Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
(47) 3349-2482
www.inbraep.com.br
Módulo: COMPLEMENTAR
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................... 5
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 6
2 ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - SEP ...................................... 8
2.1 Estrutura de um Sistema Elétrico de Potência ............................................................... 9
2.1.1 A distribuição de energia ....................................................................................... 10
2.1.2 Redes de Energia Elétrica ..................................................................................... 11
2.1.3 As linhas (redes) de transmissão........................................................................... 12
2.1.4 Subestações de transmissão ................................................................................. 12
2.1.5 O sistema físico de distribuição (redes de energia elétrica urbanas) ..................... 13
2.1.6 As redes de distribuição ........................................................................................ 13
2.1.7 Subestação de distribuição .................................................................................... 15
2.1.8 Transformador de distribuição ............................................................................... 16
2.2 Características do Sistema Elétrico Brasileiro .............................................................. 16
2.2.1Sistema Interligado Nacional - SIN ......................................................................... 17
2.2.2 Transmissão de Energia Elétrica no Brasil ............................................................ 17
2.2.3 Sistemas de Distribuição no Brasil ........................................................................ 17
2.3 Características dos Sistemas Elétricos de Potência .................................................... 18
2.3.1 Representação do Sistema Elétrico ....................................................................... 19
3 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ....................................................................................... 24
3.1 Programação e Planejamento dos Serviços ................................................................ 24
3.2 Trabalho em Equipe ..................................................................................................... 24
3.3 Prontuário e Cadastro das Instalações ........................................................................ 25
3.4 Métodos de Trabalho ................................................................................................... 26
3.4.1 Definição e Objetivos ............................................................................................. 26
3.5 Comunicação ............................................................................................................... 26
4 ASPECTOS COMPORTAMENTAIS ................................................................................... 27
4.1 Comportamento Seguro ............................................................................................... 27
4.1.1 Aspectos individuais .............................................................................................. 27
5 CONDIÇÕES IMPEDITIVAS PARA SERVIÇOS ................................................................ 29
6 RISCOS TÍPICOS NO SEP E SUA PREVENÇÃO ............................................................. 30
6.1 Proximidade e Contatos com Partes Energizadas ....................................................... 30
6.2 Indução Eletromagnética .............................................................................................. 31
6.3 Descargas Atmosféricas .............................................................................................. 32
6.3.1 Descarga atmosférica transversal ......................................................................... 33
6.3.2 Descarga atmosférica longitudinal ......................................................................... 33
6.4 Estática ........................................................................................................................ 33
6.5 Campos elétricos e Magnéticos ................................................................................... 34
6.6 Trabalhos em Altura, máquinas e equipamentos especiais ......................................... 35
6.6.1 Procedimentos ....................................................................................................... 36
6.6.2 Escadas ................................................................................................................. 37
6.6.3 Cesta Aérea ........................................................................................................... 39
6.6.4 Máquinas e Equipamentos Especiais .................................................................... 40
7 TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO NO SEP ................................................................... 42
7.1 Conceitos Básicos ........................................................................................................ 42
7.1.1 Perigo .................................................................................................................... 42
APRESENTAÇÃO
O Curso tem como objetivo atender as exigências do novo texto da Norma Regulamentadora
nº 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. Conforme a NR-10, que foi publicada
na Portaria 508, de 29 de abril de 2016, e estabelece diretrizes básicas para implantação de medidas
de controle e sistemas preventivos de segurança e saúde, de forma a garantir a segurança dos
trabalhadores que, direta ou indiretamente, interagem em instalações elétricas e serviços com
eletricidade.
Deste modo, a NR-10 possui uma área de aplicação bastante abrangente, desde indústrias e
instalações comerciais, até mesmo instalações residenciais, em que o profissional atuante na área
de eletricidade deverá estar capacitado e orientado a seguir os itens da norma aplicados à sua
função.
As fases de aplicação da NR-10 se estendem desde a geração, transmissão até distribuição
de consumo de eletricidade, incluindo-se etapas de projeto, de construção, de montagem, de
operação e de manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados em suas
proximidades.
O curso da NR-10 apresentado capacitará os participantes para prevenção, controle e
medidas a serem tomadas em acidentes com eletricidade, atendendo ao novo texto da NR-10,
credenciando-os para a execução de trabalhos em instalações elétricas.
1 INTRODUÇÃO
A energia elétrica, desde a sua descoberta, sempre ocupou lugar de destaque, tendo em vista
a dependência da qualidade de vida e do progresso econômico da qualidade dos serviços elétricos
que, por sua vez, dependem de como as empresas de eletricidade projetam, operam e mantêm os
sistemas elétricos de potência.
Pode-se observar que, em 2009, o Brasil apresentou uma matriz de geração elétrica de
origem predominantemente renovável, sendo que a geração interna hidráulica responde por
montante superior a 76% da oferta.
Segundo a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), a capacidade instalada no Brasil
em 2010 chegou a 112.398,49 Megawatts (MW) provenientes de 2.336 usinas hidrelétricas,
termelétricas, eólicas, nucleares, pequenas centrais hidrelétricas e centrais geradoras hidrelétricas. O
crescimento da potência em relação a 2009 foi de 5,7%. Nos últimos 10 anos, o acréscimo foi de
50,1%.
O atendimento dos aspectos de simultaneidade de produção e consumo, exigindo instalações
dimensionadas para a ponta de carga e a longa distância entre os locais de geração e os centros
consumidores pode ser traduzido pela necessária existência de um sistema de transmissão e de
distribuição longos e complexos, apoiados por uma estrutura de instalações e equipamentos que,
além de representarem importantes investimentos, exigem ações permanentes de planejamento, de
operação e de manutenção, e estão como qualquer produto tecnológico sujeito a falhas.
O sistema de distribuição de energia é aquele que se confunde com a própria topografia das
cidades, ramificado ao longo de ruas e avenidas para conectar fisicamente o sistema de transmissão,
ou mesmo unidades geradoras de médio e pequeno porte, aos consumidores finais da energia
elétrica.
Assim como ocorre com o sistema de transmissão, a distribuição é também composta por fios
condutores, transformadores e equipamentos diversos de medição, controle e proteção das redes
elétricas. Todavia, de forma bastante distinta do sistema de transmissão, o sistema de distribuição é
muito mais extenso e ramificado, pois deve chegar aos domicílios e endereços de todos os seus
consumidores.
Pode-se dizer, por fim, que o setor de distribuição é um dos mais regulados e fiscalizados do
setor elétrico; além de prestar serviço público sob contrato com o órgão regulador do setor, a
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a própria Agência edita Resoluções, Portarias e
outras normas para o funcionamento adequado do setor de Distribuição, sendo muito rigorosa com
sua fiscalização. Um exemplo são os Procedimentos de Distribuição (Prodist), o qual dispõe
disciplinas, condições, responsabilidades e penalidades relativas à conexão, planejamento da
expansão, operação e medição da energia elétrica. O Prodist, ainda, estabelece critérios e
indicadores de qualidade para consumidores e produtores, distribuidores e agentes importadores e
exportadores de energia.
Outro referencial para o setor de distribuição é a Resolução 414 de 2010, a qual elucida, tanto
para consumidores quanto para os demais agentes do setor, o que é a distribuição, conceitos-chave
e normas de funcionamento, cobrança, atendimento, etc.
Desde a descoberta da eletricidade até os dias de hoje, ainda não foi possível transmitir a
energia elétrica pelo ar, ao menos não de forma economicamente viável. Desse modo, há a
necessidade de encaminhar a energia gerada nas usinas, sejam elas térmicas, hidráulicas, termo-
nucleares, eólicas, solares, etc., até os centros urbanos - onde, em sua maioria, a energia elétrica
será consumida. É, portanto, a partir desse ponto que surge a necessidade de construção das redes
de energia elétrica – do contrário, não haveria como a energia gerada chegar ao seu destino final.
