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Relatório Pré-experimental 6

PRÁTICA DE CIRCUITOS ELETRÔNICOS 3


Prof. Dr. Renan Utida Barbosa Ferreira
Prof. Dra. Suelia de Siqueira Rodrigues Fleury Rosa

Nome: Gustavo de Carvalho Barbosa


Matrícula: 170011879
Turma: 08A

Universidade de Brasília
Faculdade do Gama
1 Introdução
Circuitos osciladores são aqueles que geram ondas periódicas. Eles são largamente uti-
lizados em vários equipamentos eletrônicos, como computadores e periféricos. Também,
aplicações comuns de circuitos osciladores são as de rádio-frequência, para transmissão
de sinais de rádio e TV, e a geração de sinais de clock para circuitos digitais, tais como
os citados anteriormente.

2 Objetivos
O objetivo aqui, é, portanto, investigar esses circuitos vibradores biestáveis e suas carac-
terísticas, bem como entender a importância de certos parâmetros ligados à implemen-
tação desses circuitos e o efeito gerado pela variação de algum desses parâmetros.

3 Simulação e Resultados
3.1 Gerador de Onda Quadrada
Montado o circuito proposto para geração de ondas quadradas (Fig. 1) e escolhendo um
valor de resistência R = 5 kΩ, obtivemos, como é possível verificar na figura ??, um
período da onda gerada de de Texp = 0.117 ms.
A valor teórico do período [1] da onda quadrada para o circuito proposto é dado por:
 
1+β
T = 2 τ ln (1)
1−β

R1
em que τ = R C e β = R1 +R2

Sendo assim, utilizando-se dessa fórmula, para os valores propostos dos componestes
desse circuito, o valor teórico do período é T = 0.1098Ω
ms. Portanto, os valores obtidos
na simulação, são muito próximos dos valores teóricos, dando validade às expressões
apresentadas na teori.

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Figura 1: Circuito gerador de onda quadrada

Figura 2: Sinal de saída do circuito gerador de onda quadrada

Agora, desconectamos o resistor R1 do terra e conectando uma entrada DC. Inserindo


uma de 4.0 V e 7.0 V na entrada, vemos (Fig. 3 e Fig. 4, respectivamente) que o que
acontece é a mudança do duty cycle do sinal quadrado gerado. Isso ocorre pois a inser-
ção da tensão DC na entrada altera o limite superior de tensão VT H no carregamento
do capacitor, o que altera a simetria da onda gerada, resultando numa onda com duty
cycle diferente do caso do resistor com o R1 conectado ao terra. Também é possível ver
um leve alteração no período da onda gerada, pois essa ja não pode ser mais dada pela
expressão descrita anteriormente.

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Figura 3: Sinal de saída do circuito gerador de onda quadrada para uma entrada DC de
4 Volts

Figura 4: Sinal de saída do circuito gerador de onda quadrada para uma entrada DC de
7 Volts

3.2 Gerador de Onda Triangular


Montado o circuito proposto (Fig. 5), obtemos as forma de onda quadrada e triangular
(Fig. 6). É importando notar que o período das ondas geradas nesse circuito é dado
pela expressão:
VT H − VT L VT H − VT L
T = CR = CR (2)
L+ −L−
Considerando que |L− | = |L+ |, nesse caso.

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Figura 5: Circuito gerador de onda triangular

Figura 6: Sinal de saída do circuito gerador de onda triangular

Alterando agora o valor da resistência R para 20 kΩ observamos a duplicação do pe-


ríodo das ondas geradas (Fig. 7). Dado a expressão anterior, vemos que o período dos
sinais gerados é diretamente proporcional ao valor da resistência R, então se dobrarmos
o valor de R, o esperado é que o período T também seja o dobro do período anterior.

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Figura 7:

Agora, alterando agora o valor da resistência R2 para 40 kΩ observamos a frequência


dos sinais gerados é agora o dobro da frequência do primeiro caso (Fig. 8). Isso ocorre
por causa do oscilador com características não-inversora, pois os valores VT H e VT L são
dados pela seguintes relações:

R1
VT H = −L− (3)
R2
R1
VT L = −L+ (4)
R2
Sendo assim, quando sobramos o valor de R2 , o valor de frequência dos sinais de saída
gerados é 2 vezes maior.

Figura 8: Sinal de saída do circuito gerador de onda triangular para R2 = 40kΩ

Agora, conectando uma entrada DC no terminal inversor do Schmitt Trigger, obser-


vamos os efeitos no sinal de saída com relação ao caso do terminal conectado ao terra
(Fig.9 e Fig. 10). Vemos que o aumento da tensão de entrada desloca a curva da onda

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triangular para cima, no entanto, sem alterar as frequências de ambas as ondas. Isso
ocorre pois a inserção de tensão no multivibrador biestável não-inversor altera os valores
de VT H e VT L , no entanto a relação VT H − VT L permanece constante, o que mantém a
frequência dos sinais gerados inalterada.

Figura 9: Sinais de saída do circuito gerador de onda triangular para uma entrada DC
no Schmitt Trigger 0.7 Volts

Figura 10: Sinais de saída do circuito gerador de onda triangular para uma entrada DC
no Schmitt Trigger 1.7 Volts

Por fim, inserindo uma tensão DC no terminal não-inversor do integrador (Fig. 11 e


Fig. 12), podemos notar que o efeito gerado é análogo ao que obtivemos no circuito ge-
rador de onda quadrada, ou seja, o aumento da entrada DC no terminal do Amplifica-
dor Operacional gera uma alteração no Duty Cycle nas formas de ondas de saída, tanto
na quadrada, quanto a triangular, por consequência.

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Figura 11: Sinais de saída do circuito gerador de onda triangular para uma entrada DC
no Integrador de 1.0 Volts

Figura 12: Sinais de saída do circuito gerador de onda triangular para uma entrada DC
no Integrador de 1.8 Volts

4 Discussão e Conclusão
Concluindo, portando, foi possível nesse experimento computacional verificar grafica-
mente satisfatoriamente alguns dos aspectos apontado na teoria com relação a multi-
vibradores biestáveis, principalmente com relação a mudança de certos parâmetros no
circuitos osciladores e o efeito dessas mudanças nos sinais gerados. Para realização das
simulações, não houveram maiores complicações nas montagens e simulações dos circui-
tos.

Referências
[1] A. S. Sedra and K. C. Smith, Microeletronics Circuits. Oxford University Press,
2004.

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