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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL

UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE DOURADOS


CURSO ENGENHARIA AMBIENTAL

Amanda Chaparro
Gabriel Bandeira
Hitallo Macuyama

SISTEMAS DE DRENAGEM URBANA – PLANTA 7

Dourados – MS
2019
Sumário
MEMORIAL DESCRITIVO .......................................................................................................................... 3
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 3
Avaliação das vazões ........................................................................................................................... 4
Critérios hidráulicos ............................................................................................................................ 5
Tensão trativa.......................................................................................................................................... 5
MEMORIAL DE CÁLCULO ......................................................................................................................... 6
Preliminares ........................................................................................................................................ 6
População de projeto .......................................................................................................................... 6
População da área de expansão.......................................................................................................... 7
Vazões de projeto ............................................................................................................................... 7
Vazão de infiltração ............................................................................................................................. 7
Vazão média de esgoto doméstico ..................................................................................................... 7
Vazão máxima horária de esgoto doméstico ...................................................................................... 7
Vazão máxima de esgoto doméstico................................................................................................... 7
Vazão máxima de esgoto sanitário ..................................................................................................... 7
Vazão máxima horária de esgoto sanitário ......................................................................................... 8
Total de economias ............................................................................................................................. 8
Total de ruas........................................................................................................................................ 8
Taxa inicial de contribuição linear....................................................................................................... 8
Taxa final de contribuição linear ......................................................................................................... 8
Vazão máxima de esgoto sanitário da área de expansão ................................................................... 8
Coletores ............................................................................................................................................. 8
Vazão inicial de cada coletor ............................................................................................................... 9
Vazão final de cada coletor ................................................................................................................. 9
Vazão Pontual de Lançamento ............................................................................................................ 9
Declividade ........................................................................................................................................ 10
Declividade mínima do coletor ......................................................................................................... 10
Declividade do terreno ...................................................................................................................... 10
Fator hidráulico ................................................................................................................................. 10
Cota do coletor a montante .............................................................................................................. 10
Cota do coletor a jusante .................................................................................................................. 10
Profundidade da tubulação ............................................................................................................... 10
ANEXO: .................................................................................................................................................. 10
MEMORIAL DESCRITIVO

INTRODUÇÃO

O Sistema de Esgotamento Sanitário projetado será do tipo Separador


Absoluto, orientado em função das condições de escoamento livre. A rede coletora
será dimensionada para atender a vazão inicial e final de projeto.
O projeto de esgotamento sanitário foi elaborado de acordo com os
levantamentos topográficos, planimétrico da área e curvas de nível do projeto de
implantação, conforme a planta em anexo fornecida pelo Prof. Dr. Vinicius de Oliveira
Ribeiro.
Para a realização do trabalho foi necessário a utilização de tais programas:
CESG 2001 (Figura 1), AutoCad (Figura 2).
Sendo que o CESG utiliza dados de entrada baseados nas normas
ABNT NBR 9648 – Estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário, NBR 9814
- Execução de rede coletora de esgoto sanitário, NBR 9649 - Projeto de redes
coletoras de esgoto sanitário, NBR 9800 - Critérios para lançamento de efluentes
líquidos industriais no sistema coletor público de esgoto sanitário, NBR 13969 -
Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e disposição final dos
efluentes líquidos, NBR 7229 – Projeto, construção e operação de sistemas de
tanques sépticos e NBR 12208 – Projeto de estações elevatórias de esgoto sanitário.

Figura 1. Cesg V.: 7.1.0


Figura 2. AUTOCAD 2016

Avaliação das vazões


Para o cálculo das vazões de contribuição de esgoto, foram utilizados alguns
parâmetros e critérios definidos de acordo com as características do local e em
conformidade com as Normas técnicas pertinentes ao assunto, sendo assim, temos:
Tabela 1 - Parâmetros adotados no projeto.
Parâmetros Valores Unidades
Densidade demográfica para início de plano 100 hab/ha
Densidade demográfica para final de plano 127 hab/ha
Área do perímetro urbano atual 60 ha
Área do perímetro urbano de expansão 33 ha
Consumo per capto (QPC) 220 L/hab.dia
Coeficiente de retorno (c) 0,8
K1 1,2
K2 1,5
K3 0,5
Taxa de infiltração 0,08 L/s*Km

Onde K1 e o coeficiente do dia de maior consumo, K2 coeficiente da hora de maior


consumo, e k3 coeficiente de mínima vazão horária.

