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Kansas

Spastik Ink
Spiral Architect
Theory In Practice
Artension
Meshuggah

Guitarristas:
Michael Angelo
Tony MacAlpine
Joey Taffola
Greg Howe
Ritchie Kotzen
Michael Lee Firkins
James Byrd
Steve Ross
Jeff Watson
John Norum
Whiplash! - E artistas tipo Bernd Steidl, Darren Housholder, Toby Knapp, Tony Fr
edianelli, Craig Goldy, Derek Taylor, Scott Tine, Ron Thal, Todd Duane, George B
ellas, James Muprhy
Michael J. Romeo é, definitivamente, um dos caras mais simples e gente finas de qu
e o cenário metal tem conhecimento. Totalmente simpático e modestíssimo, o gênio das sei
s cordas, nascido em Nova Jérsei, nos Estados Unidos, concedeu, com muito bom humo
r (mais boa vontade do que vi nessa entrevista é quase impossível), um papo exclusiv
o com a Whiplash!, onde conversou, bastante à vontade, sobre esses anos em que a b
anda está na ativa, hoje já na marca dos 6 anos (já que a banda é de Abril de 94), e sob
re seu disco solo, influências, guitarristas e até Dream Theater. Então, sem mais delo
ngas... com a palavra, Michael Romeo!
Entrevista preparada por Haggen Kennedy e Thiago Corrêa.
Tradução: Haggen Kennedy
Whiplash! - As críticas a "V", último álbum lançado por vocês, têm sido excelentes. Qual a
nálise que você faria deste último trabalho? Você acredita que esse seja o melhor álbum já
ravado por vocês?
Michael Romeo / Bem... acho que a razão pela qual eu penso ser o melhor disco é o ap
proach que demos na construção dele. Desde o início, sentamos e dissemos tudo bem, vam
os fazer um disco conceitual, mas com nossas convenções, nosso toque progressivo e,
claro, nosso peso. Basicamente tentamos fazer algo que mantivesse nossa pegada, m
as com idéias que contassem uma estória.
Whiplash! - Você poderia falar um pouco mais sobre o disco? Sobre o que é o conceito
, como foi feito...
Romeo / Basicamente ele conta a história da luta entre o bem e o mal, a velha bata
lha eterna. Mas queríamos algo mais... bem... maior [risos]. Então, fomos à biblioteca
, sentamos e passamos horas lendo e estudando sobre a história do Egito, mitologia
, astrologia... Então, tínhamos um bom material e conseguimos as personagens. E essa
s personagens exerceriam um papel essencial, já que entravam em conflito entre si,
e isso abriria espaço para outras idéias na escrita do disco. Foi algo muito trabal
hoso, mas que rendeu ótimas idéias, ótimas linhas tanto nas melodias como nas letras.
Mas, bem, basicamente foi isso: juntamos tudo, fizemos nossa própria estória dos fat
os e, uma vez que já tínhamos todas as letras prontas, partimos para a escrita das m
elodias. E fomos de uma por uma, música por música. Da primeira até a última. Não pulamos
nenhuma música, não deixamos nada para depois. Fomos devagar, seguindo a estória conta
da. E foi diferente porque nunca tínhamos feito isso antes. Geralmente tínhamos algu
mas músicas e simplesmente compúnhamos saindo de qualquer lugar e chegando em qualqu
er lugar [risos]. Muita coisa saiu de jams, também. Mas desta vez é como se tudo fiz
esse sentido. Foi bem legal todo o processo.
Whiplash! - Então, nesse disco você primeiro fez as letras para só depois construir a
melodia. Mas como é que você faz para compor riffs que combinem com a letra? Isso pa
rece meio complicado...
Romeo / Uma vez que havíamos escrito as letras e estudado sobre o que estávamos a es
crever, eu já estava meio que me sentindo vivendo na época do Egito antigo, já me sent
ia vivendo no local, na época... é meio estranho...
Whiplash! - Você se sentia no Egito antigo?! E você teve que levantar aqueles imenso
s blocos de cimento para a construção de pirâmides enquanto era açoitado?
Romeo / Nossa, eu me imaginei bem longe disso [risos].
Whiplash! - É, porque se fosse assim, acho que as músicas sairiam bem mais furiosas.
..
Romeo / [rindo] Ah, com certeza. Iria descontar todas as açoitadas nos riffs de gu
itarra [mais risos]. Mas é como eu lhe falei, eu meio que me imaginei na época... e
então, é como se você tivesse aquele feeling, aquele lance de você sentir a música. Quando
você tem na letra algo como he wil be one, one with the land, lord of the wind and
the sea and the sands , você tem que mostrar um som pesado, épico, para combinar com
a coisa toda. Não sei, é algo de sentir a música, mesmo. O que ela é, o que ela represen
ta, a história que ela conta, a emoção, a sensação que ela passa.
Whiplash! - E o que você acha que é mais importante? A letra ou a melodia? [N do E:
nessa hora tudo fica em silêncio por cerca de 10 segundos, como se a ligação estivesse
sido cortada] ... Alô?!
