SUBESTAÇÕES
MONTAGEM ELETROMECÂNICA
VOLUME I
DACQ.C
Revisão: Set/2008
SUMÁRIO
Sumário
Superintendência de Empreendimentos de Transmissão – ST.C
Divisão de Apoio e Controle de Qualidade – DACQ.C
Sumário
Superintendência de Empreendimentos de Transmissão – ST.C
Divisão de Apoio e Controle de Qualidade – DACQ.C
Sumário
1
MALHA DE TERRA E ATERRAMENTO
Deve ser dimensionado para garantir a máxima segurança ao pessoal de serviço (tensões de passo
e de toque não superiores aos limites admissíveis, sob quaisquer condições) e a instalação (baixa
resistência para terra e limitação na possível elevação do potencial de terra da SE), sem contudo,
onerar indevidamente a obra.
Existem programas de cálculo e otimização de redes de terra que exigem, porém, bom conhecimento
das características do terreno (camadas superficiais e subjacentes e admitem certos graus de
uniformidade no mesmo). O projetista deve dispor de dados sobre a geologia do terreno e sua
resistividade (do ponto de vista do aterramento o melhor solo é o orgânico ácido, que apresenta
menor resistividade). Quando a resistividade é extremamente alta, mesmo recorrendo a camadas
mais profundas do solo, pode ser necessário estender o eletrodo de terra além dos limites da área
construída para se conseguir valores adequados de resistência para terra, tensões de passo e de
toque.
A correção química do solo para reduzir sua resistividade pode ser eficiente, mas tem duração
limitada há poucos anos (devido à infiltração através do terreno, acelerada pelas chuvas). Não é
recomendável como solução definitiva, justamente por serem necessários controles periódicos e
eventuais repetições do tratamento.
Em particular, o projeto do sistema de terra requer dados sobre todos os elementos a serem ligados
ao mesmo, inclusive, cabos pára-raios das LTs, sobre os valores de falta para terra nos diversos
pontos da SE e sobre as possíveis transferências de potencial. Note-se que estas, além de por em
risco a segurança do pessoal, podem ocasionar funcionamento incorreto dos sistemas de proteção e
de comunicação (e até danificá-los) devendo-se tomar todas as precauções cabíveis para evitar tais
efeitos nocivos.
É necessária aqui também a coordenação do projeto da SE como o das LTs aéreas e subterrâneas a
ela ligadas para minimizar a elevação do potencial de terra na SE causado por curtos para terra.
Salienta-se que, dentro da área do pátio de manobras, a rede de terra deve assegurar uma zona
equipotencial, devendo a ela serem ligados todos os elementos metálicos existentes na área, sejam
externos (estruturas, cercas e grades) ou no interior das edificações. Deve ser estudada a
necessidade de estender aquela zona a cercas e estruturas metálicas nas imediações da SE, caso
possam nelas ser introduzidas tensões perigosas.
Como a resistência de uma camada superficial de pedra britada diminui com o passar do tempo pela
acumulação de poeira e detritos, não é aconselhável levar em conta essa camada como meio de
reduzir as tensões de passo e de toque. Assim, a mesma poderá ser eliminada nos locais onde a
brita seja de má qualidade, escassa ou de preço elevado, efetuando-se um acabamento com outro
tipo de camada permeável.
Normalmente, os eletrodos de aterramento têm sido, em SEs de EAT, com condutores de cobre,
hastes de aço revestido de cobre e conexões por solda exotérmica, para evitar corrosão e assegurar
Malha de Terra e Aterramento 7 / 180
longa vida útil. Entretanto, isto pode conduzir à corrosão de outros metais enterrados nas
proximidades: tubulações e eletrodutos de aço, capas de chumbo, devendo serem tomadas medidas
de proteção adequadas (proteção catódica ou aplicação de pinturas e revestimentos) envolvendo
tubulação com areia. O uso de eletrodos de aço, comum ou galvanizado, viabilizaria tal problema,
mas acarretaria os seguintes inconvenientes:
Necessidade de proteção catódica para evitar corrosão do eletrodo de aço comum, redundando
em custos suplementares que podem exceder a economia com a substituição do cobre também
ocasionando, com uso de anodos de sacrifício, a necessidade de verificação e substituição dos
mesmos após alguns anos.
Uso de bitolas muito grandes, devido à baixa condutividade do aço e às altas correntes para
terra que ocorrem em SEs EAT.
Já foi proposto superdimensionamento das bitolas dos condutores de aço para levar em conta a
redução de diâmetro pela corrosão catódica; isto pode ser aceitável se for bem conhecida a
composição química do solo e seus prováveis efeitos corrosivos sobre o aço e ficaria sujeito a
confronto econômico com uso de eletrodo de cobre (havendo variação dos preços relativos do aço e
do cobre, este confronto precisa ser efetuado caso por caso na ocasião oportuna).
IK
E
P
Fig. 1.1
O potencial de passo pode ser calculado em função do circuito elétrico da figura a seguir.