Ao sair das usinas e seus geradores, a eletricidade é transportada através de cabos aéreos,
ou seja, cabos visíveis por não estarem enterrados, sendo revestidos por camadas isolantes e
fixados em grandes (e altas) torres de metal. Chamamos a todo esse conjunto de cabos e torres,
portanto, de rede de transmissão de energia elétrica. As Transmissoras de energia costumam
administrar as Linhas de Transmissão com as maiores voltagens; contudo, há também redes de
menor voltagem dentro das próprias distribuidoras de energia elétrica, isso para permitir que as
distribuidoras possam levar a energia de voltagens menores e mais seguras aos clientes de sua área
de concessão.
No Brasil, as linhas de transmissão são classificadas de acordo com o nível de tensão de sua
operação, mensurado em Kilo Volt (kV - milhares de Volts). Para cada faixa de tensão, existe um
código que representa todo um conjunto de linhas de transmissão de mesma classe. São eles:
A3 – tensão de fornecimento de 69 kV
A elevação da tensão reduz a corrente elétrica que circula nas linhas de transmissão,
reduzindo assim, consideravelmente, as perdas elétricas inerentes ao transporte da energia. Dentro
da subestação de transmissão, o equipamento responsável tanto pela elevação como pela redução
da tensão elétrica é chamado de transformador.
Como supracitado o sistema de distribuição de energia é aquela rede de energia elétrica que
se confunde com a própria topografia das cidades, ramificado ao longo de ruas e avenidas para
conectar fisicamente o sistema de transmissão (ou mesmo unidades geradoras de médio e pequeno
porte, aos consumidores finais), que são majoritariamente os consumidores residenciais.
Assim como ocorre com o sistema de transmissão, a rede de energia elétrica da distribuição é
também composta por fios condutores, transformadores e equipamentos diversos de medição,
controle e proteção das redes elétricas. Todavia, de forma bastante distinta do sistema de
transmissão, o de distribuição é muito mais extenso e ramificado, pois deve chegar aos domicílios e
endereços de todos os seus consumidores.
As redes de distribuição são compostas por linhas de alta, média e baixa tensão.
As linhas de transmissão com tensão igual ou superior a 230 kV constituem a chamada rede
básica. Apesar de algumas transmissoras também possuírem linhas com tensão abaixo de 230 kV,
as chamadas Demais Instalações da Transmissão (DIT), grande parte das linhas de transmissão
com tensão entre 69 kV e 138 kV são de responsabilidade das empresas distribuidoras. Essas linhas
Curso NR-10 Complementar – SEP
Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 13
ABNT NBR INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE
16295:2014 ENSINO PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
são também conhecidas no setor como linhas de subtransmissão.
Além das redes de subtransmissão, as distribuidoras operam linhas de média e baixa tensão,
também chamadas de redes primária e secundária, respectivamente. As linhas de média tensão são
aquelas com tensão elétrica entre 2,3 kV e 44 kV, e são muito fáceis de serem vistas em ruas e
avenidas das grandes cidades, frequentemente compostas por três fios condutores aéreos
sustentados por cruzetas de madeira em postes de concreto.
As redes de baixa tensão, com tensão elétrica que pode variar entre 110 e 440 V, são
aquelas que, também afixadas nos mesmos postes de concreto que sustentam as redes de média
tensão, localizam-se a uma altura inferior. As redes de baixa tensão levam energia elétrica até as
residências e pequenos comércios/indústrias por meio dos chamados ramais de ligação. Os
supermercados, comércios e indústrias de médio porte adquirem energia elétrica diretamente das
redes de média tensão, devendo transformá-la internamente para níveis de tensão menores, sob sua
responsabilidade.
Rede de Distribuição Aérea Isolada: Esse tipo de rede é bastante protegida, pois os
condutores são encapados com isolação suficiente para serem trançados. Geralmente
mais cara, essa rede é utilizada em condições especiais.
Com relação às redes de iluminação pública (IP), que também podem ser do tipo aéreo ou
subterrâneo, são redes que derivam das redes de distribuição das concessionárias. Apesar disso, a
operação e a manutenção das redes de IP são de responsabilidade das prefeituras municipais.
Os níveis de tensões praticados no Brasil são: 765 kV, 525 kV, 500 kV, 440 kV, 345 kV,300
kV, 230 kV, 161 kV, 138 kV, 132 kV, 115 kV, 88 kV, 69 kV, 34,5 kV, 23 kV, 13,8 kV, 440 V, 380 V,
220 V, 110 V.
O sistema de produção e transmissão de energia elétrica do Brasil pode ser classificado como
hidrotérmico de grande porte, com forte predominância de usinas hidrelétricas e com múltiplos
proprietários.
A maior parte da capacidade instalada é composta por usinas hidrelétricas, que se distribuem
em doze diferentes bacias hidrográficas nas diferentes regiões do país de maior atratividade
econômica. São os casos das bacias dos rios Tocantins, Paranaíba, São Francisco, Paranaíba,
Grande, Paraná, Tietê, Paranapanema, Iguaçu, Uruguai e Jacuí, em que se concentram as maiores
centrais hidrelétricas.
Grupo A (alta tensão): é composto por unidades consumidoras, que recebem energia em
tensão igual ou superior a 2,3 kilovolts (kV) ou são atendidas a partir de sistema subterrâneo de
distribuição em tensão secundária, caracterizado pela tarifa binômia (aplicada ao consumo e à
demanda faturável). No grupo A, geralmente, se enquadram indústrias e estabelecimentos
comerciais de médio ou grande porte.
Usar símbolos gráfico para representar uma instalação elétrica ou parte de uma instalação é o
que denominamos como diagramas elétricos. A correta leitura e interpretação de diagramas é
essencial para a carreira de um bom eletricista, pois o diagrama elétrico garante uma linguagem
comum a qualquer eletricistas pois o desenho é uma representação visual universal. Desta maneira
se você sabe ler um diagrama elétrico aqui no Brasil você vai saber ler um diagrama elétrico em
qualquer parte do mundo.
Nem todos os eletricistas sabem ler e interpretar um diagrama elétrico e isso torna um
diferencial entre a categoria de trabalho. Os chamados eletricistas práticos, aqueles que fazem as
instalações mas não tem a teoria da eletricidade são profissionais que muitas vezes não sabem ler e
interpretar diagrama elétricos.
• Diagrama funcional;
• Diagrama multifilar;
• Diagrama unifilar;
• Diagrama trifilar;
Diagrama funcional.
O diagrama funcional é bastante usado por se referir a apenas uma parte da instalação
elétrica, ele possui todos os condutores e componentes que serão ligados em um circuito elétrico,
permite interpretar com rapidez e clareza o funcionamento do mesmo.
Este diagrama não demonstra com exatidão a posição exata dos componentes nem medidas
de cabos ou percurso real destes. Os condutores são representados por retas sem inclinação e de
preferências sem cruzamentos. Usado para explicar o funcionamento e não posicionamento de
componentes.
Diagrama Multifilar
O diagrama multifilar é representação mais minuciosa de uma instalação elétrica, assim como
no diagrama funcional ele também mostra todos os condutores e componentes. Mas, além disso ele
tenta representar os componentes da instalação bem como os condutores em sua posição correta.
Diagrama unifilar
O diagrama unifilar é o mais usado pelos eletricistas instaladores nas obras. Ele é
desenhando sobre a planta baixa (planta arquitetônica) e apresenta os dispositivos e trajeto dos
condutores rigidamente em suas posições físicas apesar de ser em uma representação
bidimensional.
Uma diferença aos dois outro modelos de diagrama e que neste todos os condutores de um
mesmo percurso são representados por um único traço e símbolos que identificam neste traço os
outros condutores.
Não é representado com clareza neste diagrama o funcionamento da instalação, pois não
permite visualizar com clareza o percurso da corrente elétrica. A prática adquirida com o tempo na
leitura deste tipo de diagrama proporciona ao eletricista saber interpretar com facilidade uma
instalação elétrica e sem o auxílio de outros diagramas.
O diagrama unifilar serve especialmente para se verificar, com rapidez, quantos condutores
passarão em determinados eletrodutos e qual o trajeto do mesmo.
Diagrama trifilar.
3 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
A organização do trabalho tem um papel fundamental para uma padronização e segurança
dos trabalhadores envolvidos, visto que nesta etapa será feita a avaliação prévia, estudo e
planejamento de atividades e ações.
