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ESTUDO DA REOLOGIA DAS ARGAMASSAS DE REVESTIMENTO NO ESTADO

FRESCO

Eng. J. G. G. Sousa e Profo. Dr E. Bauer


Programa de Pós-Graduação em Estruturas e Construção Civil da Universidade de Brasília
Campus Universitário Darcy Ribeiro, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Brasília(DF)
CEP: 70910-900 - getulio@unb.br

RESUMO

Este artigo apresenta uma discussão à cerca da necessidade de uma reflexão dos diversos
fatores que podem influenciar no comportamento reológico das argamassas de revestimento no
estado fresco. Esta tendência de estudo vem se evidenciando com certa rotina nos últimos anos,
principalmente devido ao surgimento de uma gama considerável de materiais voltados para a
produção de argamassas industrializadas. Sendo que os atuais modelos de caracterização das
argamassas no estado fresco apenas permitem uma análise qualitativa destas. Porem sabe-se que o
conhecimento dos princípios que determinam tais comportamentos é de grande importância para o
proporcionamento de argamassas trabalháveis (parâmetro de essencial importância para o meio
técnico, na maioria das vezes tratada empiricamente pelos profissionais da área), bem como para a
escolha dos métodos e equipamentos adequados de aplicação (quando na execução dos
revestimentos: aplicação manual, mecânica, dentre outros).

Palavras-chaves: argamassas de revestimento, reologia, trabalhabilidade.

1. INTRODUÇÃO

O estudo das argamassas de revestimento no estado fresco tem sua parcela de importância
uma vez que estas são na grande maioria manuseadas e aplicadas ainda no estado fresco. Dentre os
fatores que determinam o comportamento dessas argamassas, destaca-se principalmente as
características da composição da mistura (cimento, agregados, teor de água, adições, aditivos), os
métodos de transporte e aplicação a serem utilizados bem como o local de aplicação definido pelo
tipo de substrato (1).

Outro assunto bastante discutido atualmente, diz respeito à falta de métodos confiáveis e
precisos para avaliação das argamassas quanto aos critérios que classifiquem estas como
trabalhabilidade (1), (2), (3). Este fato vem se evidenciando com certa rotina nos últimos anos,
principalmente devido ao surgimento de uma gama considerável de argamassas industrializadas e
principalmente novos materiais como aditivos (incorporadores de ar, retentores de água, dentre
outros) (4), adesivos (5), fibras sintéticas (6), dentre outros. Sendo cada vez mais necessário estudar o
comportamento destes com um enfoque na ciência dos materiais, em específico nos conceitos
reológicos.

O presente artigo pretende contribuir com uma discussão sobre os diversos fatores que podem
influenciar no comportamento reológico das argamassas no estado fresco, tendo em vista meios que
possibilite caracterizá-la para certos critérios de trabalhabilidade (enfoque reológico). Este assunto, na
maioria das vezes, é pouco explorado pelos tecnologistas da área de argamassas pelo seu enfoque
extremamente científico.

2. REOLOGIA DE FLUIDOS E SUSPENSÕES

As argamassas e concreto são formadas potencialmente pela composição, em proporções


adequadas, de materiais como agregados, cimentos e água. Na maioria das aplicações pode-se
assumir que estas composições são suspensões concentradas de partículas sólidas (agregados) em
um líquido viscoso (pasta de cimento) (7). Por sua vez, sabe-se que a pasta de cimento não é um
fluido homogêneo e sim composto de partículas em um líquido, no caso a água.
Em escala macroscópica, pode-se assumir que tais concentrações escoam como um fluido,
sendo válida toda a teoria clássica que envolve o escoamento de fluidos (Figura 1). Onde se uma
força de cisalhamento é aplicada em um fluido como mostrado na Figura 1, um gradiente de
velocidade é induzido neste fluido, ou seja, uma taxa de cisalhamento. Nesta configuração, o fator de
proporcionalidade entre a força e o gradiente é chamando de viscosidade. Para determinados tipos
de fluidos este comportamento é descrito pela Equação 1, sendo estes denominados de Fluidos
Newtoniano.
Força, F
Velocidade, v

Área A

y
Lâminas de
líquido

Figura 1 – Escoamento de fluido sobre a ação de uma força de cisalhamento (7)

F
= τ = ηγ (1)
A

onde, F = força de cisalhamento


A = área do plano paralelo a força.
τ = tensão de cisalhamento
η = viscosidade
γ
 = taxa de cisalhamento

Ferraris(7) apresenta uma ampla revisão bibliográfica à cerca de modelos utilizados para
descrever o comportamento reológico de composições como pastas de cimento, argamassas e
concretos. Alguns destes modelos são apresentados na Tabela 1.

