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‘Vera Maria Candau Susana Beatriz Sacavino Martha Marandino ‘Andréa Gasparini Maciel Seen ei Cee ee ey a ee a te roe et m= ve » iv reno Pao So Nh Rae cect '* As tras deste lve iegran a equipe iatcdisciplins responsive pola scl do programa Diets Humanos, caro e Cada, promorido so oto NOVAMERICA: ‘ru Maia Caan Professor Tl do Departaent de aap da PUCIR Sana Beste Savino ‘este en Dis c Relates Intenacionis pla PUCIRS (Coonenars do Proje NOVAMERICA Macha Masaino ‘Mestre em Eucago pea PUCIRI Professors de Cieciss de 1 2° graus Ana Gasparini Mace! scart om Comuaiasso Val pla PUCIR e Lice em Euas5o "pei pedo de materia eakur eedcativo scons jeer ‘lsnvoher forms ones desnsiiia informar «eds em Diteor Munanos ees, Jovens edule, pre que sejam sjlion ies na som da sci gual vvem eexecom hans sofa ares sabe a problema dacdcojoem Diets Humans ar de ica aoa Dados Internacomas de Cotalogagio na Publica (CIP) {Chiara Brasira do Ls, SP, Best Toco a idan: ofcins peeps de ios humanos / Vera ‘Marg Cand etal L~Pewoplls RD: Wezes, 1998, ‘Owes atres:Sosna Beste Sscarin, Matha Marindno, Ani ‘asp ie ISHN 8592615562 | Cuda Dios huranes 3. luca Cando, Vera Ms Svan Sus Bea I Marina Mar Vs, Andes Gass st epp.am Indices vee clslogo 1, Cian Soilogias02 mop Vera Maria Candau Susana Beatriz Sacavino Martha Marandino Andréa Gasparini Maciel TECENDO A CIDADANIA Oficinas pedagégicas de direitos humanos Eas {© 1996, Editora Vozes Lada. Rua Frei Luis, 100 2689-900 Petropolis, RI Inert: hsv xozes.com be Brasil Tovlos os dretos reservados. Nenuma parte desta obra oder ser eproduzida ou transmitida por qualquer Jorma eou quaisquer meios eletrénico ou mecinico, ineluindofoeoedpia e gravagio) ou aruivads ext ‘qualque sistema ou banco de das sem penissia ‘rita da Editor, Revit grfen: Susana Sacavino e Vera Cand Copnilesgquee org. lterdria: AdSia Maria Nehme Simao © Koft ISBN §5.826.15562 “Vier nfo tera vergonha dese feliz (Cantar cantare cantar Abeleza de serum etero aprendiz ‘A meu Deus! Eu sei (Que a vida devia ser bem melhor e sera ‘Mas isso no me impede que eu repita bonita, é bonita e € bonita.” Gonzaguinha SUMARIO Aptesentagio, 9 Fundamentacdo, 11 1 Oficina ~ A vida como direito, 21 2 Oficina — O direito a uma alimentagao sadia, 33 3* Oficina — A satide como diteito, 47 4 Oficina - 0 direito a um meio ambiente saudével, 63 5* Oficina ~ O direito a ter onde morar, 75, (6 Oficina ~ 0 direito a uma escola para todos, 87 7 Oficina ~ 0 diteito de participar, 107 Recursos Didétioos Complementares, 119 APRESENTACAO A edugacio no Brasil passa por momentos especial ‘mente sombrios. A consirugio de umaescola comprome- tida com a transformagio social se faz. cada dia mais urgente. E nesta perspectiva que se situa o Programa Direitos ‘Humanos, Educacéo ¢ Cidadania, promovido pelo Pro- jeto NOVAMERICA”. A Finalidade deste programa é trabalhar a escola ‘como um espago onde se formam as eriangas€ os jovens para serem construtores ativos da sociedade na qual vvivem e exercem sua cidadania, Através das atividades: que realiza, pretende colaborar na construgio de uma, pritica educativa participativae dial6gica, que trabalhe a relacdo pritica-teoria-pritica, ena qual 0 cotidiano esco- lar esteja permeado pela prixis dos direitos humanos. No Brasil as experineias de Educagio em Direitos Humanos no ambito escolar si recentes. O Projeto NOVAMERICA vem realizando desde 1991 atividades ‘com professores, jovens e criangas. Escolas puiblicas ¢ particulates tém participado de diferentes experiéncias. Gostarfamos de agradecer as dirctoras, coordenado- ras, professores e membros do corpo de funcionérios do Colégio Teresiano (RJ) e das Escolas Municipais Luiz. Delfino e Arthur Ramos, pelo envolvimento e apoio. Os