Segundo a NR-10, antes de iniciar trabalhos em equipe, os seus membros, em conjunto com
o responsável pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as
atividades e ações a serem desenvolvidas no local, de forma a atender os princípios técnicos básicos
e as melhores técnicas de segurança aplicáveis ao serviço.
A organização do trabalho determina a atividade das pessoas, as responsabilidades e o modo,
em que o trabalho será realizado.
Em trabalhos com eletricidade, para obter uma organização do trabalho eficaz, há
necessidade de alguns fatores como:
Programação e planejamento dos serviços.
Trabalho em equipe.
Prontuário e cadastro das instalações.
Métodos de trabalho.
Comunicação.
3.5 Comunicação
A comunicação é o principal pilar para uma organização do trabalho, sendo esta a
responsável pela transmissão dos procedimentos e métodos, além de informações que possibilitam a
proteção e prevenção de acidentes. A comunicação tem a função de informar a equipe sobre os
objetivos do serviço e o papel de cada profissional no processo.
Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em Alta Tensão (AT), bem como
aqueles envolvidos em atividades no SEP devem dispor de equipamento, que permita a
comunicação permanente com os demais membros da equipe ou com o centro de operação durante
a realização do serviço.
A comunicação deve ser feita via radio ou telefone, tendo a equipe ou centro de operações
informações sobre qualquer anormalidade dos procedimentos e riscos decorrentes não analisados.
Não se pode esquecer que a segurança em eletricidade vai além da comunicação verbal,
tendo exigências de comunicação visual, com placas, cones, faixas e cartões comunicando os
perigos ou riscos dos serviços decorrentes a área energizada.
A comunicação abrange também a importância em divulgar informações relacionadas com os
riscos, planos, objetivos, entre outros, criando um clima no qual as pessoas estejam sempre
estimuladas em trazer notícias a respeito dos perigos, dos incidentes e das lesões, surgindo uma
preocupação de todos pela segurança.
Curso NR-10 Complementar – SEP
Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 26
ABNT NBR INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE
16295:2014 ENSINO PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
4 ASPECTOS COMPORTAMENTAIS
Muitas vezes, o comportamento é decisivo para os meios pelos quais os objetivos serão
atingidos e as razões pelas quais outros não poderão ser alcançados.
Uma das grandes indagações que se faz no mundo da segurança é saber o que separa os
equipamentos modernos, normas e procedimentos, orientações de treinamento da atuação concreta
dos trabalhadores.
O comportamento pode ser entendido como um conjunto de relações que se estabelecem
entre aspectos de um organismo e aspectos do meio, em que ele atua e as consequências da sua
atuação, sendo o meio caracterizado como máquinas, ferramentas, relação com colegas e
supervisores, normas e procedimentos entre outros.
Competências são repertórios de comportamentos que algumas pessoas dominam melhor
que outras, o que as faz eficaz em uma determinada situação. Pode-se, também, designá-las com a
sigla CHAI - reunião de conhecimentos, habilidades, atitudes e interesses que, em ação, diferenciam
umas pessoas das outras. As competências são observáveis na situação cotidiana de trabalho e/ou
em situações de teste, quando evidenciam, de forma integrada, atitudes assertivas, características
pessoais, conhecimentos adquiridos.
As formas de comportamento em espaços coletivos, abordagem com os colegas e superiores,
linguagem utilizada e apresentação pessoal pode fazer toda a diferença no relacionamento com a
empresa e equipe em que se atua.
Trabalhar somente com estratégias para se conseguir um ambiente de trabalho seguro não é
suficiente. O ideal é que se estabeleça a combinação de estratégias com programas de capacitação
e de relacionamento e que estas possam estar alicerçadas nos aspectos individuais, na organização
e em políticas de trabalho.
O comportamento seguro pode ser definido por meio da capacidade de identificar e controlar
os riscos da atividade no presente, para que isso resulte em redução da probabilidade de
consequências indesejáveis no futuro, para si e para o outro.
Não há dúvida de que aprender a se comportar de forma preventiva pode ser um dos meios
de prevenir lesões e doenças relativas ao trabalho e um dos pontos que evidencia isto é a mudança
de comportamentos.
A experiência.
A motivação é a força que estimula uma pessoa a tomar uma atitude. As pessoas são
motivadas pelos desejos ou por impulsos que têm.
Para ser possível motivar uma pessoa para que ela adote o comportamento seguro se deve:
Não há um único caminho que possa levar aos aspectos comportamentais com segurança.
No entanto, alguns procedimentos auxiliam neste sentido, que são:
Toda a condição que ocasione riscos à saúde e à vida dos profissionais, não sendo essas
sanadas pelos Equipamentos de Proteção Individuais (EPI) ou Equipamentos de Proteção Coletiva
(EPC) são consideradas condições impeditivas para o serviço. Em alguns casos, os próprios
equipamentos de segurança apresentam irregularidades, surgindo assim uma condição impeditiva
para o serviço.
Os serviços em instalações energizadas ou em suas proximidades devem ser suspensos de
imediato na iminência de ocorrência, que possa colocar os trabalhadores em perigo.
Os trabalhadores devem interromper as tarefas exercendo o direito de recusa, sempre que
constatarem evidências de riscos graves e iminentes para a segurança e a saúde própria ou a de
outras pessoas, comunicando imediatamente o fato ao superior hierárquico, que diligenciará as
medidas cabíveis.
O responsável pela execução do serviço deve suspender as atividades, quando verificar
situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja
possível.
As situações ou condições de risco podem ser diretas ou indiretas:
Condições diretas: são todas as situações que colocam em risco a saúde ou a vida do
profissional diretamente. Exemplo: Equipamentos, ferramentas e procedimentos inadequados para o
serviço.
Condições indiretas: são as situações que colocam em risco a saúde ou a vida do profissional
indiretamente. Exemplo: Condições climáticas, Iluminação e perigo de desmoronamento.
Além desses fatores, a NR-10 estabelece que os serviços em instalações elétricas
energizadas em Alta Tensão (AT), bem como aqueles executados no Sistema Elétrico de Potência
(SEP), não podem ser realizados individualmente, visando assim uma melhor avaliação prévia das
atividades e dos riscos, até mesmo uma alternativa mais rápida de socorro na ocorrência de um
eventual acidente.
Todo trabalho em instalações elétricas energizadas em Alta Tensão (AT), bem como aqueles
que interajam no Sistema Elétrico de Potência (SEP), somente pode ser realizado mediante ordem
de serviço específica para data e local, assinada por superior responsável pela área, caso contrário,
o profissional não poderá realizar o serviço, sendo deste modo uma condição impeditiva para o
serviço. Além disso, os serviços somente podem ser realizados, quando houver procedimentos
específicos, detalhados e assinados por profissional autorizado.
Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que
seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de
acidentes.
Os contatos com partes energizadas é o principal responsável por acidentes e morte no
sistema elétrico de potência, por isso, as partes de instalações elétricas a serem operadas, ajustadas
ou examinadas devem ser dispostas de modo a permitir um espaço suficiente para trabalho seguro.
Sabe-se que o choque elétrico causa efeitos diversos como: contrações violentas dos
músculos, queimaduras, parada respiratória, parada cardíaca, eletrólise de tecidos, fibrilação
ventricular, hemorragias internas e morte.
Para evitar os perigos de estar nas proximidades e contatos com partes energizadas, as
instalações devem ser isoladas e sinalizadas.
As partes das instalações elétricas, não cobertas por material isolante, na impossibilidade de
se conservarem distâncias que evitem contatos causais, devem ser isoladas por obstáculos que
ofereçam, de forma segura, resistência a esforços mecânicos usuais. Toda instalação ou peça
condutora que não faça parte dos circuitos elétricos, mas que, eventualmente, possa ficar sob tensão,
deve ser aterrada, desde que esteja em local acessível a contatos.
O aterramento das instalações elétricas deve ser executado, conforme regulamentação
estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve atender às Normas internacionais
vigentes.
