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ULISSES COLONHEZE

A UTILIDADE DA FILOSOFIA PARA


O DESENVOLVIMENTO DA TEOLOGIA

LONDRINA
2019
ULISSES COLONHEZE

A UTILIDADE DA FILOSOFIA PARA O


DESENVOLVIMENTO DA TEOLOGIA

“Trabalho apresentado em cumprimento


às exigências da disciplina Filosofia do
Curso Livre de Teologia EAD-FECP,
ministrada pelo facilitador Leontino Farias
dos Santos”.

LONDRINA
2019
SUMARIO

INTRODUÇÃO.................................................................................................... 4

1. 5

2. 6

8
BIBLIOGRAFIA................................................................................................... 8
4

INTRODUÇÃO

A filosofia, como classicamente é descrita com base nos termos da língua


grega sendo “filos” entendido como amigo e “sofia” como sabedoria, ou seja, o
sujeito que é amigo da sabedoria é tido como a figura do filósofo, termo este que
tem em Pitágoras o precursor da raiz do termo “amigo da sabedoria”.

Para a teologia, a filosofia não deve ser considerada apenas uma disciplina
de apoio, mas sim uma ferramenta que traz e auxilia o estudante a aprimorar seu
saber em áreas do conhecimento através da reflexão sobre o ser humano os
contextos e fenômenos que envolvem a vida, o jeito de ser e a visão do mundo. A
reflexão, o saber racional, a busca da verdade são, a princípio, as bases retro
alimentadoras do desenvolvimento do conhecimento nas mais diversas áreas, tendo
a filosofia como esta área de atuação. Ao ter nos textos bíblicos nossa base e
estudo, não somente a leitura, mas uma releitura elevando-nos a horizontes
imagináveis da profundidade ou extensão em questionamentos que podemos fazer e
aplicar sobres os escritos bíblicos, o pensar, o criticar levará a releituras em busca
de verdades e ou entendimento mais abrangente de verdades já ditas e ou
dogmatizadas. Então uma reflexão filosófica como ferramenta na leitura e releitura
dos conteúdos teológicos é sim uma ferramenta transformadora do indivíduo na
construção de seu saber em busca da verdade o qual poderá ser útil na
transformação do mundo, da vida e do ser humano em seu modo de agir e pensar.

Em busca da verdade pela releitura e reflexão da realidade, a escola de


pensamento do final do século XIX, frente as transformações geradas ou movidas no
contexto histórica com o advento da revolução industrial, o progresso da ciência e da
tecnologia as quais levaram o ser humano a ter maior contato e amplitude de se
conhecer a realidade que os cercam. A grandeza de conhecer é um sentimento que
leva o ser humano a buscar o mundo exterior isto o levou também a perde o contato
com a realidade de si mesmo, ou seja, ampliavam-se os conhecimentos e
descobertas do mundo exterior porém o conhecimento de si próprio ou de sua
existência como individuo único e singular o fez entrar em conflito e desespero.
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Em meio ao turbilhão de seres e descobertas o próprio ser humano se


encontra com a descoberta de sua existência e a possiblidade de existir em relação
a outros seres, surge então a atuação de filósofos voltada para estas questões de
conflitos, surge então a filosofia da existência, que tem na etimologia da palavra
“Existência” o significado de o que se deixa ver, sem mascaras, sem se esconder,
plenamente nu, e no existencialismo a “Existência “ significa manifestar-se, exibir-se,
mostrar-se além do senso comum, assumido o direito da liberdade para “SER” e
“EXISTIR”.

Nesta corrente filosófica, chamada Existencialismo, nome que foi outorgado


posteriormente, em meados de 1940 pelo filosofo francês Gabriel Mercel , teve na
figura precursora de maior expressão o filósofo dinamarquês Soren Kierkegaard
(1813-1855), que em linhas inicias de pensamento traz o conjunto de doutrinas
existencialistas tendo o foco na existência, isto é, na condição de existência
humana. (https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/filosofia/existencialismo.htm).

Kierkegard, desenvolve sua teoria da existência humana com base em três


estágios, o “estágio estético” que em busca do novo ou do inédito para satisfazer a
sentido de nossa existência, então o ser humano vive por impulsos, fazem o quem
lhe vem à cabeça e sob o signo da escolha, e ao não se satisfazer , se atormenta e
cai em desespero. No estágio Ético, Kierkegaard traz a reflexão para a linha da
gravidade e da responsabilidade em se existir, e ao reconhecer erros cometidos e
admitir a culpa por eles. E no estágio Religioso ao buscar a maior profundidade no
entendimento de nossa existência, procuramos estabelecer com Deus uma relação
absoluta. A consciência de nossas falhas leva ao observar que não atingimos a
existência desejada, então surge a necessidade de uma relação intima e particular
com o Absoluto, que é tido como a única fonte que realizada e de maneira plena.

Ao existir, nós nos engajamos perfeitamente nas categorias de nossa


existência, e a angustia, o absurdo, o desespero e o paradoxo são obstáculos
opacos de nossas experiencias vividas que devemos vencer.

A angustia como sendo um obstáculo opaco a ser vencido, ela toma


relevância dentro da filosofia existencialista de Kierkegaard que define a angustia
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como a vertigem da liberdade, ela está ligada ao nada ao vazio, ela é repulsiva e
atraente ao mesmo tempo. O pecado tem sua natureza exposta através da angustia.

O desespero também é uma das categorias humanas que Kierkegaard liga ao


fracasso da condição e do absurdo, do paradoxo a finitude do homem que ao
mesmo tempo deseja ser inferindo, então o desespero surge no momento que o
espírito quer a síntese de finito ou da matéria e o infinito ou espirito para o
surgimento do “EU ESSENSCIAL” (SANTOS, 2011)

Este medo da angústia leva o homem a


uma situação de confinamento, e o faz
erguer barreiras de todo tipo contra a
angústia. Este porém, não é o caminho
proposto por Kierkegaard, ele propõe
justamente o contrário, que o homem
aceite sua condição de finitude, mas que
carregue em si o desejo de infinito, que se
torne discípulo da angústia. Pois somente
assim a angústia assumirá para ele um
sentido positivo, e o ajudará a dar o salto
qualitativo. Salto possível somente ao
homem que não aceita a simples
transitoriedade da vida. E isto é
imprescindível a aceitação da angústia
como parte da existência. A angústia terá
assim um sentido positivo e libertador,
transformando-se em expressão de
maturidade e liberdade. Ajudando o
individuo a trilhar um novo caminho, o
caminho da existência autêntica, segundo

Kierkegaard.

1. Explique como as ideias propostas neste tema podem nos ajudar a entender a


realidade que nos cerca (a cultura do nosso tempo, a nossa sociedade, a vida em
família, a vida na igreja)
2. Explique como este tema pode impactar o estudo da Bíblia, o exercício do ministério,
e/ou a própria reflexão teológica
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com.

BIBLIOGRAFIA

SANTOS, Leontino F. Filosofia - Guia de Estudos. São Paulo: A2 Editorial, 2016.

RANGEL, Felipe C. Existencialismo. Disponível em:


<https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/filosofia/existencialismo.htm>. Acesso em:
19 ago. 2019.

SANTOS, Pedro C. Ferreira - A atualidade do conceito de angústia de Kierkegaard.


Disponível em: < http://dx.doi.org/10.5892/ruvrv.2011.92.202214>. Acesso em: 19
ago. 2019.

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