Tabelas 1 – Equações que relacionam a tensão de cisalhamento e a taxa de cisalhamento


Nome equação Equação
Newtonian τ =ηγ

Bingham τ = τ o + ηγ
Equação de Power τ = Aγ
n
Herschel and Bulkley
τ = τo + Kγ n
τ -Tensão de cisalhamento, τ o - Tensão de escoamento
η - Viscosidade, γ - Taxa de cisalhamento
Constantes: A, K e n

Algumas equações na Tabela 1 incorporam um segundo fator, a tensão de escoamento (τ o). A


interpretação física deste fator, também já bastante discutido na reológia, indica que este representa
a tensão necessária a ser aplicada a um material para iniciar o escoamento. Um fluido que segue
esta curva linear é chamado de Fluido Bingham (Tabela 1).

A Figura 2 mostra alguns dos tipos idealizados de curvas que podem ser obtidas quando a
tensão de cisalhamento é avaliada em função da taxa de cisalhamento. Todas as curvas
apresentadas podem ser descritas por uma das equações da Tabela 1.
3

Tensão de cisalhamento
2 4

T a xa d e cisa lh am e n to
1 - N e w to n ia n e P o w e r n= 1, 2 - B in g ha m
3 - P o w e r n >1 , 4 - P o w e r n < 1

Figura 2 – Comportamento da tensão de cisalhamento x taxa de cisalhamento

Em gera, a equação mais utilizada nos estudo de reologia, principalmente reologia do


concreto, é a equação de Bingham, isto porque os parâmetros usados são fatores que podem ser
medidos independentemente (Fig. 2) e atendendo uma ampla faixa de consistência para composições
usuais (8).

3. PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS DE REVESTIMENTO NO ESTADO FRESCO

No campo da construção, termos como trabalhabilidade, consistência e plasticidade, dentre


outros, são usados para descrever o comportamento das argamassas sob manuseio (ou em
situações de escoamento quando solicitadas). A trabalhabilidade é uma das mais importantes
propriedades das argamassas, haja vista a sua obrigatoriedade para que possa ser
convenientemente utilizada, com fácil manuseio, apresentando todo o seu potencial durante o
processo de execução do revestimento. Vários pesquisadores da área apontam definições à cerca
deste termo, algumas destas é apresenta na Tabela 2.

Tabela 2 – Definições sobre trabalhabilidade


Autor Definição
Propriedade que depende e resulta de várias outras, tais como: consistência, plasticidade,
coesão, tixotropia e retenção de água, além da exsudação, tempo de pega e adesão
Cincotto, Silva e Carasek (1)
inicial, e é diretamente relacionada com o julgamento subjetivo por parte do operário (no
caso o pedreiro).
Habilidade de fluir ou espalhar-se sob a superfície do componente do substrato, por suas
Bauer, Carasek (2) saliências, protuberâncias e fissuras, definindo a intimidade do contato entre a argamassa
e o substrato relacionando-se assim com a aderência e sua extensão.
Facilidade do operário trabalhar com a argamassa, que pode ser entendida como um
conjunto de fatores inter-relacionados, conferindo boa qualidade e produtividade na sua
aplicação. Considerando ainda que a consistência e a plasticidade são as propriedades
RILEM (9) reológicas básicas, que caracterizam a trabalhabilidade. Sendo consistência a propriedade
pela a qual a argamassa tende a resistir às deformações impostas (o inverso da fluidez) e
a plasticidade a propriedade que permite a argamassa deformar sem ruptura, mantendo a
forma adquirida após a redução do esforço de deformação.