As instalações elétricas, que estejam em contato, direto ou indireto, com a água e que
possam permitir fuga de corrente devem ser projetadas e executadas, em especial, quanto à
blindagem, isolamento e aterramento.
Indução elétrica é um corpo carregado com certa carga elétrica, próximo a outro corpo, induz
(provoca) o aparecimento, nesse outro corpo, de uma carga igual e de sinal contrário (positivo x
negativo).
Indução electromagnética é o princípio fundamental sobre o qual operam transformadores,
geradores, motores elétricos e a maioria das demais máquinas eléctricas.
A indução eletromagnética é o fenômeno pelo qual aparece corrente elétrica em um condutor,
quando ele é colocado em um campo magnético e o fluxo que o atravessa varia.
Em 1831, Faraday descobriu a indução eletromagnética: colocou duas bobinas próximas e fez
passar corrente por uma delas e observou que pela outra passava também uma corrente, quando
abria e fechava o circuito da primeira.
Michael Faraday
(1791 - 1867)
Como ja visto no curso Básico, os campos eletromagnéticos de maior frequência, produzidos
por correntes elétricas de linhas de transmissão e de distribuição são mais perigosos e mais
extensos.
A exposição aos campos eletromagnéticos pode causar danos, especialmente, quando da
execução de serviços na transmissão e na distribuição de energia elétrica, nos quais se empregam
elevados níveis de tensão.
A maioria da comunidade científica acredita que a energia com baixos níveis de frequência,
dos campos eletromagnéticos são biologicamente ativas, ou seja, podem provocar danos à saúde.
Embora não haja comprovação científica, há suspeitas de que a radiação eletromagnética
possa provocar o desenvolvimento de tumores.
Entretanto, é certo afirmar que essa exposição promove efeitos térmicos e endócrinos no
organismo humano.
Os efeitos sobre a saúde podem se manifestar de forma sutil ou ao longo do tempo. O
eletromagnetismo pode alterar o ritmo normal do corpo (ritmo circadiano), em homens e animais. As
consequências são depressão e alteração da sensibilidade a medicamentos e toxinas.
Uma outra preocupação é com a indução elétrica. Esse fenômeno pode ser articularmente
importante, quando há diferentes circuitos próximos uns dos outros.
A passagem da corrente elétrica em condutores gera um campo eletromagnético que, por sua
vez, induz uma corrente elétrica em condutores próximos.
Assim, pode ocorrer a passagem de corrente elétrica em um circuito desenergizado se ele
estiver próximo a outro circuito energizado.
Por isso, é fundamental que o profissional, além de desligar o circuito no qual vai trabalhar,
confira, com equipamentos apropriados (voltímetros ou detectores de tensão), se o circuito está
A descarga atmosférica transversal ocorre, quando a tensão, rica em corrente, caminha pelo
condutor sem diferença de potencial entre as fases, ou fase e neutro, formando um único campo
elétrico. Tal caso é pouco frequente na rede elétrica, pois se o equipamento eletroeletrônico
alimentado nesta rede não estiver aterrado, não será atrativo para a descarga atmosférica. O próprio
transformador e o quadro de distribuição são mais atrativos para esse tipo de descarga, por estarem
aterrados. Caso o equipamento eletroeletrônico esteja aterrado, a descarga passará pelo
equipamento, danificando-o. Na rede telefônica e nas antenas, 90% das descargas atmosféricas
ocorrem de forma transversal, pois não há diferença de potencial entre os seus polos, mas há o
atrativo no equipamento eletroeletrônico acoplado à rede elétrica, servindo como elemento condutor
e, consequentemente, danificado.
A descarga atmosférica longitudinal representa 98% dos casos, em que a rede elétrica é
atingida e consiste em a descarga se propagar apenas por uma das fases (ou neutro). Seu atrativo é
a outra fase (ou neutro), pois haverá entre elas uma grande diferença de potencial, sendo a
interligação feita por meio do equipamento eletroeletrônico conectado à rede elétrica.
6.4 Estática
Esses campos se manifestam por meio de forças exercidas em partículas eletrizadas neles
mergulhadas.
Procura-se esclarecer dúvidas sobre questões relacionadas com linhas de transmissão de
energia elétrica e exposição a campos elétricos e magnéticos.
Campo magnético é a passagem de corrente elétrica por um condutor gerando ao redor do
mesmo um campo magnético, que se manifesta como uma força que atua sobre um material
magnético, por exemplo, um ímã ou a agulha de uma bússola. O campo magnético é representado
pela grandeza H, medida em ampére por metro (A/m), ou pela densidade de fluxo magnético ou
indução magnética B, grandeza proporcional a H. As unidades de medida de B são o tesla (T) ou o
gauss (G), entre as quais vale a relação: 1T = 104G ou 1µT (microtesla) = 10mG (miligauss).
Os Campos Elétricos e Magnéticos sempre estão presentes, quando há transmissão de
energia elétrica, sendo Campos Elétricos e Magnéticos de 60 Hz, quando se utiliza CA na frequência
de 60 Hz.
Não existem evidências científicas comprovadas, suficientemente fortes para que existam
preocupações a respeito de que os campos elétricos e magnéticos provocam danos à saúde, pois os
estudos desenvolvidos e os experimentos realizados em animais, células e estudos clínicos desde a
década de 1970 não comprovaram que a exposição a campos elétricos e magnéticos causa danos à
saúde.
Em 1979, foi publicado o primeiro estudo que pretendeu apontar uma associação entre
doenças e a proximidade de casas às linhas de transmissão de energia elétrica. A partir desse
estudo, que apresentou fracas evidências e resultados pouco significativos, a comunidade científica
internacional iniciou uma cruzada para tentar comprovar essa tese, não alcançando nenhuma
conclusão até o momento.
Organização Mundial da Saúde - OMS reconhece, oficialmente, as recomendações da
ICNIRP– International Commission on Non-Ionizing Radiation Protection, e os resultados das
pesquisas mundiais permitem afirmar que a exposição a campos com intensidades inferiores aos
limites recomendados pelas diretrizes internacionais da ICNIRP não apresenta qualquer
consequência conhecida para a saúde.
Os limites recomendados pelo ICNIRP e adotados pela OMS para a população, em geral,
guardam um fator de segurança cinquenta vezes menor do que os considerados toleráveis pelo
organismo humano. Esses limites estão apresentados na tabela abaixo:
As conclusões das pesquisas científicas existentes até o momento são insuficientes para que
se adote limites de exposição de campos elétricos e magnéticos inferiores aos recomendados pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), que já são bastantes conservadores. Os níveis de emissão
das instalações da Eletropaulo são muito inferiores aos recomendados pela Organização Mundial da
Saúde (em média, quatro a oito vezes menor).
Os limites máximos de campos elétricos e magnéticos, gerados por linhas de transmissão 60
Hz, adotados pela OMS – Organização Mundial da Saúde para a exposição do público em geral, com
Curso NR-10 Complementar – SEP
Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 34
ABNT NBR INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE
16295:2014 ENSINO PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
base em recomendações da ICNIRP– International Commission on Non-Ionizing Radiation Protection
- são:
Campo elétrico: 4,17 kV/m; e
Densidade de fluxo magnético: 83,3 µT ou 833 mG
Para a legislação, o trabalho em altura é toda a atividade executada acima de dois metros do
piso de referência, sendo que é obrigatório, além dos Equipamentos de Proteção Individuais (EPI)
básicos a utilização do cinturão de segurança tipo paraquedista.
O curso da NR-35, Portaria SIT n.º 313, de 23 de março de 2012 do MTE estabelece os
requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento,
a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores
envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.
6.6.2 Escadas
A escada portátil (ou de mão) deve ser adquirida de fornecedores cadastrados, que atendam
as especificações técnicas de cada empresa (tamanho, capacidade máxima, etc).
Escada simples (singela) - é aquela constituída por dois montantes interligados por
degraus;
Escada de abrir - é aquela formada por duas escadas simples ligadas entre si pela
parte superior por meio de dobradiças resistentes;
Escada de extensão ou prolongável - é aquela constituída por duas escadas simples
que se deslizam, verticalmente, uma sobre a outra, por meio de um conjunto formado
por polia, corda, trava e guias.
