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CAPACIDADE DE CARGA ara compreender o significado da capacidade de carga de um elemento de fundacdo por estaca', em termos geotécnicos, consideremos uma estaca qualquer, de comprimento L, insta- lada no solo (Fig. 1.1A). Na sua cabeca, vamos aplicar uma forca vertical P, de compressao, progressivamente aumentada, atingindo 08 valores P, e P,, conforme representado nas Figs. 1.1B e 1.1C, Com a aplicacao gradativa dessa carga, sero mobilizadas tensées resistentes por adesao ou atrito lateral, entre 0 solo e o fuste da estaca, e também tensées resistentes normais a base ou ponta da estaca (esses termos sao relacionados ao tipo de solo: adesio em argila e atrito em areia; porém, predomina o uso da expressio atrito lateral, qualquer que seja 0 tipo de solo). Como hipétese simplificadora, vamos considerar que primeiro haja mobilizagao exclusivamente do atrito lateral até o maximo possi- vel, para depois iniciar a mobilizacdo da resisténcia de ponta, Com a evolugao do carregamento, os recalques da estaca aumentarao, conforme a ilustracdo sem escala da Fig. 1.1 No inicio do carregamento, com P < P,, ocorre uma mobilizagao parcial (ou incompleta) do atrito lateral ao longo do fuste da estaca Imaginando a estaca subdividida em segmentos verticais, em cada um deles atua um atrito lateral local, de valor varidvel ao longo da estaca, em fungao das caracteristicas geotécnicas das diferentes camadas e sua profundidade. Duma estace, sem ‘solo ao set fundacio, Por isso denorninam clement de fundacéo por formade pela estaca (elemento estrutural) eo mmacico que a envolve (elemento eotéenico), a : ® ® |p Oy, ilustragéo da na iminéncia ¢ que foi a capa atrito lateral I alll. cia de ponta. Ill: Essa condicéo riza a ruptura rupture, que é . nado ruptura n on provas de carg fisica e a ruptur fundacao por estaca nagao de capa ‘Trata-se, port ‘Ao avancar 0 carregamento, em alguns segmentos da estaca resisténcia que comeca a haver a maxima mobilizacdo possivel do atrito lateral da condicao « local, até que, para o valor de carga P = P,, 0 atrito lateral é mobili- literatura geo zado ao maximo em todos os segmentos da estaca. A partir dai, 0 capacidade de atrito estaca-solo seria vencido e a estaca deslizaria continuamente dade de suport para baixo, caso nao tivesse inicio a mobilizacao da resisténcia de ultima ou cape ponta. Nessa condicéo de ruptura da ligacdo estaca-solo, temos a So utilizado: atuacdo do atrito lateral local de ruptura ou atrito unitario (r,, em Preferimos R unidades de tensio), conforme esquematizado na Fig, 1.18, para eruptura, Rn um segmento qualquer da estaca, com comprimento 4, (poste- cula quando r riormente, vamos associar A, a espessura de cada uma das varias camadas de solo que envolvem o fuste da estaca). Nos demais £ interessant segmentos da estaca, cada um tem 0 seu préprio valor de r,. um significed ou quebrar a Aumentando mais a carga aplicada na estaca, em todos os segmen- estaca, 0 qual tos da estaca permanece a mobilizacéo maxima do atrito lateral Essa acepgio local, mas também comega a haver a mobilizacéo gradativa da do de capaci resisténcia de ponta. material da e que nao haja Finalmente, para um valor de carga maior ainda, representado por nados casos, P=P,, ovalorda resisténcia de ponta também atinge a sua maxima resisténcia & mobilizacao possivel (r,, em unidades de tensic), conforme a i cer como vale 1 CAPACIDADE DE CaRGA a ilustracao da Fig. 1.1C, Para esse valor de carga, a estaca estaria ha iiminéncia de deslocar-se incessantemente para baixo, esgotada aue foi & capacidade do sistema de mobilizar resisténcia, tanto o atrito lateral local (em cada segmento da estaca) como a resistén. cia de ponta, ssa condi¢do de recalque incessante, mantida a carga P,, caracte- Niza a ruptura do elemento de fundacdo por estaca. Esse modo de ruptura, que € bem didatico para explicar o conceitofisico, 6 denomi- nado ruptura nitida, Na interpretacao das curvas carga x recalque de Provas de carga estética, ha outros dois modos de ruptura: a ruptura fica ea ruptura convencional ver segées 1.21 ¢ 1.2.2) © valor P, passa a ser representado pela letra Re recebe a denomi- nacio de capacidade de carga do elemento de fundagdo por estaca ‘Trata-se, Portanto, do valor da forca correspondente & maxims tesisténcia que o sistema pode oferecer ou do valor representative da condicéo de ruptura do sistema, em termos geotécnicos. Ne lMeratura geotécnica tem havido predominancia pela expresso Capacidade de carga, mas outras também sio usadas, como: capaci- dade de suporte, carga de ruptura, carga tltima e até capacidade de carga titima ou capacidade de carga na ruptura, que seriam pleonasmex Sio utilizados outros simbolos, como Py, PR, Py, Q,, Pair Q, Preferimos R por constituir a letra inicial das palavras resisténcig ie Cte & tuptura. R maidscula