Esta claro que, no geral, as definições são apenas descritivas e algumas propriedades são de
difícil mensuração. Em campo, as situações são freqüentemente diversas porque estes termos são
usados diferentemente por várias pessoas envolvidas (engenheiros, pedreiros, dentre outros). Sendo
definidos de acordo com o sentimento das pessoas e não são baseados no comportamento físico do
material. Ainda sobre o assunto Bauer (2) salienta que a avaliação das propriedades é muito
incipiente, fazendo uso de procedimentos empíricos que permitem uma avaliação baseada em
aspectos de natureza táctil-visual, embasados no conhecimento e experiência dos profissionais
envolvidos nas avaliações. A exigência de trabalhabilidade é, portanto, intuitiva de uma relação
qualitativa, difícil de avaliar, que busca subsídios em outras propriedades das argamassas.

É certo, no meio científico, que todo o empirismo associado ao assunto deveria ser descartado
em favor de parâmetros físicos mensuráveis (descritos no estudo da reológica). Por exemplo, nós
poderíamos dizer que uma argamassa tem uma mais alta viscosidade, em vez de se referir a uma
baixa trabalhabilidade, ou pelo menos procurar associar várias propriedades mensuráveis com
relação direta com tais parâmetros ao invés de definir uma única propriedade para caracterizar uma
argamassa como trabalháveis.

Um dos exemplos clássicos do estudo reológico que servem para ilustrar como tais conceitos
podem ser estendidos ao estudo das argamassas é o caso das tintas a óleo onde os conceitos são
bem mais embasados. Uma tinta a óleo consiste principalmente num meio oleoso, que contém
pigmentos em suspensão. Do ponto de vista da tecnologia de preparação de tintas, os principais
requisitos que se busca para que uma tinta seja “trabalhável” derivam do fato de elas terem de
possuir viscosidade suficiente baixa para não permanecerem sulcos, como marcas de pincel. Por
outro lado as tintas não podem ser tão fluidas que escorram logo após a pintura de superfícies
verticais. Preparando tintas que fossem líquidos verdadeiros, é fácil ver que haveria uma certa
incompatibilidade entre este último requisito e os outros primeiros apontados. Porem, de fato as
tintas a óleo não são líquidos verdadeiros, pois exibem um valor crítico da tensão de cisalhamento
abaixo do qual a sua viscosidade é infinita; só excedendo tensões superiores a essa tensão crítica é
que é possível espalha-la nas superfícies a pintar. As pequenas tensões de cisalhamento originadas
no peso próprio da película de tintas são inferiores à tensão crítica, e por isso a tinta não escorre,
mesmo ainda fresca.

No caso das argamassas, fazendo-se a mesma analogia, é de se esperar que uma argamassa
trabalhável deve apresentar-se com viscosidade suficiente para permitir manuseio e aplicação pelo
operário no substrato e, ao mesmo tempo, esta argamassa deveria apresentar uma tenção limite de
escoamento tal que permitisse que ela, após a aplicação, permanecesse em contato ao substrato
sem desplacamento ou escorregamento. Este último caso é um dos pontos muito discutidos uma vez
que as argamassas após a aplicação em superfícies verticais exibem uma tendência ao
escorregamento seguido de desplacamento.

No estudo da reologia dos concretos, Tattersall, citado por Ferraris (7) sumariza muito
claramente a terminologia da trabalhabilidade pela classificação que segue (Tabela 3):

Tabela 3 – Classes de trabalhabilidade


Classes Propriedades avaliadas
Trabalhabilidade, escoabilidade, compactabilidade, estabilidade, bombeabilidade, consistência,
Classe I: qualitativa
etc. Usada unicamente em uma descrição geral sem qualquer tentativa para quantificar.
Classe II: quantitativa Abatimento, fator de compactação, Ve-be, etc. Usado simplesmente como uma manifestação
empírica quantitativa do comportamento em uma particular circunstância.
Classe III: Quantitativa
Viscosidade, tensão de escoamento.
fundamental

A referência indica mais uma vez que as propriedades que devem ser usadas para descrever o
escoamento do concreto são a tensão de escoamento e a viscosidade (modelo de Bigham). Qualquer
teste que descreva o comportamento do escoamento do concreto deveria ao menos medir estas duas
propriedades. No caso das argamassas de revestimento, acredita-se que a situação não seja
diferente. Sem sorte, a maioria dos testes existente mede apenas um fator, ou relata a tensão de
escoamento, ou a viscosidade. Testes para medir ambos os parâmetros existem, mas eles são de
custo elevado e não são fáceis de operação, então eles não são amplamente utilizados.