Romeo / Alô? Oh, desculpe, eu estava pensando em como responder. Cara, que pergunt
a miserável [risos]. Bem, acho que a melodia é muito importante porque... bem, ela t
ransmite as sensações que você tem quando compôs a música. A melodia pode falar bastante.
Tem a Música Clássica, você pode tirar o exemplo várias músicas instrumentais. Mas só que
letras também são muito importantes, afinal, você está contando uma estória. E, nesse cas
o, então, as letras são fundamentais. Pelo menos neste caso, nesse disco. Mas então, a
cho que as duas são igualmente importantes, não acho que tenha como dizer que uma é ma
is importante que outra.
Whiplash! - Como você compararia o Symphony X do debute auto-intitulado e o Sympho
ny X do último álbum, "V"? Quais as diferenças/evoluções principais que você poderia destac
r?
Romeo / Oh. Eu considero o primeiro disco [N do E: Symphony X ] uma demo. Eu estava
procurando por músicos e foi algo muito corrido, bastante apressado. Eu consegui
os caras, a gente se juntou rapidamente e fomos gravar gravação que, também, foi super
rápida. Quero dizer, eu estava atrás de um selo e tinha que fazer uma demo rápido, po
is já tinha entrado em contato com a gravadora e eles queriam nosso material. Então,
nesse primeiro disco ainda estávamos procurando uma direção [musical]. Todo mundo na
banda tinha suas próprias influências e estávamos aprendendo como trabalhá-las em conjun
to, quero dizer... tinha sido tudo tão rápido. Num dia nos conhecemos, no outro já estáv
amos gravando. Que entrosamento, hein [risos]. Mas então é isso, foi um disco cuja p
rodução era de um nível mais baixo, bem como sua gravação. É como eu disse, eu o considero
omo uma demo. O Symphony X hoje... bem, o que eu posso dizer? Estamos mais madur
os, já achamos nossa direção, sabemos como trabalhar em conjunto, sabemos como mistura
r nossos estilos de composição de forma que surjamos com músicas com a cara e que, na
verdade, formem a cara do Symphony X.
Whiplash! - O Symphony X está vindo ao Brasil pela primeira vez e a expectativa cr
iada em torno disso é bastante grande. O que você espera dos shows que fará aqui?
Romeo / Não sei. Eu simplesmente não sei, não tenho a mínima idéia do que esperar. Quero d
izer... [pensa] é, não sei [risos]. Só espero poder ir aí e tocar. Será legal, contanto qu
e haja pelo menos umas duas ou três pessoas na platéia... [risos]
Whiplash! - Ah, não diga isso. Eu moro numa cidade que fica a cerca de 2.500 quilôme
tros de distância de São Paulo e estou saindo daqui para ver seu show lá. Não é possível qu
os paulistas não vão ao show para vê-lo.
Romeo / [visualmente impressionado] Caramba, isso é sério?!? Você vai fazer isso?! Não a
credito! Nossa, eu fico realmente agradecido por isso. É muito legal quando as pes
soas gostam do seu trabalho e fazem um sacrifício pela banda como o que você está faze
ndo. Quero dizer, já é uma grande ajuda e apoio quando compram nossos CDs, mas quand
o vemos pessoas que se põem a fazer esse tipo de coisa, é realmente muito gratifican
te. Digo, você vai com seu dinheiro, certo? Ou é patrocinado?
Whiplash! - Dinheiro do meu bolso, mesmo. Eu tenho acompanhado a carreira do Sym
phony X desde que lançaram The Damnation Game . Quando ouvi Divine Wings of Tragedy sim
plesmente coloquei a banda num patamar exclusivo. Eu considero vocês como um dos m
aiores grupos de metal da atualidade...
Romeo / [empolgadíssimo] Deus, eu nem acredito que estou ouvindo isso! É fantástico, e
u nunca esperaria ouvir isso! Digo, é disso que estou falando. Isso é fantástico, real
mente. Não sei se existem outras pessoas como você, mas se houverem, quero realmente
agradecê-las. Esse tipo de coisa, esse sacrifício de viajar para ver os shows, essa
coisa toda é realmente muito importante para mim. Quero dizer, quando eu formei e
sse grupo realmente nunca pensei que isso pudesse acontecer porque nunca me imag
inei como um daqueles grandes guitarristas que são o ídolo de alguém. E também não me imag
inei como o cara que faz uma banda que tem milhões de seguidores fanáticos. Então, qua
ndo eu vejo que, na verdade, há alguém que manifeste esse tipo de emoção para conosco é su
per gratificante. Eu agradeço do fundo do coração todo esse apoio, sinceramente!
Whiplash! - Ah, você vai ter que agradecer mandando bala no show...
Romeo / [risos] Com o maior prazer. Esperamos que o público goste das nossas músicas
.
Whiplash! - Falando nas músicas, como vocês baseiam o set list? Pergunto porque cert
amente os fãs vão querer ouvir tanto o material antigo de vocês como o novo.