quando indica unidades de forca; r mintis- cula quando representa unidades de tensio (r, ¢ 1) F interessante observar que a palavra ruptura, nesse caso, tem um significado especial, sem qualquer relagio com despedacar 04 quebrar a fundacio. O que ocorre 6 0 recalque incessante da pnw © Qual 86 € interrompido se diminuirmos a carga aplicada Essa acep¢do especial do termo ruptura 6 restrita a conceitua, S80 de capacidade de carga em termos geotécnicos, pela qual o material da estaca & considerado suficientemente resistente para ue nao haja ruptura da prépria estaca. Entretanto, em determi. nados casos, € possivel que a capacidade de carga seja superior & ‘esisténcia & compressao da estaca, Se isso ocorrer, deve prevale. Cer como valor limite a resisténcia da prépria estaca, pois, como Bu [x 9soes ror zoracas principio de projeto, devemos considerar sempre o menor dos dois Os valores us valores, como veremos no préximo capitulo. diametro do No entendimento do problema fisico da capacidade de carga, pudemos constatar o desenvolvimento de tensdes resistentes ao 5 longo do fuste da estaca e junto a sua ponta, o que nos permite separar a resisténcia em duas parcelas, em unidades de forca: a resisténcia por atrito lateral ou apenas resistencia lateral (R,), € a resisténcia de ponta (R,), conforme esquematizado na Fig. 1.2, em que Dé 0 diémetro ou lado da seco transversal da estaca. Para essas resisténcias, outros autores utilizam simbologia diversa, como P, 0U PL, P, Ou PP, Pais Py @. 34 para a parc fuste e fagam Iniciando o equacionamento matemitico nos diversos para deduzir a expressdo da capacidade de carga, vamos fazer 0 equilibrio de forcas comU=nDo R=R+R, do fuste da e Para obter a parcela da ponta (R,), basta Para estacas i multiplicar a resisténcia de ponta, em ramos o perf Be unidades de tensio (7,), pela area da trilhos, geral Bs 1 eres de Cetetcia gue seco transversal da ponta ou base da das fe constituem a capacidade de carga Seen estaca (A,): contar apena se forma ent R= Ay base alargad: zar 0 atrito I No caso de estaca pré-moldada de conereto com seco vazada, didmetro dat geralmente podemos consideré-la como estaca macica, na defini- do da area de célculo, por causa do embuchamento que ocorre na Finalmente, cravagao. Para perfis metélicos (tiposI, Htc) e trilhos, dependendo do grau de aderéncia solo-estaca, a area de célculo pode variar desde a area real do perfil até a area correspondente ao retangulo envolvente; e, para estacas Franki, a érea da ponta (A,) é calculada que é a expre a partir do volume da base alargada (V), admitida esférica: parent sy Gea) a conhecido 0. CaPaciDADE DE CARCA MI Os valores usuais de V sto apresentados na Tab. 1.1, em fungéo do diémetro do tubo Franki: Tas.14 Valores usuais de Vem funcao do iametro do tubo Frank Didmetro do tubo (cm) _ Volume da base V(m?) 035 a8 a0 02 as 036 0 ry 60 0 Jé para a parcela de atrito (R,), representemos por U o perimetro do fuste e fagamos o somatério das forcas resistentes por atrito lateral nos diversos segmentos da estaca. Logo: Ry =UZ(1 41) comU=nDouU=4D, paraa se¢ao transversal circular ou quadrada do fuste da estaca, respectivamente. Para estacas pré-moldadas de concreto com se¢ao vazada, conside- ramos 0 perimetro externo. Em perfis metélicos (tipos I, H etc) € trilhos, geralmente utilizamos o perimetro desenvolvido ao longo das faces em contato com o solo, mas hé solos em que devemos contar apenas com a superficie das mesas, por causa do vazio que se forma entre 0 solo e a alma do perfil. No caso de estacas com base alargada, como a Franki, a NBR 6122:1996 prescrevia despre- zar 0 atrito lateral no trecho inferior do fuste, com altura igual ao diametro da base. Finalmente, com a adigio das duas parcelas, temos: R=UE (A) +1, Ay que é a expresso da capacidade de carga do elemento de fundacgo por estaca, na qual observamos as varidveis geométricas da estaca (U, 4, € A,) e as varidveis geotécnicas 1, e ,. Por essa expressio, conhecido 0 comprimento L da estaca (subdividido em segmentos Bu fe pacees pox estacas + com diferentes alturas 4,), determinamos a capacidade de carga R do elemento de fundagio. Porém, dependendo da metodologia de projeto (tema do préximo capitulo), primeiro adotamos a capacidade de carga para depois pesquisarmos o comprimento da estaca. Acexisténcia desses dois conjuntos de variaveis torna inadequado nos referirmos & capacidade de carga da estaca ou a capacidade de carga do solo, como vemos habitualmente na literatura. Trata-se, portant, da capacidade de carga do elemento de fundaco, o qual representa um sistema formado pelo elemento estrutural (estaca) e pelo elemento geotécnico (macigo que envolve a estaca). Ao término de um estaqueamento, cada elemento de fundacdo por estaca oferece uma capacidade para resistir cargas verticais até o limite da condigao representada pela ruptura iminente, a