4. ENSAIOS PARA A CARACTERIZAÇÃO DAS ARGAMASSAS NO ESTADO FRESCO

Hoje em dia, a trabalhabilidade das argamassas é avaliada a partir dos mesmos testes usados
a vários anos atrás. Em contrapartida, a evolução das características específicas de cada
argamassas, associada a grande variabilidade de materiais (onde não se tem grande domínio sobre a
influência destes no comportamento reológico) vem crescendo rapidamente. Outro fato é que muito
dos ensaios foram derivados da avaliação de outros materiais como concreto, pastas e argamassas
que em nada se aproximam das características das argamassas de revestimento.

Segundo alguns pesquisadores (7) (10) (11) Muitos dos testes amplamente utilizados não são
satisfatórios, do ponto de vista do estudo da reologia, porque eles medem apenas um parâmetro, ou a
viscosidade ou a tensão de escoamento. A Figura 3 ilustra como o conhecimento de apenas um dos
parâmetros não é suficiente para descrever o comportamento reológico do material.
Tensão de cisalhamento

Tensão de cisalhamento
Caso A Caso B

ηο1
ηο2 το2
το το1
Taxa de cisalhamento Taxa de cisalhamento

A - Mesma tensão de escoamento e diferentes viscosidades


B - Diferentes tensões de escoamento e mesma viscosidades

Figura 3 – Comportamento reológico dos materiais (7)

Observa-se que para uma mesma tensão de escoamento é possível obter materiais com
comportamentos de escoamento completamente diferentes, para diferentes valores de viscosidades
(Figura 3). O mesmo ocorre na situação contrária, onde para um mesmo valor de viscosidade é
possível encontrar materiais com tensões de escoamento diferentes.

A Tabela 4 Apresenta uma síntese dos ensaios mais utilizados para as propriedades
reológicas das argamassas. É certo que estas são na maioria das vezes expressas pelos termos
qualitativos já discutidos anteriormente, mas com relação direta com os parâmetros reológicos
(viscosidade e tensão de escoamento).

Tabela 4 – Ensaio utilizados para caracterizar o comportamento reológico das argamassas de


revestimento (ensaios físicos)
Propriedade
Ensaio Referência Configuração Descrição e generalidades
avaliada
Avalia o escoamento da argamassa a partir da aplicação
de golpes (alturas de queda) definidos por norma
Mesa de
NBR 7215 Consistência (segundo a configuração da mesa de consistência). A
consistência
consistência é estabelecida em função do diâmetro da
argamassa (espalhamento) obtido no final do ensaio.

Avalia o escoamento a partir da penetração de um cone


Cone de com peso e geometria definida por norma. A
BS 4691 Consistência
penetração consistência é estabelecida em função da profundidade
de penetração do cone.

Ensaio muito utilizado na mecânica dos solos para


determinação da tensão de cisalhamento de solos
argilosos. O princípio é cravar uma palheta em cruz na
Alves(4) Tensão de
Vane teste amostra e aplicar um carregamento com uma taxa pré-
Austin(10) cisalhamento
determinada. Durante o ensaio registra-se a carga e a
deformação imposta à amostra, bem como a tensão
última de ruptura.
No mercado atualmente existem alguns equipamentos
Rago(3), Ferraris(7), Austin(10),
Tensão de para avaliação destas propriedades nos mais diferentes
discute a utilização de vários
escoamento materiais, desde pastas de cimento a concretos. No
Reômetros reômetros utilizados no estudo da
e entanto ainda há muito para ser desenvolvido uma vez
reologia de pastas de cimento,
viscosidade que estes equipamentos são de uso particular aos
argamassas e concretos.
materiais ensaiados, além de terem de custo elevado.

