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1 QUESTÕES PROBLEMATIZADORAS
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
1
QUESTÕES PROBLEMATIZADORAS
MEDALHA DE BRONZE
Brasil tem a 3ª maior população carcerária do mundo, com 726.712 mil presos
Assim, os indivíduos da
raça “branca”, foram
decretados coletivamente
superiores aos da raça
“negra” e “amarela”;
Conseqüentemente mais
aptos para dirigir e
dominar as outras raças;
TEORIAS RACIAIS NO BRASIL
EUGENIA:
Eu (boa); Genus (geração)
TEORIAS RACIAIS NO BRASIL
▪ É oportuno pensar as
especificidades do racismo no
Brasil = RACISMO CORDIAL
TEORIAS RACIAIS NO BRASIL
o ENEGRECER O o RACIALIZAÇÃO DO
FEMINISMO GÊNERO
o FEMINIZAR O o GENERIFICAÇÃO DA
MOV NEGRO RAÇA
○ Criminalização da LGBTfobia;
○ Fim da criminalização da homossexualidade e das penas correlatas;
○ Reconhecimento social da identidade de gênero;
○ Fim do tratamento das identidades trans como patologias;
○ Fim dos tratamentos de “cura gay”;
○ Casamento civil igualitário;
○ Permissão para casais homoafetivos adotarem crianças;
○ Respeito à laicidade do Estado e fim da influência religiosa nos processos
políticos;
○ Políticas públicas pelo fim da discriminação;
○ Fim dos estereótipos LGBT na mídia e representatividade da comunidade nos
meios de comunicação.
Movimento LGBT: breve histórico
○ 1980
⎯ Primeiro encontro de grupos homossexuais organizados. Apesar de a palavra
“homossexual” também referir-se a lésbicas, ele no início era para homens gays.
⎯ O Somos se divide e surge o primeiro grupo lésbico, o Grupo de Ação Lésbica
Feminista (GALF).
⎯ A ditadura realiza a "Operação Sapatão“ e faz prisões arbitrárias de lésbicas.
⎯ No início dessa década foram mapeados 22 grupos homossexuais atuantes no
Brasil - eixo Rio de Janeiro-São Paulo (Edward MacRae - antropólogo), um
documento produzido pelo Grupo Gay da Bahia falava em 7 grupos existentes em
1984 e 6 em 1985.
○1981
⎯ É fundado o ChanacomChana, primeira publicação ativista lésbica do Brasil.
Comercializado no Ferro's Bar, em 1983, os donos do bar expulsam as ativistas do
local. No dia 19 de agosto do mesmo ano, o GALF organiza um ato político no local que
resulta no fim da proibição da venda do jornal. O episódio é lembrado como o
"Stonewall brasileiro". A partir do dia 19 de agosto comemora-se o Dia do Orgulho
Lésbico no Estado de São Paulo.
⎯ O "Lampião da Esquina" deixa de ser publicado.
MOVIMENTO LGBT: BREVE HISTÓRICO
○ 1982
⎯ Surge o Grupo Gay da Bahia, em Salvador.
⎯ Confirmação do primeiro caso de Aids no Brasil e identificação da transmissão por
transfusão sanguínea. Adoção temporária do termo Doença dos 5 H - Homossexuais,
Hemofílicos, Haitianos, Heroinômanos (usuários de heroína injetável), Hookers
(profissionais do sexo em inglês).
○ 1983
⎯ O “Somos” se dissolve.
⎯ Estágios finais da ditadura.
⎯ Crise entre movimentos sociais no geral, que precisam pensar outras formas de
mobilização não pautadas no governo militar como grande inimigo;
⎯ Explosão da epidemia do vírus HIV que, no início, afetou principalmente
homossexuais homens,bissexuais, travestis e transexuais.
Movimento LGBT: breve histórico
○ 1983 - 1984
⎯ Adotado o termo "orientação sexual", de modo a deslocar a polarização acerca da
homossexualidade pensada como uma "opção" ou como uma "condição" inata".
⎯ O GGB encabeça a campanha nacional para retirar a homossexualidade do código
de doenças do sistema de saúde brasileiro.
○ 1985
⎯ Surge o grupo Triângulo Rosa, no Rio de Janeiro, que nessa nova fase, toma a
frente juntamente como ocorreu no Brasil cinco anos antes de a Organização
Mundial da Saúde (OMS) retirar a homossexualidade da Classificação Internacional
de Doenças.
○ 1987
⎯ O Grupo Triângulo Rosa defendeu a inclusão do termo orientação sexual" na
Constituinte de 1987, nos artigos que vetam a discriminação e diferença salarial.
Não obteve a inclusão; sendo posteriormente adotada em legislações municipais e
Estaduais.
