá a seguir,


comuns ao Conselho da República e ao Conselho de Defesa Nacional.

Do Conselho de Defesa Nacional participam:

Membros do Conselho da Defesa Nacional


• O Vice-Presidente da República
• O Presidente da Câmara dos Deputados
• O Presidente do Senado Federal
• O Ministro da Justiça
• O Ministro de Estado da Defesa
• O Ministro das Relações Exteriores
• O Ministro do Planejamento
• Os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica

O art. 91, § 1º, CF/88, enumera as competências do Conselho de Defesa


Nacional:

 Opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz,


nos termos desta Constituição;
 Opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da
intervenção federal;

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 Propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à


segurança do território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente
na faixa de fronteira e nas relacionadas com a preservação e a exploração dos
recursos naturais de qualquer tipo;
 Estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas
necessárias a garantir a independência nacional e a defesa do Estado
democrático.

Dica: note os verbos usados para descrever as competências. Todos


demonstram o caráter opinativo do Conselho.

Responsabilização do Presidente da República

A Constituição Federal prevê a responsabilização do Presidente da


República pela prática de crimes de responsabilidade. Trata-se de infrações
político-administrativas cometidas no exercício do cargo cujas sanções
importam em vacância do cargo, ou seja, na saída do agente do cargo e sua
inabilitação por certo período de tempo para o exercício de funções públicas.

O artigo 85 da Constituição prevê que alguns atos do Presidente da


República configuram-se crimes de responsabilidade, conforme a tabela a
seguir:

A EXISTÊNCIA DA UNIÃO

O LIVRE EXERCÍCIO DO PODER LEGISLATIVO, DO


PODER JUDICIÁRIO, DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DOS
PODERES CONSTITUCIONAIS DAS UNIDADES DA
FEDERAÇÃO
CRIMES DE
RESPONSABILIDADE DO
PR - OS QUE ATENTAM O EXERCÍCIO DOS DIREITOS POLÍTICOS,
CONTRA A INDIVIDUAIS E SOCIAIS
CONSTITUIÇÃO E,
ESPECIALMENTE,
CONTRA

A SEGURANÇA INTERNA DO PAÍS

A PROBIDADE NA ADMINISTRAÇÃO

„ A competência para processar e julgar o Presidente da República nos


crimes de responsabilidade é do Senado Federal, após autorização da Câmara

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dos Deputados, por 2/3 de seus membros. No julgamento do Presidente da


República, funcionará como Presidente o do STF.

Qualquer cidadão tem legitimidade para oferecer acusação contra o


Presidente da República à Câmara dos Deputados pela prática de crime de
responsabilidade. Nesse caso, o exame da Câmara se fará por critérios
políticos, sendo assegurado ao Presidente da República o direito ao
contraditório e à ampla defesa.

Caso admitida a acusação pela Câmara, o Senado Federal estará


vinculado ao julgamento do Presidente da República, ou seja, este não
poderá decidir pelo não julgamento. Entretanto, da mesma forma que ocorre
na Câmara, o julgamento do Senado tem cunho político.

Instaurado o julgamento, o Presidente da República fica suspenso de


suas funções, retornando a elas em caso de absolvição ou de decurso do prazo
de cento e oitenta dias sem conclusão do julgamento, sem prejuízo do
regular andamento do processo.

A condenação do Presidente da República será proferida por 2/3 dos


membros do Senado Federal, em votação nominal aberta. Acarretará a
perda do cargo, com a inabilitação, por oito anos, para o exercício de função
pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis. A sentença será
formalizada por Resolução do Senado Federal.

No que se refere aos crimes comuns, a Constituição garante ao


Presidente da República algumas prerrogativas e imunidades processuais.

Primeiramente, a Carta Magna exige autorização prévia da Câmara


dos Deputados, por dois terços dos seus membros (art. 86, “caput”, CF) para
que o Presidente da República seja processado e julgado.

A segunda imunidade é a vedação à prisão do Presidente da República,


nas infrações penais comuns, enquanto não sobrevier sentença condenatória
(art. 86, § 3º, CF). Assim, o Presidente da República, ao contrário do que
ocorre com os parlamentares, não pode sofrer prisão em flagrante, em
nenhuma hipótese. Trata-se da chamada imunidade formal em relação à
prisão.