E P ( RC 2 RK ) I K
RK = S. hS / rS2 ; RK = S. 0,06/ 3,1416 x 0,082 ; RK = S. 0,06/ 3,1416 x 0,0064
RK = S . 0,06 / 0,02
RK = 3S
0,116
IK [A] Corrente máxima de não fibrilação
t
IK
EP
I N RK RC
Fig. 1.2
ET
IK
POTENCIAL DE TOQUE
E t RC R K / 2 I K
E t 1000 3 s / 2 0,116 / t
3 s
E t 1000 0,116 / t 3 0,116 s / 2 t ; Et 0,116 / t 1000
2
116 0,17 s
E toque
t
IK
ET N RC
RK
Fig. 1.4
C P P C
1 1 2 2
h
d d d
Fig. 1.5
= 2 d r ( . m)
= Resistividade do solo
d = 1,2,4,8,...,2n (m) – Até o maior espaçamento entre eletrodos possível (da ordem da maior
dimensão da instalação).
h = 50 cm
1.3.1. Cabo
O cabo mais utilizado na malha de terra da subestação é o de cobre nu, cuja bitola varia de 70 mm 2
(2/0 AWG) a 240 mm2 (500 kCM), têmpera mole ou meio dura, formação 19 ou 37 fios e fornecido
em bobinas de 250 a 2.000 m de comprimento.
CABO TERRA
Fig. 1.6
O reaterro do cabo deve ser executado no mesmo dia do lançamento se possível, para evitar o furto
dos mesmos. Quando se efetua o lançamento da malha, antes da execução das obras civis, nos
pontos de subida dos cabos para conexão aos equipamentos, deve-se deixar uma quantidade de
cabos de comprimento suficiente para fazer a conexão ao terminal do equipamento, devidamente
enrolado e apoiado em uma estaca para evitar sujeiras e danos.
Fig. 1.7
As hastes de terra hoje utilizadas em aterramento de subestações são de aço, revestidos a quente
por uma camada de cobre. Desta combinação resulta um material de grande resistência mecânica,
resistente à corrosão e com excelente condutividade. Uma das extremidades é ponteaguda para
facilitar a introdução no solo por percussão.
AÇO COBRE
COBRE
AÇO
ROSCA ROLETADA
Standard Prolongável
Fig. 1.8
As hastes são fornecidas em tamanhos padronizados de 1.5, 2.0 e 3.0 m de acordo com o fabricante,
e nos diâmetros de 9.5 a 25,4 mm. Caso seja necessário instalar hastes mais profundas pode-se
lançar mão do tipo prolongável, que vem com uma extremidade rosqueada, para permitir o
acoplamento de outra haste através de luva de emenda.
Cravação da Haste
Alguns fabricantes fornecem as hastes de terra chanfradas em uma das extremidades, de maneira
que, ao serem cravadas, através de golpes de marreta, martelo, etc., as mesmas sofrerão em
esmagamento que, porém não deverá ultrapassar o diâmetro nominal da haste, não prejudicando a
utilização dos moldes. Outros fabricantes, porém, não fornecem a haste chanfrada, necessitando de
um dispositivo para cravação a ser feito na obra.
DISPOSITIVO
DE CRAVAÇÃO
10
10
PEÇA DE AÇO
HASTE
10
DE TERRA
O HASTE
+ 0,5mm
Fig. 1.9
O dispositivo acima permite a cravação da haste sem que a mesma sofra um esmagamento o que
dificultaria a utilização de conectores e moldes de solda.
1.3.3. Conectores
Os conectores para aterramento são utilizados para todas as ligações aéreas dos cabos de
aterramento aos equipamentos e estruturas metálicas.
O processo de solda exotérmica para conexões elétricas é um sistema simples, inteiramente portátil
e eficaz, para soldar cobre a cobre e cobre a aço, sem necessidade de utilizar energia externa. As
conexões exotérmicas utilizam elevadas temperaturas, geradas pela reação do óxido de cobre e
alumínio em pó. Quando a reação exotérmica se efetua num molde semi-permanente de grafite, o
cobre em estado líquido, superaquecido, flui sobre os cabos a serem conectados, fundindo-os um ao
outro, resultando uma solda molecular. Este processo é utilizado para soldar cobre a cobre e também
a outros metais para fins elétricos, tais como: aço inox, aço comum, latão, bronze e aço galvanizado.
2 1
1 – MOLDE
4 2 - PÓ DE PARTIDA (CÔR DE PRATA)
3 - PÓ DE ÓXIDO
4 - DISCO METÁLICO
5 5 - CANALETA
6 - CÂMARA DE SOLDAGEM
7 - CABO
6
7
VISTA DO CORTE DO MOLDE DE GRAFITE
Fig. 1.10
As conexões exotérmicas são indicadas para todas conexões subterrâneas ou as que têm
possibilidade de retenção de umidade, que por sua ação poderá oxidar os pontos de contato e por
conseqüência criar uma zona de corrosão. Este tipo de conexão, não é afetada pelas variações de
corrente, pois em testes efetuados, demonstrou-se que os cabos fundem-se antes das conexões
quando submetida a elevada corrente de curto circuito. As conexões não se desprendem e não
sofrem a ação da corrosão no ponto de soldagem, pois não há superfície de contato ou pressões
envolvidas. Uma conexão exotérmica torna-se parte integrante dos condutores.
