Você está na página 1de 1

Disciplina: Arquitetura Contemporânea

Aluna: Joana Rafaela Silva Andrade

– A revisão formal nos Estados Unidos –

Após a Segunda Guerra Mundial, com a Europa em profunda crise, os Estados Unidos
destacaram-se, principalmente no contexto econômico. Esse aspecto, juntamente com a
chegada de diversos arquitetos, intelectuais e artistas europeus, como Mies van der Rohe e
Walter Gropius e a eminente influência das vanguardas europeias, fomentaram um grande
desenvolvimento da arquitetura no país. É nesse contexto também que, surgem os primeiros
grandes escritórios de arquitetura, em escala de empresa. Montaner destaca Wright, Saarinen
e Kahn como os principais representantes que melhor exemplificam tal momento e arquitetura.

Segundo o autor, o museu Guggenheim, em Nova Iorque (1943-1959) é a obra perfeita


para se entender os ideais arquitetônicos desenvolvidos ao longo dos anos por Wright. O
arquiteto aborda uma linha de pensamento individualista sobre a arquitetura, considerando a
obra como uma unidade autônoma independente de qualquer tipo de padrão, seja ele comercial
ou acadêmico, revelando sua renúncia ao urbano e autonomia.

O Guggenheim sintetiza os dois aspectos essenciais nas obras do arquiteto: um que diz
respeito a referência ao sólido, além de às rochas e cavernas, demonstrado no interior
introvertido do lar, e o outro quanto a busca por dinamismo através das formas orgânicas
(correlato ao neoplasticismo), expressados por meio da rampa interior e das faixas helicoidais
no exterior. O museu também rejeita as relações tipológicas e de modulação com o seu entorno.
Segundo o autor, Wright pensou o museu não como um museu tradicional, mas sim um local de
experimentação e criação artística.

Outro que também se destacou nesse grupo de arquitetos foi Eero Saarinen, filho de
Eliel Saarien. Com sua influência finlandesa desenvolveu uma intensa atividade, contando com
vários projetos, além de colaborar com Charles Eames na criação de mobiliário. Ele se destaca
com uma obra racionalista, composta por formas retas e simples, e ao mesmo tempo obras
expressionistas, com formas aerodinâmicas, simbólicas e ornamentadas. Montaner destaca
também que ele quebrou paradigmas do Movimento Moderno, ao misturar diferentes tipos de
materiais em um mesmo plano ou usar o mesmo material em diferentes elementos.

Louis Kahn também é uma peça importante, não somente no contexto da arquitetura
norte-americana, mas também no momento de transição entre o Movimento Moderno e o
período chamado de pós-moderno. Em suas obras pode-se ver a síntese entre a modernidade e
a arquitetura clássica, demostrando um interesse espacial pela reinterpretação de momentos e
situações históricas, entre elas o ecletismo, o maneirismo, o formalismo e a inovação
tecnológica.

Você também pode gostar