Romeo / Bem... originalmente, a idéia era tocar o novo disco inteiro, música por músic
a, já que é um álbum conceitual e seria legal manter a história dele na íntegra. Nós começa
a ensaiar e a adicionar algumas coisas, mas vimos que estava ficando longo dema
is, percebemos que não haveria tempo de tocar o material mais antigo. Daí, decidimos
cortar algumas músicas do novo disco e deixar apenas as músicas-chave no repertório,
como por exemplo a primeira e a nona [N. do E.: ele se refere, respectivamente,
a Evolution que é a segunda música (a primeira é a intro) e a Absense of Light , que
, mas torna-se a nona devido à exclusão da intro] para balancear as coisas, pois ela
s cobrem, de certa forma, a história do álbum. Então, tocaremos outras do disco, fazen
do uma seqüência de mais ou menos 45 minutos. Depois, tocaremos mais 45 minutos com
músicas antigas e voltaremos a tocar algo do disco novo, além de solos e/ou improvis
ações que podem vir a ocorrer. Acho que temos um mix bem legal da nossa carreira, ac
ho que vai ser bem legal.
Whiplash! - Eu considero difícil fazer com que as músicas do Symphony X soem tão bem a
o vivo quanto em estúdio, pois são muito ricas em arranjos. Você diria que o SX é uma ba
nda de estúdio ou uma banda de shows?
Romeo / Diria que as proporções são definitivamente igualitárias. O que talvez seja dife
rente é o approach que tomamos em relação a um e outro. Nos nossos discos tocamos da m
esma forma que tocamos ao vivo. Nós tentamos passar toda a nossa energia, todo o n
osso peso para o disco, assim como fazemos nos shows ao vivo. A não ser que tenham
os partes orquestradas, porque dessa forma não teríamos como fazer tudo ao vivo, as
gravações e etc. Digo, aí nós realmente temos que parar, sentar e medir as coisas para q
ue tudo saia da forma correta no estúdio. E ao vivo é complicado para reproduzir ess
as orquestrações, a não ser que tocássemos com uma orquestra de verdade nos shows. É verda
de que nós até poderíamos tocá-las em playback, mas eu definitivamente não quero nada diss
o. Não gosto de playbacks, soa muito superficial. Se for um playback de uma voz ou
alguma coisa que não seja tão pertinente à música em si, tudo bem, é válido, para dar aque
a característica da música. Mas uma orquestra em playback? Percorrendo a música inteir
a? No way! Quando tocamos ao vivo, gosto de me sentir à vontade. Uma gravação direta c
omo o playback iria me deixar muito pouco à vontade. Então, faremos um tipo de arran
jo diferente para as partes orquestradas, de forma que tenhamos mais espaço para n
ossa criatividade fluir e até mesmo maior interatividade com a platéia. Eu, por exem
plo, tocarei as partes de violino na guitarra. Vai ficar um pouquinho diferente,
mas acho que vai ficar legal porque é ao vivo e tem todo aquele feeling, aquela e
nergia.
Whiplash! - Falando em energia, onde você acha que a banda tem um impacto mais for
te? Nos discos, quando o fã ouve em casa e percebe a riqueza de detalhes nas músicas
, ou no show?
Romeo / Acho que nos dois, porque nos esforçamos em ambos. É como você disse, no estúdio
o ouvinte pode se dar conta de que há muita coisa para se perceber, é bem interessa
nte. Já ao vivo, é um pouco diferente, não temos tanta riqueza nos detalhes, mas podem
os fazer outras coisas, podemos torná-las um pouco mais especiais, porque podemos
criar alguns temas diferentes, e podemos passar uma aura positiva. Os dois, defi
nitivamente, têm relevância fundamental para nós.
Whiplash! - Há algum plano para gravar um disco ao vivo?
Romeo / É até engraçado você falar nisso, pois eu estava conversando com o resto da band
a a respeito ainda hoje [N do E.: a entrevista foi feita dia 1 de Novembro]. Nós e
stávamos pensando nessa possibilidade. Vamos tentar gravar alguns shows quando ent
rarmos em turnê na Europa, em especial na Alemanha e, dependendo da qualidade dos
shows e da gravação, poderemos, talvez, lançar alguma coisa ao vivo.
Whiplash! - E como vocês vão fazer? Vão gravar todos os shows que fizerem por lá?
Romeo / Bem, gravaremos uns 5, 10 shows, não sei. Nós gravaremos algumas apresentações e
escolheremos a melhor, porque, bem, se você só grava uma vez, é perigoso, talvez aque
la noite não fosse a melhor, ou talvez haja algum problema no som... as possibilid
ades são infinitas. Então, gravaremos vários para que possamos escolher entre a melhor
noite de shows.
Whiplash! - Talvez vocês não precisassem exatamente fazer o disco todo gravado em ap
enas um show. Vocês poderiam colocar uma gravação de músicas que ficaram boas em cidades
ou países diferentes.