Fig. 1.11
Este tipo de conexão também tem uma grande resistência mecânica, mesmo quando sujeita a tração
e torção.
1.3.4.2.1. Molde
A vida útil de um molde é de 30 soldas, dependendo dos cuidados que recebam, este número pode
ser muito maior. Nunca utilize objetos ponteagudos ou cortantes para a limpeza da câmara ou dos
canais do molde. A região dos moldes onde ocorre maior desgaste é a dos canais onde são
colocados os condutores. Freqüentemente, o desgaste é devido ao uso de cabos tortos, excêntricos
ou a tratamento brusco. Para maior durabilidade, o molde pode ser fornecido com placas especiais,
chamadas placas de desgaste.
Com o uso prolongado os moldes deixam escorrer parte do material fundente, ocasionando uma
solda de má qualidade. Pode-se evitar este fato antes de se trocar o molde, utilizando-se massa de
vedação adequada, aumentando desta forma a vida útil do molde.
Em algumas situações, poderá ocorrer que a conexão a ser executada, seja com condutores já
instalados (casos de ampliações) e, neste caso, estão profundamente oxidados, cuja limpeza não é
possível pelos meios convencionais. Nestas circunstâncias, aplica-se um molde especial de maior
capacidade de carga, chamado “Heavy Duty”, que utiliza um cartucho maior do que o indicado no
molde “Standard”. O calor real da reação não é aumentado, mas sim prolongado, permitindo a
queima total da oxidação.
TAMPA DO MOLDE
MOLDE
FOLGA DE ± 3 mm
CABO
HASTE
Fig. 1.12
O aterramento dos equipamentos deve ser feito de acordo com os desenhos padronizados para cada
equipamento.
Desta forma, os cabos são puxados de sua posição inicial, para que o conector do aterramento
possa conectá-lo, deformando o cabo e muitas das vezes arrancando a fixação. Assim sendo, deve-
se prever um colo no cabo, uma altura de 1 m da brita, utilizando uma fixação a mais, facilitando a
colocação do cabo de aterramento. (figura abaixo).
CABO DE ATERRAMENTO
BRAÇADEIRAS
COLO NO CABO
+ 100 cm
NÍVEL DA BRITA
Fig. 1.13
1.5.1. Finalidade
Fixar os critérios e procedimentos a serem adotados para medição da resistência de aterramento dos
sistemas de terra de subestações, estações de microondas, torres, etc.
Ao se efetuar a medição, os cabos pára-raios das linhas deverão preferivelmente estar isolados da
malha de aterramento da subestação. O relatório em todos os casos deverá especificamente
mencionar se os cabos estavam ligados à malha ou isolados da mesma por ocasião do teste.
Deverá ser evitado que o condutor de teste que une o terminal P2 do Megger à haste seja estendido
paralelamente a uma linha de transmissão ou de distribuição.
A medição deverá ser feita preferencialmente em dia no qual o solo se apresente seco. O tempo e o
estado do solo deverão ser descritos no relatório de teste.
Deverá ser retirada uma amostra do solo no local que corresponde ao ponto de cravamento da haste
P2 da primeira leitura. Esta amostra, pesando aproximadamente 1 kg, deverá ser retirada de cerca
de 60 cm de profundidade para a determinação da umidade do solo. A amostra deverá ser pesada
inicialmente e represada após ser totalmente seca. A percentagem de umidade do solo será dada
pela expressão:
A maioria dos “Meggers” é de quatro terminais (dois de corrente e dois de potencial). Para a
utilização deste aparelho deve-se curto-circuitar os terminais C1 e P1. Estes terminais, ao serem
curto-circuitados, fazem o papel do terminal comum de corrente e tensão dos “Meggers” de três
terminais.
Antes de efetuar cada leitura, para os “Meggers” que possuam ajuste, deve-se proceder a uma
operação denominada “zerar” o aparelho, que é a seguinte: Após efetuar todas as ligações, coloque
o botão seletor de escalas na posição ajuste. Acionando a manivela, gire o botão de ajuste até que o
ponteiro esteja sobre uma marca vermelha existente no mostrador. Com este procedimento, o
“Megger” está “zerado" e pode ser feita a medição.
Muitas vezes, correntes de fuga, poderão provocar oscilações no ponteiro do aparelho. Em tais
casos será suficiente aumentar ou diminuir a velocidade da manivela do Megger para se conseguir
uma leitura estável.
É absolutamente necessário que durante a medição as hastes estejam firmemente cravadas no solo,
ainda que, para isso, seja necessário cravar a mais de 60 cm.
“Megger” de terra de 3 ou 4 terminais. Não há restrição quanto ao tipo e/ou fabricante. Entretanto,
caso seja possível, é conveniente a utilização de um “Megger” que possua ajuste para compensar as
resistências de contatos dos eletrodos contra o solo, bem como, as dos cabos utilizados na medição.
Caso “Megger” utilizado não possua ajuste, deverão consultar o catálogo do fabricante a fim de
efetuar as correções a serem feitas nos valores de resistência lidos.