As escadas portáteis (de mão) devem ter uso restrito para acesso a local de nível diferente e
para execução de serviços de pequeno porte e que não exceda a capacidade máxima suportada
pela mesma. Para serviços prolongados se recomenda a instalação de andaimes.
Serviços que requeiram a utilização simultânea das mãos somente podem ser feitos com
escada de abrir com degrau largo ou utilização de talabarte envolto em estrutura rígida.
Toda a escada deve ter uma base sólida, antiderrapante, com extremos inferiores (pés)
nivelados.
Não utilize escadas com pés ou degraus quebrados, soltos, podres, emendados, amassados,
trincados ou rachados, ou faltando parafuso ou acessório de fixação. Escada defeituosa deve ser
imediatamente retirada de uso.
A escada deve ser apoiada em piso sólido, nivelado e resistente, para evitar recalque ou
afundamento. Não se deve apoiar escadas em superfícies instáveis, tais como: caixas, tubulações,
tambores, rampas, superfícies de andaimes ou ainda em locais em que haja risco de queda de
objetos. Em piso mole, se deve providenciar uma base sólida e antiderrapante para a mesma.
Em locais de trânsito de veículos, a escada deve ser protegida com sinalização e barreira.
As escadas portáteis não devem ser posicionadas nas proximidades de portas, em áreas de
circulação de pessoas ou máquinas, porque pode ocorrer risco de queda de materiais ou objetos,
nas proximidades de aberturas e vãos e próximo da rede elétrica e equipamentos elétricos
desprotegidos. Quando for necessário utilizar próximo as portas, estas devem estar trancadas,
sinalizadas e isoladas para acesso à área.
Após sua utilização, a escada deve retornar ao seu local de origem. Não deixar a mesma
abandonada no chão, nem apoiada contra paredes e estruturas.
O curso de NR-10 Básico do INBRAEP possui uma técnica de análise de risco bem ampla,
podendo ser utilizada no sistema elétrico de potência.
Visto que alguns profissionais, que realizam o curso complementar no INBRAEP não tenham
realizado o curso básico com a instituição, se faz importante relembrar as técnicas de análise de
risco.
7.1.1 Perigo
Perigo é a situação de ameaça que pode causar danos (materais, máquinas, equipamentos e
meio ambiente) e/ou lesões (pessoas).
Medida da perda econômica e/ou de danos para a vida humana, resultante da combinação
entre a frequência da ocorrência e a magnitude das perdas ou danos (consequências).
O risco está sempre ligado à factibilidade da ocorrência de um evento não desejado, sendo
função da frequência da ocorrência das hipóteses acidentais e das suas consequências. Desta
maneira, o risco pode ser expresso como uma função desses fatores, sendo apresentado na
equação:
R=f(c,f,C)
R = risco;
c = cenário acidental
f = frequência de ocorrência
C = consequência (perdas e/ou danos).
O risco também pode ser definido por meio das seguintes expressões:
combinação de incerteza e de dano;
razão entre o perigo e as medidas de segurança;
combinação entre o evento, a probabilidade e suas consequências.
A experiência demonstra que, geralmente, os grandes acidentes são causados por eventos
pouco frequentes, mas que causam danos importantes.
Os riscos à segurança e à saúde dos trabalhadores no setor de energia elétrica são, via de
regra, elevados, podendo levar a lesões de grande gravidade e são específicos a cada tipo de
atividade. Contudo, o maior risco à segurança e à saúde dos trabalhadores é o de origem elétrica.
A eletricidade se constitui em um agente de alto potencial de risco ao homem. Mesmo em
baixas tensões ela representa perigo à integridade física e à saúde do trabalhador. A ação da
energia elétrica mais nociva é a ocorrência do choque elétrico com consequências diretas e indiretas
(quedas, batidas, queimaduras indiretas e outras). Também apresenta risco devido à possibilidade
de ocorrências de curtos-circuitos ou mau funcionamento do sistema elétrico originando grandes
incêndios e explosões.
É importante lembrar que o fato da linha estar seccionada não elimina o risco elétrico,
tampouco se pode prescindir das medidas de controle coletivas e individuais necessárias, já que a
energização acidental pode ocorrer devido a erros de manobra, contato acidental com outros
circuitos energizados, tensões induzidas por linhas adjacentes ou que cruzam a rede, descargas
atmosféricas, mesmo que distantes dos locais de trabalho, fontes de alimentação de terceiros.
Catastrófico.
Moderado.
Desprezível.
Crítico.
Não Crítico.
Esta etapa tem o objetivo de identificar os possíveis eventos não desejados que possam levar
a acidentes, possibilitando definir hipóteses acidentais que poderão produzir consequências
Curso NR-10 Complementar – SEP
Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 44
ABNT NBR INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE
16295:2014 ENSINO PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
significativas.
Portanto, técnicas específicas para a identificação dos perigos devem ser empregadas, entre
as quais se pode mencionar:
sobre as instalações;
sobre os processos;
sobre as substâncias.
A realização da análise é feita por meio do preenchimento de uma planilha de APR/APP para
cada módulo de análise da instalação A planilha utilizada nesta APP, mostrada a seguir, contém
cinco colunas, as quais devem ser preenchidas, conforme a descrição apresentada a seguir.
Atividade/Operação: ______________________________
Referência:__________
Data: __/__/___ Revisão:__________
__
ETAPA RISCO/PERIGO MODO DE DETECÇÃO EFEITO RECOMENDAÇÕES / CONTROLE
1ª coluna: Etapa
Esta coluna deve descrever, suscintamente, as diversas etapas da atividade/operação.
2ª coluna: Risco/perigo
Esta coluna deve conter os riscos/perigos identificados para o módulo de análise em estudo.
Curso NR-10 Complementar – SEP
Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 45
ABNT NBR INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE
16295:2014 ENSINO PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
De uma forma geral, os riscos/perigos são eventos acidentais, que têm potencial para causar
danos às instalações, aos trabalhadores, ao público ou ao meio ambiente.
4ª coluna: Efeitos
Os possíveis efeitos danosos de cada risco/perigo identificado devem ser listados nesta
coluna.
5ª coluna: Recomendações/observações
Esta coluna deve conter as recomendações de medidas mitigadoras de risco propostas pela
equipe de realização da APR/APP ou quaisquer observações pertinentes ao cenário de acidente em
estudo.
Análise Preliminar de Risco (APR)
Tendo por base as hipóteses acidentais formuladas na etapa anterior, é possível estudar as
possíveis consequências, medindo os impactos e danos causados por elas.
Deverão ser utilizados modelos de cálculos, que representem os possíveis efeitos resultantes
dos tipos de acidentes, como:
As seguintes técnicas podem ser utilizadas para o cálculo das frequências dos cenários de
acidentes:
análise histórica dos acidentes, por meio da pesquisa bibliográfica ou nos bancos de
dados de acidentes;
análise por árvore de falhas (AAF);
análise por árvores de eventos (AAE).
A estimação de riscos é feita por meio da combinação das frequências de ocorrência das
hipóteses de acidentes e as suas respectivas consequências. Pode-se expressar o risco de
diferentes formas segundo o objetivo do estudo em questão. Geralmente, os riscos são expressos da
seguinte maneira:
Índices de risco;
Risco social;
Risco individual.
Nesta etapa, os riscos estimados deverão ser avaliados, de maneira a definir medidas e
procedimentos, que serão executados com o objetivo de reduzi-los ou gerenciá-los, tendo-se por
base critérios de aceitabilidade de riscos previamente definidos.
O objetivo do procedimento deve estar descrito para registro do motivo e exposição do por
que o procedimento foi criado, podendo haver mais de um objetivo por procedimento.
Exemplo de um objetivo: Estabelecer as normas técnicas e administrativas de segurança,
para realização de serviços em eletricidade, visando à prevenção de acidentes.
8.2 Abrangência
A abrangência serve para determinar até onde estes procedimentos devem ser executados,
sendo que as empresas podem determinar, por exemplo, que os procedimentos são de abrangência
somente nas dependências da empresa, ou até mesmo em um determinado setor, sendo que
Curso NR-10 Complementar – SEP
Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 49
ABNT NBR INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE
16295:2014 ENSINO PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
externamente deverão ser estabelecidos outros procedimentos.