chamada capacidade de carga R. Esta é, portanto, uma resisténcia maxima disponivel, e toda vez que se aplica uma carga F, inferior a R, temos uma mobilizagao parcial da capacidade de carga, restando uma espécie de reserva de resisténcia, Neste capitulo, veremos os métodos de célculo para previsio dos valores de R, na fase de projeto. Essa capacidade de carga prevista poderd ser confrontada com valores experimentais obtidos em ensaios estéticos ou dinmicos ~ as chamadas provas de carga ~ geralmente realizados durante ou apés @ conclusio do estaque- amento. Conhecidas as parcelas de resisténcia (R, R,), podemos exprimir © valor da carga P, em qualquer fase do carregamento aplicado estaca até a ruptura (0 < P< R), em funcao dessas parcelas: P=aR,+bR, em que a e b sao fatores porcentuais de mobilizacio, ambos variando de 0% a 100%. Observagées experimentais de diversos pesquisadores revelam que a condigo de mobilizacio maxima do atrito (a = 100%) é atingida para baixos 10 mm, inde seu fuste. Ac ponta (b = 10 corresponde: cravadas, e d das, difereng (compactaca cravada owe Na realidade do carregams mas, ao atin mobilizagao | simplificador comegar am magao raz04 um valor mé Assim, quan: durante a fas pode tratar d Voltando 8 ¢ considerar a: parcelas de parcela de al escavadas limite, a resi 0 caso partic ante, como, p em que toda estacas muit (em vasa, pr ocorréncia d Por outro la¢ cia de ponta, robustas e c ACIDADE DE CARG ara baixos valores de recalque da estaca, geralmente entre 5 ¢ . 10 mm, independentemente do tipo de estaca e do didmetro do seu fuste. Ao contrério, a maxima mobilizagao da resisténcia de Ponta (b= 100%) exige recalques bem mais elevados, com valores correspondentes a cerca de 10% do diametro da base, para estacas cravadas, e de até 30% do didmetro da base, para estacas escava- das, diferenca esta justificada pelo proceso executivo da estaca (compactagio ou desconfinamento do solo provocado pela estaca cravada ou escavada, respectivamente) Na realidade fisica, a mobiliza da ponta ocorre desde o inicio do carregamento, simultaneamente a mobilizacao do atrito lateral, mas, a0 atingir a mobilizagéo maxima do atrito, geralmente a mobilizagao da ponta ainda nao é significativa. Por isso, a hipétese simplificadora de primeiro esgotar todo o atrito para depois comecar a mobilizar a resisténcia de ponta constitui uma aproxi- macdo razoavel. Alids, a resisténcia de atrito lateral pode atingir um valor méximo (de pico) e depois cair para um valor residual. Assim, quando dizemos que o atrito maximo permanece atuando durante a fase de mobilizacéo da ponta, devemos entender que se Pode tratar do atrito residual, se for 0 caso. Voltando & equacio de capacidade de carga (R = R, + R), vamos considerar as diferentes possibilidades de proporio entre as duas { Parcelas de resisténcia. Pode haver casos em que predomina a Parcela de atrito lateral, como geralmente ocorre com as estacas escavadas e com os perfis metélicos cravados. Se, na situacio limite, a resisténcia de ponta for praticamente desprezivel, temos © caso particular da estaca de atite, também chamada estaca flutu- ante, como, por exemplo, uma estaca longa cravada em argila mole, em que toda a resisténcia se da por atito lateral. Aliés, no caso de estacas muito esbeltas, em espessas camadas de argila muito mole (em vasa, principalmente), devemos verificar a possibilidade de ocorréneia de flambagem, Por outro lado, podemos ter casos de predominancia da resistén- cia de ponta, como geralmente ocorre com estacas cravadas mais robustas e com estacas Franki. No extremo, em que a resisténcia | ee lateral é desprezivel, temos a estaca de ponta, como, por exemplo, uma estaca apoiada em rocha sa. Além disso, lembremos que a capacidade de carga é uma funcao do tempo nao s6 em dois casos especiais de: (i) set-up: nas camadas argilosas, a cravacéo de estacas causa uma acentuada redugiio de resisténcia, a qual é recuperada com o decorrer do tempo, gracas a (i) solos colapsiveis:em certos solos nao saturados, geralmente porosos, as variagdes sazonais no teor de umidade provocam modificagao no valor da capacidade de carga do elemento de fundagéo (para esse tema, consultar Cintra e ‘Aoki, 2009); mas também no caso de solos saturados, que, situados ao redor e junto a ponta de cada estaca, passaréio do comporta- mento inicial nao drenado para o drenado, ao longo da vida util da obra. Nesse processo, a capacidade de carga aumentaré com 0 tempo, razao pela qual devemos optar pelo célculo de R na condi- do no drenada, mais conservadora, utilizando parimetros do solo correspondentes a essa condicao. Isso é compativel com 0 uso de correlacées com 0 Neyy uma vez que o SPT é um ensaio no drenado por exceléncia. uma espécie de cicatrizagio dosol 1.1 FORMULAS TEORICAS As formulas teéricas de capacidade de carga de elementos de fundago por estaca constituem