⎯ Operação Tarântula, cujo objetivo era prender travestis que se prostituíam nas
ruas de São Paulo. Mesmo com a operação suspensa, travestis passaram a ser
assassinadas misteriosamente, a tiros.
○ 1990
⎯ As diversidades dentro do próprio movimento começam a ganhar mais
visibilidade com foco em demandas específicas de cada grupo.
⎯ Organização Mundial de Saúde retira homossexualidade no Catálogo
Internacional de Doenças
⎯ Travestis começam a se organizarem no início da década devido o impacto da Aids
e o consequente aumento de casos de violência.
Movimento LGBT: breve
histórico
○ 1993
⎯ inclusão das lésbicas na sigla geral do movimento (apesar de estarem na
militância desde o início), quando o evento anual passa a se chamar Encontro
Brasileiro de Homossexuais e Lésbicas.
○ 1995
⎯ As travestis reivindicam e tem aprovada, sem polêmicas, a inserção do T para os
encontros seguintes.
⎯ Fundação da primeira rede de organizações LGBT brasileiras, a Associação
Brasileira de Gays, Lésbicas e Travestis, ABGLT e, a partir disso, ocorre uma
multiplicação das redes nacionais.
⎯ O Rio de Janeiro recebe a 17º conferência da Associação Internacional de
Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersex.
MOVIMENTO LGBT: BREVE HISTÓRICO
○ 1996
⎯ Ato na praça Roosevelt, em São Paulo reúne cerca de 500 pessoas e partir de
então, começa a se planejar a primeira parada LGBT do país, que acontece no ano
seguinte, na avenida paulista
○ 1997
⎯ Acontece a primeira parada LGBT do país em São Paulo.
Final dos anos 1990 - maior visibilidade na mídia; fortalecimento dos grupos com
forte ligação à Aids; maior financiamento governamental, ABGLT; crescimento
das Paradas.
MOVIMENTO LGBT: BREVE HISTÓRICO
○ 2000
movimento se institucionaliza mais e se empodera. Agenda se volta mais para as
políticas públicas e reivindicações legislativas e políticas governamentais
o 2003
⎯ Criação da Frente Parlamentar pela Livre Expressão Sexual (hoje Pela Cidadania
LGBT) – fruto do I Seminário de Políticas Afirmativas e Direitos da Comunidade
LGBT, ocorrido em junho, promovido pela Ouvidoria da Câmara e Comissão de
Direitos Humanos
○ 2005
⎯ O 12º Encontro Brasileiro de Gays, Lésbicas e Transgêneros aprovou o uso de
GLBT, incluindo, oficialmente, a letra B como representação de bissexuais.
MOVIMENTO LGBT: BREVE HISTÓRICO
○ 2008
⎯ Conferência Nacional GLBT – “T” identifica, simultaneamente, travestis e
transexuais homens e mulheres, e posiciona a letra L em frente ao G, para dar
maior visibilidade às lésbicas.
⎯ Processo de redesignação sexual - cirurgia de "mudança de sexo" – do fenótipo
masculino para o feminino passou a ser oferecida SUS.
o 2009
– Plano Nacional LGBT
○ 2010
⎯ A cirúrgia do fenótipo feminino para o masculino pode a ser feita pelo SUS.
MOVIMENTO LGBT: BREVE HISTÓRICO
○ 2011
⎯ A união estável homoafetiva/conversão em casamento civil é reconhecida pelo
Supremo Tribunal Federal - Projeto de Lei do Senado (PLS) nº 612/2011.
○ 2013
⎯ É reconhecido o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, pelo Conselho
Nacional de Justiça.
○ 2014
⎯ Enem - o uso do nome social por transexuais e travestis.
○ 2017
⎯ O Conselho Nacional de Educação – CNE aprova resolução que autoriza o nome
social em instituições de ensino.
Movimento LGBT: breve
histórico
○ 2018
⎯ Ministério da Educação - aprova resolução que autoriza o nome social em
instituições de ensino para maiores de 18 anos e aos estudantes menores de
idade, a solicitação deve ser apresentada pelos seus representantes legais.
“Uma vez feminilizada, a tarefa passa a ser classificada como ‘menos complexa’ (LOBO,
1991, p.150). Este ‘menos complexa’ vem a ser a justificação de desprestigio e de
desvalorização do trabalho feminino.
○ Identidade
○ Como e com quem você se reconhece
○ Demanda igualdade racial
○ Por reconhecimento: como iguais ou
diferentes
○ Não nega e nem substitui a luta de classes
○ Pode ser apropriada pelo capitalismo
○ Deve ser entendida como luta anti-opressão
CAPITALISMO X DESIGUALDADES
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