Dois eletrodos constituídos de tubos de aço revestidos com cobre, de 1,87 a 2,54 cm de diâmetro,
comprimento aproximado de 80 cm, superfície externa limpa e seca.
Três cabos isolados, sem emendas, bitola mínima 4 mm2 (10 AWG) com boa flexibilidade para
facilidade de manuseio. As extremidades a serem ligadas ao “Megger”, devem ter “plugs adequados.
As extremidades a serem ligadas ao terminal de teste e aos eletrodos, devem ter grampos
aparafusáveis de preferência. Na falta destes, podem ser utilizadas garras de pressão (jacarés).
Todo pessoal que estiver acompanhado os testes devem estar bem a par da possibilidade de
surgirem surtos de tensões elevadas (capazes de matar) nos condutores compridos de teste, quando
estes são aterrados em um lado (durante as falhas).
Por exemplo, se ocorrer uma falha cuja corrente para a malha de terra seja da ordem de 5000 A e a
resistência da malha de terra é de 0,5 ohms, a diferença de potencial entre a malha e terra num
ponto distante será de 2500 V. A probabilidade da ocorrência de uma falha durante o pouco tempo
dos testes, é pequena, porém existe. Por isso, deve-se tomar as seguintes precauções:
Nenhuma medida deverá ser feita se o tempo estiver ruim com ocorrência de descargas
atmosféricas na estação ou ao longo de uma das linhas associadas a subestação. Pois a
possibilidade de falhas nestas circunstâncias é maior.
Os terminais dos condutores devem ser isolados da terra até que estes condutores sejam
colocados na sua posição final. Quando um lado for aterrado, o outro deve ser aterrado tão
rápido quanto possível. Precauções similares devem ser tomadas quando os terminais de teste
forem desligados.
O uso de luvas de borracha devidamente testadas, do tipo usado para realizar trabalhos em
linhas de distribuição, é altamente recomendável.
Em hipótese alguma deve ser permitido que as mãos ou outras partes do corpo completem o
circuito entre os pontos cuja diferença de potencial possa atingir valores elevados.
Durante as medições, o espaço entre os eletrodos de corrente e potencial deve ser isento de canos,
trilhos, cabos, condutores providos de blindagem e cabos de terra. Os eletrodos devem ser
distanciados pelo menos 100 m desses condutores ou do ponto onde esses condutores são
aterrados.
Deverão ser feitos todos os esforços para ser obedecida a distância entre o ponto de teste e o
eletrodo de corrente indicada no procedimento a seguir, uma vez que, a correção das medidas
depende da mesma. Caso seja totalmente impossível atender a esse requisito, poderão ser utilizadas
distâncias menores, porém, os resultados deverão ser submetidos à apreciação do órgão de projeto,
assinalando-se no relatório as distâncias adotadas no teste.
Coloque o “Megger” próximo ao terminal de teste a ser utilizado e ligue os terminais curto-circuitados
do “Megger” a esse ponto. É desejável que esse ponto fique na periferia da malha de terra.
Enterre o eletrodo de potencial (P2 móvel) a uma profundidade de 60 cm para cada uma das
medições que serão feitas em pontos ao longo da direção escolhida de acordo com o item anterior.
Este eletrodo de potencial não deverá nunca ser cravado a menos de 10 m da cerca da subestação.
Mantendo fixo o eletrodo de corrente (C2 fixo), varia a distância entre o eletrodo de potencial (P2
móvel) e o ponto a ser medido de 15,30, 45, 60, 65 e 80% da distância entre o eletrodo de corrente e
o ponto de teste e efetue as leituras para cada um desses pontos, não esquecendo antes de ter
“zerado” o aparelho e de estar trabalhando numa escala conveniente.
Estas leituras devem ser anotadas numa tabela. Um vez preenchida a tabela, deve-se confeccionar
um gráfico, onde nas abscissas fiquem as distâncias e nas ordenadas, as respectivas resistências
lidas.
Curva A – é a curva correta a ser obtida neste procedimento de medição. Mostra as influências do
potencial da malha e do eletrodo de corrente em suas extremidades e a área “sem influência” na
parte central da curva representa o valor da resistência para terra no ponto considerado.
Curva B – Medição errada – O eletrodo de corrente está muito próximo da subestação ficando dentro
da esfera de influência do aumento de potencial da malha de terra ou há acoplamento mútuo entre o
eletrodo de corrente (C2) e de potencial (P2).
Se for obtida a curva B deverá ser repetido o procedimento com distâncias maiores entre o ponto de
teste e o eletrodo fixo de corrente na tentativa de obter-se a curva A que é a correta.
Para cada subestação deverão ser fornecidos os seguintes dados e resultados das medições:
Temperatura ambiente;
Marca do aparelho;
Tipo do Aparelho;
C2 P2
C 1 P1 C2 P2
MEGGER
(TERRÔMETRO)
60
c
ELETRODO ELETRODO m
FIXO MÓVEL
45
P2 (VARIÁVEL) 60
CENTRO DA
MALHA
D 65
MAIOR DIMENSÃO 80
LINEAR DA MALHA
D
DE TERRA Valor da Resistência
no ponto (ohms)
Resist.