um vasto capitulo da engenha- ria de fundacées. Por causa do interesse que o assunto desperta, intimeros autores pesquisaram o problema teoricamente e apresen- taram suas contribuicées, que constituem um imenso repertério de formulas. Essa diversidade de proposigdes decorre da dificuldade de ajustar um bom modelo fisico e matemético & questéo da ruptura em fundacées profundas. No caso de fundagies rasas, é bastante razodvelo modelo de ruptura geral estabelecido por Terzaghi (1943), que, entre outras hipéteses, considera a sapata pouco embutida no terreno, a uma profundidade inferior & sua largura. Nesse caso, a ruptura implica o levantamento de uma parte do macico de solo, visivel & superficie do terreno, e 0 consequente tombamento da sapata, Em se trat comportan de equacio tudo para fundacdes las teéricas A seguir, ¢ niveis na considerad da capacid nos casos } Conforme | elemento ¢ duas: 1, er, No caso de ao fuste de qualquer coesio nao em que «| 0 solo ea mostram q 0 aumento Assim, a re des de fore: de estaca, perimetro Na pratica apresenta ADE DECARGA I Em se tratando de fundacées profundas, porém, tal modelo de Zs comportamento fisico é inaplicdvel. Existem diversas tentativas de equacionar o problema, mas que ainda nao sio eficazes, sobre- tudo para estacas em areia. Isso justifica, na prética de projeto de fundagdes por estacas, o uso restrito - ou com cautela - de férmu- las te6ricas para previstio de capacidade de carga A seguir, em vez de detalhar alguns dos muitos métodos dispo- niveis na literatura, apresentaremos apenas o que pode ser considerado como 0 encaminhamento de uma formulacio teérica da capacidade de carga de elementos de fundagées por estacas, hos casos particulares de solos puramente argilosos ou arenosos. 1 Estacas em argila Conforme jé assinalado, na equacdo de capacidade de carga do elemento de fundac&o por estaca, as varidveis geotécnicas sio duas: 1, ery No caso de solo argiloso, r, representa a tensio de adestio do solo a0 fuste da estaca, em termos de valor local, para um segmento qualquer da estaca, e pode ser calculada em fungio da prépria | coesdo nao drenada (() da argila situada ao redor desse segmento, sac em que a é um fator de adesao entre © solo € a estaca. Os abacos da Fig, 1.3 mostram que o valor de a diminui com o aumento da coesio, Assim, a resisténcia lateral, em unida- des de forca, atuante naquele segmento | de estaca, com comprimento A, © | perimetro U, é dada pelo produto: | U-a-c-AL | Comsat) Na pratica, geralmente o terreno se apresenta estratificado, com camadas Fel Fator de adesdo « (Tomlinson, 1957) | ae de valores distintos de coesdo. Entéo, interpretamos 4, como a espessura de cada camada e obtemos a parcela de resisténcia lateral (R,) por meio do somatério das forcas de adesao ao longo da estaca: R,=UZ(acal) Por sua vez, a resisténcia de ponta (r,) pode ser considerada como a capacidade de carga de uma fundacao direta de mesma base, que, em solos argilosos, pode ser calculada pela equagao de Skempton. (1951): Ne+q na qual: q ~ sobrecarga (tensao vertical efetiva na cota de apoio da base da estaca); N, ~ fator de capacidade de carga, que pode ser considerado igual a9 para fundacées profundas. Portanto, em unidades de forca, a parcela de resisténcia de ponta (R) € dada por: R=(9e44) A, em que: ¢- valor médio da coesao nao drenada da camada de apoio da ponta ou base da estaca; A, ~dtea da base 141.2 Estacas em areia De maneira anéloga a seco anterior, o problema € quantificar as duas varidveis geotécnicas, r, er, , da equacdo de capacidade de carga do elemento de fundagao por estaca. No caso de areia, homogénea com a profundidade, r, representa a tensao de atrito lateral local que se desenvoive entre 0 solo e 0 fuste de um segmento qualquer da estaca, na condicao de maxima mobilizacéo, e pode ser calculada pela expressao: em que: G, - tensio | tg ~ cochc 8 ~ Angulo d Considerand em que K éc Finalmente, em que 1 ~ pesoesy z ~ profund chegamos a dade: Todavia, ob efeito de ar indefinidam (rc) na profu tivamente p De acordo supor que, atrito later igual a 15 a0 valor eri Logo: PEDECARCA tgs em que: Gj, ~ tensdo horizontal no segmento de estaca; tg ~ coeficiente de atrito estaca-solo; 3 ~ Angulo de atrito entre o solo e a estaca, Considerando que o,=Ke, em que K € 0 coeficiente de empuxo e g,, a tensao vertical, temos: Ko, tgs Finalmente, com em que: 1 ~ Peso especifico efetivo da areia; 2 ~ profundidade; chegamos a uma fungio linearmente crescente com a profundi- dade: Kyztgs Todavia, observacdes experimentais indicam que, em razio do efeito de arqueamento nas areias, o atrito lateral local nao cresce indefinidamente com a profundidade, atingindo um valor critico ((,) na profundidade de 10 ou 20 vezes o diametro da estaca, respec- tivamente para areia fofa ou compacta. De acordo com Moretto (1972), para o céleulo prético, podemos