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2a edição

de Gi
Giuseppe Verdi e Antonio Ghislanzoni
Adaptação e roteiro: Rosana Rios Arte: Klayton Luz
Coordenação: Silvio Alexandre Ferreira Neto
de Giuseppe Verdi e Antonio Ghislanzoni

Adaptação e roteiro: Rosana Rios


Arte: Klayton Luz

Coordenação: Silvio Alexandre Ferreira Neto

2a edição
2018
Edição
Adilson Miguel
Editora assistente
Gislene de Oliveira
Revisão
Hélia de Jesus Gonsaga (ger.)
Kátia Scaff Marques (coord.)
Rosângela Muricy (coord.)
Célia Carvalho
Gabriela M. Andrade
Hires Heglan
Edição de arte
Marisa Iniesta Martin
Tratamento de imagens
César Wolf
Projeto gráfico
Rafael Vianna
Partituras
William and Gayle Cook Music Library/
Indiana University School of Music

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Rios, Rosana

Aída / Giuseppe Verdi, Antonio Ghislanzoni ;


adaptação e roteiro Rosana Rios ; arte Klayton Luz ;
coordenação Silvio Alexandre Ferreira Neto. —
2. ed. — São Paulo : Scipione, 2018.

Título original: Aída

1. Aída - Histórias em quadrinhos I. Verdi,


Giuseppe, 1813-1901. II. Ghislanzoni, Antonio, 1824-
1893. III. Luz, Klayton. IV. Ferreira Neto, Silvio
Alexandre.

18-17093 CDD-741.5

Índice para catálogo sistemático:


1. Aída : Histórias em quadrinhos 741.5
Cibele Maria Dias – Bibliotecária – CRB-8/9427

ISBN 978-85-474-0148-1 (aluno)


ISBN 978-85-474-0151-1 (professor)

2a edição, 2018

Todos os direitos reservados à


Editora Scipione S.A.
Avenida das Nações Unidas, 7221
1o andar – setor D – Pinheiros
São Paulo – SP – CEP 05425-902
Quem é a mulher que pode mudar
o destino de dois povos?

Aída é filha de Amonasro, o rei da Etiópia. Ela foi apenas


uma das muitas mulheres de seu povo a ser transformada em escrava
pelos egípcios após a guerra do Egito contra seu país. Mas, mesmo
escravizada, ela encontra um motivo para viver: o comandante do
exército egípcio, Radamés, é apaixonado por ela e fará de tudo
para salvá-la.
Porém, a filha do Faraó, Amneris, deseja casar-se com Radamés.
E a guerra contra a Etiópia prossegue… Aída terá de escolher entre
seu povo e seu amor. O que ela escolherá? Descubra os sentimentos
e as emoções – a lealdade, o amor, o luto, a indignação pela
existência da escravidão – que esta obra, uma ópera composta pelo
italiano Giuseppe Verdi, apresenta.
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ramfis

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Roteiro: rosana rios
arte: klayton luz

Aída,

radamés?

faraó,

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aída

ísis, o faraó.

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amonasro!

radamés

radamés!

radamés,

egito!

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aída?

egito

ptah,
ísis,

osíris,
ptah!
rá, o deus sol.

ptah!

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amon-rá.

etíopes.

faraó

ísis,

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covarde?

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amonasro,

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Aída
Aída, originalmente uma ópera composta pelo italiano
Giuseppe Verdi, com libreto de Antonio Ghislanzoni, surgiu
em finais do século XIX e estreou na Casa da Ópera, no Cairo,
Egito, em 1871. Verdi é um dos mais influentes compositores de
ópera do mundo. A ópera já foi encenada em diferentes partes,
com montagens diversas.
Nesta publicação houve a aproximação de gêneros
aparentemente distantes: a ópera – manifestação artística
clássica, que articula música lírica e teatro – e história em
quadrinhos, gênero contemporâneo muito próximo do universo
jovem em geral. A estrutura, os personagens e os episódios da
narrativa original foram mantidos, mas a maneira de narrá-los
é que foi alterada.
A adaptação de Aída para os quadrinhos foi feita pela
escritora Rosana Rios, que já se consagrou como autora
infantojuvenil após ter publicado mais de cem livros desde
1988. Ela transita entre diferentes gêneros: escreve livros infantis
e juvenis, atua como roteirista de TV, produz análises literárias
e estudos sobre a relação entre literatura e tecnologia. Aberta
a diversas manifestações artísticas, Rosana consegue traduzir
em uma linguagem incomum a ópera Aída, valorizando as
características do gênero história em quadrinhos, sem deixar de
lado as especificidades da narrativa original. Oferece, assim,
à juventude brasileira uma preciosidade do patrimônio cultural
universal em linguagem moderna e acessível.

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Esta obra está vinculada ao tema “Autoconhecimento,
sentimentos e emoções” da categoria 1 (6o e 7o anos do
Ensino Fundamental – Anos Finais). Isso porque a personagem
principal, Aída, passa por um grande conflito de identidade:
ela é uma princesa da Etiópia e foi escravizada pelos
comandantes do Egito. É amada por Radamés, o comandante
do exército egípcio, mas odiada por Amneris, a filha do faraó
que deseja se casar com Radamés. Além disso, não sabe se
defende seu povo e fica contra o seu amado, do país inimigo,
ou se foge com ele, deixando sua pátria de lado. Essas questões
influenciam a percepção que a personagem tem de si própria
e de sua identidade. Todos esses conflitos e dualidades são,
em alguma medida, vividos pelos alunos desses anos escolares,
e podem servir de mote para discutir a construção de sua
identidade e para debater a percepção que possuem
de si mesmos.

