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JAPÃO

Localização
O Japão é um arquipélago que inclui 4 ilhas principais e milhares de ilhas menores
espalhadas ao longo de quase 1300 km. Rodeado pelo oceano Pacifico, é atravessado por
cadeias de montanhas- das quais o monte Fuji é o mais famoso- que formam a espinha da
maioria das ilhas.
Breve Historia
A história clássica do Japão se divide em cincos períodos:
 PERIODO JAMON (14.OOO - 250 a.C.)
Considerado o primeiro período de formação da civilização
japonesa. Nele se desenvolveram técnicas para a produção de
cerâmicas para guardar e cozer os alimentos. O nome deriva de um cordão feito em
argila (jamon) que era colocado em volta dos recipientes como enfeite.
 PERIODO YAVOY (250 a.C. – 250 d.C.)
Marcados pelas inovações na agricultura intensiva-
produção da cultura do arroz socalcos (platôs (- outros
materiais são trabalhados além das cerâmicas, o bronze
e o vidro.
 PERIODO YAMATO (250 - 710 d.C.)
Primeiro Reinado, segundo a lenda o Japão é unificado
por um guerreiro mitológico, Jimmu Tenno. Os
Yamato eram famílias de grandes guerreiros, adepto ao
Xinto: cultivavam a pureza da alma e do corpo.
Cada rei construía seu novo palácio em uma nova
capital e, ao morrer, era enterrado em seu próprio
imenso tumulo de terra (Kofun), que tinham formato de
um buraco de fechadura e eram cercados por um fosso.
Nesse período, os japoneses se aproximam a China para
o aprendizado da ciência, da tecnologia e da escrita. Foi
com os chineses que o Japão, conhecido como Yamato,
mudou o seu nome em Nihon (Nippon) “terra do Sol
Nascente”.
 PERIODO NARA (710 – 794 d.C.)
Curto mas intenso, neste período Nara se torna capital oficial e permanente. O Budismo oriundo da China torna-se
religião oficial, consagrada pela construção a Nara do Daibutsu: estatua do Grande Buda, alta 15 metros.
Tem-se o desenvolvimento da escrita e a produção inicial da poesia conhecida como Waka.
Após o período Nara, a capital muda para Quioto. Se tem uma fusão entre as ideais budistas e a religião Xinto, criando uma
cultura propriamente japonesa. O imperador começa a ocupar um lugar marginal,
retirado em funções espirituais. O poder passa a ser exercido pela família Fujiwara.
Em volta do sec. XII, começa o
Período Feudal, a era dos
Samurai: cada região japonesa
possuía um Daimyo
(Governador), que por sua vez
obedecia ao Xógun (chefe
militar.
Desenvolvimento da expressão
artística como a Ikebana, o
teatro do Kabuki, a cerimônia
do Chá e a cerâmica de
porcelana.

Estrutura das cidades e modelos


urbanístico
O modelo de cidade japonesa é baseado em conceitos estranhos ao pensamento ocidental, nela a linha principal, aquela na qual
se estruturam as cidades, é a curva; a diferença do sistema ortogonal de linhas retas desenvolvidos ao longo das civilizações
ocidentais.
Para entender a configuração das cidades japonesas é preciso compreender a intima relação entre o visível e o invisível e os
conceitos de ku- vazio, oku- profundidade e ma- intervalo.
 O vazio ou lugar vazio, Ku, é elemento percebido nas cidades: a cultura zen onde o importante não é materialidade mas
a espiritualidade. Por exemplo, na cidade de Tóquio encontra-se o maior espaço vazio no centro, a diferença das cidades
ocidentais onde o centro é destinado as estruturas principais.
 O Oku é a profundidade que cria o mistério em torno ao vazio. O
conceito se origina dos santuários construídos nas montanhas
sagradas, lugares que existiam, mas não eram visíveis, situados
distantes das pessoas comuns.
O oku é obscuro, encoberto e invisível, é o oposto do que acontece
nas cidades ocidentais: enquanto o lugar de culto ocidental, a
igreja, encontra-se no centro, facilmente encontrável, o templo
religioso japonês está escondido dentro um emaranhado de ruas
curvas que remetem a vegetação das montanhas.