Supor que, qualquer que seja a compacidade relativa da areia, 0 atrito lateral local aumenta linearmente até uma profundidade igual a 15 vezes o diametro (D), permanecendo constante e igual 20 valor critico para profundidades maiores (Fig. 1.44) Loge: Py Feros ron traces g Entdo, com base nesse valor critico, podemos obter 0 atrito lateral local médio ao longo de todo o fuste (Fjpai). Finalmente, a parcela de resisténcia lateral (R,), em unidades de forca, 6 dada por: Ry =UL Times F.14 Efeito de arqueamento em areias (Cintra e Aoki, 1999) Para adotar o valor do coeficiente de empuxo (K), precisamos anali- sar o tipo de estaca e 0 grau de perturbagao que a sua execucio Provoca no macico de solo que a circunda. Para estacas metéli- cas, em geral bem delgadas, a sua cravacio provoca pequeno ou quase nenhum deslocamento do solo, razao pela qual o valor de K aproxima-se do coeficiente de empuxo em repouso. Para estacas de grande deslocamento (por exemplo, estacas pré-moldadas de concreto ou estacas de madeira), K pode assumir valores mais elevados, principalmente no caso de areias mais compactas e de estacas cénicas, coerentes com a condigdo de empuxo passivo. No caso oposto, estacas escavadas em que a concretagem nao é imediata & perfuracdo, quanto mais tempo o furo fica aberto, mais se aproxima da condigao de empuxo ativo, em que o solo tem a tendéncia de deslocar-se, no sentido de reduzir o diametro do furo. Gom base nessas consideracées, Broms (1966) recomenda os valores de K apresentados na Tab. 1.2, além dos valores para o angulo de atrito estaca-solo (5), em funcao do angulo de atrito do solo (i). No caso de estacas escavadas, K poderd corresponder, no maximo, ao valor recomendado para estacas metélicas, ‘Tav.1.2 Coeficiente de Estaca eta Prémoldads de concrete Madeira Forte Bans 868) A resistencia de p pretada como a ¢ mesma base, a qu Para fundagées p pode ser consider Além disso, incor, dade de carga N,, © considerando qu na profundidade expresso: Finalmente, a parc forca, é dada por: A Fig, 15 mostra « obtidos por vérios Nessa figura, pode varias proposigées @ 1.000, dependend a0 descrédito a uti capacidade de carg limitacdo dos méto coesivo ou granula cia de solos c-4, os. DE DE CARGA _To1.2 Coeficiente de empuro Ke angulo de arto 8 “ K ‘Area fofa ‘Areia compacta 20 349 56 Fone: 5 (9 A resisténcia de ponta na iminéncia da ruptura (/,) pode ser inter- | pretada como a capacidade de carga de uma fundagao direta de mesma base, a qua em areias puras, é dada pela equacéo: ty #4Ny 5, + EVEN; S, Para fundacées profundas, porém, a parcela devida ao fator N, pode ser considerada desprezivel em comparacio a outra parcela Além disso, incorporando 0 fator de forma S, ao fator de capaci- dade de carga N,, com: © considerando que a sobrecarga (q) atinge um valor maximo (q°) na profundidade de 15 vezes o diémetro (Fig. 1.48), obtemos a expressao: Finalmente, a parcela de resisténcia de ponta (R,), em unidades de forca, 6 dada por: (@N,) A, A Fig. L5 mostra os gréficos dos valores de N obtidos por varios autores. i", em funcao de 4, Nessa figura, podemos observar que ha diferencas aprecidveis nas vérias proposig6es de N,’. Por exemplo, para $= 40°, N,* varia de 100 1.000, dependendo do autor. Uma discrepancia dessa ordem leva a0 descrédito a utilizaco de férmulas teéricas para o cdlculo da capacidade de carga de elementos de fundacao por estaca, Outra limitagao dos métodos teéricos é a consideracdo exclusiva de solo coesivo ou granular, enquanto na natureza é frequente a existén cia de solos c-6, os que tém coesio e atrito. [P0908 ror Fsracas A seguir, apre Aoki-Velloso (1 séo amplamer Sées, inclusive 1 Retomando a | carga, temos: | DEBEER JAKY de-carga Not com as parcela respectivament Fetor de capactda ou seja, a capaci j ‘| SKEMPTON| Yassin : sistor | em que r, er, sa | | | ‘TERZAGH Pelo método Aok toh poe = cs as co correlacionadas 30 i 30 Angulo de atrito interno $ meio dos valores Fie15 Volores de N,* de vérios autores (Vesic, 19670) lateral unitario n Em razdo disso, os métodos teéricos de capacidade de carga de fundacdes por estatas tém pouca utilizactio em projetos, sendo Preteridos em prol dos métodos semiempiricos. Métodos tedricos de capacidade de carga de fundagées por estacas ainda sio um tema em aberto na geotecnia, merecendo novas pesquisas. 1.2 METODOS SEMIEMPiRICOS ge a ‘Uma vez que as formulas teéricas geralmente nao sio confidveis (protétipo) e *o na previsdo da capacidade de carga de fundacées por estacas, método executive ‘muitos autores tém proposto métdos baseados em correlacoes 0 CPT ni € tao en empiricas com resultados de ensaios in situ ¢ ajustados com provas Ponta (q,) pode ser de carga, es resisténcia 4 penet ADE DE CARCA A seguir, apresentaremos trés métodos semiempiricos brasileiros: Aoki-Velloso (1975), Décourt-Quaresma (1978) e Teixeira (1996), que sao amplamente utilizados nos escritérios de projeto de funda- Ges, inclusive no exterior. 