Finalmente, durante o seu mandato, o Presidente da República tem uma


relativa irresponsabilidade pela prática de atos estranhos ao exercício de suas
funções. Assim, o Chefe do Executivo só poderá ser responsabilizado, durante
seu mandato, pela prática de atos referentes à atividade presidencial. É a
chamada imunidade penal relativa.

Essa última imunidade só se aplica a infrações de natureza penal. Assim,


pode haver apuração, durante o mandato do Presidente da República, de
responsabilidade civil, administrativa, fiscal ou tributária.

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Destaca-se que, segundo o STF, tanto a imunidade formal em relação à


prisão quanto a imunidade penal relativa não se estendem aos Governadores
do Estado e do Distrito Federal e nem aos Prefeitos por atos normativos
próprios (editados por esses entes federativos). Isso porque somente a Corte
pode, por reserva constitucional, legislar sobre prisão.

Os processos referentes a crimes comuns praticados pelo Presidente da


República são julgados pelo STF. Entretanto, diferentemente do que ocorre nos
casos de crime de responsabilidade, a autorização da Câmara não vincula o
STF, podendo o Tribunal rejeitar a denúncia ou queixa-crime.

Caso o STF receba a denúncia ou queixa-crime, o Presidente da


República ficará suspenso de suas funções pelo prazo máximo de cento e
oitenta dias, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo (art.86, §
1º, CF).

É importante destacar que o STF também tem competência para julgar o


Presidente da República em algumas ações civis, como o mandado de
segurança é o “habeas data”. No caso da ação popular, entretanto, por falta de
previsão constitucional, não é de competência da Corte Suprema o julgamento
da ação.

Terminamos a teoria da aula de hoje! É hora de resolvermos muitos


exercícios!

5. (Cespe/2012/Câmara dos Deputados) O presidente da República


só pode ser processado, pela prática de infrações penais comuns ou
crimes de responsabilidade, após juízo de admissibilidade por dois
terços dos membros da Câmara dos Deputados.

Comentários:

É o que determina o art. 86, “caput”, da Constituição Federal. Questão


correta.

6. (Cespe/2012/TJ-RR) Compete ao Senado Federal processar e


julgar originariamente o presidente da República nas infrações penais
comuns.

Comentários:

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Trata-se de competência do STF (art. 86, “caput”, CF). Questão correta.

7. (Cespe/2012/MP-PI) No caso de infrações penais comuns,


admitida a acusação contra o presidente da República, desde que por
maioria absoluta pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal,
será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.

Comentários:

Nesse caso, a autorização se dá por dois terços dos membros da Câmara


dos Deputados. Questão incorreta.

8. (Cespe/2013/TRE-MS) A prática de crimes comuns e de


responsabilidade pelo presidente da República enseja o processo e o
julgamento pelo Senado Federal, após autorização da Câmara dos
Deputados.

Comentários:

Os crimes de responsabilidade cometidos pelo Presidente da República


são, de fato, julgados pelo Senado Federal, após autorização da Câmara dos
Deputados. Por sua vez, os crimes comuns são julgados pelo STF, sendo esse
o erro do enunciado. Questão incorreta.

9. (Cespe/2012/MP-RR) Compete ao presidente da República, na


condição de chefe de Estado, celebrar tratados, convenções e atos
internacionais, condicionados à prévia aprovação do Congresso
Nacional.

Comentários:

Os tratados, convenções e atos internacionais não dependem de prévia


aprovação do Legislativo para sua celebração. Versa o art. 84, VIII, da
Constituição que eles se sujeitam a referendo do Congresso Nacional. Questão
incorreta.

10. (Cespe/2010/TRE-MT) Tanto as tarefas de chefe de Estado como


as de chefe de governo integram o rol de competências privativas do
presidente da República.

Comentários:

O Poder Executivo é personificado pelo Presidente da República, que


acumula as funções de Chefe de Governo e Chefe de Estado. Questão correta.

11. (Cespe/2010/TRE-MT) A eleição do presidente da República


ocorre pelo sistema majoritário puro (ou simples ), no qual será

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considerado eleito o candidato que obtiver a maioria absoluta de


votos, aí computados os votos em branco e os nulos.

