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Eliseu

Hélder Moisés Langa


Nelson Cardoso

Deontologia Profissional

Licenciatura em ensino de Filosofia

Universidade Pedagógica De Maputo

Maputo, 2021

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Eliseu
Hélder Moisés Langa
Nelson Cardoso

Deontologia Profissional

Licenciatura em ensino de Filosofia

Trabalho em grupo a ser


apresentado na disciplina de
Deontologia Profissional Para
efeito de avaliação.

Supervisor: Mestre Jorge Choma

Universidade Pedagógica De Maputo

Maputo, 2021

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Índice
INTRODUÇÃO.................................................................................................................4

I-SECÇÃO

1. AMBIÊNCIA E RELAÇÕES ESPECIAIS NO DESEMPENHO ÉTICO-


PROFFISSIONAL.............................................................................................................5

1.1 ASPECTOS ESPECIAIS DE RELAÇÕES PROFISSIONAIS..................................5

1.2 CONDUTAS GERAIS ESPECIAIS E DE AMBIÊNCIA..........................................6

1.3 O PROFISSIONAL NA AMBIÊNCIA DO EMPREGO............................................7

1.4 ASPECTOS POSITIVOS NA AMBIÊNCIA DO EMPREGO..................................7

1.5 O PROFISSIONAL E AMBIÊNCIA DO AUTÓNOMO...........................................8

1.6 ETICIDADE, CONDUTA HUMANA E ACTOS INSTITUCIONAIS.....................8

1.7 ÉTICA PROFISSIONAL NAS AMBIÊNCIAS EMPRESARIAIS...........................9

II-SECÇÃO

2. VIRTUDES BÁSICAS PROFISSIONAIS.................................................................10

2.1 ZELO- IMPORTANTÍSSIMA VIRTUDE NA EXECUÇÃO DA TAREFA


PROFISSIONAL: DILIGÊNCIA, EXERCÍCIO DO ZELO..........................................10

2.2 HONESTIDADE, VIRTUDE MAGNA NO CAMPO PROFISSIONAL................10

2.3 VIRTUDE DO SIGILO.............................................................................................10

2.4 VIRTUDE DA COMPETÊNCIA.............................................................................11

CONCLUSÃO.................................................................................................................12

BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................13

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INTRODUÇÃO

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I-SECÇÃO

1. AMBIÊNCIA E RELAÇÕES ESPECIAIS NO DESEMPENHO ÉTICO-


PROFFISSIONAL

Existem ambientes distintos onde as condutas humanas se processam. Conforme a


ambiência onde se realizam as tarefas, espécies de condutas também podem variar para
as relações profissionais. Essas ambiências, acrescem a necessidade de capacidades
especiais de convivência.

Com isso, afirmamos que há um compromisso com uma consciência Ética genérica,
mas também, com uma que se forma ao sabor de conveniências isoladas de grupos e de
actuações no mercado de trabalho.

Há também, uma dimensionalidade desses ambientes, exercem qualidades identificáveis


de trabalho, possuem tamanhos diferentes e ocorrem em tempos e espaços também
próprios.

1.1 ASPECTOS ESPECIAIS DE RELAÇÕES PROFISSIONAIS

Existem vários aspectos especiais ou condições ambientais sob os quais podemos


observar a actuação do profissional, em seus espaços e relações no trabalho, mas
basicamente encontramos os seguintes, ou sejam, os do ser como:

a. Empregado, particular ou público;


b. Autónomo, individual e colectivo;
c. Sócio de uma empresa fechada;
d. Sócio-dirigente ou de consorciada ou associada;
e. Participante de uma empresa multinacional;

Como empregado, o profissional segue uma linha de dependência hierárquica e pode


ocupar cargos consultivos, directivos, directivo-executivos ou só de sociedade de
economia mista, de instituição pública, de organismos internacionais.

Como autónomo, o profissional pode exercer diferentes tipos de tarefas, desde as mais
singelas até as mais complexas, mas exerce amplamente sua liberdade no campo da
vontade.

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Como sócio de sociedade fechada, pode decidir como majoritário ou ser subordinado à
vontade de seu grupo; apesar de possuir o poder de decisão e de controle, tem, todavia,
uma conduta empresarial a cumprir, em que, em tese, a vontade deve ser exercida em
harmonia com o conjunto.

Como sócio, passa a ser um semi-autónomo, vinculado à vontade de um grupo e


subordinado à figura de uma pessoa jurídica, logo, relativamente autónomo.

Nas grandes organizações, um profissional é ainda mais envolvido e quase, apenas,


passa a ser um pequeno algarismo em um volumoso total; quando sócio de uma
sociedade aberta, ou multinacional, pois, depende de muitas estruturas que exercem
diferentemente suas vontades e aí, então, pouca autonomia possui. (SÁ, 2007: 175)

Quanto maior a empresa profissional, tanto menos o sócio tende a exercer genuinamente
sua vontade.