Romeo / Oh, não, eu... bem... [pensa] Sim, é verdade. Não é que você deu uma ótima idéia [r
s]? É, vou comentar com o pessoal a respeito.
Whiplash! - E o que acha de um vídeo?
Romeo / Hã... ao vivo?!
Whiplash! - Bem, não sei. Talvez um homevideo! Eu sempre fiquei bastante curioso p
ara saber como era o Symphony X no estúdio, os erros de gravações se é que tem algum , a
conversas, as discussões, a vida na estrada... tudo.
Romeo / Oh! Hã... bem... eu... não sei [risos gerais]. Eu nunca havia pensado na pos
sibilidade, mas quem sabe, não é. É algo a se considerar. Vamos ver, quem sabe num fut
uro próximo...
Whiplash! - Mudando um pouquinho de assunto, a banda teve algumas mudanças no pass
ar dos anos. Alguma dessas mudanças de formação afetaram de alguma forma a química no gr
upo?
Romeo / Olha, eu acho que sempre afetam, de algum modo, por menor que seja. Aind
a bem que no nosso caso, não nos afetou o suficiente para, digamos, nos desestabil
izar. Claro que não é legal quando um integrante quer sair, mas... que se pode fazer
? Mas foi bem legal o caso do baterista, por exemplo, que saiu e depois voltou. É
bem legal tê-lo de volta. E o nosso novo baixista é muito bom, também, eu gostei basta
nte dele. O Mike [LePond, novo baixista] é extremamente versátil e ótimo músico.
Whiplash! - Falando nisso, o que aconteceu? Por que o Thomas Miller [N do E: ant
igo baixista] saiu?
Romeo / Você não vai acreditar. Nem eu acreditei na época. Ele simplesmente acordou um
dia e decidiu que não queria mais trabalhar com música. Imagine a minha cara. Quero
dizer, eu conhecia o Thomas há tanto tempo, já há anos. E simplesmente me deparei com
essa situação. Foi bastante estranho para mim, pois realmente não esperava. Depois eu
conversei com ele melhor e vi que, na verdade, ele estava querendo dedicar mais
tempo à família dele, especialmente agora que ele teve uma filhinha, e queria dar a
tenção a ela. Mas eu não tiro a razão dele em momento algum e espero que tudo dê certo na
vida dele.
Whiplash! - Mas você tem idéia do que ele está fazendo atualmente? Há alguma chance de e
le voltar a trabalhar com música no futuro?
Romeo / Não tenho a mínima idéia. Quem sabe o que o futuro nos aguarda, não? Quero dizer
, pode ser que sim, pode ser que não. Mas também não sei o que ele está fazendo agora. P
rovavelmente deve estar com a família. Mas em relação a trabalho, não sei, mesmo.
Whiplash! - Você sempre teve uma direção musical diferente da tomada pelo Dream Theate
r, contudo vocês foram vistos como apenas mais uma banda seguindo os passos do DT
quando [o Symphony X] estava no início de sua carreira. Pelo menos foi a impressão q
ue eu tive aqui no Brasil. Você também teve essa impressão?
Romeo / Eu tive?!? [risos gerais]. Olha, eu não posso dizer que tive porque não lemb
ro de jamais ter encarado dessa forma. Digo, o Dream Theater faz um som progress
ivo, tudo bem, mas é como você comentou no início da pergunta: nosso direcionamento mu
sical é realmente diferente do deles. Tudo bem, ambos fazemos música progressiva, ma
s o nosso estilo de composição é totalmente diferente do deles, qualquer um pode perce
ber isso. Se bem que é um elogio ser comparado a uma banda desse porte. [risos]
Whiplash! - Ainda sobre o DT, acho até meio engraçado, porque algumas pessoas dizem
que fãs do Symphony X têm um certo problema quando conversando com fãs do Dream Theate
r. Então, essa é uma pergunta mais de curiosidade: você já teve algum contato com os car
as?
Romeo / É engraçado ouvir isso porque eu realmente nunca tinha imaginado a possibili
dade de fãs do Symphony X entrando em conflito com fãs do Dream Theater [risos]. Que
ro dizer, não sei, é estranho para mim. Não acho que o Symphony X seja uma banda de po
rte tão grande...
Whiplash! - É, mas a banda não precisa necessariamente ser grande para mostrar quali
dade. E qualidade é o que o Symphony X tem de sobra...
Romeo / [meio sem jeito] Ah.. nossa. Obrigado [risos]. Mas, bem.. não sei. Eu não ac
ho que deveria haver nenhuma rivalidade, afinal todos deveríamos fazer exatamente
o contrário. Se bem que não acho que exista realmente algum tipo de intriga. Você havi
a dito que algumas pessoas diziam isso, não?
Whiplash! - Exato. É a opinião de algumas pessoas, e não a verdade suprema...