(ohms)
B A
DISTÂNCIA
P2 P2 (% de D)
ESQUEMA DE MEDIÇÕES
Fig. 1.14
EXERCÍCIOS
a) Orgânico alcalino
b) Inorgânico ácido
c) Orgânico ácido
d) Orgânico básico
a) 50 cm
b) 60 cm
c) 80 cm
d) 100 cm
a) Aço inoxidável
b) Cobre
c) Grafite
d) Alumínio
10. Durante a execução das medições de resistência de aterramento, os eletrodos devem ficar
distanciados de condutores ou cabos de terra de quantos metros, no mínimo?
a) 10
b) 50
c) 100
d) 200
2.1. INTRODUÇÃO
Transformar um diagrama elétrico unifilar em uma subestação confiável e operante é uma tarefa
complexa onde pode passar facilmente despercebida a importância e economia associada a algo tão
básico quanto a escolha do tipo de estrutura mais adequada.
Decidir qual material usar é fundamental para a economia neste item. Existem ocasiões em que o
concreto poderia ser o mais adequado, mas para as subestações de grande porte ou quando existe a
perspectiva de ampliações futuras utiliza-se o metal.
São empregados dois tipos de armações para as peças de concreto armado: concreto protendido
(cabos tensionados) e concreto com armadura convencionais.
O concreto protendido possui uma boa resistência, permitindo a obtenção de peças esbeltas,
principalmente para trabalho à flexão. Não é, no entanto, muito indicado para postes de linhas de
transmissão, pois é pouco resistente aos choques.
Um dano de pequena porção em uma peça pré-tensionada leva a sua destruição total.
As estruturas de concreto para pórticos e suportes de concreto para equipamentos nas tensões de
13,8 a 500 kV podem ser adquiridas de fabricantes como a CAVAN.
Os suportes de concreto são normalmente fabricados pela obra, o que não ocorre com os pórticos
em função da maior responsabilidade e dos estudos de cargas envolvidos. Eles podem ser
concretados no local ou pré-moldados em canteiros montados especialmente para esta finalidade na
obra. O segundo processo apresenta como vantagens menores custos e maior velocidade de
produção. A opção entre os processos deve levar em conta a quantidade de suportes a serem
fabricados, o prazo, o consumo de material e mão-de-obra envolvida.
Fig. 2.1
As estruturas e suportes em ligas de alumínio ainda não são utilizadas por FURNAS, mas a sua
utilização tomou-se possível após a última revisão em 1990 da especificação de montagem
eletromecânica, EP 5006.
As ligas de alumínio são bastante utilizadas na fabricação de torres de linha de transmissão, pórticos
e suportes de equipamentos na Europa e nos Estados Unidos onde existem subestações e linhas de
transmissão com quase 40 anos operando em tensões de até 450 kV.
Em uma análise comparativa entre aço galvanizado e alumínio deve-se dar prioridade ao item custo-
benefício e não apenas ao custo inicial. Embora o custo por quilo de matéria prima seja superior ao
do aço galvanizado, o peso final da estrutura de alumínio é cerca de 60% mais leve, o que compensa
em parte o seu maior custo.
Transporte: a torre de alumínio é 60 % mais leve e, portanto, são necessárias menos carretas
para o transporte, reduzindo os custos e tempo de carga e descarga.
Manuseio: Pesando aproximadamente 1/3 do aço, muitas peças podem ser transportadas e
montadas mais rapidamente, manualmente ou usando equipamentos de menor capacidade e,
portanto, menor custo.
Correções: as peças podem ser serradas ou furadas mais facilmente e dispensam tratamento
antiferrugem.
Vida útil: superior à do aço galvanizado. Dispensa pintura devido à presença de uma camada de
óxido inerte na sua superfície, o que possibilita seu uso em condições abrasivas e corrosivas,
onde outros materiais não logram sucesso.
Resistência mecânica: equivalente à do aço. Duas torres protótipo tipo L6, com 39 metros de
altura, projetadas pela SCA Engenharia e fabricadas pela Divisão Alusud Engenharia foram
testadas e aprovadas de acordo com a norma, obtendo portanto homologação.
A estrutura treliçada típica é formada por uma série de chapas dobradas aparafusadas, formando
uma série de ângulos, de tal forma que os vãos sem apoio entre os parafusos, são bastante curtos. É
mais leve e resistente que a estrutura em perfil metálico, necessitando, porém, muito mais porcas,
arruelas, parafusos, tempo e mão-de-obra para sua montagem.
A estrutura em perfil metálico exige maior quantidade de material para fazer o mesmo trabalho da
estrutura treliçada, embora a quantidade de peças seja bem menor. Os vãos sem apoio neste tipo de
estrutura tendem a ser compridos e, desta forma, sujeitos às torções e deflexões muito grandes.
Para compensar, são usadas seções grandes, o que torna a estrutura mais pesada, porém, mais
agradável esteticamente do que um projeto que utilize estruturas treliçadas. A montagem é mais
rápida e exige menos mão-de-obra para execução dos serviços.
As estruturas tubulares para pórticos de subestações também ainda não são utilizadas no Brasil,
mas para suportes de equipamentos já são utilizadas pela CESP. São fabricadas em chapas de aço.
