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10/08/2020
MITOLOGIA GREGA
Ulisses, passagem em que o herói,
querendo evitar ser convocado
para à expedição da guerra de
Tróia, simula um acesso de
loucura, atrelando ao arado
animais diferentes, um boi e um
cavalo, e lavrando a areia da
praia, onde semeava sal. A astúcia
foi descoberta quando colocou-se
o filho pequeno de Ulisses,
Telêmaco, no local por onde
passaria o arado, forçando Ulisses
a se desviar da criança e, com
isso, revelar que estava são.
Aqui, temos o entendimento de
que é possível a simulação da
loucura.
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BÍBLIA
No livro de Samuel a seguinte
passagem: "Sempre que o
espírito maligno da parte de
Deus vinha sobre Saul, Davi
tomava a harpa e a tocava.
Então, Saul sentia alívio, e se
achava melhor, e o espírito
maligno se retirava dele"
(Samuel 16:23).
No caso, mais uma vez vemos
possível sintomatologia
psiquiátrica causada por ação
sobrenatural e podendo ser
aliviada pela música.
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VELHO TESTAMENTO
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ELOGIO À LOUCURA
"Uma vez por ano, é permitido
bancar o louco".
"Cada um tem o seu método,
como cada um tem sua
loucura”
“ De médico e louco todo
mundo tem um pouco”
Erasmo de Roterdam, em seu
notável Elogio da Loucura
(1509), chega à afirmar ser a
loucura o estado natural do
homem. Diz que não há sábio,
filósofo ou cientista que não
tenha tido seu momento de
loucura.
Nestes casos, estaríamos
diante de formas de loucura
consentida.
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ANTIGUIDADE
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ANTIGUIDADE
Diógenes (412-323 a.c.)
considerou a mente como um
atributo do ar, que era para ele o
elemento básico.
Atribuiu ao ar a capacidade de
produzir pensamentos,
sensações e vida. O intelecto se
manifestaria quando o ar,
misturado com o sangue,
percorresse todo o corpo através
das veias. Diógenes considerou
que seria o cérebro a sede do
intelecto. Quando o ar era
respirado, este iria diretamente
para o cérebro, deixando lá suas
melhores partes.
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ANTIGUIDADE
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HISTÓRIA DA LOUCURA
A loucura é
vista como
trágica
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FIM DA IDADE MÉDIA E RENASCENÇA
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IDADE MODERNA
O que está em jogo são as renovadas práticas discursivas da internação
enquanto invenção institucional do século XVII e XVIII, com o surgimento de
várias casas de internamento. A partir de então, o internamento veio
ocupar, o vazio deixado pela segregação dos leprosos, de forma que, em
menos de meio século, em Paris, um em cada cem habitantes estava
internado.
Os internamentos eram efetuados sob as mais diversas formas: através de
cartas régias, de encaminhamentos policiais, de solicitações de familiares
ou por pedido dos curas paroquiais. A multiplicidade de critérios e de
apelos para internação gerava uma internação heterogênea, podendo ser
eles, por exemplo: pobres, desempregados, criminosos, prisioneiros
políticos, prostitutas, crianças órfãs, mulheres viúvas, ateus, vagabundos,
epilépticos, senis, alquimistas, blasfemadores. Dentre eles, apenas dez por
cento eram internados por insanidade. De tal maneira que o internamento
se configurava mais como um dispositivo de exercício de poder, através do
isolamento dos excluídos sociais do que enquanto medida na diferenciação
dos diversos tipos de subjetividades e na constituição diferenciada da
categoria médica do louco.
O que temos é o surgimento de uma nova sensibilidade social, com o
banimento da loucura da sua liberdade imaginária renascentista.
Aliás, Foucault considera que foi nesta época que uma nova percepção da
loucura enquanto risco para a sociedade começou a se delinear, sendo
referenciada enquanto fator de "desorganização da família, desordem
social, perigo para o Estado" (FOUCAULT, 1997[1961], p. 80).
