CORANTES NATURAIS
Itanhaém
2015
CORANTES NATURAIS
Ao nosso professor e orientador deste trabalho, Júlio Borges, pelo apoio e confiança,
proporcionando o conhecimento, altruísmo e o encorajamento. Seus conselhos e
orientações para apontar-nos o melhor caminho e decisão durante todo o estudo
acadêmico foram essenciais para o nosso progresso como pessoa e acadêmica.
Nossos agradecimentos a Luísa Saraiva, pela elaboração do tema do presente
trabalho, Barbara Figueredo, pela contribuição valiosa e, ao Abraão Lincon, pelos
conselhos e a constante dedicação, amigos que, por vários motivos nos deixaram,
seguiram outros caminhos que a vida ofertou.
A todos qυе direta оυ indiretamente fizeram parte da nossa formação, о nosso muito
obrigado.
EPIGRÁFE
RESUMO
INTRODUÇÃO8
OBJETIVO12
METODOLOGIA13
DESENVOLVIMENTO17
Testes Laboratoriais28
CONCLUSÃO49
REFERÊNCIAS BIBLIGRÁFICAS50
INTRODUÇÃO
Os corantes são utilizados há muito tempo para os mais diversos fins, desde
cerimônias religiosas, batalha, tingimento de tecidos e cerâmicos. O uso de corantes
em tecidos surgiu na Índia, da Índia passou para a Pérsia, a Fenícia e o Egito, onde
foram encontrados tecidos tingidos em tumbas do século XVIII a.C (QUIMICA VIVA,
2011), os próprios egípcios produziam Maquiagem e essências à base de corantes.
Com a chegada da Idade Média houve uma melhora na forma com que eram
produzidos, nesse contexto pós-Idade Média com o descobrimento de novas terras,
houve um aumento na busca por novos mercados e produtos, sobretudo o uso de
corantes se manteve em sua maior parte pelos europeus já que lá se concentrava a
riqueza do mundo naquele período, na época do Brasil-colônia a primeira matéria
que extraíram foi o Pau-Brasil que servia justamente como corante por ter uma cor
vermelha muito forte, a partir daí se deu início a colonização e a exploração dos
recursos naturais do Brasil.
Por causa dessa modernização nos moldes de produção, houve uma queda
no consumo de corantes naturais já que a demanda de produção era muito maior e
para a obtenção de lucro, novos métodos foram criados, a coloração artificial se
tornou padrão justamente por ser mais barata, e por poder ser produzida mais
rapidamente, mas esses corantes agrediam o meio ambiente.
Esses corantes são muito importantes para a cultura indígena, com o ato de
tingir os cabelos e pintar o corpo, que são meios de manifestações culturais muito
antigas. Dentre os corantes utilizados podemos citar o fruto do urucuzeiro (Urucum)
que possui como principal ativo o corante bixina, um composto de 24 carbonos,
contendo ácido carboxílico e éster metílico nas extremidades (FIGURA 1).
Responsável pela coloração vermelha, o urucum tem aplicações na indústria
alimentícia como condimento e corante, na medicina como fitoterápico. Os indígenas
também utilizam uma solução de urucum para proteção contra radiação ultravioleta.
(CIENTISTA DIDÁTICO, 2012).
Tem como objetivo produzir corantes naturais e fixadores não tóxicos que
possam ser utilizados na coloração de tecidos e alimentos.
Para área cosmética temos como objetivo produzir um óleo essencial à base
de limão e laranja para a obtenção de um sabonete com a essência das frutas e de
um creme hidratante para pés e mãos.
METODOLOGIA
Tipos de Corantes
Corantes Artificiais
Corantes Naturais
Os corantes naturais são obtidos dos reinos mineral, vegetal e animal, sendo
os mais importantes extraídos de vegetais. Os corantes vegetais mais utilizados são:
extrato de urucum, beterraba, alizarina, antocianina, curcumina, páprica, clorofila,
entre outros. Os corantes minerais mais comuns são os compostos de ferro e
petróleo, como o ocre, âmbar, siena, benzeno e tolueno, que possuem um baixo
poder de pigmentação. Os corantes naturais obtidos de animais ou plantas podem
ser extraídos de diversas matérias-primas, como insetos cochonilha que conferem a
cor carmim (vermelho-escuro), cataxantina, encontradas em algas, camarões e
penas de aves, flor maravilha, a azaléia, entre outras, muito utilizados pelas
indústrias de alimentos e de cosméticos, principalmente por não causarem danos à
saúde. Não é indicada a extração de corantes a base de animais devido ao processo
de extração, que pode levar o indivíduo a morte. Deve-se tomar muito cuidado com
o inseto Cochonilha (Coccus cacti L.), pois este pode causar alergias quando seu
corante é aderido em algum alimento. Diversas plantas podem ser consideradas
corantes, podendo ser classificadas em grupos diferentes.