Na análise de deflexão sob condições severas de carga, mostrou ser mais flexível aos esforços do
que as estruturas treliçadas. Embora seu custo inicial de fabricação seja mais elevado quando se
analisam os custos totais envolvidos, torna-se competitiva por apresentar as seguintes vantagens em
relação à estrutura treliçada:
As estruturas treliçadas exigem muita mão-de-obra em função das centenas de peças e milhares
de parafusos a serem montados no local enquanto uma estrutura tubular em H que poderia ser
utilizada para pórtico possui doze seções e 24 parafusos.
Embora muita gente ainda acredite que devido aos seus custos, este tipo de estrutura seja mais
utilizada para fins de redução do impacto ambiental em determinadas áreas ou para redução da
largura de faixas de servidão. No caso de linhas de transmissão, o estudo da Central Power & Light
Company, para construção de uma linha de 345 kV, com 120 km de comprimento, inicialmente
operando em 138 kV, atravessando a região de King Raunch, no sul do Texas, mostra que os seus
custos são compatíveis com os da estrutura treliçada.
2.5. ARMAZENAMENTO
O recebimento e conferência das peças deverão ser feitos pelo almoxarifado com apoio da área
técnica, utilizando para isto, os romaneios, desenhos e listas de materiais do fabricante.
Estruturas e suportes devem ser separados pelo seu tipo, identificadas com placas de madeira
pregadas em pontaletes para facilitar sua localização.
No descarregamento deverão ser usados estropos de aço protegidos com mangueiras ou câmaras
de ar para evitar danos à galvanização. As peças deverão ser armazenadas sobre pontaletes de
madeira com as abas das treliças viradas para baixo para evitar a aderência de lama e sujeira, de
forma que o código de identificação esteja facilmente visível.
As caixas com porcas, parafusos e arruelas poderão ser armazenadas no campo ou na área do
almoxarifado, a critério da fiscalização. No lado externo, o fornecedor indica o tipo de material,
dimensões e quantidades aproximadas.
Antes de iniciar os serviços de montagem das estruturas e suportes metálicos é necessário certificar-
se de que todos os projetos do fabricante e listas de materiais foram recebidos. Verificar na relação
de desenhos de referência constante em cada desenho, se algum desenho relacionado não foi
recebido.
Os projetos e listas de materiais deverão ser confrontados para antecipar qualquer divergência
quanto a comprimento de parafusos, quantidades de porcas e arruelas, que se descobertas
posteriormente, poderão atrasar a execução dos serviços de montagem
Os serviços de montagem das estruturas começam pela análise dos projetos. Todos os projetos de
fundações dos equipamentos, de localização dos pórticos e suportes de equipamentos deverão ser
conferidos para ver se são compatíveis. Descobrir uma divergência depois das fundações
concretadas pode gerar atrasos na obra e custos de correção bastante onerados.
Os diâmetros dos chumbadores e a sua posição devem ser verificados e conferidos com o desenho
das sapatas das estruturas e suportes.
Muitas vezes, a encomenda dos chumbadores é diferente da encomenda das estruturas e suportes.
Deve-se, sempre que possível, antecipar o recebimento dos chumbadores e verificar se a data de
recebimento não prejudica os serviços de montagem e cuidar para que eventuais atrasos de entrega
também não comprometam os prazos de montagem.
Para facilitar a concretagem de chumbadores e evitar que saiam da posição durante a vibração do
concreto, deve-se providenciar a execução dos gabaritos metálicos que facilitem a sua colocação e
soldagem nas ferragens das fundações.
Deve-se tomar cuidado na locação e orientação dos chumbadores para evitar que sejam concretados
na posição incorreta ou fora de prumo, e, principalmente checar o projeto civil com o do fabricante
para verificar se são compatíveis.
Normalmente, o erro permitido na locação de chumbadores é de 3 mm. Estes deverão ser colocados
juntamente com a armação da fundação, conferidos topograficamente e soldados à armação. A
rosca deve ser adequadamente protegida contra danos e corrosão.
Na figura abaixo temos a posição dos chumbadores no suporte de concreto, de acordo com, o
desenho civil e a posição em que deveriam estar, de acordo com, o desenho do fornecedor do DCP.
Fig. 2.2
Na maioria das vezes, estes erros não interferem nos serviços de montagem e muitas vezes peças
com problemas são montadas provisoriamente até serem substituídas pelo fabricante. No caso de
montantes, como no exemplo acima, a “t” montagem sequer pode ser iniciada, por isso, é importante
conferir os desenhos com o material recebido antes dos serviços.
2.7. MONTAGEM
A montagem das estruturas metálicas sobre as bases de concreto niveladas deverá iniciar, no
mínimo, sete dias após a concretagem, a menos que sejam utilizados aditivos no concreto para
aceleração da sua cura.
Os métodos e meios de execução dos serviços serão de livre opção da empreiteira, sujeitos,
entretanto, as sugestões e aprovações da fiscalização e o prazo deverá estar de acordo com os
cronogramas de execução, que são feitos baseados na experiência da fiscalização e informações
dos bancos de dados.