Existem variações de ambiências que tornam complexo o quadro da conduta humana,


com notórias variações do exercício da vontade, pois deixariam de ser éticas.

Como a acção da personalidade do profissional varia com os ambientes, como foi


descrito, a tendência é de que quanto mais impessoal tornar-se o processo da decisão e
tanto menos ética é possível que venha a ser a conduta, se um sistema rígido de normas
não obrigar à prática da virtude.

Não existem duas éticas: aquela de um grupo e de um ambiente fechado e aquela de


todos.

Que tais grupos possuam suas regras, não podemos negar que as tenham, mas dizer que
são éticas seria negar a seriedade de uma doutrina onde se busca a verdadeira conduta,
aquela que realmente possa representar a essência do bem e dos valores humanos.

O ambiente de trabalho pode, pois modificar e influir sobre a actuação do ser humano,
seja qual for a função que exerça, mas a conduta só terá teor ético se for virtuosa em si.

1.2 CONDUTAS GERAIS ESPECIAIS E DE AMBIÊNCIA

Não é apenas o espaço e a ambiência de prática da conduta que parece nortear a linha
ética. Existem linhas alicerçais, inquebrantáveis e que, na eventualidade de serem

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ameaçadas, costumam gerar reacções do profissional, comprometido com seus
princípios virtuosos, ou seja, leva-o a buscar elementos competentes para a sua defesa
ética. (idem, 2007: 178)

Há uma inequívoca distância entre a força da vontade ética, quando se trata, por
exemplo, de critérios de conveniências administrativas, em confronto com a consciência
ética. Na prática, o que tem ocorrido, é a vitória do poder sobre a Qualidade do
Trabalho.

Existem conflitos de consciência, entre as práticas virtuosas e as que devem seguir a


determinações imperativas, administrativas, de natureza superior podem ocorrer sérias
turbulências. Nem sempre o que interessa a uma administração é o que atende ao
interesse de um profissional.

1.3 O PROFISSIONAL NA AMBIÊNCIA DO EMPREGO

Na condição de empregado, o profissional subordina-se a um poder patronal. A uma


condição especial de relacionamento obediente. A obediência no emprego não deve,
todavia, significar escravidão, nem negação da Consciência Ética, nem exclusão total da
vontade humana, mas exige subordinação de vontades. (idem, 2007: 179)

As vezes, pode-se observar uma transigência acomodada, ou, ainda, uma concessão que
o profissional empregado acaba por fazer perante os rigores tecnológicos que formam
sua Consciência, em favor do interesse patronal.

A perspectiva de perda de emprego produz a vontade de preservá-lo, logo, de praticar o


que lhe é comandado; a perda da autonomia para exercer sua vontade Ética, promove o
desejo de não praticar o que é comandado; nesse conflito de duas forças enérgicas iguais
e contrárias; no cérebro, ocorrem os traumas, as neuroses, os desequilíbrios que afectam
o organismo e tornam vacilantes as condutas.

Variam, pois, os graus de conhecimento de poder, de autonomia e determinação da


vontade, de acordo com as ambiências.

1.4 ASPECTOS POSITIVOS NA AMBIÊNCIA DO EMPREGO

Ressaltar só aspectos conflitantes e negativos nas relações entre o profissional e o


empregador é fazer exame parcial da questão. O que normalmente o empregado tem
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como deveres profissionais éticos são as práticas usuais da virtude: zelo, descrição,
pontualidade, disciplina, sigilo, honradez etc. e devem começar pela selecção de seu
trabalho. (idem, 2007: 181)

Como o emprego consome grande parte de nossas vidas, a escolha da forma de viver já
é todo um princípio de qualidade espiritual. Isto porque “aquilo de que os homens
vivem é a fé na razão de viver”, “é o estado de certeza e de crença”, no dizer de Petrone;
também afirmou Buda que “vivemos do que pensamos”; tudo isto sugere que a
Consciência Profissional, aplicada ao trabalho assalariado, seja moldada ao sabor dos
interesses maiores da natureza da tarefa que a empresa, onde se vai trabalhar, adopta.
(idem, 2007: 181)

O profissional, como empregado, tem sua ética volvida ao compromisso com as


finalidades empresariais ou institucionais especificas, em geral, e, em especial, dentro
dos limites de sua responsabilidade e autoridade.

As condutas possuem portanto, os limites de sua ambiência. Devem adaptar-se ao


exigível para o desempenho das tarefas.

1.5 O PROFISSIONAL E AMBIÊNCIA DO AUTÓNOMO

O profissional autónomo, liberal, individual, em sua função, tem representado o alvo


das atenções dos Códigos de Ética e tem sido a matéria principal de estudos. Isto possui
fundamentos históricos, nas raízes artesanais, em razão da consagração que muitos
homens tiveram, pela genialidade de seus trabalhos. (idem, 2007: 182)

O autónomo e a pequena empresa que com ele se confunde parecem apresentar maior
dose de interesse pela qualidade dos serviços e despertar maior credibilidade aos que
racionalmente escolhem os profissionais.

