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Departamento de Fotografia
Pós –graduação em fotografia publicitária
1° semestre – 2007
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Apresentação
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As lâmpadas incandescentes e as halógenas produzem uma tonalidade um pouco menos quente que as
incandescentes, mas o tom é bastante semelhante. A grande vantagem é a intensidade da luz
significativamente alta, entretanto o consumo elétrico também é alto e gera um calor no ambiente
considerável, tornando necessário o uso de aparelhos de ar condicionado ou boa ventilação.
Como já foi dito antes, muitas vezes os autores do projeto desenvolvem um ambiente belíssimo devido à
integração entre móveis, obras de arte e acabamentos, mas o mesmo não é harmônico em função de fontes
de luz heterogêneas quanto à temperatura de cor e intensidade.
Cabe ao fotógrafo minimizar estas diferenças com filtros de gelatina colorida nas fontes de luz (raramente
utilizados) ou mesmo o uso de refletores halógenos como luz principal, tomando o cuidado de não intervir
na iluminação de efeito.
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Os filtros de correção de cor diretamente sobre os refletores
Existem filtros fabricados em gelatina colorida que são próprios para a correção de cores diretamente sobre
as fontes de luz. Estes filtros são comprados em folhas e se assemelham com papel celofane, ainda que
suportem altas temperaturas sem apresentar alterações de cor ou forma.
Os principais filtros utilizados são:
*Azul – pode ser utilizado em diferentes tonalidades com o intuito de corrigir completamente ou só
amenizar a tonalidade amarelada proveniente das lâmpadas incandescentes ou halógenas.
*Púrpura ou magenta – utilizado sobre as lâmpadas fluorescentes para eliminar a tonalidade esverdeada.
*Amarelo – geralmente utilizado sobre as lâmpadas fluorescentes para tentar imitar uma tonalidade parecida
com a encontrada nas lâmpadas incandescentes, de forma a deixar uma temperatura de cor mais homogênea
no ambiente.
A utilização destes filtros deve ser moderada (ou evitada sempre que possível), pois os mesmos além de
minimizaram a intensidade da luz, podem criar situações de luz pouco prováveis dentro de ambientes
normais. O ideal é só utilizá-los com a intenção de diminuir eventuais aberrações de temperatura de cor.
A fotometria
Trata-se da parte mais delicada para a obtenção de uma boa foto de ambiente, a
fotometria deve ser feita com muita calma e em vários pontos do ambiente, de
forma a homogeneizar a luz ao máximo ao longo do enquadramento no ambiente
que desejamos fotografar.
O correto é percorrer o ambiente fotometrando próximo aos objetos e paredes. À
medida em que encontrarmos aferições de aberturas muito diferentes (mais de um ponto
de diferença), devemos procurar utilizar um refletor mais próximo ou com maior
intensidade com a luz incidindo sobre aquele local, de forma a equalizar a luz por todo o
ambiente.
A medição poderá ser feita com o próprio fotômetro da câmera quando utilizamos luz
contínua ou com um flash meter quando utilizamos luz de flash, ainda que o ideal seria
sempre fazê-lo com fotômetro de mão para uma aferição mais precisa.
A velocidade de obturação deverá ser dada em função da abertura, pois necessitamos de profundidade de
campo, principalmente quando usamos luz contínua.
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Trabalhando com Objetivas grande angulares o ideal é utilizar principalmente aberturas médias ou fechadas,
de f.5.6 a f.22, sempre com o uso de um tripé para garantir o enquadramento e que a foto ficará nítida
mesmo em velocidades muito baixas.
Quando trabalhamos com flashes de estúdio podemos priorizar velocidades uma pouco mais altas, como
1/30s ou até 1/60s e desta forma congelamos suaves movimentos de modelos na cena. Neste caso
priorizamos a velocidade e chegamos à abertura de diafragma correspondente.
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A importância do produtor
Geralmente os fotógrafos não são arquitetos ou mesmo decoradores, alguns nem mesmo entendem nada
destas coisas.
Há casos em que nem o cliente entende, o fotógrafo é contratado, faz a foto, o contratante adora, mas
quando mostra a um profissional de decoração são detectados vários defeitos na composição da cena e no
final das contas o responsável acaba sendo o fotógrafo.
Em função disso é recomendável que sempre exista um produtor no local, este profissional tem
obrigatoriamente que entender do produto a ser fotografado e sempre que solicitado deve olhar através do
visor da câmera para saber o que (e como) está sendo (ou será) visto, corrigindo eventuais linhas
desarrumadas em um lençol, ou afastando alguns elementos para que não fiquem na frente de outros mais
importantes, dentre outras coisas de extrema relevância no resultado final da produção fotográfica.
Na falta de verba para contratação de um profissional especializado, convém convidar o próprio contratante
para que ele faça este papel, de forma a isentar a responsabilidade do fotógrafo relacionada a alguma falha
composicional.
Lembre-se, neste caso o fotógrafo é apenas um técnico de imagem, ainda que com o tempo possa ir
adquirindo experiência para agir quase como se fosse um produtor, mas não convém misturar os papéis.
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Esquemas de iluminação como referências
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2) Duas fontes de luz
Ambas as fotos foram produzidas para a Sierra-Mainline e foram publicadas na revista Frade n°01.
Autor: Cleber Medeiros
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