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POLITICAS SOCIAS BRASILEIRAS ANOS 30 A 64 - ANOTAÇÕES

Revolução de 1930 representou um marco na história contemporânea, com avanços nos direitos
sociais, políticos e civis. Até 1930 o povo brasileiro não tinha lugar no sistema político.

a Previdência Social constituiu, no Brasil, desde os anos 30, o eixo da institucionalidade organizadora
de políticas sociais de âmbito nacional. Pode-se afirmar que foi a partir do sistema previdenciário
que as possibilidades de um Estado de Bem-Estar no país começaram timidamente a tomar forma. A
constitucionalização dos direitos sociais em 1988 estendeu a cidadania a todos os brasileiros e
institucionalizou, na letra da Lei, o Estado de Bem-Estar Social no Brasil.

e 1930 é o ponto de referência histórico mais emblemático do processo de intervenção estatal


brasileira no âmbito das políticas sociais e econômicas. É o momento chave da modernização
industrial.

Conseqüentemente, aquele no qual são criadas as condições político-econômicas para a definitiva


consolidação das relações sociais regidas pelo ordenamento capitalista, levando o Estado a
empreender um conjunto de transformações no interior do seu aparato institucional, com vistas à
elaboração de formas inéditas de regulação social. Nessa ocasião, o País estava emergindo de uma
grave crise econômica e política, fruto do esgotamento do modelo agro-exportador monocultor, no
qual a oligarquia cafeeira paulista exercia a dominação.

Contudo, apesar de seu caráter repressivo e de sua cobertura ideológica de tipo fascista, o ‘Estado
Novo’ varguista promoveu uma acelerada industrialização do País, com o apoio da fração industrial
da burguesia e da camada militar; além disso, promulgou um conjunto de leis de proteção ao
trabalho, há muito reivindicadas pelo proletariado (salário mínimo, férias pagas,direito à
aposentadoria, etc), ainda que ao preço de impor uma legislação sindical corporativista, copiada
diretamente da Carta del Lavoro de Mussolini, que vinculava os sindicatos ao aparelho estatal e
anulava sua autonomia.

A institucionalização de políticas sociais e trabalhistas de nítido perfil elitista acentuou no campo da


assistência social, já marcado pelas noções de caridade e de filantropia. É em 1938 que o Decreto-lei
n.º 525 estatui a organização nacional de Serviço Social enquanto modalidade de serviço público,
através do Conselho Nacional de Serviço Social, junto ao Ministério de Educação e Saúde.

como afirma Coutinho: O fato de ter sido esse Estado sempre muito forte e de ter aparentemente se
superposto à ordem privada não anula, de modo algum, a realidade fundamental: a de que toda
essa força foi sempre, em primeira ou em última instância, mais em primeira do que em última, um
poderoso e eficiente instrumento a serviço de interesses estritamente privados.

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