Comentários:

O art. 77, “caput”, da Constituição Federal, determina que a eleição do


Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente,
no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último
domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do
término do mandato presidencial vigente. Com isso, determina que à eleição
para esses cargos aplica-se o sistema majoritário de dois turnos, pelo qual
o candidato só se elege pela maioria absoluta dos votos, que, não sendo obtida
no primeiro turno, será garantida em um segundo turno. Esse é o primeiro
erro do enunciado. Outro erro da questão é que os votos em branco e os nulos
não são computados (art. 77, § 2º, CF). Questão incorreta.

12. (Cespe/2010/TRE-BA) Na eleição do presidente e do vice-


presidente da República, se nenhum candidato alcançar maioria
absoluta na primeira votação, deve ser feita nova eleição, concorrendo
os dois candidatos mais votados. Se, antes de realizado o segundo
turno, ocorrer a morte de candidato, deverão ser convocadas novas
eleições.

Comentários:

Estabelece a Constituição que:

Art. 77, § 3º - Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta


na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias
após a proclamação do resultado, concorrendo os dois
candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que
obtiver a maioria dos votos válidos.

§ 4º - Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte,


desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-
á, dentre os remanescentes, o de maior votação.

Portanto, caso, antes de realizado o segundo turno, ocorra a morte de


candidato, convocar-se-á, para participação no segundo turno, o de maior
votação entre os restantes. O erro do enunciado é afirmar que, nesse caso,
deveriam ser convocadas novas eleições. Questão incorreta.

13. (Cespe/2010/TRE-MT) O cargo de presidente será declarado


vago, se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o presidente
ou o vice-presidente, salvo por motivo de força maior, não tiver
assumido o cargo.

Comentários:

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Estabelece o parágrafo único do art. 78 da Constituição que se,


decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-
Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este
será declarado vago. Questão correta.

14. (Cespe/2010/ABIN) Em caso de impedimento do presidente da


República, ou vacância do respectivo cargo, serão sucessivamente
chamados ao exercício da Presidência da República o presidente da
Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do STF.

Comentários:

O art. 79, “caput”, da Constituição, determina que substituirá o


Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-
Presidente. Complementando esse dispositivo, reza o art. 80 da Carta Magna
que em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância
dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da
Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o
do Supremo Tribunal Federal.

Vice- Presidente Presidente Presidente


PR Presidente da CD do SF do STF

O erro do enunciado foi ter omitido o Vice-Presidente da linha de


sucessão. Questão incorreta.

15. (Cespe/2010/MPS) Em caso de impedimento do presidente e do


vice-presidente da República, ou de vacância dos respectivos cargos,
serão sucessivamente chamados ao exercício da presidência o
presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do
Supremo Tribunal Federal.

Comentários:

É o que determina o art. 79, “caput”, da Constituição Federal. Questão


correta.

16. (Cespe/2010/MPS) Na hipótese de vacância dos cargos de


presidente e de vice-presidente da República nos últimos dois anos do

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mandato presidencial, deve ser realizada nova eleição direta no prazo


de noventa dias, contado a partir da abertura da última vaga.

Comentários:

Veja o que determina a Constituição:

Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da


República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a
última vaga.

§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período


presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta
dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na
forma da lei.

O enunciado apresenta dois erros. O primeiro deles se refere ao prazo: a


eleição será feita trinta dias após a abertura da última vaga. O segundo,
refere-se à modalidade da eleição: trata-se de uma hipótese de eleição
indireta, realizada pelo Congresso Nacional. Questão incorreta.

17. (Cespe/2010/TCE-BA) Havendo vacância dos cargos de


presidente e de vice-presidente da República nos dois primeiros anos
do mandato, deverá ser realizada eleição noventa dias depois de
aberta a última vaga, mas, se a vacância ocorrer nos últimos dois anos
do mandato, a eleição para ambos os cargos será feita de forma
indireta, pelo Congresso Nacional, trinta dias depois de aberta a última
vaga.

Comentários:

É o que determina o art. 81 da Constituição Federal. Questão correta.

18. (Cespe/2010/MPS) O presidente e o vice-presidente da República


não podem, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do país
por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.

Comentários:

É isso mesmo! Dispõe a Constituição que:

Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não


poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do
País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do
cargo.

Questão correta.

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19. (Cespe/2010/TRE-MT) O presidente da República e o vice-


presidente somente podem ausentar-se do país com licença do
Congresso Nacional, sob pena de perda do cargo.