 O Ma, um conceito espacial que tem como características o


imaterial. É altamente subjetivo, pois determina a sensação de bem
estar em um ambiente, dada não pela composição de objetos ou mobílias mas, ao contrario pelo arranjo dos seus
espaços vazios. Segundo Kyoshi Seiki O arquiteto ao planear a casa tradicional criava o ma-dori, um sentido de lugar,
algo invisível, porem perceptível.
O espaço, nas cidades japonesas, depende de como aparece nos diversos momentos nos quais é feita a sua experiência
Santuarios Xintoistas
“Enquanto os arquitetos ocidentais combatem os elementos da natureza, os japoneses,
admirando os seus poderes, criaram uma forma de se utilizar o seu fascino” (Boorstin,
tradução nossa)
Os santuários mais antigos são os xintoisti, religião originaria japonesa. Estas construções
eram realizadas em harmonia com a natureza circunstante, as maiorias de pequenas
dimensões e rodeados por arvores, eram
difíceis de ser encontrados.
No interior se encontram:
 O santuário (Haiden), o lugar de culto onde se reza
 O santuário principal (Honden), onde reside o Kami (objeto sagrado) do
inteiro complexo.
 Um pequeno pavilhão destinado a purificação dos fiéis, onde as pessoas
lavavam mãos e boca com agua sagrada do rio(chozuya)
A maior parte
dos santuários
apresentam
elementos da
arquitetura
chinesa que
entrou no Japão
através do budismo. Estas características chinesas incluem a
pintura veremelha e o branco de paredes e colunas, esculturas e
ormanetos.

Koomainu: são pedras em forma de cão que se


encontram nas entradas dos templos, são os
guardiões do santuário. Um dos cães tem a boca
aberta e é chamado de A, e outro tem a boca
fechada Um.
O simbolo de um templo é a porta, Torii, que simboliza a passagem entre o mundo
do cotidiano e o mundo divino.

Chozuya: é o pequeno padilhão onde as


pessoas vão se lavar as mãos e o viso,
antes de entrar no santuario para rezar.
mundo do cotidiano e o mundo divino.
Santuario principal de Toshogu
Templos budistas
A arquitetura dos templos budistas é influenciada
pela arquitetura Coreana e Chinesa, as duas
civilizações que introduziram o Budismo no Japão.
Os primeiros templos budistas japoneses eram
constituídos por Pagodes, em estilo chinês (que por
sua vez, foram remodelados do estilo da estupa
indiana). Com o passar do tempo esses pagodes se
tornaram parte de um complexo de grandes
dimensões com muitos edifícios.
No Japão existem três principais tipos de templo
budista:
 Estilo japonês (wayo), 
 Estilo Grande Budda (daibutsuyo), 
 Estilo chines (karayo). 
Estes ainda variam segundo o
tipo de escola budista e o
período em que foram
construídos.

Portões elaborados e parecidos com templos delimitavam e


anunciavam a entrada em locais budistas, assim como faziam as
portas Torii nos santuarios Xintoistas.

Arquitetura Domestica
Influenciadas pela geologia e o clima, as casas tradicionais japonesas eram construidas com a fachada principal para o Sul e
possuiam janelas moveis para facilitar a entrada dos ventos maritimos. Eram construidas em um único andar com madeira
flexivel para proteger dos constantes terremotos.
O Alpendre, pórtico coberto,
funciona como espaço de
transição entre o interno e o
externo

O telhado em sapé

A entrada, exatamente como nos santuários e


nos templos marca a transição entre o
público e o privado.
Tenshau (Torre do castelo): era protegida, na
ordem por pátios fortificados denominados:
Hommaru, Ninomaru e Sannomaru (Que
significam respectivamente primo, segundo e
terceiro pátio).

Fortificações
Os castelos em estilo japones são estruturas com um
alto potencial estetico. Geralmente construidos no
topo de uma colina que domina a cidade, são
organizados em varios andares, parecidos com
pagodes, com muros em pedra de grandes
dimensões, rodeados por fossos.
A torre principal e conhecida como Tenshu, alguns
castelos tinham so um tenshu, outros tinham mais ao
redor do maior.
A inteira estrutura e rodeada de uma imponente
parede de pedras. Nas paredes superiores existem
pequenas aberturas triangulares ou circulares usados Masugata era um local quadrado fortificado que
para defesa. Muitos castelos foram construidos com obrigava qualquer um que entrasse no castelo a
virar à direita, em um espaço descoberto, antes
elaborados labirintos de salões, corredores e tuneis
de acessar o portão principal.
que permitiam aos membros da corte de fugir
discretamente caso o castelo fosse tomado pelos
inimigos.
A parte mais alta da Torre do Castelo era sempre
decorada com um par de golfinhos dourados com a
cabeça de tigre denominados: Shchihoko.
Acreditava-se que eles protegiam o castelo.

Castelo de Himeji

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