nossos especiais agradecimentos aos jovens e criangas por sta participagdo, empenho e compromisso. sta publicagio esti dirigida aos educadores & apre- senta as oficinas pedagdgicas referentes ao trabalho com jovens, alunos e alunas da escola de 2° grau. ‘Somos conscientes de que muitos educadores, apesar le enfrentarem situagdes as mais adversas, estio empe- ‘nhaulos em construir novos caminhos para a educagiio no rosso pats. Com eles queremos trabalhar. Sabemos que se tata de um enorme desafio, mas acreditamos na cons- tiucio coletiva, na indignagio ética e no dinamismo ‘emergente de uma cidadania ativa e comprometida. PROIETO NOVAMERICA Rio, 23 de margo de 1995 DIAINTERNACIONAL DAJUVENTUDE se FUNDAMENTACAO. DIREITOS HUMANOS E EDUCAGAO: uma proposta e trabalho “oD heme svi, ‘Noman mea atm ge ‘an pi gine: Xmen TS ie ag cn ‘Stag a ple er Mem Sr an ‘Seon a ‘A conscincia universal dos direitos humanos é cada vex. mais forte, Estes direitos, hoje tio proclamados, no entanto, sto sistematicamente violados. A tensio entre este crescente interesse pelos direitas Jumanos € sua constante violagio nos desafia a um compromisso conereto para sua efetiva promogio na sociedade brasileira eem toda a América Latina. Em sociedades marcadas pela excluso, pelos confit, pelas desigualdades estruturais, vivendo situagdes de injus- tiga insttucionalizada, a questo dos direitos humanos se toma cer . 4 A superagio dos sistemas politicos autoritérios na ‘grande maioria dos pafses do continente ¢ a construgo de democracias auténticas supe processos em que a cconguista dos direitos humanos seja cada vez mais real ¢ cfetiva. A perspectiva latino-americana sobre os direitos huona- ‘nos afirma a existéncia de uma relaedo incondicional entre democracia, desenvolvimento integral ¢ direitos humanos. Considera imprescindivel promover os direitos econ6mi- ‘cos, sociaise culturais dos diferentes povos, assim como dar tengo priortiria &s necessidades bsicas dos grupos so- discriminados, como os indigenas, as mulheres, as ‘riangas, 0s negros, os pobres os indigentes. A Iuta pelos direitos huunanos se dé no cotidiano, no nosso dia-a-dia, eafeta profundamente a vida de cada um_ do nds e de cada grupo social. Nao & a mera conviego Ierie que faz. com que os direitos sejam realidade, se ‘essa adesio ndo é traduzida na pritica em atitudes ‘comportamentos que marquem nossa maneira de pensar, t de agir, de viver. Nahistéria da humanidade nunca os direitos humanos {ram respeitados e implementados socialmente somente porque tinham sido previamente afirmados por uma De- Claragaio. O processo de conquistas dos direitos humanos std intimamente relacionado com as lutas de libertagao de determinados grupos sociais que vivenciam na pele a vylolagio de seus direitos. A percepetio dos diretas hunanos que cada pessoa {om est4 muito condicionada pelo Iugar social que ela ‘tipa na sociedale, ie = Para a grande maioria dos brasileiros, vida digna ‘supe lutar pela satisfagdo de necessidades bésicas. Uns ‘poucos tém estas necessidades abundantemente satisfei- tas e se movem em niveis crescentes de consumismo & individualismo. Mas ha outros que assumem que a luta pela conquista de uma vida digna para todos supée aus- teridade, partiha e solidariedade. A luta pelos direitos humanos passa por questies cconcretas como a raga, a classe social, o genero, a reli- ‘gio, a cultura, Alguns so sujeitos diretos dessas lutas, pois sentem em suas vidas as conseqiléncias concretas do destespeito aos seus direitos. A outros cabe solidarizar-se nesta luta, constituindo-se em parceiros. Esta postura frente aos direitos humanos afeta profan- damente toda a nossa vida: @ nossa relagio conosco ‘mesmo, com os demais, com a natureza, com a transcen- dencia, Supoe afirmar a métua