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Evolução Humana

A hipótese científica mais aceita para o surgimento dos humanos é que nós
evoluímos a partir de ancestrais comuns aos grandes macacos, há cerca de 6
milhões de anos atrás.
Surgimento dos hominídeos
Há cerca de 6 milhões de anos, primatas na África se dividiram em duas
populações. Uma delas evoluiu e deu origem aos chimpanzés. A outra evoluiu
e deu origem aos hominídeos.
Os hominídeos compõem um grupo de várias espécies ao longo do tempo, que
foram extintas ou evoluíram, dando origem à nossa espécie atual, o Homo
sapiens.
Pré-australopitecos e australopitecos
Os pré-australopitecos possuíam postura bípede, mas ainda apresentavam
modo de vida arborícola.
Os australopitecos foram os primeiros hominídeos. Eles tinham postura bípede
e ereta. Dominaram o fogo, o que lhes permitiu expandir o território e cozinhar
os alimentos. O fóssil mais antiga data de 2,8 a 2,3 milhões de anos atrás. Após
a extinção da maior parte dos australopitecos, uma nova linhagem surgiu: o
gênero Homo.

Homo habilis e Homo erectus

Homo habilis: Existiu entre 2 e 1,4 milhões de anos atrás. Alguns


pesquisadores defendem que eles pertenceram ao gênero Australopitecos e
não ao gênero Homo.
Homo erectus: Fabricava utensílios e instrumentos usando madeira, pedra,
ossos e pele. Foram os primeiros a sair da África e chegar à Europa, Oceania e
Ásia.
Homo neandertalenses
Homo neandertalenses: Seu corpo era adaptado ao clima frio e já possuíam
algum tipo de comunicação verbal, sepultamento dos mortos e organização
social.
Os neandertais ainda estavam presentes há cerca de 150 mil anos, quando
surgiram os primeiros Homo sapiens, mas foram extintos depois.

Hipóteses Sobre a Ocupação Americana

Há evidências de que o continente americano começou a ser povoado há, no


mínimo, 10 mil anos. Isso se deve a descobertas arqueológicas especialmente
a partir do século XIX.
Vestígios humanos na África
Os vestígios mais antigos foram encontrados no continente africano,
levantando a crença de que o desenvolvimento dos humanos começou ali, mas
que, também, ocuparam outras partes o planeta.
Os primeiros humanos saíram da África, chegando à Ásia e Europa e, então,
América e Oceania.
A ocupação da América
Como os historiadores não entraram em consenso sobre o início da ocupação,
incluindo as rotas que os povoadores utilizaram, existem diferentes hipóteses
para o povoamento.
Duas teorias prevalecem: a hipótese polinésia e a hipótese asiática.
Diferentes hipóteses
Asiática: acredita que os povoadores deixaram a Ásia e cruzaram, a pé, o
Estreito de Bering (entre Alasca e Sibéria).
Polinésia: os primeiros povoadores da América saíram de ilhas da Polinésia em
embarcações pequenas e cruzaram a costa do Oceano Pacífico. Também é
defendida outra hipótese de ocupação dupla. Os povoadores teriam migrado
primeiramente da Ásia, pelo Estreito de Bering e, depois, a ocupação teria sido
por meio da Polinésia.

Os Primeiros Habitantes da América

O povoamento do continente americano começou com os nômades que, sem


moradia estabelecida, migravam para conseguir viver melhor. Como não
praticavam a agricultura, eram coletores e caçadores.
Estilo de vida
Não é sabido se esses povos tinham alguma cultura em comum, pois são
diferentes os vestígios de seus estilos de vida.
Coletores e caçadores
Acredita-se que tenham vivido na Idade da Pedra Lascada ou no Período
Paleolítico, uma vez que, de uma maneira geral, eram coletores e caçadores.

Populações Indígenas Americanas

Você conhece as diversas tradições culturais que contribuíram para a formação


das civilizações do continente americano? Vamos conferir como algumas delas
alteraram as paisagens naturais.