Para serviços em eletricidade a abrangência é bem ampla como visto no primeiro capítulo,
sendo da geração até as linhas de transmissão.
Exemplo de abrangência: Esses procedimentos devem se aplicados em todas as atividades
de projeto, de instalação, de manutenção, de reparos, de modificações, de ampliações e demais
serviços em eletricidade.
8.4 Definições
8.5 Procedimentos
Chega-se ao item que de fato estabelece os procedimentos, em que devem constar todos os
procedimentos referentes a determinado trabalho, uma vez que cada empresa precisa estabelecer os
procedimentos de trabalhos que aplicará, adequando-se a realidade e a atividade. Todavia, existem
procedimentos que são básicos, quando o assunto é segurança ou trabalho em eletricidade.
São citados, a seguir, alguns procedimentos que são básicos e que em todas as empresas
que trabalham com eletricidade são utilizados:
8.6 Responsabilidades
Nas subestações:
É obrigatório o uso de luvas de alta tensão sempre que o eletricista operar a chave
seccionadora de média e alta tensão e o comando de acionamento dos disjuntores de
alta, média e baixa tensão.
É obrigatório o uso de balaclava, capuz e jaleco apropriados ao trabalho.
O cuidado e o uso adequado das luvas de borracha isolante de alta tensão são
essenciais para a segurança do usuário.
As luvas devem ser inspecionadas visualmente antes de serem utilizadas, em cada
inspeção se deve incluir o interior e a superfície externa, observar se a luva apresenta
danos como: inchamento, amolecimento, endurecimento, pegajosidade ou
deterioração. Recomenda-se realizar o teste de insuflamento antes de cada utilização.
Não se deve utilizar nenhum tipo de adorno, quando da utilização das luvas.
As luvas não devem ser dobradas, enrugadas, comprimidas ou submetidas a qualquer
solicitação que possa causar alongamento ou compressão.
Na realização do trabalho:
8.8 Treinamento
Neste item a empresa estabelecerá os treinamentos que os trabalhadores terão que fazer
para executarem os serviços. No caso de trabalhos em eletricidade é exigência do Ministério do
Trabalho o curso de NR-10 para todos os trabalhadores que atuam, diretamente ou indiretamente,
com eletricidade.
Exemplo do item treinamento:
Todo funcionário que realiza trabalhos de manutenção em equipamentos e instalações
elétricas devem ter treinamento específico de 40 horas, conforme NR10.
Deverá ser feita uma reciclagem a cada dois anos ou sempre que o profissional
obtiver uma troca de função.
Essa atividade designa a trabalhos em linha energizada que pode ser realizada mediante a
adoção de procedimentos que garantam a segurança dos trabalhadores. Nessa condição de trabalho,
as atividades podem se desenvolver mediante alguns métodos que serão vistos a seguir.
O trabalhador tem contato com a rede energizada, mas não fica ao mesmo potencial da rede
elétrica, pois está devidamente isolado desta, utilizando equipamentos de proteção individuais
adequados ao nível de tensão, tais como: botas, luvas e mangas isolantes e equipamento de
proteção coletiva como cobertura e mantas isolantes.
É o método em que o trabalhador fica em contato direto com a tensão da linha, no mesmo
potencial da rede elétrica. Nesse método é importantíssimo o emprego de medidas de segurança,
que garantam o mesmo potencial elétrico no corpo inteiro do trabalhador, devendo ser utilizado
conjunto de vestimentas condutoras (roupas, botinas, luvas, capuzes), ligadas por meio de cabo
condutor elétrico e cinto a rede objeto da atividade. São necessários treinamentos e
condicionamentos específicos dos trabalhadores para tais atividades.
É o método em que o trabalhador interage com a parte energizada a uma distância segura,
por meio do emprego de procedimentos, estruturas, equipamentos, ferramentas e dispositivos
isolantes apropriados. Sendo necessário, também, treinamento e condicionamento específico dos
trabalhadores em tais atividades.
Categoria IV: esta categoria é para intrumentos de uso na entrata de energia elétrica
da instalação. Nesta categoria, os instrumentos devem suportar os níveis de
sobretensão esperados nas redes públicas aéreas ou subterrâneas de distribuição.
Categoria III: é para os intrumentos usados nos circuitos de distribuição e circuitos
terminais, internos da instalação. Nesta categoria, os instrumentos devem suportar os
níveis de sobretensão esperados nos circuitos de distribuição, quadros, painéis e
circuitos terminais das intalações internas.
Categoria II: é para os intrumentos usados nos trabalhos em equipamentos de
utilização. Nesta categoria os instrumentos devem suportar os níveis de sobretensão
esperados nos equipamentos. De acordo com a NBR 5410, estes circuitos, em
grande parte dos casos, estão inclusive protegidos por dispositivos de proteção contra
surtos (DPS)
Categoria I: esta categoria é para os instrumentos usados na medição de linhas de
sinais, de telecomunicação e em equipamentos eletrônicos, entre outros. Estes
circuitos estão sempre protegidos por dispositivo de proteção contra surtos (DPS).
Exemplos:
Banqueta Isolante
Isolar o operador do solo durante operação do equipamento
guindauto, em regime de linha energizada.
Os estais de âncora e contra poste são sempre aterrados e conectados ao neutro da rede se
estiver disponível. O condutor de aterramento é instalado internamente ao poste, sempre que
possível.
Nas atividades com linha viva de distribuição, o veículo sempre deve ser aterrado com
grampo de conexão no veículo, grampo no trado e cabo flexível que liga ambos.
Toda instalação elétrica somente poderá ser considerada desenergizada depois de adotado o
procedimento de aterramento elétrico. O aterramento elétrico da linha desenergizada tem por função
evitar acidentes gerados pela energização acidental da rede, propiciando rápida atuação do sistema
automático de seccionamento ou proteção. Também tem o objetivo de promover proteção aos
trabalhadores contra descargas atmosféricas, que possam interagir ao longo do circuito em
intervenção.
O aterramento temporário deve ser realizado em todos os circuitos (cabos) em intervenção
através de seu curto-circuitamento, ou seja, da equipotencialização desse (colocar todos os cabos no
mesmo potencial elétrico) e conexão com o ponto de terra.
Esse procedimento deverá ser adotado antes e depois do ponto de intervenção do serviço,
salvo quando a intervenção ocorrer ao final do trecho. Deve ser retirado ao final dos serviços.
A energização acidental pode ser causada por:
a) erros na manobra;
b) fechamento de chave seccionadora;
c) contato acidental com outros circuitos energizados, situados ao longo do circuito;
d) tensões induzidas por linhas adjacentes ou que cruzam a rede;
e) fontes de alimentação de terceiros (geradores);
f) linhas de distribuição para operações de manutenção e instalação e colocação de trafos;
g) torres e cabos de transmissão nas operações de construção de linhas de transmissão;
h) linhas de transmissão nas operações de substituição de torres ou manutenção de
componentes da linha.
Para cada situação existe um tipo de aterramento temporário. O mais usado em trabalhos de
manutenção ou instalação nas linhas de distribuição é um conjunto ou 'Kit' padrão composto pelos
seguintes elementos:
Curso NR-10 Complementar – SEP
Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 60
ABNT NBR INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE
16295:2014 ENSINO PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
Como já visto, conforme a NR-6 Equipamento de Proteção Individual – EPI é todo dispositivo
de uso individual utilizado pelo empregado, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho.
Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção coletiva forem
tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados EPIs
específicos e adequados às atividades desenvolvidas.
Todo Equipamento de Proteção Individual (EPI) deve possuir um Certificado de Aprovação
(CA) emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
A empresa é obrigada a fornecer ao empregado, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em
perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os
riscos de acidentes do trabalho ou de doenças ocupacionais;
Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
Para atender situações de emergência.