Romeo / [risos] Oh, sim. Eu não lembro de haver ouvido falar de coisa parecida. Ma
s sim, eu já tive contato com eles, era isso que você me havia perguntado, certo? Be
m, eu estava na Alemanha... não lembro se em 98 ou 99. Eu estava promovendo um dis
co da banda e ouvi um sujeito conversando com outro próximo a mim, comentando sobr
e um show do Dream Theater que aconteceria naquela noite. Eu fiquei bastante fel
iz, pois sempre quis muito ver um show deles, então me informei sobre o local e na
quela mesma noite fui até lá, comprei o ingresso e entrei na casa para assisti-los.
O show foi impressionante, eles estavam realmente mutíssimo bem ensaiados, foi ótimo
. Eles tocam muito bem, mesmo! No final do show eu até consegui falar com o Portno
y e com o Petrucci. São pessoas excelentes, muito gente boa. Fiquei conversando co
m eles um bom tempo sobre várias coisas. São realmente demais.
Whiplash! - Mas diz aí: o Petrucci toca mesmo ou é enrolação?
Romeo / [dando altas risadas] Enrolação?! Que é isso! Se ele enrola, eu sou dublê de cin
ema [risos]. E, de qualquer forma, quem sou eu pra falar do Petrucci? O cara toc
a demais, ele é muito bom, mesmo. O trabalho que ele fez no novo disco [N do E: Met
ropolis II: Scenes From A Memory ] está fenomenal.
Whiplash! - Falando em guitarristas, se não me engano, você tem o Allan Holdsworth c
omo uma das suas maiores, se não maior influência...
Romeo / Ah... [pensa] Na verdade, Holdsworth não é minha maioooorrr influência. Claro
que ele exerce, em algum grau, alguma influência, mas ele não é o meu foco principal.
Eu diria que fui muito mais influenciado por Al DiMeola, por exemplo. E Uli John
Roth. Estes dois realmente me deram muita coisa em que me agarrei quando estava
aprendendo guitarra. Os dedilhados, até mesmo algumas palhetadas. Se bem que... s
im, no Divine Wings... talvez realmente se possa notar uma grande influência de Hold
sworth, mas eu não diria que é minha influência primária.
Whiplash! - O que você costuma ouvir quando está em casa?
Romeo / Bem, eu geralmente ouço discos antigos, os mais clássicos. Ouço coisas novas t
ambém, mas é sempre bom ouvir aquelas coisas que lhe colocaram no meio heavy metal.
Eu ouço bastante Watchtower, ouço o velho [Judas] Priest, Heaven and Hell , do Sabbath.
.. adoro esse disco. Ouço Pantera, também... também ouço coisas clássicas mais contemporâne
s como John Williams, Stravinski...
Whiplash! - O que você acha do Dimebag Dirrell?
Romeo / Ele tem idéias muito boas, eu gosto bastante da pegada dele. É um ótimo músico,
as linhas de melodia dele são bem legais, combinam com os riffs que ele cria.
Whiplash! - E o que é que lhe influenciou lá no comecinho, quando você estava ouvindo
metal e aprendendo a tocar guitarra? Deve haver alguma banda progressiva, não?
Romeo / Ah, nossa, lógico, sem dúvida alguma. Eu sempre fui muito fã de Kansas... é uma
das minhas bandas favoritas. Muito Yes, muito Rush...
Whiplash! - Eu ia deixar essa pergunta pra depois, mas já que você mencionou o Kansa
s... eu achava que talvez estivesse ficando louco, porque havia notado alguma co
isa de Kansas em algumas músicas suas...
Romeo / [risos] É, e tem mesmo. Se você estiver louco, então eu também estou [mais risos
]. Eu gosto muito de Kansas, ouço desde que me conheço por gente. É uma banda com idéias
muito boas, as músicas são demais. Não sei. Sou fã, mesmo. [risos]
Whiplash! - Ultimamente, surgiram várias bandas tocando o metal técnico, enfatizando
a virtuosidade não de um, mas de todos os instrumentistas na banda, como por exem
plo Spastik Ink, Spiral Architect, Theory In Practice... você já ouviu alguma dessas
bandas ou coisas no estilo?
Romeo / Ouvi Spastik Ink, é muito bom. Ouvi algumas coisas como Artension... creio
que seja nova, não?
Whiplash! - Sim, eles só tem três discos, até agora.
Romeo / Pois é. Aquele tecladista é muito bom... Vitalij ou algo do tipo [N do E: Vi
talij Kuprij]. Há outras coisas, também. Eu gosto muito do estilo, não tenho do que re
clamar. [risos]
Whiplash! - Uma banda que já tem um bom nome no cenário com um som mais acessível e técn
ico ao mesmo tempo é o Meshuggah [N do E: Ele vai falando alguma coisa e eu interr
ompo] Tá, tudo bem, eu sei que não tem nenhuma relação direta com o som que o Symphony X
faz, mas eu mencionei aquele grupo porque há bastante espaço para o som pesado e to
dos aqueles tempos quebrados em ambas as bandas...
Romeo / Não precisa explicar, eu só ia dizer que já ouvi Meshuggah [risos gerais]. Eu
gostei bastante do instrumental. Só não fui muito com a cara do vocal. Não que ele sej
a ruim, é que não aprecio muito esse estilo vocálico mais gritado como o do Meshuggah.