Comentários:

A licença do Congresso Nacional só é necessária quando a ausência se


der por período superior a quinze dias, conforme o art. 83 da Constituição
Federal. Questão incorreta.

20. (Cespe/OAB/2010) O presidente da República pode escolher e


nomear livremente os ministros de Estado, com exceção do ministro
das Relações Exteriores, cuja indicação deve ser aprovada pelo Senado
Federal, assim como ocorre com os candidatos ao cargo de
embaixador.

Comentários:

Segundo o art. 84, I, da Constituição, compete ao Presidente da


República nomear os Ministros de Estado. Não há exceções a essa regra.
Questão incorreta.

21. (Cespe/2010/OAB) Os ministros de Estado são nomeados


livremente pelo presidente da República, podendo o Congresso
Nacional, por deliberação da maioria absoluta de seus membros,
exonerá-los a qualquer tempo.

Comentários:

De acordo com o art. 84, I, da Carta Magna, compete privativamente ao


Presidente da República nomear e exonerar os Ministros de Estado. Não cabe,
portanto, ao Congresso Nacional, fazê-lo. Questão incorreta.

22. (Cespe/2011/TRF 5ª Região) O presidente da República detém


competência privativa tanto para decretar o estado de defesa e o
estado de sítio quanto para suspender essas medidas.

Comentários:

De fato, o Presidente da República detém competência privativa para


decretar o estado de defesa e o estado de sítio (art. 84, IX, CF). Entretanto, a
competência para suspender essas medidas é exclusiva do Congresso
Nacional, conforme art. 49, IV, da Constituição Federal. Questão incorreta.

23. (Cespe/2010/OAB) A nomeação, pelo presidente da República,


do Advogado-Geral da União depende da prévia aprovação do Senado
Federal, que o fará em escrutínio secreto.

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Comentários:

De fato, compete ao Presidente da República nomear o Advogado-Geral


da União (art. 84, XVI, CF). Entretanto, diferentemente do que diz o
enunciado, não há necessidade de prévia autorização do Senado Federal para
isso, por falta de previsão constitucional nesse sentido. Esse entendimento é
reforçado no art. 131, § 1º, da Constituição, que dispõe que o Advogado-Geral
da União é de livre nomeação pelo Presidente da República. Questão incorreta.

24. (Cespe/2010/ANEEL) O presidente da República não dispõe de


competência constitucional para conceder indulto, por se tratar de
competência exclusiva do Poder Judiciário.

Comentários:

Determina o art. 84, XII, da Constituição que compete privativamente ao


Presidente da República conceder indulto e comutar penas, com audiência, se
necessário, dos órgãos instituídos em lei. Questão incorreta.

25. (Cespe/2010/BRB – Advogado) Constituem competências


privativas do presidente da República decretar e executar intervenção
federal e exercer o comando supremo das Forças Armadas.

Comentários:

É o que determina o art. 84, incisos X e XIII, da Carta Magna. Questão


correta.

26. (Cespe/2010/TRE-MT) Cabe ao presidente da República, com a


prévia anuência do Congresso Nacional, decretar e executar a
intervenção federal, nas hipóteses previstas em lei.

Comentários:

Segundo a Constituição, compete privativamente ao Presidente da


República decretar e executar a intervenção federal (art. 84, X, CF). Caberá ao
Congresso Nacional, após o decreto de intervenção federal, aprová-la (art. 49,
IV, CF). Note que não se trata de autorização prévia do Poder Legislativo, mas
de aprovação posterior. Questão incorreta.

27. (Cespe/2011/STM) O presidente da República pode dispor,


mediante decreto, sobre a organização e o funcionamento da
administração federal, promovendo a extinção de funções ou cargos
públicos que julgar desnecessários e inconvenientes para o serviço
público.

Comentários:

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Segundo o art. 84, VI, da Constituição, compete privativamente ao


Presidente da República dispor, mediante decreto, sobre extinção de funções
ou cargos públicos, quando vagos. Questão incorreta.

28. (Cespe/2010/MPS) Compete privativamente ao presidente da


República dispor, mediante decreto autônomo, sobre a organização e o
funcionamento da administração federal, especialmente no que
concerne à criação ou extinção de órgãos públicos.

Comentários:

Como dissemos, segundo o art. 84, VI, da Constituição, compete


privativamente ao Presidente da República dispor, mediante decreto, sobre
extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. Questão incorreta.