As estruturas poderão ser pré-montadas no solo, parcial ou na sua totalidade, apoiadas sobre
pontaletes de madeira nivelados com no mínimo 50% dos parafusos colocados e porcas colocadas.
Os parafusos deverão estar parcialmente apertados de modo a manter o conjunto semi-rígido e
facilitar a sua montagem sobre os chumbadores ou encaixe em outras seções.
Correções como cortes nas peças, alargamento de furos existentes utilizando limatão, a abertura de
furos, utilizando-se uma furadeira elétrica e brocas adequadas, danificam a galvanização e só
poderão ser executados com autorização da fiscalização.
Antes de iniciar o içamento, as estruturas deverão ser limpas removendo-se toda a lama e
incrustações de terra e graxas. A montagem mecânica das estruturas e suportes deverá ser feita
utilizando guindaste com capacidade de carga e comprimento de lança adequados. Para peças leves
pode-se usar estropos de nylon.
Para peças pesadas, estropos de aço. Para evitar danos à galvanização das estruturas, os estropos
deverão ser envolvidos em câmeras de ar, tubos de borracha ou pneus. A montagem manual é feita
usando-se falcões, carretilhas, tirfor, catracas e cabos de nylon e de aço para içamento dos
componentes.
No içamento das estruturas metálicas deve-se escolher o lado mais reforçado para içamento da
seção. Ao colocar o conjunto formado pela sapata e montante sobre os chumbadores, deve-se tomar
cuidados especiais para que a sapata não estrague a rosca do chumbador, o que causará problemas
na colocação das porcas.
As sapatas das estruturas e dos suportes metálicos deverão ter todas as suas porcas rosqueadas
até o fim dos chumbadores para evitar o arrancamento no caso de ventos fortes. Após a colocação
dos montantes sobre os chumbadores, deve-se executar o aterramento provisório do mesmo ou
definitivo usando os conectores de projeto.
Após a conclusão da montagem das colunas suportes, as vigas serão pré-montadas no solo,
apoiadas sobre pontaletes de madeira nivelados para evitar seu empenamento, com todas as
treliças, cavalotes para as cadeias de isoladores, e parafusos com suas respectivas porcas
parcialmente apertadas.
No içamento não poderão ser utilizados peças adicionais soldadas ou dispositivos que danifiquem a
galvanização. Deve-se observar sempre que o parafuso utilizado seja o especificado em projeto,
principalmente quanto ao comprimento para que não haja faltas. A substituição dos parafusos
incorretos pelos corretos acarreta custos extras e retardam a conclusão dos serviços.
No caso de divergência o encarregado deve estar ciente que deve avisar a fiscalização para sanar o
problema. Deve-se tomar cuidado para não submeter qualquer componente a esforços maiores do
que aqueles para os quais foi projetado.
Após o travamento das vigas nos pórticos, os parafusos são reapertados e as vigas niveladas com
teodolito para o reaperto final de todos os parafusos. Os parafusos devem ser colocados de forma
que as respectivas porcas fiquem sempre para o lado de fora da estrutura. Os parafusos degraus
devem ser instalados sempre na mesma posição em todas as estruturas.
Concluída a montagem, executa-se a revisão e reaperto final de todos os parafusos com torquímetro
de estalo. As estruturas e os suportes deverão estar alinhados, e nivelados, rigorosamente no eixo.
O comprimento livre das roscas dos parafusos devem ficar entre 3 a 4 mm. Para evitar que se
afrouxem, são utilizados palnuts ou pontear as roscas dos parafusos a 120 graus.
Além dos desenhos, o fabricante fornece uma lista com informações detalhadas de todas as peças
que compõem as estruturas e suportes metálicos e lista de parafusos conforme tabela abaixo:
MENDES JUNIOR INDUSTRIAL
SIMBOLOGIA USADA NA LISTA
1- ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS
L – Cantoneira CP - Chapa perfurada
LD - Cantoneira de aba desigual CH - Chumbador
C - chapa lisa TI - Tubo
U - Perfil U D - Perfil de chapa dobrada a frio
I - Perfil I BC - Barra chata
H - Perfil H BQ - Barra quebrada
S - Perfil soldado T - Perfil T
BL - Barra redonda GR - Grade
CX - Chapa xadrez TR - Trilho
CE - Chapa expandida Conforme anotado no desenho
2- ESPECIFICAÇÃO DE PARAFUSOS E FERRAGENS
P – Parafuso PN Palnut
PR – Porca FD - Parafuso degrau
PQ - Porca quebrada PE - Parafuso especial
A - Arruela quadrada lisa CV - Cavalote
AP - Arruela de pressão MA - Manilha
AC - Arruela em cunha GU - Grampo U
AR - Arruela redonda lisa MN - Mancal
CA – Calço Conforme anotado no desenho
3- QUALIDADE DOS MATERIAIS
S - ASTM A36 M - mtu ser 36 – A
H - ASTM A 572 GRAU 50 T - MTU SAC 50
C - ASTM A307 MTU SAR 60 – RA ou RB
B - ASTM A325 L - St 37
P - ASTM A394 L - St 52
A - ASTM A120 V - RRST 523
Q - ASTM A196 D - DIM 2440 / DIM 2448
Y - SAE 1010 I - CA25
C - SAE 1020 F - CA 50
R - SAE 1015 O - Comercial
F - SAE 1051
4- ACABAMENTO DOS MATERIAIS
N – Natural
G - Galvanizado
S - Sobregalvanizado
P – Pintado
E - Galvanizado pintado
Tabela 2.1
O chumbador indicado para a estrutura também consta do desenho. Neste caso, o chumbador
utilizado é o I-10-150. A tabela a seguir, permite identificar o código.