1.2.1 Método Aoki-Velloso (1975) Retomando a Fig. 1.2 e a deducdo da equacdo de capacidade de carga, temos: R= R+R com as parcelas de resisténcia lateral (R,) e de ponta (R,) dadas, respectivamente, por: =UE(, A) e ou seja, a capacidade de carga (R) igual a R=UEK A +H A, em que r, er, Sao as incdgnitas geotécnicas, Pelo método Aoki-Velloso, essas duas inc6gnitas sao inicialmente correlacionadas com ensaios de penetracao estatica CPT", por *Aépocada meio dos valores da resisténcia de ponta do cone (,) ¢ do atrito Lert lateral unitério na luva (f,) no qual foi incorporeda a lava de Regemann para medida da atrito Tateral. Atualmente predomina o emprego do cone elétrico e do Piezocone, que em que F, €F, sdo fatores de correcdo que levam em conta oefeito prone. asa sscala, ou seja, a diferenga de comportamento entra estaca Sudo (protétipe) e o cone do CPT (modelo), e também a influéncia do leitura da Init executivo de cada tipo de etaca,Todavi, como no Brasil‘ do © CPT nao é tao empregado quanto o SPT, o valor da resisténcia de Ponta (q.) pode ser substitufdo por uma correlagéo com o indice de resisténcia a penetraco (Nop): Ju For ncors ror esacas < 4 = K Noor em que o coeficiente K depende do tipo de solo. Essa substituicdo possibilita exprimir também o atrito lateral em fungi de Nery, Com a utilizacdo da razo de atrito (a): Logo: a =a K Noor em que « é funcao do tipo de solo. Na literatura especializada sobre cone, a razio de atrito é tradicio- nalmente representada por R,¢ é utilizada para identificar o tipo de solo. No método Aoki-Velloso, os autores procedem de maneira inversa, pois, a partir do tipo de solo, conhecido pela sondagem SPT, inferem o valor da razao de atrito. Podemos, entéo, reescrever as expressdes anteriores para r, ¢ ¥,: oes oe oKN IL ie fi y em queN, eN, séo, respectivamente,o indice de resisténcia a penetra- cao na cota de apoio da ponta da estaca ¢ 0 indice de resisténcia & penetracdo médio na camada de solo de espessura A,, ambos valores obtidos a partir da sondagem mais préxima, Portanto, a capacidade de carga (R) de um elemento isolado de fundagao pode ser estimada pela formula semiempirica: 2 2 Eexna) ee com os valores de K e de a dados na Tab. 1.3, propostos pelos autores com base em sua experiéncia ¢ em valores da literatura. Os fatores de correcdo F, e F, foram ajustados com 63 provas de carga realizadas em vari¢ © que permitiu a 0 apresentados na Ta provas de carga nao os autores utilizara der Veen (1953) pe capacidade de carg pontos obtidos na forma de curva q assintota ao eixo d assim, um valor de Trata-se do modo de como ruptura fisica £ interessante obse superior a 1,0, a res fundagao por estac i resulta inferior & d experimentais dem escala invertido, pel (diametro de 36 mm fundacao (estacas c © dimetro do cone) Por sua vez, 0 fator deveria ser igual a engloba também ur a luva de Begemani geometria da luva: téncia de ponta (ni do atrito lateral. variar entre uma e F, =2F,, a hipétese ECAMACIDADE DE CARGA J realizadas em varios estados do Brasil, 44a, 15 Coeficiente Kerazto de tito a © que permitiu a obtencéo dos valores. sole XP) ay | apresentados na Tab. 14. Quando essas “Mea G0 Ai iss Awa soagiosa 20 2a provas de carga nao atingiram a ruptura, | 0s autores utilizaram o método de Van | der Veen (1953) para a estimativa da capacidade de carga, o qual ajusta aos She pontos obtidos na prova de carga uma arena forma de curva que caracteriza uma “iteaioso assintota ao eixo das cargas, definindo, _“Siteagiowenao ‘Arla assim, um valor de capacidade de carga. Trata-se do modo de ruptura classificado fie genostiow como ruptura fisica. “Aug sitosa pl sitoarenosa Fame; eveso (975), E interessante observar que, como F, é | superior a 1,0, a resisténcia de ponta da | fundacao por estaca Tas, 1.4 Fatores de corecaoF, Tipo de estaca a Frank A taica Pré-moldada ne: ake Vara O75). resulta inferior do cone. Constatacdes experimentais demonstram esse efeito escala invertido, pelo qual a resisténcia de ponta do ensaio do cone ia fundagio (estacas com didimetros de até algumas dezenas de vezes. o diametro do cone) metro de 36 mm) é sempre superior & de qualquer elemento de Por sua vez, 0 fator F,, o denominador da parcela de atrito, deveria ser igual a F,, mas isso no ocorre porque o seu valor engloba também uma correcdo de leitura. No cone mecnico, com a luva de Begemann, a medida do atrito lateral (J,) é afetada pela geometria da luva: a sua parte inferior acaba gerando uma resis- téncia de ponta (na luva) capaz de até dobrar o valor em razio do atrito lateral. Entdo, para corrigir esse erro de leitura, F, deve variar entre uma e duas vezes o valor de F, (F, < F, <2F,). Portanto, F 2F,,a hipétese adotada pelos autores, é a mais conservadora, Bu For 7pco8s ror estacas a No cone elétrico e no