29. (Cespe/2011/TJ-ES) As competências privativas atribuídas ao


presidente da República pelo texto constitucional não podem, pela sua
natureza, em nenhuma hipótese, ser objeto de delegação.

Comentários:

Em regra, as atribuições do Presidente da República são indelegáveis,


só podendo ser exercidas pelo Presidente da República ou por quem o
substituir ou suceder. Entretanto, o parágrafo único do art. 84 permite que o
Presidente delegue algumas atribuições aos Ministros de Estado, ao
Procurador-Geral da República e ao Advogado-Geral da União:

Inciso do Atribuição delegável


art. 84, CF
VI Dispor, mediante decreto, sobre organização e funcionamento
da administração federal, quando não implicar aumento de
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos e extinção
de funções ou cargos públicos, quando vagos.
XII Conceder indulto e comutar penas, com audiência, se
necessário, dos órgãos instituídos em lei.
XXV PROVER os cargos públicos federais, na forma da lei.

Questão incorreta.

30. (Cespe/2013/TRE-MS) A concessão de indulto e a comutação de


penas são atividades privativas do presidente da República, não
podendo ser delegadas.

Comentários:

Trata-se de atividades delegáveis, por força do parágrafo único do art.


84 da Constituição. Questão incorreta.

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31. (Cespe/2010/TRE-MT) As atribuições privativas do presidente da


República encontram-se demarcadas no texto constitucional, que não
admite serem elas objeto de delegação.

Comentários:

Como vimos, o parágrafo único do art. 84 estabelece algumas hipóteses


em que é possível, excepcionalmente, a delegação de atribuições privativas do
Presidente da República. Questão incorreta.

32. (Cespe/2011/TCU) A competência do presidente da República


para conceder indulto pode ser delegada a alguns ministros de Estado.

Comentários:

A competência para conceder indulto, de fato, pode ser delegada aos


Ministros de Estado, conforme disposição do parágrafo único do art. 84 da
Carta Magna. Questão correta.

33. (Cespe/2010/TRE-MT) De acordo com a CF, o presidente da


República poderá delegar a atribuição de conferir condecorações e
distinções honoríficas.

Comentários:

De fato, compete privativamente ao Presidente da República conferir


condecorações e distinções honoríficas. Entretanto, por falta de previsão no
parágrafo único do art. 84 da Constituição, essa atribuição não é delegável.
Questão incorreta.

34. (Cespe/2010/TRT 1ª Região) A CF admite a possibilidade de o


advogado-geral da União conceder indulto e comutar penas, com
audiência dos órgãos instituídos em lei, se necessário.

Comentários:

Trata-se de atribuição delegável do Presidente da República, conforme o


parágrafo único do art. 84 da Constituição. Questão correta.

35. (Cespe/2010/TCE-BA) O presidente da República pode dispor,


mediante decreto, sobre a organização da administração federal,
quando a disposição não implicar aumento de despesa nem criação ou
extinção de órgãos públicos.

Comentários:

É o que determina o art. 84, VI, da Constituição Federal. Questão


correta.

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36. (Cespe/2010/TRT 21ª Região) A Constituição Federal de 1988


concede ao presidente da República a prerrogativa de celebrar
tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do
Congresso Nacional.

Comentários:

É isso mesmo! De acordo com o art. 84, VIII, da Constituição Federal,


compete privativamente ao Presidente da República celebrar tratados,
convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional.
Questão correta.

37. (Cespe/2011/TJ-ES) Em que pese a existência do princípio da


legalidade, é possível, perante a CF, que o chefe do Poder Executivo,
mediante decreto, extinga órgãos, funções ou cargos públicos na
administração direta do Poder Executivo.

Comentários:

O art. 84, VI, da CF/88 prevê hipóteses de edição de decreto


autônomo. Esses atos, por serem primários, têm a mesma hierarquia das leis
formais, situando-se logo abaixo da Constituição. Submetem-se, por isso, ao
controle de constitucionalidade por Ação Direta de Inconstitucionalidade
genérica, segundo o STF (ADI 3.232, Rel. Min. Cezar Peluso, DJE de
03.10.2008).

Dentre as hipóteses previstas para a edição de decreto autônomo pelo


Presidente da República, está a de dispor sobre a organização e funcionamento
da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem
criação ou extinção de órgãos públicos. Questão incorreta.

