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RESUMO
Falar dos objetivos, da metodologia e dos resultados deste trabalho.
O resumo deverá seguir a NBR6028 de 2003 – Resumo. De acordo com a norma, a extensão
indicada para resumo de trabalhos acadêmicos é de 150 a 500 palavras, devendo ser redigido em
parágrafo único (sem recuo de parágrafo) empregando-se letra normal (da mesma fonte do texto do
artigo, porém com tamanho de fonte reduzida). O resumo tem por finalidade fornecer uma visão geral
do conteúdo escrito, para que o leitor possa decidir pela continuidade ou não da sua leitura. O resumo
precisa, necessariamente, ser fiel ao trabalho. Ele não pode conter informações extras não constadas
no texto integral. No resumo não constam as citações de autores, as tabelas, nem as figuras. A
primeira frase do resumo deve ser significativa e explicar o tema principal do trabalho. A sequência de
frases consiste na síntese dos pontos relevantes do texto, em linguagem clara, direta, concisa e
objetiva. Deve indicar a natureza do problema estudado, o método utilizado, as principais teorias
citadas, os resultados mais importantes alcançados e as principais conclusões a que se chegou. Pelo
resumo o leitor pode apreender o sentido geral do trabalho. Espacejamento entre linhas simples.
Fonte Arial 10.
INTRODUÇÃO
Existem diversas variáveis que podem influenciar diretamente no preço das ações,
sendo eles ligados a macroeconomia ou a microeconomia na qual a empresa está inserida e
também relativo a expectativa dos agentes inseridos no mercado financeiro.
Uma forma de construir um portfólio de ações é o método de múltiplos da escola
fundamentalista, que é baseada em indicadores econômico-financeiros e de mercado, que
buscam encontrar ações que estão com seus preços defasados em relação as concorrentes
de mercado.
A análise fundamentalista tende a avaliar a saúde financeira das empresas
baseando-se em projeções de resultados futuros para determinar o preço justo das ações.
Para ter um resultado mais adequado o analista deve levar em consideração fatores macro
e microeconômicos que podem influenciar de forma positiva ou negativa os resultados da
empresa.
Sendo assim fica a pergunta: Como encontrar empresas com ações subvalorizadas
na BM&F Bovespa por meio do Value Investing?
Para responder à pergunta serão aplicados indicadores financeiros, como o ROE
(retorno sobre patrimônio), EV/EBITDA, Preço/Lucro (P/L), e Fluxo Descontado de Caixa
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para encontrar ações com preço considerado abaixo de mercado na Bolsa de ações
brasileira.
Atualmente a B³ – Bolsa, Brasil, Balcão – possui aproximadamente 400 empresas
que tem suas ações negociadas diariamente no pregão. Dentre essas empresas muitas
estão com seu valor de mercado acima do valor intrínseco, sendo que a rentabilidade
proporcionada por elas não atingirá a expectativa dos investidores dispostos a aplicar seu
dinheiro nelas.
Em contrapartida existem diversas empresas que ainda possuem um potencial
enorme de valorização, possibilitando uma rentabilidade muito maior aos acionistas no longo
prazo.
Por meio da aplicação de indicadores financeiros é possível chegar a um valor
aproximado ao que a empresa realmente vale.
Desta forma o presente artigo busca a análise, através do Value Investing, de
potenciais ações subvalorizadas e com grande potencial de valorização na BM&F Bovespa.
Para atingir este objetivo serão desdobrados três objetivos específicos: a) encontrar
o ROE (Return on equity) – em português, retorno sobre o patrimônio; b) Identificar o
preço/lucro (P/L) da empresa; c) Especificar o valor justo das ações a serem analisadas.
REFERENCIAL TEÓRICO
Mercado de Capitais
Mercado Primário
É onde todo o processo dentro do mercado de capitais inicia, quando uma empresa
precisa de recursos para que suas atividades sejam financiadas, pode ser realizada por
meio de um IPO (Initial Public Offering), sigla em inglês para Oferta Pública Inicial, que é o
meio utilizado para que as ações de uma empresa sejam oferecidas aos investidores na
bolsa pela primeira vez.
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O mercado primário de ações é onde se negocia a subscrição (venda) de
novas ações ao público, ou seja, no qual a empresa obtém recursos para
seus empreendimentos. [...] Nessa etapa ocorre a primeira negociação da
ação e o dinheiro da venda vai para a empresa. (Pinheiro, 2001. p. 97).