A tendência mundial busca por uma alimentação e uma vida mais saudável
proporcionando a uma demanda maior no consumo de corantes naturais. Estes
podem ter sua origem nas matérias-primas naturais, extratos de matérias-primas e
substâncias corantes extraídas e purificadas.
Extrato de Urucum
A cebola Allium cepa possui princípios químicos que têm sido utilizados com
frequência na indústria farmacêutica. Há fortes evidências do papel da cebola na
dieta alimentar em melhorar as performances mental e física, retardar o processo de
envelhecimento, auxiliar na perda de peso e na resistência a doenças, melhoria do
sistema imunológico do ser humano (EMBRAPA; 2007).
Na casca da cebola é extraído seu pigmento, sendo ele a quercetina. A
quercetina é um flavonoide natural composto de baixa massa molar com uma
estrutura base constituída por dois anéis aromáticos (A e B) ligados através de um
anel pirano (C), conforme a Figura 3 (ANJOS et al; 2013).
Extrato da Cenoura
Fixadores Naturais
Figura 7: Estrutura Química dos Taninos Ácido Gálico e Ácido Elágico – Fonte: IFECT Fluminense
Óleos Essenciais
Os óleos essenciais são utilizados como matéria-prima principalmente na
produção de cosméticos devido as suas propriedades medicinais e aromáticas,
utilizadas crescentemente na área farmacêutica.
Devido ao uso destes compostos aromáticos, pesquisas incentivando o
desenvolvimento de novos produtos, baseados nestas matérias-primas, estão sendo
cada vez mais difundidas no meio científico, comprovando suas propriedades como
moléculas biologicamente ativas (STEFFENS, 2010 apud BERNARDES et al, 2011).
Óleos essenciais (OE) são extraídos de plantas através da técnica de arraste
a vapor, na grande maioria das vezes, e também pela prensagem do pericarpo de
frutos cítricos, que no Brasil dominam o mercado de exportação (BIZZO, et al.,
2009).
Estes óleos, constituídos principalmente de monoterpenos, sesquiterpenos,
fenilpropanóides, éteres e outras substâncias de baixo peso molecular, normalmente
são usados “in natura”, isto é, como misturas, pois as propriedades organolépticas
estão associados a vários componentes, que formam o “bouquet” de cada óleo
essencial. Outra característica importante dos óleos essenciais é a volatilidade de
seus constituintes, uma propriedade derivada do processo de obtenção (CRAVEIRO
e QUEIROZ, 1993).
Há 300 OE de importância comercial no mundo, os 18 principais podem ser
vistos na Tabela 1. O Brasil tem lugar de destaque na produção de OE, ao lado da
Índia, China e Indonésia, que são considerados os 4 grandes produtores mundiais. A
posição do Brasil deve-se aos OE de cítricos, que são subprodutos da indústria de
sucos. No passado, o país teve destaque como exportador de OE de pau-rosa,
sassafrás e menta. Nos dois últimos casos, passou à condição de importador
(BIZZO, et al., 2009).
Testes Laboratoriais
Sua aplicação junto ao tecido teve-se que fervê-lo por 15 min numa panela
com 150 ml deste e dois pedaços de tecido de algodão de 7,5x8 cm. Os tecidos
foram retirados e deixados em descanso para secar. Por fim foram colocados de
molhos em 200 ml de cada fixador. Sendo que com o fixador de umbigo de
bananeira o tecido foi fervido junto a este e com o fixador de folha de goiabeira não
ferveu-se (Figura 20).
Figura 20: Fixação do Corante de Urucum com os
Fixadores de Folha de Goiabeira e Umbigo de
Bananeira – Fonte Autor
Figura 32.1: Teste do Creme Hidratante para Mãos e Pés – Fonte: Autor
Para a fabricação dos corantes alimentícios dispostos na metodologia,
iniciou-se com a extração da beterraba. A beterraba foi batida no liquidificador,
aquecida e coada, obtendo uma coloração roxa (Figura 33).
GAMARRA, F.M.C et al. Extração do corante de milho (Zea mays L). 2009 12 f.
Artigo. Faculdade de Engenharia de Alimentos. Universidade Estadual de Campinas.
Campinas. 2014