Mas a parte técnica do grupo é impressionante. As seqüências arpejadas, as escalas, os
tempos, o ritmo... realmente é muito bom. Aliás, acho que nessa banda a influência de
Holdsworth é muito mais predominante. [risos gerais]
Whiplash! - E bandas das antigas como Rush?
Romeo / Ah, acho que nesse caso não há muito o que comentar. Eu gosto pra caramba do
Rush, acho que dispensa qualquer tipo de comentários. Yes, Europe... essas bandas
são até difíceis de serem discutidas.
Whiplash! - Kansas...
Romeo / Kansas... [risos]
Whiplash! - Há um certo tempo, Neil Peirt deixou o Portnoy louco quando disse que
no Working Man , que é um tributo ao Rush no qual você também está presente apenas ban
racas, de pouca expressão, de buteco , por assim dizer, tocaram. Qual sua opinião sobre
essa declaração?
Romeo / ...
Whiplash! - Alô?
Romeo / Desculpe, acho que não ouvi direito. Você poderia repetir, por favor? [N do
E.: Eu repito a questão inteira novamente e ele fica em total silêncio por quase mei
o minuto, até que eu pergunto se ele está decepcionado] Hã... não. Acho que a palavra qu
e melhor me definiria agora é chocado . Bem, eu... olha, realmente não sei o que dizer.
Talvez... bem, não sei, talvez ele não tenha ouvido direito ou... não sei. Se bem que
eu até imagino o Portnoy enlouquecendo. [risos gerais]
Whiplash! - É, foi um baque...
Romeo / É. Só foi. Mas acho que o Portnoy não deveria se preocupar com isso, ele é um músi
co do mais alto gabarito, não há com o que se preocupar. Quanto ao que Neil Peirt di
sse... eu não sei, não sei, mesmo. Não sei o que pensar, não sei o que dizer. Bem... que
ro dizer, se é a opinião dele, tudo bem, eu respeito, o que se pode fazer? Eu fiz o
disco porque eu quis. Porque eu gosto da banda, eu gosto do Rush, então achei muit
o interessante a iniciativa de gravar um disco tributo. Não sei, se o Neil acha me
smo isso... é uma pena, mas eu respeito sua opinião.
Whiplash! - Voltando um pouquinho à banda, em Twilight In Olympus há uma sonata com te
ma de Beethoven. No seu CD solo há uma música de Paganini. Quais são os compositores c
lássicos que mais lhe influenciaram?
Romeo / Bem, acho que a idéia primordial de fazer isso veio do Randy Rhoads. Quer
dizer, por eu ouvi-lo muito, acho que tive vontade de fazer alguma coisa envolve
ndo essa coisa mais clássica. Eu gostava demais dos solos do Randy. Mas bem, minha
maior influência provavelmente é Bach, por causa do contraponto e toda aquela coisa
do virtuosismo barroco que todo mundo já conhece bem, já que guitarristas como Malm
steen divulgaram tanto. Além de Bach, eu também fui muito influenciado por Beethoven
, Vivaldi e Mozart. Mas eu ultimamente tenho ouvido muitos compositores contempo
râneos como Stravinski, Holst, John Williams, que possuem composições muito boas. Pode
-se até mesmo perceber no nosso disco novo.
Whiplash! - Há alguma possibilidade de você lançar um outro disco solo?
Romeo / Sim, com certeza. Entretanto, você tem que ter em mente que a minha priori
dade é o Symphony X. Meus esforços, minha concentração.. está tudo voltado para a banda. U
m CD solo é simplesmente um hobbie ou coisa do tipo. Mas sim, num futuro eu lançarei
um outro disco solo. Só não sei quanto tempo vai levar, mas eu lançarei. [risos]
Whiplash! - Bem, como você falou tão bem do Portnoy, talvez houvesse alguma chance d
e... bem, você sabe...
Romeo / Ah, eu já deveria saber [risos gerais]. Sim, sim, o Portnoy realmente seri
a uma escolha muito boa.
Whiplash! - E talvez houvesse uma chance de o Petrucci estar nele também...
Romeo / [rindo alto] Mas aí não vai ser mais meu disco solo, os dois juntos vão me chu
tar pra fora das gravações, não vai ter espaço para eu mostrar nada [risos]. Falando sério
, seria grandioso tê-los num projeto meu. Mas acho que é melhor você falar disso com e
les. Por mim, eles já têm entrada garantida, acho que o difícil é eles quererem se envol
ver numa coisa desse tipo.
Whiplash! - Como assim numa coisa desse tipo ?
Romeo / Bem, não sei.. é apenas um disco solo de um cara que tem algumas idéias comuns
e/ou sobras de estúdio e quer gravá-las. Não sei se eles se interessariam em tocar co
migo...
Whiplash! - Não se preocupe. Na primeira oportunidade que tiver, eu digo a eles pa
ra entrar em contato com você para que gravem logo esse disco.
Romeo / [rindo] Muito bem, estarei esperando!