Mercado Secundário
Com isso podemos afirmar que quando um investidor está montando uma carteira de
ações ele está realizando suas operações no mercado secundário, visto que ele faz a
compra de outro acionista que está querendo fazer a venda dos papeis detidos por ele, pois
julga que o valor alcançado por aquele ativo já atingiu suas expectativas
Ação, também conhecida como papel, é a menor parcela do capital social de uma
empresa, ou seja, são pedaços de uma empresa. Quando a empresa é aberta, em seu
contrato social fica definida a sua forma de constituição que pode ser, mais comumente
encontrado, por quotas ou ações, mais encontradas em empresas de sociedade anônima
(S.A.) ou negociadas em bolsa.
Ações são títulos de participação negociáveis, que representam parte do
capital social de uma sociedade econômica, que confere ao seu possuidor o
direito de participação nos resultados da mesma. [...] O acionista é,
portanto, proprietário de uma parcela da empresa, correspondente ao
número de ações que possui. (Pinheiro, 2001. p. 111).
Tipos de Ação
Análise de Ações
No mercado acionário existem duas formas de analisar uma ação, a análise técnica
ou análise gráfica e a análise qualitativa ou como definida por Benjamin Graham, Vallue
Investing (em uma tradução livre Investimento em Valor).
Análise Técnica
Mais comumente utilizada por investidores que buscam fazer negociações rápidas,
por diversas vezes comprando e vendendo no mesmo dia (daytrade). É uma ferramenta
muito poderosa e muito eficaz para ganhar dinheiro com oportunidades de curto prazo.
É ideal para mostrar o cenário mais provável a acontecer com o preço das ações em
determinado dia. Esta identificação só é possível pois a análise técnica se baseia em uma
das premissas mais conhecidas de qualquer mercado, a lei da oferta e da procura.
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No entanto, a análise técnica sabe que o mercado de ações é formado por seres
humanos, e que os seres humanos têm por natureza seguir alguns padrões de
comportamento e se comportar de acordo com tendências (Toro Radar p. 5).
Sendo assim, a análise técnica procura estudar a influência mútua entre
compradores e vendedores para conhecer qual o lado com mais poder de barganha e poder
tomar a decisão de comprar ou vender as ações em seu poder.
Análise Fundamentalista
Outra abordagem, a Bottom-up, as análises fundamentalistas tem seu foco inicial nos
aspectos microeconômicos, ou seja, de dentro para fora, onde serão primeiramente
analisados os números da empresa, os números do setor e posteriormente os dados da
macroeconomia.
De acordo como Povoa (2007. p. 19), “a análise Bottom-Up (de baixo para cima) usa
todas as variáveis disponíveis para, dentro de um modelo determinado, calcular o valor justo
de uma companhia”.
Como base da análise fundamentalista temos as demonstrações financeiras que são
o balanço patrimonial e a DRE – Demonstração do Resultado do Exercício.
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O balanço patrimonial mostra uma representação da posição contábil e financeira da
empresa ao final de determinado período, para empresas listadas na Bovespa essa
demonstração deve ser apresentada 4 vezes ao ano, no fechamento de cada trimestre.
A DRE é uma representação das atividades operacionais e não operacionais da
empresa. É o documento no qual podem ser vistas as receitas com vendas, custos dos
produtos e serviços, resultado financeiro e o lucro ou prejuízo.
Ao analisar o balanço da empresa o investidor, caso tenha lhe agradado as
informações das demonstrações contábeis, deve analisar os múltiplos, para ter certeza que
não existem outras empresas que atuam no mesmo setor em situação financeira melhor que
possa pagar uma remuneração maior sobre o capital aplicado.
Dentre os diversos múltiplos existentes podemos citar: P/L (preço ação / lucro por
ação): É o múltiplo mais usado para fazer a comparação entre empresas, visto que ele
representa qual o período necessário para que o acionista tenha o retorno de seu
investimento. EV/Ebitda (Valor total da empresa (ações + dívidas) / Ebitda (Resultado
operacional + depreciação + amortização): Outro múltiplo muito utilizado, que muitas vezes
pode ser mais utilizado que o P/L pois acrescenta ao cálculo as dívidas da empresa. Uma
empresa pode parecer mais barata que outra pelo P/L, no entanto este fato pode estar
distorcido pelo montante da dívida da empresa. ROE (Retorno sobre Patrimônio Líquido):
múltiplo onde pode-se obter qual o retorno que os sócios da empresa estão tendo em
relação ao dinheiro que foi investido na empresa.
A análise por meio do Fluxo de Caixa Descontado tem por objetivo encontrar o preço
da companhia no momento atual, considerando as projeções futuras do resultado da
empresa.
Segundo Povoa (2007, p. 108) o fluxo de caixa descontado tem como objetivo “[...]
projetar a futura geração de caixa de uma empresa, trazendo estes valores ao tempo
presente, utilizando uma taxa de desconto”.