Outros ensaios que servem para caracterizar as argamassas de revestimento, com


considerável influência nas propriedades reológicas são apresentados na Tabela 5.
Tabela 5 – Ensaio complementares com influência direta no comportamento reológico das
argamassas
Ensaio Referência
Teor de ar incorporado NBR 13278
Densidade de massa NBR 13278
Retenção de água NBR 13277

O tema em questão está em franco crescimento, mostrando-se como um vasto campo de


pesquisa na área de materiais para construção civil, despertando o interesse de vários profissionais,
inclusive áreas fins.
4. CONCLUSÕES

Nas discussões deste artigo observa-se claramente a necessidade de estabelecer novos


conceitos e métodos de ensaio, condizente com o modelo reológico das argamassas de revestimento.
Este material apresentam particularidades, principalmente exigências durante a aplicação, que os
classificam como um material extremamente complexo, com uma gama enorme de variáveis
envolvidas. O atual modelo baseado em avaliações totalmente qualitativas que varia de acordo com o
ponto de vista dos operários envolvidos não é suficiente para o estudo no atual contexto.

REFERÊNCIAS

1. M. A. Cincotto, M. A. C. Silva e H. Carasek. Argamassas de revestimento: propriedades,


características e métodos de ensaios, IPT, São Paulo, 1995, 118p.
2. E. Bauer. Dosagem de argamassas. Relatório técnico. Laboratório de Ensaio de Materiais
(LEM), Universidade de Brasília, Brasília, Junho, 1998.
3. RAGO, F. Características Reológicas de Pastas de Cales Hidratadas Normalizadas e de
Cimento. Dissertação de Mestrado, Escola Politécnica da USP, São Paulo. 1999.
4. N. J. D. Alves. Avaliação dos Aditivos Incorporadores de Ar nas Argamassas de
Revestimento. Dissertação de mestrado, Universidade de Brasília, Brasília(DF), 2002.
5. J. A. Oliveira. Contribuição ao Estudo do Comportamento Mecânico dos Sistemas de
Revestimentos à Base de Argamassas Modificadas com Polímeros de Base Látex.
Dissertação de mestrado, Universidade de Brasília, Brasília(DF), 1999, 163p.
6. I. M. M. Cortez. Contribuição ao estudo dos sistemas de revestimento à base de argamassas
com a incorporação de fibras sintéticas. Dissertação de mestrado, Brasília(DF),1999, 219p.
7. C. F. Ferraris. Measurement of the Rheological Properties of High Performance Concrete:
Stade of Arte Report. Journal of Reseach of the National Institute of Standards and
Technology. Vol. 104, no. 5, pp. 461-478, September/October, 1999.
8. S. Popovics. Fundamental of Portland Cement Concrete: A Quantitative Approach. ed. John
Wiley & Songs, EUA. 1982.
9. RILEM. MR-3. The Complex Workability – Consistence – Plasticity. France, 1982.
10. S. A. Austin, P. J. Robins and C. I. Goodier. Magazine of Concrete Research, no. 5, pp. 341-
352, October, 1999.
11. T. Yen, C. Tang, C. Chang, K. Chen. Flow Behaviour of High Strength High-Performance
Concrete. Cement & Concrete Composites, no. 21, pp. 413-424, October, 1999.

STUDY OF REOLOGIA OF THE MORTARS OF RENDERING IN THE FRESH


STATE

Eng. J. G. G. Sousa and Profo. Dr Elton Bauer


Program of Masters degree in Structures and Building site of the University of Brasília
CNB 08 Lote 13 Edifício Italia 903 Taguatinga Norte, Brasília-DF ZIP CODE: 72115-085
getulio@unb.br

ABSTRACT

This article presents a discussion to the about of the need of a evaluation of the several factors
that can influence in the behavior rheological of the covering mortars in the fresh state. This study
tendency comes if evidencing with certain routine in the last years, mainly due to the appearance of a
considerable range of materials gone back to the production of industrialized mortars. And the current
models of characterization of the mortars in the fresh state just allow a qualitative analysis of the
behavior of these. The knowledge of the beginnings that determine the behaviors is of great
importance for the mix design of workable mortars (parameter of essential importance for the technical
middle, most of the time treated empirically by the professionals of the area), as well as for the choice
of the methods and appropriate equipments of application (when in the execution of the coverings:
manual application, mechanics and other).

Key-words: covering mortars, rheology, workability

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