piezocone, que praticamente substituiram 1.2.2 Mé © cone mecfnico, a leitura é feita diretamente na ponteira cénica, As parcelas de resi sem introduzir esse erro. Por isso, se formos utilizar o método Aoki- um elemento de ful Velloso com os dados obtidos pelo cone elétrico ou piezocone, em vez do SPT, deveremos considerar F, = F,. Apés a publicacio do método, surgiram aprimoramentos para esses fatores. Para estacas pré-moldadas de pequeno diémetro, Aoki (1985) constata que o método € conservador demais e propée: Aestimativa da ten o valor médio do in (Dem metros) do fuste (N,), de acc sem nenhuma dist em que D é 0 diémetro ou lado da seco transversal do fuste da estaca, mantendo a relagdo F, = 2 Fy, adotam os limites serao utilizados na Décourt (1982) tran Para estacas escavadas, a prética de projeto acabou incorporando os valores de F, = 3,0 e F, = 6,0, propostos por Aoki e Alonso (1991). E, finalmente, para estacas dos tipos raiz, hélice continua e mega, e estende o limite Velloso Lopes (2002) recomendam F, =2, eF, = 40. de deslocamento ¢ N, $15 para estacai Essas modificagées esto relacionadas na Tab. 1.5. A capacidade de ¢ Tas, 1.5 Fatores de correcéo Fe F, atualirados © método Aoki-Velloso (1975) tem sido estimada pela equa comparado aos resultados de provas 2FF afi de carga realizadas em regides ou ‘pemodaa some «formmagées geotécnicas especificas. Em “Bada 30 2Fi consequéncia, algumas _ publicacdes em que: “Tair, Héice continue e Omega 2 2FL trazem novos valores para K e a, validos Fete: apes Ake Velo (375) N,- valor médio do para determinados locais, como, por base da estaca, obi exemplo, a proposicio de Alonso (1980) para os solos da cidade de ‘So Paulo e os valores de K obtidos por Danziger e Velloso (1986) para os solos do Rio de Janeiro. a0 nivel da ponta ¢ anterior ¢ 0 imedia C~coeficiente cara ajustado por meio d Portanto, esta deve ser a tendéncia no uso do método Aoki-Velloso: manter a sua formulacdo geral, mas substituir as correlagies origi- nais, abrangentes, por correlagdes regionais, que tenham validade comprovada. zadas em estacas p Nas provas de cai ruptura, 0s autores ECAMCIDADE DE CARA 1.2.2 Método Décourt-Quaresma (1978) . As parcelas de resisténcia (R, e R,) da capacidade de carga (R) de um elemento de fundagao por estaca sao expressas por Aestimativa da tensio de adeséo ou de atrito lateral (r,)é feita com ovalor médio do indice de resisténcia & penetraco do SPT ao longo do fuste (N,), de acordo com uma tabela apresentada pelos autores, sem nenhuma distingiio quanto ao tipo de solo, No célculo de N,, adotam os limites N, 3 e N, < 15 e ndo consideram os valores que serdo utilizados na avaliagio da resisténcia de ponta. Décourt (1982) transforma os valores tabelados na expressio: _ a.-10 (%Ev2) oer © estende o limite superior de N, = 15 para N, = 50, para estacas de deslocamento e estacas escavadas com bentonita, mantendo N, 15 para estacas Strauss e tubuldes a céu aberto. A capacidade de carga junto ponta ou base da estaca (7,) & estimada pela equagao: em que N,- valor médio do indice de resisténcia & penetraco na ponta ou base da estaca, obtido a partir de trés valores: 0 correspondente ao nivel da ponta ou base, o imediatamente anterior e o imediatamente posterior; Tas. 1.6 Coeficiente caracteristic do solo C C-coeficiente caracteristico do solo (Tab. 1.6), de solo (KPa) ajustado por meio de 41 provas de carga reali- "0 zadas em estacas pré-moldadas de concreto. —— = Site arenoxo® 250 ‘ei 200 Nas provas de carga que no atingiram a — Le ion as * alieracdo de roche (los edu) re out e Guess ruptura, os autores utilizaram como critério 4.7 Valores do Tipo de solo “heges Solos intrmediios "\altes apenas oientatios dante do reduido nlmero de dadosdsponives Fonte Décout de ruptura a carga correspondente ao recalque de 10% do dimetro da estaca. Esse critério esta associado ao modo de ruptura conven- ional. Décourt (1996) introduz fatores ae B, respectivamente nas parce- las de resisténcia de ponta e lateral, resultando a capacidade de carga em: MN RoC phy -920(%ea)oz ara a aplicagdo do método a estacas escavadas com lama bentoni- tica, estacas escavadas em geral (inclusive tubulées a céu aberto), estacas tipos hélice continua e raiz, e estacas injetadas sob altas presses. Os valores propostos para a € i séo apresentados nas Tabs. 1.7 e 1.8, 0 método original (a pré-moldadas, metélicas e tipo Franki. 