38. (Cespe/2010/TRE-MT) Nos crimes de responsabilidade, uma vez


admitida a acusação contra o presidente da República por um terço da
Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o
STF.

Comentários:

O julgamento do Presidente da República pela prática de crime de


responsabilidade é de competência do Senado Federal. Fundamento: art. 86,
“caput”, CF. Questão incorreta.

39. (Cespe/2010/TRT 21ª Região) O presidente da República


somente pode ser processado, seja por crime comum, seja por crime
de responsabilidade, após o juízo de admissibilidade da Câmara dos
Deputados, que necessita do voto de dois terços de seus membros
para autorizar o processo.

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Comentários:

De fato, a autorização da Câmara dos Deputados se dá por dois terços


de seus membros. Admitida a acusação, será o Presidente da República
submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações
penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade
(art. 86, “caput”, CF). Questão correta.

40. (Cespe/2010/TRT 21ª Região) Admitida a acusação contra o


presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados,
será ele submetido a julgamento perante o STF, nas infrações penais
comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.

Comentários:

É o que determina o art. 86 da Constituição Federal (art. 86, “caput”,


CF). Questão correta.

41. (Cespe/2009/OAB) O presidente da República somente poderá


ser processado e julgado, nas infrações penais comuns, perante o STF,
com a prévia anuência do Senado Federal.

Comentários:

Nesse caso, há necessidade de prévia anuência da Câmara dos


Deputados, por dois terços dos seus membros (art. 86, “caput”, CF). Questão
incorreta.

42. (Cespe/2009/Banco Central) As infrações penais praticadas pelo


presidente da República durante a vigência do mandato, sem qualquer
relação com a função presidencial, serão objeto de imediata
“persecutio criminis”.

Comentários:

Pelo contrário! , Durante o seu mandato, o Presidente da República tem


uma relativa irresponsabilidade pela prática de atos estranhos ao exercício de
suas funções (art. 86, § 4º, CF). Assim, o Chefe do Executivo só poderá ser
responsabilizado, durante seu mandato, pela prática de atos referentes à
atividade presidencial. É a chamada imunidade penal relativa.

O examinador “trocou as bolas” para confundir você. O Presidente ficará


suspenso de suas atribuições, nas infrações penais comuns, se recebida a
denúncia ou queixa-crime pelo STF. Questão incorreta.

43. (Cespe/2011/TRF 5ª Região) Nos crimes comuns, o presidente


da República será processado e julgado pelo STF somente após ser
declarada procedente a acusação por parte da Câmara dos Deputados,

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circunstância que não impede a instauração de inquérito policial e o


oferecimento da denúncia.

Comentários:

É isso mesmo. Questão correta.

44. (Cespe/2010/TRE-BA) Nos crimes comuns, o presidente da


República não está sujeito à prisão enquanto não for proferida
sentença condenatória.

Comentários:

Veja o que determina a Constituição:

Art. 86, § 3º - Enquanto não sobrevier sentença condenatória,


nas infrações comuns, o Presidente da República não estará
sujeito a prisão.

Trata-se da denominada imunidade formal em relação à prisão do


Presidente da República. Questão correta.

45. (Cespe/2008/STF) A ação popular contra o Presidente da


República deve ser julgada pelo STF.

Comentários:

O rol de competências do STF previsto no art. 102 da Constituição é


exaustivo. Por falta de previsão constitucional, não cabe à Corte Suprema
Julgar ação popular contra o Chefe do Executivo. Questão incorreta.

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Lista de Questões

1. (Cespe/2013/TRE-MS) A eleição do presidente da República,


simultaneamente com a do vice-presidente, é feita mediante voto
direto e secreto, pelo sistema de representação proporcional, sendo
realizada nos estados, nos territórios e no Distrito Federal.

2. (Cespe/2012/DPF) Como são irrenunciáveis, todas as atribuições


privativas do presidente da República previstas no texto constitucional
não podem ser delegadas a outrem.

3. (Cespe/2012/Câmara dos Deputados) No exercício do poder


regulamentar, compete ao presidente da República dispor, mediante
decreto, sobre a criação e a extinção de órgãos, funções e cargos
públicos, quando tal ato não implicar aumento de despesa.

4. (Cespe/2013/TRE-MS) O poder regulamentar é inerente e


privativo ao chefe do Poder Executivo.

