Você está na página 1de 9

Carta de Billy Jackson aos

Santamarienses
Billy Jackson, agora chamado para ser pastor do
rebanho de Cristo, pela vontade de Deus, nosso
Salvador, e de Cristo Jesus, nossa esperança, a todo
o rebanho de Deus que se encontra na cidade de
Santa Maria- RS, e por que não, no mundo. Graça e
paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso
Senhor.

Dou graças a Deus, a quem, desde meus


antepassados, sirvo com consciência pura, por estar
aqui concretizando um sonho que nasceu em minha
infância e foi revivido nos últimos dias. Quero aqui
fazer o compromisso, frente aos meus irmãos em
Cristo, de guardar uma fé sem fingimento, a mesma
que, primeiramente, habitou em meus avós Belmira
e Wanderlei, Saul e Laurecy; em meu pai Paulo
Rogério minha mãe Gizelda. E que estou certo de
que habita também em mim.
(2 Tm 1:3-5)

Prometo dar o meu esforço para, segundo as


profecias pronunciadas outrora sobre mim:
combater, firmado nelas, o bom combate, com fé e
boa consciência; Pois sei que alguns, rejeitando a
boa consciência, naufragaram na fé. (1 Tm 1:18-20)
Estou ciente de que alguém que almeja o
pastorado, excelente obra almeja. Ciente também
de que é preciso que o pastor seja irrepreensível,
marido de uma só mulher, temperante, sóbrio,
simples no modo de vestir, hospitaleiro, apto para
ensinar, não dado ao vinho, não violento, mas
inimigo das contendas, não avarento, alguém que
governa muito bem a sua casa, criando seus filhos
sob disciplina, pois se assim eu não for, como
conseguirá cuidar da Igreja de Deus? Sei que
também preciso ter um bom testemunho de todos
os irmãos, para que não caia no descrédito e nas
ciladas do diabo. (1 Tm 3:1-13)

Me comprometo a estar a todo momento bem


nutrido com as palavras de fé e com a boa doutrina
a qual tenho aprendido. Rejeitando, portanto, as
fábulas ímpias, de pessoas caducas; e exercitando-
me, pessoalmente, na piedade. Certo de que o
exercício físico é proveitoso, mas que a piedade
para tudo é muito mais proveitosa. (1 Tm 3:6-8)
Farei o máximo para que ninguém despreze minha
mocidade; mas sim, para que eu seja padrão dos
fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé,
na pureza. Tenho como dever aplicar-me à leitura, à
exortação e ao ensino; não descuidando-me do
dom da graça que está em mim, mediante a
imposição de mãos do presbitério. Meditarei nessas
coisas e nelas serei diligente, para que a todos o
meu progresso seja manifesto. Terei cuidado de
mim mesmo e da sã doutrina, para que assim eu
salve não só a mim como também aos meus
ouvintes.
(1 Tm 3:12-16)

Exortarei os homens idosos como a meus pais, as


mulheres mais velhas como se minha mãe fossem;
e ás mais jovens como minhas irmãs, com toda a
pureza.
(1 Tm 5:1-2)

Não aceitarei denúncias contra nenhum presbítero,


exceto sob o depoimento de duas ou três
testemunhas. Repreenderei os que pecam, diante
de todos afim de que os demais temam. Esforçar-
me-ei por observar as regras sem preconceito nem
favoritismo. A ninguém irei impor as mãos
apressadamente, e não participarei dos pecados de
outrem.
(1 Tm 5:19-23)
Bem sei o que devo ensinar e recomendar. De
modo que se alguém ensinar outra doutrina que
não concorde com as sãs palavras de nosso Senhor
Jesus Cristo e com a doutrina da piedade, é porque
é cego, nada entende, é doente à procura de
controvérsias e discussões de palavras. Estou ciente
que é daí que nascem as invejas, brigas, blasfêmias
e más suposições entre homens de espírito
corrupto e desprovidos de verdade, os quais fingem
ser piedosos só para terem alguma fonte de lucro.
(1 Tm 6:3-10)

Eu, porém, sei que se quero ser chamado ‘homem


de Deus’ devo seguir a justiça, a piedade, a fé, o
amor, a perseverança, a mansidão. Devo combater
o combate da fé, para conquistar a vida eterna,
para qual eu fui chamado. Reconheço a ordem
dada pelo apóstolo Paulo de guardar o
mandamento imaculado, irrepreensível, até a
Aparição de nosso Senhor Jesus Cristo, e darei
minha vida para que isso aconteça.
(1 Tm 6:11-16)

Bem sei que tenho como missão assumir a minha


parte de sofrimento, como bom soldado de Cristo
Jesus. Procurando diligentemente apresentar-me
como homem aprovado, trabalhador que não tem
de que se envergonhar, mas que maneja muito bem
a palavra da Verdade. Evitando o palavreado vão e
ímpio e fugindo das paixões da minha mocidade.
Mas, antes de tudo, seguindo a justiça, a fé, a
caridade, a paz, com aqueles que, de coração puro,
invocam a Deus. Estou ciente do dever de repelir as
questões insensatas e não educativas, as quais
geram brigas. Questões essas que não convém ao
servo de Deus pelo fato de esse ter o dever de não
ser briguento, porém manso para com todos,
competente no ensino, paciente na tribulação.
Assumo essa missão de, com suavidade, refutar e
educar meus opositores, na expectativa de que
Deus lhes dará não só a conversão para o
conhecimento da verdade, mas também o retorno a
sensatez, libertando-os do laço do diabo, que os
mantém cativos em sua vontade. (2 Tm 2:1-26)

Me comprometo a dar o meu melhor para cumprir


as exigências citadas até aqui. Sei que poderei e irei
falhar em alguma delas, mas esforçar-me-ei para
corrigir o meu caminho o tanto quanto possível, e
para isso conto com a ajuda dos senhores.