Whiplash! - Eu falei de Música Clássica, progressiva, Holdsworth e etc. Mas sempre q
ue ouço um disco do Symphony X, penso caramba, esse Michael Romeo é louco por heavy m
etal! E digo mais: muitas vezes te vejo até como um fã de thrash e estilos até mais ext
remos, porque é cada riff pesado do cacete que você cria. Quais as bandas de metal q
ue serviram de influência para você no começo de seu aprendizado e as bandas que fazem
música mais pesada, sem toques de progressivo, e que têm te impressionado?
Romeo / [risos] Thrash? Não, não. Eu até ouço, pois procuro ouvir de todas as vertentes
no metal, mas não sou o que se pode dizer um verdadeiro fã do estilo. É como eu disse,
eu fui mais influenciado por coisas como o antigo Priest, Black Sabbath... até me
smo Pantera. Cacophony, também...
Whiplash! - Caramba, Cacophony é absurdo! O que você acha do Marty Friedman?
Romeo / Eu não ouvi muita coisa do Friedman. Eu conheço Megadeth, claro, mas nunca e
stive muito por dentro do estilo, do modo como compõem. Eu gostei do Friedman, pel
o que ouvi, ele tem uma pegada bem legal, gostei do modo como cria linhas harmônic
as.
Whiplash! - E Jason Becker?
Romeo / Aí você me coloca contra a parede. O que é que eu vou falar de um cara como o
Jason Becker? Caramba, não há como dizer nada a não ser que ele é o que há! É Jason Becker!
Sweep, Arpejos, bends, modulações, inversões, escalas, fraseados... o que for, pode ma
ndar bala, o cara é bom em tudo. Becker é Becker.
Whiplash! - Vinnie Moore?
Romeo / Vinnie Moore também é muito bom. Eu ouvia bastante esse tipo de som há um temp
o. Eu gosto bastante do Mind s Eye . Ouvia coisas tipo Michael Angelo, [Tony] MacAlpi
ne, [Joey] Taffola, Greg Howe, [Ritchie] Kotzen, [Michael Lee] Firkins, James By
rd, [Steve] Ross, Jeff Watson, John Norum...
Whiplash! - E artistas tipo Bernd Steidl, Darren Housholder, Toby Knapp, Tony Fr
edianelli, Craig Goldy, Derek Taylor, Scott Tine, Ron Thal, Todd Duane, George B
ellas, James Muprhy...
Romeo / Nossa, quanta coisa você trouxe à tona. Nem lembrava mais de todo esse pesso
al. O James Murphy gravou um disco muito bom depois que saiu do Testament, não?
Whiplash! - O Convergence ?
Romeo / Sim, exato. Há participação de alguém do Testament, não?
Whiplash! - Bem, o Chuck Billy participa, mas há outro vocal, que é o Devin Townsend
. Greg Howe também toca no CD e na batera está ninguém menos que Deen Castronovo.
Romeo / Que time, hein.
Whiplash! - Pois é. Melhor que isso, só seu novo CD solo com Portnoy e Petrucci.
Romeo / [rindo] Oh, meu Deus, você não vai me deixar em paz enquanto eu não gravar iss
o, não é?
Whiplash! - Pode apostar. Voltando ao SX agora, eu sempre imaginei como foi grav
ada The Divine Wings of Tragedy , já que a música passa dos 20 minutos. Contudo, acho q
ue há músicas ainda mais complexas, como The Accolade e Through the Looking Glass . Qual
foi (ou foram) a(s) música(s) mais difícil(eis) para compor, gravar e tocar ao vivo?
Romeo / [pensa] É difícil dizer assim, na bucha. Acho que para compor e gravar, fora
m as músicas novas, as do V , porque os riffs, as convenções foram realmente desafios, pr
incipalmente no que se refere à parte orquestrada. Minha nossa, nem queira imagina
r como deu trabalho. Foi realmente um sufoco, dias a fio, noites perdidas tentan
do colocar tudo nos conformes. Para tocar ao vivo, provavelmente Divine Wings... .
Whiplash! - Comentamos sobre Greg Howe há pouco. Não sei se você tem conhecimento, mas
ele está em turnê com Enrique Iglesias. O Van Halen já tocou com Michael Jackson, e o
Vernon Reid com Janet Jackson. Se você estivesse desligado do Symphony X e surgis
se uma proposta de trabalhar com algum grupo desse tipo, você aceitaria?
Romeo / [rindo] Caramba, você faz cada pergunta desconcertante [risos gerais]. Bem
, eu aceitaria, sim, por que não?
Whiplash! - E por que sim?!
Romeo / Oh, bem... porque... porque sim, eu acho [risos]. Bem, não sei, acho que s
eria legal para ver como é, afinal não deixa de ser uma nova experiência.
Whiplash! - E com quem você gostaria de tocar?
Romeo / [pensando] Talvez o Seal... a música que eles fazem não é tão ruim e há algumas co
isas que seriam interessantes serem feitas na guitarra, de uma forma improvisada
. Se bem que não sei se eles abririam espaço para isso...
