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Pág.230 e 231- “A fermosura desta fresca serra” e “Alegres campos, verdes


arvoredos”
Realizado por: Diana Caldeira, nº7, e Eduardo Nicolau, nº8, 10ºC.
1- Na imagem é possível vermos uma poça a refletir a floresta sobre a mesma, na qual
é mais agradável olhar na pintura do que a lama à volta. Há um claro contrate de beleza
e vivacidade entre a lama com pegadas e vestígios de rodas , podendo também
simbolizar a presença do homem e a sua corrupçã o, e a floresta que demonstra
formosura e pureza (apesar da imagem em si ter uma paleta de cores bastante limitada
e escura).

3- a. (vv.1-10)
c. "castanheiros" -> "sombra", "verdes";
d. "ribeiros"-> "manso caminhar", “donde toda a tristeza se desterra.”;
e. "mar"-> "rouco som";
f. "terra"-> "estranha"(extraordiná ria);
g. "gados"-> "derradeiros";
h. "nuvens pelo ar"-> "branda guerra"
i. Descriçã o da beleza da natureza que o circunda. “enfim, tudo o que a rara natureza
com tanta variedade nos ofrece,…” (vv.9-10);
j.(vv.9-14)
k. Irrelevâ ncia e indiferença da harmonia natural quando a amada nã o se encontra
presente (relacionamento do Eu lírico e a Natureza no poema). “… me está …
magoando.” (v.11), “Sem ti, tudo m’enoja e… alegrias, mor tristeza.” (vv.12-13)
l. (v.12) "...m'enoja e m'avorece;" e (v.13) "...estou passando…"

3.2- Os recursos sã o: Aná fora- "Sem ti…", “sem ti...”(vv. 12 e 13); Pleonasmo- "...m'enoja
e m'avorece;" (v.12); Aliteraçã o- "A fermosura desta fresca serra" (v.1); Antítese- "...nas
mores, mor tristeza"(v.14).

4.1- Estrutura interna: Momentos de “Alegres campos, verdes arvoredos”


• 1ª Parte →(vv. 1-8) – Descriçã o da Natureza ( alegre, verde, clara, fresca, tranquila e
harmoniosa- locus amoenus) e expressã o do sentimento de tristeza por parte do
sujeito poético;
• 2ª Parte → (vv. 9-11) – Diá logo dirigido à Natureza e apresentaçã o do motivo da sua
tristeza e insatisfaçã o espiritual, que consequentemente levou à mudança de
sentimentos referente à mesma, na qual há uma demonstraçã o de oposiçã o entre o
passado (felicidade) e o presente (sofrimento);
• 3ªParte → (vv. 12-14) – Exposiçã o do sofrimento e insatisfaçã o causadas pelas
saudades da amada. A Natureza é vista como reflexo do estado de alma (Natureza é
bela mas irrelevante, devido ao sofrimento e à s saudades da mulher amada).

5-Em ambos os poemas há a demonstraçã o do estado de espírito tanto no aspeto de


prece e reconhecimento à Natureza, possuidora de beleza, como na insatisfaçã o do seu
deslumbrar que se recorre pela ausência da amada. Demonstra-se o locus amoenus,
por se tratarem justamente de poesias sentimentais, mas em "Alegres campos, verdes
arvoredos" a natureza atua como sua confidente, dirigindo-se mesmo a ela (v.8) e é
personificada (v.1) "Alegres campos...". Em "A fermosura desta fresca serra", o sujeito
poético nã o se dirige diretamente à Natureza, e sim à amada (vv.12-13). Há também
neste poema a idealizaçã o e exaltaçã o da Natureza.

6- O esquema rimá tico dos dois sonetos:


"A fermosura desta fresca serra"- ABBA/ABBA/CDE/DEC;
"Alegres campos, verdes arvoredos"- ABBA/ABBA/CDE/CDE.

A FERMOSURA DESTA FRESCA SERRA- ANÁLISE FORMAL

A fermosura fresca serra, A


e a sombra dos verdes castanheiros, B
o manso caminhar destes ribeiros, B
donde toda a tristeza se desterra; A

o rouco som do mar, a estranha terra, A


o esconder do sol pelos outeiros, B
o recolher dos gados derradeiros, B
das nuvens pelo ar a branda guerra; A

enfim, tudo o que a rara natureza C


com tanta variedade nos ofrece, D
me está (se nã o te vejo) magoando. E

Sem ti, tudo m'enoja e m'avorrece; D


sem ti, perpetuamente estou passando E
nas mores alegrias, mor tristeza. C

O soneto têm:
-quatorze versos;
-quatro estrofes (duas quadras e dois tercetos);
-versos decassilá bicos. Ex: e/ a/ som/ bra/ dos/ ver/ des/ cas/ ta/ nhei/ ros;
-A rima é interpolada e emparelhada nas quadras e interpolada e cruzada nos tercetos
( branca se analisados individualmente);
-ú ltimo verso é a chave de ouro, ou seja, conclusã o;
- esquema rimá tico- ABBA/ABBA/CDE/DEC.

ALEGRES CAMPOS, VERDES ARVOREDOS- ANÁLISE FORMAL

Alegres campos, verdes arvoredos, A


claras e frescas á guas de cristal, B
que em vó s os debuxais ao natural, B
discorrendo da altura dos rochedos; A

silvestres montes, á speros penedos, A


compostos em concerto desigual, B
sabei que, sem licença de meu mal, B
já nã o podeis fazer meus olhos ledos. A

E, pois me já nã o vedes como vistes, C


nã o me alegrem verduras deleitosas, D
nem á guas que correndo alegres vêm. E

Semearei em vó s lembranças tristes, C


regando-vos com lá grimas saudosas, D
e nascerã o saudades de meu bem. E

O soneto têm:
-quatorze versos;
-quatro estrofes (duas quadras e dois tercetos);
-versos decassilá bicos. Ex: A/ le/ gres/ cam/ pos/ ver/ de/ sar/ vo/ re/dos;
-A rima é interpolada e emparelhada nas quadras e interpolada nos tercetos ( branca
se analisados individualmente);
-ú ltimo verso é a chave de ouro, ou seja, conclusã o;
- esquema rimá tico- ABBA/ABBA/CDE/CDE.

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