Por fim, tenho aprendido do Senhor que como


vocação pastoral estou assumindo uma
responsabilidade para com minha geração; Não
apenas como pastor de um galpão ou um prédio,
mas de uma nação. Responsabilidade essa que me
trará maior juízo no dia do Senhor, como nos diz
Tiago no capítulo 3 de sua carta. É com isso em
mente que assumo comigo mesmo e com Deus não
fazer de minha vida um bem maior para mim
mesmo; Mas entregá-la como oferta a Deus:
Dedicando todo meu tempo, meus suor, minhas
forças e minhas habilidades para apascentar
rebanhos, restaurar famílias, ensinar a Palavra de
Deus em tempo e fora de Tempo; Orar
incansavelmente pelos meus, pelo rebanho, pela
nação. Como o Senhor tem me ensinado, um pastor
nada mais é do que uma extensão do coração de
Deus. Se Deus está alegre com a salvação de uma
alma, eu o estarei; se Ele está triste pela perdição
de uma alma, eu o estarei e gemerei em oração
pela sua salvação; se Ele está irado com a
impiedade dos que já conhecem a verdade e a
rejeitam, eu também o estarei. Como diria João
Calvino, um pastor deve ter duas vozes, uma doce e
outra voraz. Com a doce ele apascenta o rebanho, e
com a voraz ele afugenta os lobos.

Em suma empregarei essa máxima; Ou seja, todo o


esforço para ser, enquanto pastor, totalmente o
oposto dos homens para os quais o texto de
Ezequiel, capítulo 34, é direcionado. O texto afirma:

“Assim diz o Soberano Senhor: Ai dos pastores de Israel


que só cuidam de si mesmos! Acaso os pastores não
deveriam cuidar do rebanho? Vocês comem a coalhada,
vestem-se de lã e abatem os melhores animais, mas não
tomam conta do rebanho. Vocês não fortaleceram a fraca
nem curaram a doente nem enfaixaram a ferida. Vocês
não trouxeram de volta as desviadas nem procuraram as
perdidas. Vocês têm exercido domínio sobre as minhas
ovelhas; as tratam com dureza e brutalidade.
Por isso elas estão dispersas, porque não há pastor
algum, e, quando foram dispersas, elas se tornaram
comida de todos os animais selvagens. As minhas ovelhas
vaguearam por todos os montes e por todas as altas
colinas. Elas foram dispersas por toda a terra, e ninguém
se preocupou com elas nem as procurou.
" ‘Por isso, pastores, ouçam a palavra do Senhor:
Juro pela minha vida, palavra do Soberano Senhor, que
visto que o meu rebanho ficou sem pastor, foi saqueado e
se tornou comida de todos os animais selvagens, e uma
vez que os meus pastores não se preocuparam com o meu
rebanho, mas cuidaram de si mesmos em vez de
cuidarem do rebanho, ouçam a palavra do Senhor, ó
pastores:
Assim diz o Soberano Senhor: Estou contra os pastores e
os considerarei responsáveis pelo meu rebanho. Eu lhes
tirarei a função de apascentar o rebanho para que os
pastores não mais se alimentem a si mesmos. Livrarei o
meu rebanho da boca deles, e ele não lhes servirá mais de
comida.
Ezequiel 34:2-10

Irmãos, como disse antes, ciente dessa


responsabilidade farei de tudo para não ouvir essas
palavras da boca do meu Senhor naquele grande
dia.
Esse é o meu dever a partir de hoje, estar disposto a
entregar minha vida para que minha futura esposa
(Ef 5:25). Disposto a entregar meu suor para que
meus filhos cresçam no caminho do Senhor;
disposto a entregar todo meu esforço em oração
para que o rebanho de Deus permaneça firme até o
dia de sua volta (Jo 21:17)!
Declaro aqui, meus irmãos, minha incapacidade de
realizar tudo isso. Isso mesmo, declaro minha total
incapacidade e minha total dependência em Deus.
Peço a vocês que orem a Deus pedindo para que ele
me capacite a exercer essa vocação, pois para mim
é impossível. Pois como disse C.H. Spurgeon, o
Príncipe dos Pregadores, no volume 2 de obra aos
seus alunos: “Aos pastores sobrevém tentações
peculiares, provações especiais, dificuldades
singulares e deveres extraordinários”. E quando o
mesmo foi questionado sobre o segredo para ter
um ministério tão significativo, apontou para a sala
de oração e disse: “O segredo é que dentro daquela
sala existem 10 irmãos que sabem orar de
verdade”. É por esse motivo que rogo pela sua
intercessão. Pois se me encontrar desprovido dela
não conseguirei chegar ao fim desse combate. Pois
a vocação pastoral em si é humanamente
improvável. Ou, nas palavras de Pastor Norte-
Americano Francis Chan:
“O que Deus nos mandou fazer não é difícil, é
impossível!”

E depois de ter feito tudo isso, irei o quão inútil em


fui, cumprindo aquilo que Cristo afirma que seus
servos devem dizer, em Lucas 17:10: Assim também
vocês, quando tiverem feito tudo o que for
ordenado, devem dizer: 'Somos servos inúteis;
apenas cumprimos o nosso dever' ".

~Amém.

Você também pode gostar