O uso dessa ferramenta demanda, por parte do investidor, um vasto conhecimento
dos cenários econômicos, prováveis e do negócio da empresa, para que, ao utilizar a taxa
de desconto, essa não seja escolhida de forma errônea e venha a comprometer a análise.
Como cita Damodaram (1997, p. 13) “o valor da empresa é obtido descontando-se os
fluxos de caixa esperados para a empresa, ou seja, os fluxos de caixa residuais após a
realização de todas as despesas operacionais e impostos”.
A grande dificuldade do uso dessa ferramenta cabe a escolha da taxa de desconto
adequada a ser utilizada. Uma previsão muito otimista pode fazer com o que o investidor
opte por empresas não tragam o retorno esperado pelo resultado da análise. Da mesma
forma uma previsão demasiadamente negativa pode manter fora da carteira de ações do
investidor papeis com excelentes oportunidades de ganhos.
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análise Top Down (de cima para baixo); em contraposição com ele, há a análise Botton-Up
(de baixo para cima)”.
São abordagens com olhar distinto, mas que não são excludentes, sendo que o
investidor pode usá-las de forma complementar em suas análises. É possível que uma das
abordagens tenha maior peso que a outra durante o processo de precificação, porém fazer
uma análise complementar com a outra percepção, faz com que se tenha uma certeza maior
no resultado da análise.
Em momentos de crise alguns setores da economia tendem a se fortalecer,
proporcionando crescimento e expansão de negócios, este fato faz com que o investidor que
seguir a linha da análise Top Down veja grandes oportunidades de investimento. Pelo
mesmo motivo um investidor que fazer uso do enfoque Bottom-Up verá com certo receio o
momento de entrada (compra de ações) de uma mesma companhia estudada por ambos.
Povoa (2007, p. 20), diz que, “muitos analistas costumam fazer uma dicotomia
desnecessária entre o conceito Bottom-Up e Top Down, como se fossem diametralmente
excludentes, o que não é absolutamente verdade. As variáveis de análise Top Down irão
alimentar os modelos Bottom-UP [...]”.
Assim conclui-se que as duas abordagens são complementares no processo de
análise de empresas, oferecendo informações importantes para o processo de tomada de
decisão sobre a compra de ativos.
Risco
Ações são ativos de renda variável, desta forma, é impossível afirmar se teremos
lucro ou prejuízo com determinado ativo. Frente a este fato podemos afirmar que o
investimento em ações possui dois riscos definidos, risco sistemático e o risco não
sistemático.
A palavra “Risco” assusta muitos investidores, no entanto por confiar em demasia
nos gerentes de bancos e por buscar uma “segurança”, que nada mais é do que um sintoma
psicológico, imposto pelos grandes agentes financeiros, acabam por não perceber que com
a inflação, acumulada em 3,75% em 2018, acaba por corroer grande parte dos ganhos
obtidos por aplicações como a poupança, que paga apenas 4,53% ao ano, ou seja, o
aplicador terá um ganho real de apenas 0,78% ao ano.
Ross, Westerfield e Jaffe (2007, p. 189) citam que, “os investidores só aplicarão num
título com risco se seu retorno esperado for suficientemente elevado para compensar esse
risco”.
Em se tratando de aplicações em ativos listados na B³, apenas como exemplo, a
maior empresa brasileira, Petrobras teve uma valorização de seus ativos, atingindo uma
valorização de 29,79% nos últimos 360 dias (dia atual 30/01/2019).
É possível minimizar os riscos existentes e ofertar uma maior segurança ao
investidor no momento da tomada de decisões. Certas pessoas são mais tolerantes ao
risco, fato que faz com que elas aceitem um risco maior em busca de rentabilidade maior,
como também existem pessoas com perfil mais conservador, que buscam a segurança da
renda fixa (aplicações com taxas de juros pré-definidas no momento da aplicação), a qual
oferece uma rentabilidade reduzida, no entanto, com risco menor.
No entanto, é imprescindível destacar que não existe uma opção de investimento
totalmente segura e sem riscos, como veremos a seguir.
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Risco Sistemático
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REFERÊNCIAS
Seguir as normas da NBR 6023/2002 para exposição das referências que foram
utilizadas no texto.
https://www.coachfinanceiro.com/portal/mercado-de-capitais/
PÓVOA, Alexandre. Valuation – Como Precificar Ações. São Paulo. Campus, 2008.
PRIMARY, Secondary & Tertiary Sources. James Cook University. Atualizado em: ago.
2006. Disponível em: <http://www.library.jcu.edu.au/LibraryGuides/primsrcs.shtml>. Acesso
em: 03 fev. 2019.