As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, considerando-se, também, a
condutibilidade, a inflamabilidade e as influências eletromagnéticas. Com o advento do novo texto da
NR10, a vestimenta passa a ser também considerada como um dispositivo de proteção
complementar para os empregados, incluindo a proibição de adornos, mesmo estes não sendo
metálicos.
Óculos de segurança
Capacetes de proteção
O casco deve ser limpo com pano ou outro material que não provoque atrito, evitando
assim a retirada da proteção isolante de silicone (brilho), o que prejudicaria a rigidez
dielétrica do mesmo;
Secar a sombra.
Obs: a limpeza do visor deve ser feita do mesmo modo que os óculos de segurança.
Utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que
apresentem ruídos excessivos.
Para higienização deve-se lavar com água e sabão neutro, exceto
as espumas internas das conchas.
Utilizada para proteção das mãos e braços do profissional contra choque em trabalhos e
atividades com circuitos elétricos energizados.
As luvas devem ser testadas com inflador de luvas para verificação da existência de furos, e
por injeção de tensão de testes. As luvas isolantes apresentam identificação no punho, próximo da
borda, marcada de forma indelével, que contém informações importantes, como a tensão de uso, por
exemplo, nas cores correspondentes a cada uma das seis classes existentes.
As luvas isolantes de borrachas são classificadas pelo nível de tensão de trabalho e de teste,
conforme tabela a seguir:
Para higienização deve-se lavar com água e detergente neutro, enxaguar com água, secar ao
ar livre e a sombra e polvilhar, externa e internamente, com talco industrial.
Luva de cobertura
Para uma melhor conservação e higienização dos calçados de proteção estes devem ser
armazenados em local limpo, livre de poeira e umidade, e se estiverem molhados devem secar a
sombra e serem engraxados com pasta adequada para a conservação de couros.
O calçado de proteção tipo condutivo é utilizado para proteção dos pés, quando o empregado
realiza trabalhos ao potencial.
Para uma melhor conservação e higienização deve-se engraxar com pasta adequada para a
conservação de couros, armazenar em local limpo, livre de poeira e umidade, em caso de estar
molhado deve secar a sombra e nunca secar ao sol (pode causar efeito de ressecamento).
Perneira de segurança
Este tipo de equipamento é utilizado para proteção das pernas contra objetos perfurantes,
cortantes e ataque de animais peçonhentos.
12.6.1 Esporas
Ferro Meia Lua (redonda): utilizada para postes de madeira. São de aço,
com estribo para apoio total do pé, correias de couro, e três pontas de aço para
fixação ao poste.
12.6.2 Escadas
As cestas aéreas são confeccionadas em PVC, revestidas com fibra de vidro, normalmente,
acopladas ao 'munck' ou grua. Podem ser individual ou duplo. Utilizadas, principalmente, nas
atividades em linha viva, pelas suas características isolantes e devido a melhor condição de conforto
em relação à escada. Os movimentos do cesto possuem duplo comando (no veículo e no cesto) e
são, normalmente, comandados no cesto. Tanto as hastes de levantamento como os cestos devem
sofrer ensaios de isolamento elétrico periódico e possuir relatório das avaliações realizadas.
Utilizado para proteção do empregado contra queda em serviços em que exista diferença de
nível, em conjunto com cinturão de segurança tipo para-quedista.
Cabeçotes de Manobra
As varas de manobra são providas de suporte universal e cabeçote, em que na ponta se pode
colocar o detector de tensão, gancho para desligar chave fusível ou para conectar o cabo de
aterramento nos fios, etc. Nesta ponta há uma "borboleta" em que se aperta com a mão o que se
deseja acoplar. As varas mais usuais suportam uma tensão de até 100 kV para cada metro.
Sujidades (poeiras, graxas) reduzem drasticamente o isolamento. Por isso, antes de serem
usadas devem ser limpas de acordo com procedimento Outro aspecto importante é o
acondicionamento para o transporte, que deve ser adequado. Para tensões acima de 60 kV devem
ser testadas quanto à sua condutividade antes de cada uso, com aparelho próprio.
12.9 Bastões
Os bastões são similares e do mesmo material das varas de manobra. São utilizados para
outras operações de apoio. Nos bastões de salvamento há ganchos para remover o acidentado.
Este tipo de vestimenta é utilizada para proteção do empregado, quando executa trabalhos ao
potencial.
Conjunto de segurança composto de calça, jaqueta com capuz,
meias e luvas, destinada a ligar o eletricista ao mesmo potencial de
tensão elétrica do cabo energizado, em redes aéreas de alta e extra-alta
tensão.
Para higienização se deve lavar manualmente em água com
detergente neutro, torcer suavemente e secar a sombra. A roupa pode
ser lavada em máquina automática no ciclo roupa delicada de 8 a 10
minutos, com água com detergente neutro, secar a sombra em varal sem
partes oxidáveis, não fazer vincos ou passar a ferro.
Sabe-se do grande risco das queimaduras por arcos elétricos, uma vez que elas representam
uma parcela grande entre os ferimentos provocados por eletricidade. Apesar da seriedade e da
importância vital que isso representa para os trabalhadores, este assunto não tem recebido uma
atenção necessária dos usuários em geral, quando comparado com outros perigos da eletricidade,
como choques, incêndios e outros aspectos da segurança industrial.
A maioria dos acidentes acontece, quando o operador ou o eletricista precisa remover as
barreiras de proteções, como: portas de painéis, instalar ou inserir e remover componentes
operacionais como disjuntores com o equipamento energizado. Nestas situações, o trabalhador fica
totalmente exposto ao perigo e a sua segurança só depende da prática segura e uso de
Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado. É justamente nesta condição de trabalho que
se deve ficar atento providenciando proteção.
A escolha da vestimenta ou roupa de proteção contra queimaduras por arco elétrico requer
uma avaliação detalhada da natureza do arco elétrico e das práticas de trabalho e não deve ser
realizada somente por analogia com os demais agentes térmicos.
O transporte de pessoas, materiais e equipamentos deve ser feito, visando prevenir acidentes
tanto físicos como também materiais.
Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como: ascensores,
elevadores de carga, guindastes, monta-carga, pontes-rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos,
esteiras-rolantes, transportadores de diferentes tipos devem ser calculados e construídos de maneira
que ofereçam as necessárias garantias de resistência e segurança e conservados em perfeitas
condições de trabalho.
Uma atenção especial deve ser dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e
ganchos que deverão ser inspecionados, permanentemente, substituindo-se as suas partes
defeituosas.
Em todo o equipamento deverá ser indicado, em lugar visível, a carga máxima de trabalho
permitida.
Para os equipamentos destinados à movimentação de pessoas são exigidas condições
especiais de segurança.
Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o operador deverá receber
treinamento específico, dado pela empresa, que o habilitará nessa função.
Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser habilitados e só
poderão dirigir se durante o horário de trabalho portarem um cartão de identificação, com o nome e
fotografia, em lugar visível. O cartão terá a validade de 1 (um) ano, salvo imprevisto e, para a
revalidação, o empregado deverá passar por exame de saúde completo, por conta do empregador.
Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de advertência sonora
(buzina).
Todos os transportadores industriais devem se permanentemente inspecionados e as peças
defeituosas, ou que apresentem deficiências, deverão ser imediatamente substituídas.
É proibido o transporte de pessoas por equipamento de guindaste não projetado para este fim.
Os equipamentos de transportes de materiais devem possuir dispositivos que impeçam a
descarga acidental do material transportado.
15.5 Placas:
As placas têm por objetivo chamar a atenção, de forma rápida e inteligível, para objetos ou
situações que comprometam o seu bem-estar físico.
Finalidade
Destinada a advertir as pessoas quanto ao perigo de ultrapassar áreas
delimitadas em que haja a possibilidade de choque elétrico, devendo ser
instalada em caráter permanente.
Finalidade
Destinada a advertir para o fato do equipamento em
referência estar incluído na condição de segurança, devendo a
placa ser colocada no comando local dos equipamentos.
Equipamento Energizado
Finalidade
Destinada a advertir para o fato do equipamento em referência,
mesmo estando no interior da área delimitada para trabalhos,
encontrar-se energizado.