exiggneia e a inter-relagio centre 0s diferentes direitos humanos. Exige superar uma ‘visio puramente individual destes direitos, afirmando uma perspectiva social e planetéria, Representa uma ‘opgio por promover estes direitos em uma visio de unidade e globalidade. A luta pelos direitos humanos na América Latina esté especialmente comprometida com as maiorias populares. necessério que os direitos humanas sejam realidade para os pobres. wendo-nos solidérios de suas lutas estaremos apoiando os esforgos para que estes sejam direitos eft : i [Nesta perspectiva, afirmamos que a luta por estabele- cer firmemente na consciéncia dos individuos e dos po- ‘vos 0 compromisso com a promogao dos direitos huma- nos passa obrigatoriamente pela educagao em suas dife- rentes formas, inclusive a escola, Acscola, que deveria exercer um papel de humaniza- clo a partic da aquisigao de conhecimentos ¢ de valores para a conquista do exereicio pleno da cidadania, tem imuitas vezes favorecido a manutengo do status quo € refletido as desigualdades da sociedade, reforcando as uliferengas entre ricos e pobres. Nas sociedades latino-americanas, to dramaticamen- {e marcadas por estruturas injustas, 2 problemética da cidadania no pode ser reduzida a sua dimensio juridico- formal. O exerescio da cidadania implica no reconheci- mento e na deniincia das formas pelas quais 0s direitos socinis so constantemente violados na sociedade, Nio pode ser reduzido A consciéneia e ao exereicio dos direi- tos e deveres civis. Supde também criar condigées para uma agio transformadora que incida nos diferentes am- bitos socinis. Educar para a cidadania exige educar para ‘\acao politico-social e esta, para ser eficaz, niio poderd ser somente individual, nem individualista. Educar para a cidadania 6 educar para uma democra- cia que dé provas de sua credibilidade de intervengio na questio social e cultural. E nesta perspectiva que situa- ‘mos a Educagdo em Direitos Humanos. Uma proposta metodol6gin inspirada nesta perspee- tiva de Educagdo em Direitos Hymanos entende que a cxcola deveria exereer um papel de huunanizacto a partir fi. da socializacfo e da construgiio de conhecimentos e de valores necessérios & conquista do exercicio pleno da cidadania. ‘Toma-se necessério a construgéo de uma escola que forma crianeas e jovens construtores ativos da socieda- de, capazes de viver no dia-adia, nos distintos espacos sociais, inclufda a escola, uma cidadania consciente, critica e militante. Isto exige uma pritica educativa par- ticipativa, dialégica edemoeritiea, que supere acultura profundamente autoritaria presente em todas as relagdes, hhumanas e, em especial, na escola, Neste sentido, todas as atividades escolares devem promover a construgiio conjunta, na qual a apropriagio pessoal e coletiva da palavra constituam elementos fundamentais, © compromisso com a construgdo de uma sociedade «que tenia por base a afirmagao da vida e da dignidade de toda pessoa humana 6 a utopia radical a ser vivida Este exo estruturador da proposta em questo exige um i0-na qual a problemética local e internacional se auticulam e que a afirmagio da dignidade humana nio seja principio atestado, mas sim compromisso de assumido com paixao e determinagio no nosso dia-a-dia A idiana, espaco de criagao, recriagio & construgdo dria das relagGes pessoais € do saber, é considerada uma referéncia permanente da acto educati va. Uma proposta nesta linha tem de desenvolver, de modo criativo, trés aspectos bisicos (Sime, 1991): + Uma pedagogia da indignagio, que pretende formar seres capazes de se indignar ede se escandalizardiante de toda forma do violencia ¢ humithaglo, rompendo >» * le assim coma comum desarticulagdo entre escola vida, “Tal pedagogia supte que sejamos conscientes de que estas