5. (Cespe/2012/Câmara dos Deputados) O presidente da República


só pode ser processado, pela prática de infrações penais comuns ou
crimes de responsabilidade, após juízo de admissibilidade por dois
terços dos membros da Câmara dos Deputados.

6. (Cespe/2012/TJ-RR) Compete ao Senado Federal processar e


julgar originariamente o presidente da República nas infrações penais
comuns.

7. (Cespe/2012/MP-PI) No caso de infrações penais comuns,


admitida a acusação contra o presidente da República, desde que por
maioria absoluta pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal,
será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.

8. (Cespe/2013/TRE-MS) A prática de crimes comuns e de


responsabilidade pelo presidente da República enseja o processo e o
julgamento pelo Senado Federal, após autorização da Câmara dos
Deputados.

9. (Cespe/2012/MP-RR) Compete ao presidente da República, na


condição de chefe de Estado, celebrar tratados, convenções e atos
internacionais, condicionados à prévia aprovação do Congresso
Nacional.

10. (Cespe/2010/TRE-MT) Tanto as tarefas de chefe de Estado como


as de chefe de governo integram o rol de competências privativas do
presidente da República.

11. (Cespe/2010/TRE-MT) A eleição do presidente da República


ocorre pelo sistema majoritário puro (ou simples), no qual será

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considerado eleito o candidato que obtiver a maioria absoluta de


votos, aí computados os votos em branco e os nulos.

12. (Cespe/2010/TRE-BA) Na eleição do presidente e do vice-


presidente da República, se nenhum candidato alcançar maioria
absoluta na primeira votação, deve ser feita nova eleição, concorrendo
os dois candidatos mais votados. Se, antes de realizado o segundo
turno, ocorrer a morte de candidato, deverão ser convocadas novas
eleições.

13. (Cespe/2010/TRE-MT) O cargo de presidente será declarado


vago, se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o presidente
ou o vice-presidente, salvo por motivo de força maior, não tiver
assumido o cargo.

14. (Cespe/2010/ABIN) Em caso de impedimento do presidente da


República, ou vacância do respectivo cargo, serão sucessivamente
chamados ao exercício da Presidência da República o presidente da
Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do STF.

15. (Cespe/2010/MPS) Em caso de impedimento do presidente e do


vice-presidente da República, ou de vacância dos respectivos cargos,
serão sucessivamente chamados ao exercício da presidência o
presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do
Supremo Tribunal Federal.

16. (Cespe/2010/MPS) Na hipótese de vacância dos cargos de


presidente e de vice-presidente da República nos últimos dois anos do
mandato presidencial, deve ser realizada nova eleição direta no prazo
de noventa dias, contado a partir da abertura da última vaga.

17. (Cespe/2010/TCE-BA) Havendo vacância dos cargos de


presidente e de vice-presidente da República nos dois primeiros anos
do mandato, deverá ser realizada eleição noventa dias depois de
aberta a última vaga, mas, se a vacância ocorrer nos últimos dois anos
do mandato, a eleição para ambos os cargos será feita de forma
indireta, pelo Congresso Nacional, trinta dias depois de aberta a última
vaga.

18. (Cespe/2010/MPS) O presidente e o vice-presidente da


República não podem, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se
do país por período superior a quinze dias, sob pena de perda do
cargo.

19. (Cespe/2010/TRE-MT) O presidente da República e o vice-


presidente somente podem ausentar-se do país com licença do
Congresso Nacional, sob pena de perda do cargo.

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20. (Cespe/OAB/2010) O presidente da República pode escolher e


nomear livremente os ministros de Estado, com exceção do ministro
das Relações Exteriores, cuja indicação deve ser aprovada pelo Senado
Federal, assim como ocorre com os candidatos ao cargo de
embaixador.

21. (Cespe/2010/OAB) Os ministros de Estado são nomeados


livremente pelo presidente da República, podendo o Congresso
Nacional, por deliberação da maioria absoluta de seus membros,
exonerá-los a qualquer tempo.

22. (Cespe/2011/TRF 5ª Região) O presidente da República detém


competência privativa tanto para decretar o estado de defesa e o
estado de sítio quanto para suspender essas medidas.

23. (Cespe/2010/OAB) A nomeação, pelo presidente da República,


do Advogado-Geral da União depende da prévia aprovação do Senado
Federal, que o fará em escrutínio secreto.