Whiplash! - Isso se relaciona um pouco com essa pergunta que farei: uma vez que
já passamos e continuamos a passar por tanto tipo de música modista, como um artista
pode obter sucesso na carreira musical sem se sujeitar ao que a indústria musical
pede, sendo leal a um estilo e sem perder a qualidade e riqueza nas composições?
Romeo / [pensando bastante] Isso meio difícil de se responder. Eu não sei. Eu gosto
da música e é por isso que eu toco. Eu gosto de tocar o que eu gosto de compor, o qu
e eu sinto vontade de criar. Seria muito fácil eu tocar pop e encher meus bolsos d
e dinheiro, mas é como eu falei antes. É diferente quando você toca algo tipo pop por
uma nova experiência e quando toca para ganhar a vida, fazendo isso dia após dia. Eu
não gostaria de ganhar a vida fazendo pop, quero ganhar a vida fazendo o que eu g
osto de fazer, que é o que você ouve no Symphony X. Isso é o que eu quero fazer e sou
muito grato por, na verdade, poder fazer o que faço. Talvez seja uma visão muito oti
mista, mas eu penso que se você faz com afinco o que você realmente gosta, você vai co
nseguir alcançar o sucesso.
Whiplash! - Falando em poder fazer o que se quer. Você não sofre algum tipo de pressão
por parte da gravadora? Pergunto isso porque algumas vezes a gravadora é que dita
como a banda deve soar.
Romeo / Não, não, felizmente não. Bem, no começo, quando ainda estávamos na Zero Corporati
on [N do E: a gravadora japonesa com o qual assinaram quando lançaram o disco Symph
ony X que, aliás, serviu de demo para o contrato com a Zero, como o próprio Romeo exp
licou nessa entrevista], ela tentou, de certa forma, controlar a banda, controla
r as nossas composições, o modo como deveríamos soar. Eles nos pressionavam, de certa
maneira. Queriam apenas músicas de tempo mais acelerado e mais curtas com seqüências m
ais clássicas. Algo como Out of the Ashes , talvez. Por nós, estaria tudo bem fazer uma
música assim, mas não toda música. Desse modo não estaríamos fazendo o que o Symphony X s
e propõe, em princípio, a fazer. Mas hoje em dia não existe mais isso. Temos uma liber
dade maravilhosa dentro do selo e as músicas que você ouve no V são realmente o que querí
mos.
Whiplash! - Como o tempo da entrevista está terminando... se bem que, na verdade,
já terminou há muito tempo [N. do E.: a entrevista deveria tomar 20 minutos, mas aca
bou se estendendo por uma hora inteira, devido ao simpaticíssimo Romeo], eu gostar
ia de saber se você conhece alguma banda brasileira.
Romeo / Ah, não se preocupe com o tempo da entrevista, tome o tempo que quiser [N
do E: mal sabia ele que essa entrevista poderia levar dois dias ininterruptos, s
e não fosse a agenda cheia de compromissos do homem]. Bem, eu ouvi Angra...
Whiplash! - Verdade? O que você ouviu deles?
Romeo / Tem algum tempo isso. Eu gostei do que eu ouvi, parecia original. É muito
bem tocado, as melodias eram interessantes...
Whiplash! - Eles lançaram três discos... o primeiro foi o Angels Cry...
Romeo / Não, não. Há algum de nome Holy Land?
Whiplash! - Esse é o segundo deles, com mais elementos brasileiros.
Romeo / Como a percussão, correto? Eu achei interessante. Os guitarristas me parec
eram muito bons. Havia uma música que me chamou bastante a atenção, mas eu não consigo r
ecordar o nome [N do E: eu falei o nome de todas as músicas do disco para ele, mas
mesmo assim não conseguiu se lembrar]. Tudo bem, não se preocupe. Mas eu gostei do
Angra, achei bem legal.
Whiplash! - Que bom. Mas, bem, a entrevista vai terminando por aqui. Gostaria de
dizer alguma coisa?
Romeo / Gostaria de agradecer pela oportunidade que a Whiplash! concedeu ao Symp
hony X de poder divulgar a banda é uma iniciativa muito legal de vocês e eu agradeço b
astante por isso. Não só eu, como toda a banda. Gostaríamos de agradecer a todos os fãs
que nos deram apoio, aos fãs que compraram nossos CDs, isso é importante pra caramba
para nós. Realmente muito obrigado. E gostaria de pedir aos fãs que comparecessem a
o show. Se não puderem ir, tudo bem, eu entendo. É só que esperamos ver as pessoas que
nos apóiam e nos ajudam. Um grande abraço a todos.
Whiplash! - À propósito, uma pergunta de última hora: o seu nome é Michael J. Romeo. Mas
, afinal, o que é esse J ? Eu sempre quis saber, mas nunca consegui.
Romeo / O J é de James, como em James Hetfield . [N do E.: ele se despede e se agradece
mais duas vezes pela entrevista antes de desligar o telefone]

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