violagées slo historicamente construfdas © que tenhamos valentia de perguntat-nos por suas causas, superando a insensibilidade, passividade e impoténcia dliante delas e promovendo a solidariedade; + Uma pedagogia do assombro/admiragio que nos eva 4 perecher dentro e fora do imbito escolar buscas conoretas de preservagio e promogao da vida, revelan- cdo assim a capacidade de resisténcia ea critividade de pessoas ¢ grupos socias de sobreviver; + Uma pedagogia de conviegdes firmes que se expressa tuuma modo de trabathar a dimensio ética da educagio. (© compromissso coma vida como valor supremo, além de outros valores como a solidariedade, a justiga, a csperanca, a liberdade € a criticidade, dio consisténcia lca e esta mistica pela vida ‘Além dos eixos apontados para fundamentacio da proposta metodolégica, esta esti articulada ainda em ‘quatro dimensées que devem ser trabalhadas conjunta- mente, Sao elas: ver, saber, celebrar e comprometer-se. ‘Over engloba a perspectiva da sensibilizacao e cons- cientizagio da realidade, ampliando e aprofundando cada vez mais o olhar sobre a vida cotidiana, 0 saber sobre 0s direitos humanos deve ser social- ‘mente construfdo ¢ emergir da pritica cotdiana. Deve-se buscar 0 aprofundamento do tema nos niveis Hilostc politico-social,histrico e juridieo, Aceducagiio deve ser uma pritica que provoca prazer, alegria e emogio. Acolher a vida e comprometerse, protegendo-1 de ameacas, denunciando suas violagbes,alir- ‘mando-a e multiplicando experiéneias de promagio de plenitude de vida provoca felicidade e se toma paix. Ba partir da apfo, do compromisso concreto em erupos, eampanhas, movimentos, ue a Educago em Direitos Hunanos sed. Traa-se de educar a pantie da pritica para a consirugio comunittia © a participagto itiva no coletivo, como agpectosfundamentais na uta pelos direitas humanos. Para concretizagio desta proposta pedagégica, privi- legiamos como estratégia formativa as oficinas. Trata-se de um espago de construgio coletiva de um saber, de anélise da realidade, de um confronto e intercdmbio de experiéncias e de um exercicio concreto de direitos hu- ‘manos. Pretende-se que as oficinas colaborem para refor- ‘sar a conscientizagio e a dimensfo ética, assim como ‘para aprofundar no compromisso s6cio-politico inerente Alta pelos direitos humanos, visando construir socieda- des verdadeiramente democriticas, justas, solidatias € fraternas. As oficinas pedagégicas dirigidas aos jovens esto, organizadas segundo a l6gica do trabalho de construgio coletiva, procurando-se promover a sensibilizagio, a re- flexdo e 0 compromisso com as questies relativas aos direitos humanos. tas oficinas esto estruturadas em sete temas rela tivosaos direitos do cidadioe o desenvolvimento de cada ei uma delas supée, aproximadamente, ts horas de dura- ho. ‘Cada tema refere-se a direitos bisicos da pessoa hu mana. A sucessio proposta segue uma I6gica que parte do direito & vida, & que este & norteadore estruturador dos demais. A ordem de apresentagio considerada ade- quada 6a seguinte: Oficina ~A vida como dteito 29 Oficina —O dito a ume alimentao saci ficina~ Asaide como dito 4 Oficina —O direito aum ambiente save! $9 Ofc O dito deter onde morar 6 Oficina -O dieito a uma escola para todos 7 Oficina ~O dreto de parcipar ‘A descrigio de cada oficina esté assim organizada : © OBJETIVOS — procura-se articular, através dos objeti- ‘vos propostos, a percepeao ¢ reflexdo sobre os diferen- tes direitos. A preocupagdo com 0 aprofundamento teGrico-pritico desses direitos, a partir da realidade da ‘América Latina e, em especial, do Brasil, esté sempre presente. © DESENVOLVIMENTO DA OFICINA - neste movi- ‘mento de tomada de consciéncia da realidad © de reflexio, estimula-se a construgio de tna sintese que leve