Critérios hidráulicos
Com forme as normas da ABNT, NBR 9.649, foram definidos os critérios e
parâmetros utilizados no dimensionamento da rede coletora, alguns pontos da norma;

Tensão trativa média para vazão inicial mínima igual a 1,0 Pa, a declividade de
cada trecho da rede coletora não deve ser inferior à mínima admissível calculada, a
declividade tem que ser inferior à declividade que resulta na velocidade final vf = 5
m/s, a lâmina d’água máxima para vazão final é igual a 75 % do diâmetro do coletor e
de íncio a relação y/d é de 20%.

Tensão trativa
A Tensão trativa ou força de arraste é definidade como um tensão minima
necessaria para necessária para o início do movimento das partículas depositadas
nas tubulações de esgoto.

Coeficiente de retorno:

É a relação entre o volume de esgotos recebido na rede de esgoto e o volume


de água efetivamente fornecido à população. Total de água consumida, somente
uma porcentagem retorna ao esgoto.

De modo geral o coeficiente de retorno situa-se na faixa de 0,6 a 0,9,


dependendo das condições locaisA norma NBR – 9649 recomenda o valor de 0,8 na
falta de valores obtidos em campo.
MEMORIAL DE CÁLCULO
Preliminares
O Sistema de esgotamento sanitário foi projetado com base no levantamento
topográfico de local. As redes foram projetadas para atender todas as ruas do
perímetro urbano atual através da utilização do software CEsg e o sentido do
escoamento foi determinado através da altimetria apurada no terreno.

Todas as informações subsequentes a este tópico são de extrema importância


para a realização de um projeto de sistema de esgotamento sanitário. Elas garantem
que o sistema seja eficaz e garantem que toda a contribuição gerada será destinada
ao tratamento de maneira eficiente.

População de projeto
Os cálculos de população foram realizados fora do software CEsg e inseridos
no mesmo para a obtenção de todos os outros resultados.

A obtenção da população se dá pela seguinte equação:

𝑃𝑜𝑝 = 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠 ∗ 𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑙𝑜𝑡𝑒

No caso do presente projeto, como os dados base eram área e densidade


demográfica, utilizou-se da seguinte equação:

𝑃𝑜𝑝 = Á𝑟𝑒𝑎 ∗ 𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑝𝑜𝑟 á𝑟𝑒𝑎

Através dessa equação encontramos a população da área atual, onde


obtivemos os seguintes dados:
ℎ𝑎𝑏
𝑃𝑜𝑝. 𝑖𝑛í𝑐𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜 = 60 ℎ𝑎 ∗ 100
ℎ𝑎
𝑃𝑜𝑝. 𝑖𝑛í𝑐𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜 = 6000 ℎ𝑎𝑏
ℎ𝑎𝑏
𝑃𝑜𝑝. 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜 = 60 ℎ𝑎 ∗ 127
ℎ𝑎
𝑃𝑜𝑝. 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜 = 7620 ℎ𝑎𝑏
População da área de expansão
Utilizando o mesmo formato de dados base, encontramos que a população da
área de expansão é:

ℎ𝑎𝑏
𝑃𝑜𝑝. 𝑖𝑛í𝑐𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜 = 33 ℎ𝑎 ∗ 100
ℎ𝑎
𝑃𝑜𝑝. 𝑖𝑛í𝑐𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜 = 3300 ℎ𝑎𝑏
ℎ𝑎𝑏
𝑃𝑜𝑝. 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜 = 33 ℎ𝑎 ∗ 127
ℎ𝑎
𝑃𝑜𝑝. 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜 = 4191 ℎ𝑎𝑏

Vazões de projeto
As vazões de projeto foram calculadas com base nos parâmetros presentes
na Tabela 1 e na população encontrada neste memorial.