Foto do filme Ilha do Medo (2010)
IDADE CONTEMPORÂNEA (FINAL DO SÉCULO XVIII)
Começa-se a verificar à individualização da loucura, a partir da limitação e
redução do internamento, no sentido de liberar os internados referentes à
imoralidade, a conflito familiar e à libertinagem leve. No entanto, os loucos
eram explicitamente mantidos enclausurados e, em geral, acorrentados.
"Declaração dos Direitos do Homem", promulgada pela Assembléia Nacional
Constituinte da França revolucionária em 26 de agosto de 1789. Com esta
declaração as Medidas judiciárias é que irão reconhecer à identidade e a
manutenção do louco no internamento, como também em comparação aos
demais enclausurados ou enclausuráveis, quem é criminoso ou não
criminoso.
Pinel (1792) desamarrou os loucos internados no hospício de Bicêtre.
A partir de então, é que surge uma psiquiatria positiva de análise e
identificação da loucura, através do seu reconhecimento objetivo e médico.
Por sua vez, surge a proposição de um internamento não como restrição
absoluta da liberdade mas a partir de uma liberdade organizada, na
administração de uma terapêutica para a sua recuperação.
Neste sentido, esta forma de aprisionamento terapêutico permite que surja
"uma loucura despojada de todas as reações secundárias - violência, raiva,
furor, desespero" (FOUCAULT, 1997[1961], p. 432), que transforma a
animalidade predatória do desatino em uma "animalidade suave" (FOUCAULT, Filme Coringa (2019)
1997[1961], p. 432), domesticada e suscetível, se não de plena “O século XVIII fez do monstro não somente um objeto, mas um
recuperação, pelo menos de maior controle social do louco. instrumento da doença.” (Canguilhem, 1992. p. 179)
SÉCULO XIX
A loucura, passa ser codificada
em doença mental
Surge a psiquiatria.“Kraepelin
apresentar minuciosas
descrições clínicas de jovens
com doenças mentais.
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PÓS-GUERRA
1945 - na França a
Psiquiatria de Setor A partir
de 1960, na França, foi
incorporada como política
oficial de saúde mental.
1959 – na Inglaterra a
Comunidade terapêutica
anos 70 - nos Estados
Unidos a Psiquiatria
Preventiva Comunitária,
tornou-se referência para a
América Latina e para a
Organização Mundial de
Saúde (OMS), nas décadas
de 70 e 80.
E também o trabalho de Franco
Basaglia nas cidades italianas
de Gorizia e Trieste.
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BRASIL
10/08/2020
PRIMEIRO MOMENTO
10/08/2020
SEGUNDO MOMENTO
Trajetória sanitarista:
10/08/2020
TERCEIRO MOMENTO
Trajetória de desinstitucionalização:
10/08/2020
MARCOS INAUGURAIS DE UMA NOVA PRÁTICA DE CUIDADOS NO BRASIL:
10/08/2020
MARCOS INAUGURAIS DE UMA NOVA PRÁTICA DE CUIDADOS NO BRASIL:
10/08/2020
VERIFICA-SE COMO O SER HUMANO TEM PROCURADO EXPLICAR E COMPREENDER A VIVÊNCIA TÃO ESTRANHA
E FREQÜENTEMENTE TÃO AMEDRONTADORA DA PERDA DA RAZÃO, QUE, AO MESMO TEMPO QUE ASSUSTA,
SEMPRE DESPERTOU A CURIOSIDADE E O INTERESSE DAS PESSOAS.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
LIVRO TEXTO DA AULA: MUCHAIL,SALMA TANNUS, FONSECA, MÁRCIO ALVES E VEIGA-NETO, ALFREDO (ORG.) O
MESMO E O OUTRO: 50 ANOS DE HISTÓRIA DA LOUCURA. BELO HORIZONTE: AUTÊNTICA EDITORA, 2013.
DISPONÍVEL EM: HTTPS://PLATAFORMA.BVIRTUAL.COM.BR/LEITOR/PUBLICACAO/36626/PDF/0
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