Finalidade
Destinada a alertar quando há possibilidade de exposição a
ruído excessivo e partes volantes, quando de partida automática
de grupos auxiliares de emergência.
Finalidade
Destinada a advertir quanto ao perigo de explosão, quando do
contato de fontes de calor com os gases presentes em salas de
baterias e depósitos de inflamáveis, devendo a mesma ser
afixada no lado externo.
Finalidade
Destinada a alertar quando há obrigatoriedade do uso de
determinado equipamento de proteção individual.
Atenção – Gases
Finalidade
Destinada a alertar quando há necessidade do acionamento do
sistema de exaustão das salas de baterias antes de se adentrar,
para retirada de possíveis gases no local.
Finalidade
Destinada a alertar a Operação, a Manutenção e a Construção
quanto a necessidade de espera de um tempo mínimo para fazer
o Aterramento Móvel Temporário de forma segura e iniciar os
serviços.
Ao confeccionar esta placa, o tempo de espera deverá ser
adequado de acordo com a especificidade do local em que a
placa será instalada.
Finalidade
Advertir terceiros quanto aos perigos de choque elétrico nas
instalações dentro da área delimitada. Deve ser instalada nos
muros e cercas externas das subestações.
Finalidade
Advertir terceiros para não subir, devido ao perigo da alta
tensão. Devem ser instaladas em torres, pórticos e postes de
sustentação de condutores energizados.
A vítima de um acidente pode ter seu estado agravado se não forem tomados cuidados
mínimos e essenciais, em seu transporte, para atendimento médico. Portanto, para evitar riscos, em
primeiro lugar é preciso verificar o estado geral da vítima antes de transportá-la.
Supondo que uma pessoa sofra uma fratura de coluna que tenha lesionado apenas a parte
óssea. Se o transporte não for adequado, sua medula, provavelmente, será afetada, o que pode
provocar paralisias irreversíveis.
Outra situação delicada é a de pessoas inconscientes, que na maioria das vezes têm queda
de queixo, como visto no curso básico, fazendo com que a língua impeça a passagem de ar para os
pulmões. Assim, se o transporte não for feito da maneira correta, a vítima pode até morrer por asfixia.
Por estes motivos a orientação principal é de não mover a pessoa nem deixá-la se mover,
aguardando o atendimento especializado, a menos que sua vida esteja ameaçada por um perigo
ainda maior como: desabamento, explosão, incêndio, intoxicação entre outros. A vítima, portanto
deve ser imobilizada no local do acidente e aguardar o socorro médico.
Há várias maneiras de transportar uma vítima, porém tudo dependerá do estado em que a
vítima se encontra, das condições locais, da presença ou não de mais de um socorrista ou pessoas
treinadas.
Exceto a maca improvisada com porta ou tábua, todas as demais têm como base cabos de
Para transportar para a maca uma vítima com indícios de lesão na coluna ou na bacia, são
necessários três socorristas ou pessoas altamente treinadas.
Fonte: Senac
Transporte de Apoio
Com os braços, os socorristas formam um pequeno assento, para a vítima, que deverá se
manter segura.
Por proporcionar maior estabilidade, esse é o tipo de transporte mais adequado para vítimas
que apresentam problemas respiratórios.
Transporte no Colo
Para esse transporte é exigido a presença de três socorristas, e só é válido caso a vítima não
tenha suspeitas de fratura na coluna ou na bacia.
Estando a vítima deitada de barriga para cima, os três socorristas se ajoelham ao lado
dela: um próximo à extremidade superior do corpo, outro no meio e o terceiro próximo
aos pés.
Pegando a vítima por baixo, a um tempo só, os três a carregam junto ao tórax.
Semelhante ao transporte feitos por três pessoas. A quarta pessoa imobiliza a cabeça da
vítima impedindo qualquer tipo de deslocamento.
18 ACIDENTES TÍPICOS
O jovem Esequiel Antonio da Silva de Oliveira, 26 anos, morreu vítima de choque elétrico na
manhã desta quinta-feira em Esteio. Segundo informações da Delegacia de Polícia Civil de Esteio,
Esequiel estava tentando fazer uma ligação elétrica na própria residência, em Gravataí na divisa com
esteio, quando sofreu uma descarga.
A residência ainda estava alagada devido à forte chuva dos últimos dias, o que facilitou o
acidente. A vítima foi levada ao Hospital São Camilo pelo pai, mas chegou sem vida.
19 RESPONSABILIDADES
a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas, que possam ser afetadas
por suas ações ou omissões no trabalho;
b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e
regulamentares, inclusive quanto aos procedimentos internos de segurança e saúde; e
c) comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as situações que
forem consideradas de risco para sua segurança e saúde e a de outras pessoas.
Cabe às empresas:
Atribuições do SESMT
Atribuições da CIPA
20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABNT. NBR 5410: Instalações elétricas de baixa tensão, 2004. 209 p.
ABNT. NBR 14039: Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 13,2 kV, 2003. 65
ABNT. NBR 6533: Estabelecimento de segurança aos efeitos da corrente elétrica percorrendo o
corpo humano.
ABNT. NBR 6146: Graus de proteção.
ABNT. NR 5410:2004. Instalações elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro, 2004. 209 p.
ALMEIDA, Agnaldo Bizzo de: Vestimentas de proteção conforme nova NR 10
ANEE, Agência Nacional de Energia Elétrica: Resolução Normativa nº 414, 2010
ARAUJO, Giovanni Moraes de. Normas Regulamentadoras Comentadas: Legislação de
Segurança e Saúde no Trabalho. Rio de Janeiro: Editora Gerenciamento Verde Consultoria. 4a ed.,
2003/2004. 1.540 p.
BLUMENSCHEIN, Quintiliano Avelar. Perigos da eletricidade. 1989.
CENELEC. EN 50014: Electrial apparatus for potentially explosive atmospheres. General
requeriments.
CERJ. Manual e Procedimentos de Segurança. Rio de Janeiro. 2003.
CETESB. Manual de orientação para a elaboração de estudos de análise de riscos; São Paulo,
1994
CREDER, Hélio. Instalações Elétricas. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. 13
ed., 1997/1998. 515 p.
CREDER, Hélio. Instalações elétricas. Rio de Janeiro: LTC Editora S.A., 2002.
DENIPOTTI, Cláudio Sergio - Os Aspectos legais da responsabilidade do trabalho e a saúde
ocupacional dos seus empregados. / Monografia: Bacharelado em Direito, Centro Universitário de
Araras – Doutor Edmundo Ulson, 2004.
DINIS, Ana P. 5. Machado. Saúde no Trabalho - Prevenção, Dano, Reparação, São Paulo: LTR,
2003. 175p.
ELETROPAULO. INO 056/85. São Paulo, 1985.
FERREIRA, Vitor Lúcio. Eletricidade industrial. Impress Gráfica, 2004.
FILHO, Silvério Visacro – Aterramentos elétricos.
FOWLER, W. Thadeu; KAREN, Miles K. Eletrical Safety: student manual. 2002. 77 p.
HUBSCHER, J. Klave H. Curso elementar eletrotécnica. 1999.
IEC. Norma 60479: Efeitos de corrente elétrica no corpo humano.
IMAP - Instituto Municipal de Administração Pública: Manual Básico - Segurança do Trabalho em
Prevenção de Acidentes em Alturas, Curitiba 2009
KINDERMANN, Geraldo. Choque elétrico. Porto Alegre: Ed. Sagra Luzato, 2000.
KUNDUR, P., “Power System Stability and Control”, EPRI, Power System Engineering Series,
McGraw-Hill, 1994.
LUNA, Aelfo Marques. Os perigos da eletricidade. Recife. CHESF/DC, 1987.
MARTINS, Felipe José Aidar. Manual do socorro básico de emergência. 7a ed. Belo Horizonte,
2004.
MASON, C. Russel. The Art Science of Protective Relaying Engineering Planning and
Sites Consultados
www.3m.com.br www.ge.com.br
www.aph.com.br www.mte.gov.br
www.bombeirosvoluntarios.com.br www.unesp.br
www.cemig.com.br www.medicinaintensiva.com.br
www.fesp.com.br www.ben.epe.gov.br