24. (Cespe/2010/ANEEL) O presidente da República não dispõe de


competência constitucional para conceder indulto, por se tratar de
competência exclusiva do Poder Judiciário.

25. (Cespe/2010/BRB – Advogado) Constituem competências


privativas do presidente da República decretar e executar intervenção
federal e exercer o comando supremo das Forças Armadas.

26. (Cespe/2010/TRE-MT) Cabe ao presidente da República, com a


prévia anuência do Congresso Nacional, decretar e executar a
intervenção federal, nas hipóteses previstas em lei.

27. (Cespe/2011/STM) O presidente da República pode dispor,


mediante decreto, sobre a organização e o funcionamento da
administração federal, promovendo a extinção de funções ou cargos
públicos que julgar desnecessários e inconvenientes para o serviço
público.

28. (Cespe/2010/MPS) Compete privativamente ao presidente da


República dispor, mediante decreto autônomo, sobre a organização e o
funcionamento da administração federal, especialmente no que
concerne à criação ou extinção de órgãos públicos.

29. (Cespe/2011/TJ-ES) As competências privativas atribuídas ao


presidente da República pelo texto constitucional não podem, pela sua
natureza, em nenhuma hipótese, ser objeto de delegação.

30. (Cespe/2013/TRE-MS) A concessão de indulto e a comutação de


penas são atividades privativas do presidente da República, não
podendo ser delegadas.

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31. (Cespe/2010/TRE-MT) As atribuições privativas do presidente


da República encontram-se demarcadas no texto constitucional, que
não admite serem elas objeto de delegação.

32. (Cespe/2011/TCU) A competência do presidente da República


para conceder indulto pode ser delegada a alguns ministros de Estado.

33. (Cespe/2010/TRE-MT) De acordo com a CF, o presidente da


República poderá delegar a atribuição de conferir condecorações e
distinções honoríficas.

34. (Cespe/2010/TRT 1ª Região) A CF admite a possibilidade de o


advogado-geral da União conceder indulto e comutar penas, com
audiência dos órgãos instituídos em lei, se necessário.

35. (Cespe/2010/TCE-BA) O presidente da República pode dispor,


mediante decreto, sobre a organização da administração federal,
quando a disposição não implicar aumento de despesa nem criação ou
extinção de órgãos públicos.

36. (Cespe/2010/TRT 21ª Região) A Constituição Federal de 1988


concede ao presidente da República a prerrogativa de celebrar
tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do
Congresso Nacional.

37. (Cespe/2011/TJ-ES) Em que pese a existência do princípio da


legalidade, é possível, perante a CF, que o chefe do Poder Executivo,
mediante decreto, extinga órgãos, funções ou cargos públicos na
administração direta do Poder Executivo.

38. (Cespe/2010/TRE-MT) Nos crimes de responsabilidade, uma vez


admitida a acusação contra o presidente da República por um terço da
Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o
STF.

39. (Cespe/2010/TRT 21ª Região) O presidente da República


somente pode ser processado, seja por crime comum, seja por crime
de responsabilidade, após o juízo de admissibilidade da Câmara dos
Deputados, que necessita do voto de dois terços de seus membros
para autorizar o processo.

40. (Cespe/2010/TRT 21ª Região) Admitida a acusação contra o


presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados,
será ele submetido a julgamento perante o STF, nas infrações penais
comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.

41. (Cespe/2009/OAB) O presidente da República somente poderá


ser processado e julgado, nas infrações penais comuns, perante o STF,
com a prévia anuência do Senado Federal.

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42. (Cespe/2009/Banco Central) As infrações penais praticadas pelo


presidente da República durante a vigência do mandato, sem qualquer
relação com a função presidencial, serão objeto de imediata
“persecutio criminis”.

43. (Cespe/2011/TRF 5ª Região) Nos crimes comuns, o presidente


da República será processado e julgado pelo STF somente após ser
declarada procedente a acusação por parte da Câmara dos Deputados,
circunstância que não impede a instauração de inquérito policial e o
oferecimento da denúncia.

44. (Cespe/2010/TRE-BA) Nos crimes comuns, o presidente da


República não está sujeito à prisão enquanto não for proferida
sentença condenatória.

45. (Cespe/2008/STF) A ação popular contra o Presidente da


República deve ser julgada pelo STF.

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