os jovens a um compromigyo concreto com a transformagio da sociedade em que vive. Neste sentido, o deseny das oficinas se dé tem quatro momentos, - No primeito, pretende-se asensibilicagdo, oferecendo elementos que permitam uma aproximagdo a realidade latino-americana.e, de modo particular, brasileira, provo- ccando-se assim uma desestabilizagio cognitiva e afetiva ‘em relagdo & maneira habitual dos jovens lerem a reali- ‘dade, marcada, em geral, por uma visio parcial e ingénua, segundo momento caracteriza-se por um aprofion- damento do tema, wtilizando-se para tal a leitura de textos, a reflexdo, a anilise e discussio, tendo-se como referencias basicas a Declaragao Universal dos Direitos Humanos, © Estatuto da Crianga e do Adolescente do Brasil, assim como outros documentos ¢ textos relacio- nados com o tema abordado. As atividades propostas esto encaminhadas para favoreceraelaboragio conjunta de um saber sobre a problemética em questa No terveiro momento, através das plendrias, os grupos so convidados a apresentar suas sfnfeses e avangat na, construgio coletiva, com a participagio de todos. © quarto momento esta organizado de forma a esti- :mular 0s jovens a0 compromisso, nos niveis individual e coletivo, com a promogao dos direitos humanos na nossa sociedade. ‘+ MATERIAL NECESSARIO ~ dada a variedade de téenicas didaticaseatividades, cada oficinaexige ife- rentes materiais:folhas de papel pardo ou de carolina, canetascoloridas, lépis-cera, tesour, ftaadesiva, cola além de monitor de TTY, aparelho de videocassete e spravador. Tudo isto estélistado de acordo com as especificida- des das oficinas. ‘* RECURSOS DE APOIO — sto textos, videos, filmes, isicas, recortes de jomais ou revistas, entre outros, necessétios & dindmica do trabalho. ‘Visando criar a possibilidade de enriquecimento de toda a acao, hd ainda uma relagdo de Recursos Diditicos ‘Complementares, constituindo um capitulo a parte, dada ‘sua intensa variedade, A VIDA COMO DIREITO P Oficina Objetivos ‘A primeira oficina tem como objetivos especificos levar o participante a: * refletir sobre o valor da vida, estruturador de todas 0s sé... Texto3 © Resto do Mundo, de Gabriel, © Pensador, Rio de Janeiro, Fonte, 1993. x gero morar muna fovea. Bu queria morar mua ov. “queria morar ana eel. Omen sono # moar mama vel. Ime chamo de cheaso como aluém me chanow. Mas pote me “dente Eu nto eno nm crease ens gent de erode Ea ‘a ten nada mee gonaria deter Agora sen dt ft Iroc pre comer (ve roca gat! No em vergombanerta cara ja a? vat rabaar 9 vagabunde) Bu gana de er ut ‘ping de orale Mas iso € impose! pra quem come oe [Mitra cm orator e com ax baratae Econ pope gino ‘undo nas lata dv Ex vivo como bck o plo que i, Ea wo ret, O resto do munda. aoe mendiga wiget im Indigent, wn vag. Ea sou. x no ou ningun exe ‘com fom. Teo que me linet Eu poss no er nome mas 0 ssdmago est ld Por io cute ques cara de pa. Oues ego Anke fc aut pasando mal Tenko que me rebizr aes 308i sow ant-ocal Eu do oss aparecer na fo db ‘ria pastel porque prac eo ita ee sepa. Sei gu ‘ouabain tox mao we cided, nike ‘parame linger Hona? Nao tenho, exdnatc vem elne ome sono ‘mora ta favela Eu queria moar numa fel. Bu geri ‘morar naa fel. Ea queria moar naa asia. me soo { morar mana feta A ha da € um pose hm congo ‘cond Eu no eno perspective de sir d agar A minke Sina € Supra iver aba do cho. sera ret sori enquci na ‘muti. sow rest do muda. sow endanger toning, vagabundo- Ee souo et do und. Eun so ‘manda ou mend, indigent, ingest, un gab do. Eusouo rasa. Bando souningucm. Fruiracin.é0renme ‘do mex se Ea so oda msi. o meu asp & ver Ew veo {ewe nacendo coma vida ganhaeeunde eno we chance, Des! Ime dpa, por qu? Feige ari do Bras pobre, ach lo

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