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As decisões que Aída precisa tomar ao longo da
narrativa refletem também a dificuldade do processo de
amadurecimento. Não poder falar sobre quem ama, não poder
demonstrar seus sentimentos, precisar escolher entre seu pai
e seu povo e seu parceiro romântico, entre sua felicidade
individual e a de sua pátria mostram que as decisões tomadas
durante a vida não são fáceis.
O gênero literário desta obra é o de história em
quadrinhos. Sua classificação nesse gênero evidencia-se
por diversos elementos: há uma linguagem mista, fruto da
combinação entre texto e imagem, com informações verbais
e não verbais que se complementam; o livro apresenta, ao
longo dos quadrinhos, os elementos básicos de uma narrativa
– enredo, personagens, lugar, tempo, clímax e desfecho; os
diferentes tipos de balão servem para distinguir o que seria,
em outro gênero, o discurso direto (a fala dos personagens sem
interferência do narrador) e o indireto livre (o pensamento
dos personagens); o narrador tem sua fala dentro de um boxe,
diferente dos balões que trazem as falas e os pensamentos
dos personagens.

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O autor da ópera

Giuseppe Verdi nasceu em outubro de 1813, em Piacenza,


no norte da Itália, que à época era território da França. Passou a
maior parte da vida na cidade italiana de Busseto, onde iniciou
seus estudos de música. Porém, sua carreira se fez principalmente
na cidade de Milão, famosa pelo teatro de ópera Scala, para onde
Verdi foi estudar aos vinte anos.
De volta a Busseto, já como mestre de música, Verdi se casou
com uma aluna, Margherita Barezzi, com quem teve dois filhos.
Escreveu sua primeira ópera, Oberto, em 1839. Infelizmente,
na época em que escreveu sua segunda ópera, Un giorno di regno,
atravessou um período muito difícil com a morte da esposa e dos
filhos. Porém, sua obra começou a ter repercussão, e a partir daí
Verdi escreveu dezenas de óperas.
A ópera Nabuco, cantada pela soprano Giuseppina Strepponi,
que se tornou sua segunda esposa, fez um estrondoso sucesso.
A partir daí, ele passou a compor quase uma ópera por ano, entre
elas Ernani, I Lombardi, Rigoletto, II Trovatore, La Traviata,
Un ballo in maschera e Otelo.
Verdi se tornou um homem rico e influente na cena musical
italiana. Faleceu em 27 de janeiro de 1901, aos 88 anos, uma
semana após sofrer um ataque – provavelmente um acidente
vascular – no Hotel de Milão, em que se hospedava. Foi considerado
um dos músicos românticos mais influentes do século XIX.

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Autores do libreto

São três os autores envolvidos na elaboração do libreto de


Aída: François Auguste Ferdinand Mariette, egiptólogo francês e
fundador do Museu Egípcio do Cairo, que teria criado o conceito
inicial da ópera, depois desenvolvido pelo francês Camille du
Locle, amigo de Verdi. O libreto final, em italiano, foi obra de
Antonio Ghislanzoni, poeta e escritor nascido na Lombardia, em
1824, e falecido em Bérgamo, em 1893. Ele teria composto mais
de oitenta libretos, entre os quais dois para o compositor brasileiro
Carlos Gomes. É conhecido o fato de que Verdi acompanhou
a escrita das letras das canções de Aída passo a passo. Às vezes
compunha as árias e as enviava a Ghislanzoni para que os versos
fossem inseridos e, sempre que acreditava que os versos não
expressavam exatamente o que queria dizer com a música,
pedia modificações.

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aí da em quadrinhos

Roteiro: Rosana Rios


Rosana Rios é autora de literatura infantil, juvenil e fantástica,
além de ser roteirista de tevê e quadrinhos. Recebeu alguns prêmios
literários e já publicou mais de cem livros. Sempre gostou de música
clássica e A Flauta Mágica é uma de suas óperas favoritas: fez
uma adaptação para o público infantil e várias apresentações de
contação de histórias com músicas dessa ópera. Para saber mais sobre
o seu trabalho, acesse os blogs http://rosana-rios.blogspot.com.br e
http://rosanariosliterature.blogspot.com.br. Ela também está no
Twitter: @rosanashelob.

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Arte: Klayton Luz
Vindo do interior de São Paulo, Klayton Luz iniciou sua jornada
trabalhando como assistente em alguns estúdios de ilustração
publicitária. Hoje tem dupla jornada: de dia, atua como ilustrador
para o mercado editorial e é professor na Quanta Academia de
Artes, e à noite, na surdina, assina o projeto de intervenção urbana
Kaos. Confira seu trabalho visitando www.klaytonluz.com.

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No alto Egito, duas mulheres
se apaixonam por um mesmo
homem: Radamés, o comandante
do exército. De um lado está
a filha do Faraó, Amneris; de
outro, Aída, princesa etíope
transformada em escrava pelos
egípcios, que tem seu amor
correspondido por Radamés.
Aída terá de escolher: ou vive
esse grande amor e abandona
seu povo, ou trai Radamés para
ajudar seu pai e os etíopes a se
vingarem dos egípcios.
A história de amor e coragem de
uma jovem que pode mudar o
destino de duas nações.

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