1) permanece para estacas fator «em funcéo do tipo de estaca e do tipo de solo Tipo de estaca Escavadaem —Escavada Hélice rai _‘ietada sob geral (bentonita) continua altas pressies 085 os 08s lo 06 03 oer 10 05 05 O35 ost o ‘Tea. 1.8 Valores do ftor fem fune30 do tipo de estaca e do tipo de solo Tipo de estaca Tipodesslo —“Escavadaem —Escavada Injetada sob cava ca ary geral (bentonita) Hélice contin S altas pressies CS - O65" 07st eee hr ast a6" oe 1s 307 * valores apenas orentatos dante do Fonte: cou (836). nido nimeso de dadosdsponves Por ocasido do ESOPT II (Second European Symposium on Penetration Test), realizado em Amsterda, em 1982, promoveu-se um “concurso” internacional par isolado de fundag evento e, dos ma desafio, recebend cao geotécnica co situ (SPT, CPT etc) estaca e sua crave carga na estaca, 1.200 KN. A melh Décourt (1.180 kN 1 Com base na util como Aoki-Vellos propée uma espé carga, em funcéo em que: N, - valor médio intervalo de 4 dit abaixo; N,- valor médio fuste da estaca. Os valores sugeri ponta, sao aprese de estaca, Jéo parametro p, do tipo de solo, Tab. 1.10, em fun¢ © autor adverte ¢ pré-moldadas de argilas moles sen caso, a tensao de da natureza do se 1 CAPACIDADE DE C. internacional para previséo da capacidade de carga de um elemento isolado de fundacdo. Uma estaca foi cravada préxima do local do evento e, dos mais de 700 congressistas, 25 candidataram-se a0 desafio, recebendo, com antecedéncia, os resultados da investiga ao geotécnica completa do terreno, incluindo diversos ensaios in situ (SPT, CPT etc) e de laboratério, além das informacées sobre a estaca e sua cravacdo. Durante o congresso, realizou-se a prova de carga na estaca, encontrando-se a carga de ruptura entre 1150 ¢ 1200 EN. A melhor previsio foi a apresentada pelo Eng Luciano Décourt (1.180 kN), que utilizou o método do qual é coautor. 1.2.3 Método Teixeira (1996) Com base na utilizagao pratica e continua de diversos métodos, como Aoki-Velloso, Décourt-Quaresma e outros, Teixeira (1996) Prope uma espécie de equacéo unificada para a capacidade de carga, em fungao de dois parametros, « e 6. N,A,+BN,UL em que: Np ~ valor médio do indice de resistncia a penetracao medido no intervalo de 4 diametros acima da ponta da estaca e 1 diametro abaixo; N,~ valor médio do indice de resisténcia A penetragao ao longo do fuste da estaca, Os valores sugeridos para o parémetro a, relativo a resisténcia de Ponta, so apresentados na Tab. 1.9, em fungéo do solo e do tipo de estaca. Ja 0 parémetro p, relativo a resisténcia de atrito lateral, independe do tipo de solo, e seus valores sugeridos séo apresentados na Tab. 1.10, em fungao do tipo de estaca. © autor adverte que 0 método nao se aplica ao caso de estacas pré-moldadas de concreto flutuantes em espessas camadas de argilas moles sensiveis, com Nopy normalmente inferior a 3. Nesse caso, a tenséo de atrito lateral (r,) é dada pela Tab. 1.11, em funcao da natureza do sedimento argiloso. Bay Fe 7pso8s ror estacas 8 ° 1.9 Valores do parémetro ce. + (4 40 muito compada Font: Godoy (97) Considerando es com diémetro det 750 KN e comprin local cuja sondag: na Fig. 17, coma previsao dalcapac sao utilizando on Fatores de co Resisténcia la De-1ma-6m:4 K=600kPa e a: De-6ma-11m: K=600kPae De-11ma~13m 16 Nmea = > Exercicio RESOLVIDO 1 Considerando estacas pré-moldadas de concreto centrifugado, com diametro de 0,33 m, carga de catalogo de 750 KN e comprimento de 12m, cravadasem ° — local cuja sondagem com Ney, é representada na Fig. 1.7, com a ponta a cota -13 m, fazer a 4 previsao da|capacidade de carga dessa funda- cdo utilizando 0 método Aoki-Velloso. Ateia fina a méd argilosa, mazrom 3PA (sedimento cenozsico) Formago Rio Claro Fatores de correcao 4 Linha de seixos fg] Areia ina, arglose, avermelhada (solo residual) fy =2F, =2,82 Resistencia lateral De~1 ma~6 m: Areia argilosa com 9 u Nmea = 2823 Areia argos, variegada 18)h (saprolite de arenit) Formagio Ieaqueri 15 tae K=600kPa e a=3% 7 2103 600-3. 5-0,33:5= 99 kN ul 2,82 “4 2 De~6 ma~11 m: Areia argilosa com i Nmea 25 K=600 kPa ea =3% 5 0,03:600.7 7 “i — a 2 S007. 9-0,38-5= 232 BN Rao gan 7083-5 =2528N 56/7 site argioso, variegado aofg_ (aDrlito de basalt) De~11 m a~13 m: Areia argilosa com Pelee te] 16 2 —1) 8 Nine Fi. 1. Perfil representativo com valores de Noor Buy Fosssers ron areca a K=600kPa ¢ a=3% y= 2:80.89. 9.93.2- 10618 R= Ry + Ry + Ry = 437 RN Resisténcia de ponta (cota -13 m) Areia argilosa com Nop = 14 2 600-14 ©: (0.337 _ sian a4 Capacidade de carga 950 kN R=R, +R,=947 kl 0 capitule um elem a maxim: de ruptui utilizar os métodos s resultados de SPT. ‘Agora, considereme de estacas de mest da variabilidade 4 nao resultarao idé tico de R como ums fungao de densida valores de R obede do que ocorre com de prova de cone dois valores partic de_probabilidade valores inferiores, (Rped)» com 50% a ocorréncia de valo cada um desses origem a uma fi A primeira des da resisténcia cujo valor, reduzi REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ABEF ~ Associagio Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundacdes © Geotecnia. Manual de especificagées de produtes e pracedimentos. 3. ed. S80 Paulo: Pini, 2004. ABNT ~ Associagio Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6122; Projeto e cexecucao de furdagies. 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