O prejuízo advindo da má qualidade do trabalho é lesão à ética; por isso, autoriza-se a


entender, como mais próximo de uma prática qualitativa maior, os trabalhos que
dimanam da prática da profissão pelos autónomos, ou por pequenas empresas,
especialmente em ramos de alta responsabilidade.

1.6 ETICIDADE, CONDUTA HUMANA E ACTOS INSTITUCIONAIS

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A eticidade, tal como Hegel a distingue da moralidade, com realização advinda de uma
concepção de algo institucional, é, essencialmente, abstracção, ou seja, algo concebido,
mas necessário de uma consideração limitada a tal forma de conceber. (idem, 2007:
184)

Essencialmente, a eticidade é, apenas uma apresentação abstracta de conduta. Seria


irreal admitir a inexistência do institucional, mas não menos irreal admitir que ele por si
só possa ser o responsável absoluto pela conduta humana.

A conduta humana pode sofrer os efeitos da ambiência institucional, mas não pode
excluir a vontade ética; a acção, mesmo em nome da instituição, será sempre uma acção
humana, com responsabilidade perante a Ética.

1.7 ÉTICA PROFISSIONAL NAS AMBIÊNCIAS EMPRESARIAIS

O profissional é quem constitui a empresa. Tudo o que dimanar dessa organização,


ainda que realizado por auxiliares, terá sempre a responsabilidade ética dos criadores.
Os nomes das empresas, são apenas referências que não agem por si mesmas, mas
sempre, em decorrência da vontade dos que estabelecem as normas de conduta a serem
praticadas.

As ambiências são espaços onde as relações profissionais se processam, incompetentes,


por eles mesmos, para reformar as essências das virtudes. O profissional pelo facto de
estar em uma empresa, não deixa de produzir a conduta e nem esta, seja qual dor,
poderá alterar conceitos já consagrados como éticos, pelo simples facto de ser permitida
na ambiência onde é produzida.

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II-SECÇÃO

2. VIRTUDES BÁSICAS PROFISSIONAIS

Virtudes básicas profissionais são aquelas indispensáveis, sem as quais não se consegue
a realização de um exercício ético competente, seja qual for a natureza do serviço
prestado.

Tais virtudes devem formar a consciência ética estrutural, os alicerces do carácter e, em


conjunto, habilitarem o profissional no êxito em seu desempenho.

2.1 ZELO- IMPORTANTÍSSIMA VIRTUDE NA EXECUÇÃO DA TAREFA


PROFISSIONAL: DILIGÊNCIA, EXERCÍCIO DO ZELO

O profissional deve cuidar de realizar sua tarefa com maior perfeição possível, para a
produção favorável de sua própria imagem. O zelo ou cuidado com o que se faz,
começa, portanto, com uma responsabilidade individual, ou seja, fundamentada na
relação entre o sujeito e o objecto de trabalho. É uma virtude ética que dependo do
próprio ser.

A diligência, uma expressão que provém, etimologicamente, do latim diligentia,


empregada para expressar cuidado, zelo. É uma forma de zelo, especial, que se
caracteriza pela presteza e constância com a qual o cuidado pela tarefa vem a ser
exercida.

2.2 HONESTIDADE, VIRTUDE MAGNA NO CAMPO PROFISSIONAL

Trata-se de uma responsabilidade perante o bem e a felicidade de terceiros. É um


princípio que não admite relatividade, ou seja, o individuo é ou não é honesto; não
existe o relativamente honesto em o aproximadamente honesto. (Cf. SÁ, 2007: 198)

O profissional tem dever ético de ser honesto integralmente. Ao transgredir os


princípios da honestidade, não prejudica só seu cliente, mas pode, prejudicar também,
aquele da sua classe e influir negativamente sobre a sociedade em geral.

2.3 VIRTUDE DO SIGILO

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Eticamente, o sigilo assume o papel de algo que é confiado e cuja preservação de
silêncio é obrigatória. A finalidade moral do profissional ao manter o sigilo deve, ser
como um compromisso de honra. Ao quebrar o sigilo, o profissional comete uma
infracção ética e arrisca-se a perder seu conceito e sua posição de dignidade, quer
perante os utentes, quer perante seus colegas de profissão.

2.4 VIRTUDE DA COMPETÊNCIA

Competência sob o especto potencial, é o conhecimento acumulado por um indivíduo,


suficiente para o desempenho eficaz de uma tarefa. Do ponto de vista funcional,
competência é o exercício do conhecimento de forma adequada e pertinente a um
trabalho.

É preciso que se tenha a postura ética de recusar o serviço que se sabe não poder
realizar dentro dos limites da capacidade que o profissional possui. Quando um
profissional não respeita suas limitações, exercendo tarefas sem competências e, assim
lesando os utentes, comete infracções à ética.

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CONCLUSÃO

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BIBLIOGRAFIA

SÁ, Anonio Lopes de. Ética profissional. 8 Ed. São Paulo: Atlas, 2007.

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