Vazão de infiltração
𝑄 𝑖𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜 = 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑑𝑒 ∗ 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜

Vazão média de esgoto doméstico


𝐶 ∗ 𝑃𝑜𝑝 ∗ 𝑄𝑃𝐶
𝑄 𝑚é𝑑 =
86400

Vazão máxima horária de esgoto doméstico


𝑄 𝑚á𝑥 ℎ𝑜𝑟 = 𝑄 𝑚é𝑑 ∗ 𝐾2

Vazão máxima de esgoto doméstico


𝑄 𝑚á𝑥 = 𝑄 𝑚á𝑥 ℎ𝑜𝑟 ∗ 𝐾1

Vazão máxima de esgoto sanitário


𝑄 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑄 𝑚á𝑥 + 𝑄 𝑖𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜
Vazão máxima horária de esgoto sanitário
𝑄 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ℎ𝑜𝑟 = 𝑄 𝑚á𝑥 ℎ𝑜𝑟 + 𝑄 𝑖𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜

Total de economias
𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜
𝑒𝑐𝑜𝑛𝑜𝑚𝑖𝑎𝑠 =
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑚𝑜𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑎

Total de ruas
𝑟𝑢𝑎𝑠 = 𝑒𝑐𝑜𝑛𝑜𝑚𝑖𝑎𝑠 ∗ 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑟𝑟𝑢𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜

Taxa inicial de contribuição linear


𝑄 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ℎ𝑜𝑟
𝑇𝑥𝑖 =
𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑑𝑒

Taxa final de contribuição linear


𝑄 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑇𝑥𝑓 =
𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑑𝑒

Vazão máxima de esgoto sanitário da área de expansão


𝐶 ∗ 𝐾1 ∗ 𝐾2 ∗ 𝑝𝑜𝑝. 𝑛𝑎 á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑥𝑝.∗ 𝑄𝑃𝐶
𝑄 𝑚á𝑥 𝑒𝑥𝑝 = + 𝑟𝑢𝑎𝑠 + 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜
86400

Coletores
Nessa etapa dimensionamos os coletores de acordo com a vazão que ele
recebe, encontramos a declividade e o diâmetro da tubulação. Após isso, verificamos
se o diâmetro estabelecido atende a altura de lâmina d’água máxima através do
cálculo do fator hidráulico.
Vazão inicial de cada coletor
Para inicio de trecho, temos:

𝑄𝑖 = 𝑇𝑥𝑖 ∗ 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟

Para os trechos que recebem contribuição de outros trechos, temos:

𝑄𝑖 = Σ𝑄𝑖 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖𝑛𝑡𝑒𝑠 + 𝑇𝑥𝑖 ∗ 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟

Vazão final de cada coletor


Para inicio de trecho, temos:

𝑄𝑓 = 𝑇𝑥𝑓 ∗ 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟

Para os trechos que recebem contribuição de outros trechos, temos:

𝑄𝑓 = Σ𝑄𝑓 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖𝑛𝑡𝑒𝑠 + 𝑇𝑥𝑓 ∗ 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟

Vazão Pontual de Lançamento


Tipo Nó Vazão
Industria 200 4 l/s
Escola 95 1 l/s
Igreja 118 0,8 l/s
Area de Expansão 72 -

Na área de expansão foram consideradas as vazões de início e final de


plano:
Vazão de Início de Plano 4,9 l/s
Vazão de Final de Plano 6,2 l/s
Declividade
Para determinar qual declividade deve-se usar utiliza-se como base a
declividade mínima. Caso a declividade do terreno seja maior que a mínima ela deve
ser adotada, dessa forma a rede coletora se torna mais rápida e fácil de executar,
gerando menos ônus ao projeto.

Declividade mínima do coletor


Ι = 0,0055 ∗ 𝑄𝑖 −0,47

Declividade do terreno
𝑐𝑜𝑡𝑎 𝑚𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 − 𝑐𝑜𝑡𝑎 𝑗𝑢𝑠𝑎𝑛𝑡𝑒
Ιt =
𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜

Fator hidráulico
𝑄𝑓 ∗ 𝑛
𝐹𝐻 =
𝐷 8/3
∗ Ι1/2

Cota do coletor a montante


𝐶𝑐 𝑚𝑜𝑛𝑡. = 𝑐𝑜𝑡𝑎 𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜 − 𝑟𝑒𝑐𝑜𝑏𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 − 𝐷𝑁

Cota do coletor a jusante


𝐶𝑐 𝑗𝑢𝑠. = 𝐶𝑐 𝑚𝑜𝑛𝑡. −Ι 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟 ∗ 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟

Profundidade da tubulação
𝐻 = 𝑟𝑒𝑐𝑜𝑏𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 + 𝐷𝑁

ANEXO:

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