Caçadores-coletores

A chegada de caçadores-coletores às Américas se iniciou cerca do ano 10000


a.C.
Acredita-se que esses grupos desapareceram após contato com grupos
horticultores e ceramistas.
Segundo a Arqueologia, os caçadores-coletores são divididos em “tradições”,
dependendo de suas técnicas.
Itaparica: no centro e no nordeste brasileiros. Desenvolveram instrumentos de
pedra lascada, como furadores e facas.
Humaitá: no sul do Brasil. Usaram núcleos de rocha para produção de
ferramentas
Pescadores-coletores
Viveram em praticamente todo o litoral brasileiro e construíram suas grandes
montanhas de conchas ao longo de séculos de ocupação dos territórios. As
montanhas de conchas são chamadas de sambaquis.
Serviam como locais de cerimônias, como moradias e como marcos de
território. Pesquisas arqueológicas encontraram restos de fogueira e alimento
dentro dos sambaquis.
As conchas de diversos animais formavam a estrutura base dos sambaquis.
Cultura do Marajó
As populações que habitaram a Ilha de Marajó, no atual estado do Pará, são
chamadas de cultura do Marajó ou marajoaras.
Elas surgiram no século X a.C. e ainda estavam presentes no início da
colonização portuguesa.
Um dos aspectos mais conhecidos das culturas marajoaras são suas
cerâmicas decoradas com padrões geométricos e formas naturais como as de
animais.
Os animais mais presentes são animais venenosos ou perigosos como jacarés
e escorpiões.
Tupis-guaranis
Parte do tronco linguístico Tupi, surgiram no Sudoeste da Amazônia e
expandiram seu território a partir do século XXX a.C.
Suas moradias eram grandes aldeias construídas próximas às fontes de água,
para que pudessem desenvolver sua agricultura.
Utilizavam a terra de forma sazonal. Ficavam algumas gerações em um local e
migravam em busca de novos territórios para o plantio. Passadas algumas
gerações, retornavam ao território original.
Hoje, existem cerca de 50 mil Guaranis no Brasil.
Arqueologia na Serra da Capivara
O Parque Nacional da Serra da Capivara fica no Piauí e é um dos locais com
maior concentração de sítios pré-históricos no continente Americano. Nele,
foram encontrados os vestígios de arte rupestre mais antigos das Américas,
com datações que não coincidem com as datas normalmente aceitas para a
ocupação do Brasil.
Alguns estudos apontam vestígios de até 60 mil anos atrás. A análise das
pinturas permite identificarmos informações variadas sobre os antigos
habitantes da região.
Linhas de Nazca
No Deserto de Nazca, no Sul do Peru, há enormes geoglifos (figuras feitas no
chão), chamados de Linhas de Nazca.
Esses desenhos foram feitos entre 400 d.C. e 650 d.C. pela Civilização de
Nazca.
As figuras variam de linhas geométricas a formas complexas como aranhas,
tubarões, macacos e lagartos.
Alguns dos desenhos têm mais de 200 metros de diâmetro. Não se sabe ao
certo sua função. Alguns pesquisadores dizem que eram religiosas e outros,
que eram astronômicas.

Povos Tradicionais Africanos

É um consenso científico que a espécie humana se originou no continente


africano. Por conta dessa antiguidade, temos uma quantidade impressionante
de vestígios espalhados pela África.
Criança de Taung
Encontrado em 1924 na cidade de Taung, na atual África do Sul, a Criança de
Taung é um crânio fossilizado de um jovem, de sexo desconhecido,
pertencente à espécie Australopitecos africanos.
Esse fóssil humano data de quase 3 milhões de anos atrás. Na época de sua
descoberta, foi considerado o “elo perdido” da evolução humana. Hoje, já
conhecemos fósseis ainda mais antigos.
Cataratas do Kalombo
Localizadas na fronteira entre a Zâmbia e Tanzânia, as Cataratas do Kalombo
possuem importantes sítios arqueológicos que indicam ocupações humanas ao
longo de um período de mais de 250 mil anos.
Estudos de datação apontam a presença humana na região há 500 mil anos,
passando por diversos estágios de ocupação.
No século IV d.C., a região foi ocupada por uma população de origem bantu.

Caverna Blombos

A Caverna de Blombos é um sítio arqueológico localizado perto da Cidade do


Cabo, na África do Sul.
Seus sítios são datados de dois períodos. Um mais antigo, entre 100 000 a.C.
e 70 000 a.C. e outro mais recente entre 2000 a.C. e 300 a.C. As escavações
em Blombos contribuíram para a compreensão da evolução dos
comportamentos do Homo sapiens.
Os achados indicam que os hominídeos efetuavam trocas de tecnologia e
usavam linguagem sintática para se comunicar.
Ifri Oudadane
Localizado no Marrocos, próximo ao Mar Mediterrâneo, o sítio arqueológico de
Ifri Oudadane é um marco importante para compreensão da passagem do
estágio humano de caçador-coletor para produtor de alimentos. Datado entre
9000 a.C. e 3700 a.C., Ifri Oudadane tem evidências de pastoreio de animais,
domesticação de leguminosas e produção de cerâmicas decoradas. Esses
elementos são sinais de sedentarização. No sítio temos vestígios da produção
das colheitas mais antigas no Norte da África.

Cidade Axumita de Qohaito

Qohaito foi uma cidade do Império de Axun, localizada na atual Eritreia. Sua
história e importância datam de bem antes dos axumitas dominarem a região.
A presença de arte rupestre indica presença humana nos arredores de Qohaito
há milhares de anos.
As ruínas da cidade foram localizadas em 1868, mas foram erroneamente
identificadas como um “depósito grego” e, somente depois dos anos 2000, que
voltou a receber atenção dos arqueólogos.
Cidade Núbia de Napata
Napata foi uma cidade fundada no século XV a.C. pelo faraó Thutmés III na
Núbia, próximo à montanha de Djebel Barkal, servindo como fronteira para o
Império Egípcio.
Posteriormente, com a fragmentação do poder no Egito, Napata se tornou a
capital do reino núbio independente, conhecido como Kush. Suas ruínas
possuem vários templos e palácios. Nos arredores de Napat,a temos três sítios
arqueológicos que contém pirâmides construídas para os reis de Kush.

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