GALVANIZADO
GALVANIZADO
GALVANIZADO
ROSCA
ROSCA
ROSCA
d1 d1 d1 d1
d d d d
A
A
L
R
R Ø
R
A tabela a seguir, fornece os pesos dos diversos chumbadores tipos I e II que são os mais utilizados.
PESO APROXIMADO DO CHUMBADOR COMPLETO (kg)
EXERCÍCIOS
2. O peso final de uma estrutura de alumínio é mais leve que a de aço em cerca de:
a) 20%
b) 40%
c) 60%
d) 80%
a) Correção
b) Manutenção
c) Vida útil
d) Resistência mecânica
a) 1 mm
b) 3 mm
c) 5 mm
d) 10 mm
a) 3 dias
b) 5 dias
c) 7 dias
d) 10 dias
Preparação
Um dos primeiros procedimentos a ser adotado pela fiscalização deverá ser o levantamento de todos
os desenhos recebidos. Normalmente, cada desenho possui uma relação de desenhos de referência.
Cruzando-se estas informações é possível determinar os desenhos faltantes. Outra forma de se
verificar se todos os desenhos já foram recebidos ou se estão com prazos de entrega vencidos é
através da programação de entrega do projetista. Ali, consta o título de cada desenho, seu número e
a data prevista para entrega.
Cada desenho também possui uma lista com a descrição detalhada de cada material a ser utilizado.
Dependendo do projetista esta lista pode fazer parte do próprio desenho, relacionando apenas os
materiais utilizados no trecho do barramento mostrado.
É através dos desenhos e listas de materiais que iremos tomando conhecimento dos materiais que
serão utilizados e fazemos um levantamento para evitar faltas que atrasem o andamento dos
serviços.
REQ nº: número da Requisição de compra emitida pelo órgão de projeto. Devido ao uso freqüente,
muitos materiais fazem parte de uma listagem chamada "Materiais de Uso Corrente", e são supridos
por um almoxarifado regulador. O número na coluna de notas é o código que o identifica e através do
qual ele pode ser pedido. Outros materiais são adquiridos para uso específico e apenas nas
quantidades necessárias. Este tipo de material deve ter sua quantidade cuidadosamente levantada,
pois no caso de falta, pode ser de difícil reposição. Outro cuidado a ser tomado é quanto à
distribuição. Muitas vezes estes materiais são adquiridos para diversas obras e o material em
excesso em uma obra pode estar faltando em outra ou vice-versa.
Notas: coluna a ser preenchida com o código do material (no caso de material do uso corrente), data
de entrega do material entregue por encomenda, ou observações do tipo: material a ser adquirido
pela obra (aquisições de pequeno volume ou custo como fita isolante cordonê, fita crepe, lixa, álcool
etc).
FABRI-
ITEM QUANT. DESCRIÇÃO REQ. Nº EO Nº NOTAS
CANTE
Manilha, aço carbono; galvanização
por imersão a quente; diâmetro da
seção 16 mm, comprimento útil 90
Uso
101 16 pç mm; abertura 22 mm, raio 19 mm; 5760-005-1060-1
corrente
parafusos diâm. 16 mm com porca e
contrapino; carga de ruptura 11.350
kgf;
Garfo-bola, aço carbono; galvani-
zação por imersão a quente; com-
primento útil 75 mm, garfo compri- Uso
102 12 pç 5760-005-1119-5
mento útil 40 mm e abertura 25 mm; corrente
parafusos siâmetro 16 mm com
porca e contrapino; bola padrão
Chapa extensão, aço carbono;
galvanização por imersão a quente;
comprimento útil 100 mm, espessu-
Uso
103 18 pç ra 13 mm; largura 44 mm; 2 furos 5760-010-3434-6
corrente
diâmetro 21 mm; carga de ruptura
9.000 kgf, desenho Furnas RA4-
23470
Tubo em liga de alumínio diâmetro 6
104 45 m pol. iIPS, em varas de 9 metros, 222-2360 2.155708 Alcoa 09/05/88
SCH 40
Tabela 3.1
ITEM
ITEM QUANT. DESCRIÇÃO CÓDIGO
LM
Normalmente, não se representam no desenho dos vãos todos os componentes de uma cadeia de
isoladores. O projetista desenha o símbolo e indica “cadeia de isoladores tipo A, ou tipo 801". Para
se ver todos os componentes em detalhes, é preciso se ter os desenhos do fabricante ou de
padronização da companhia.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Fig. 3.1
Fornecem informações sobre os materiais a serem utilizados para compor as ferragens como:
terminais aparafusados, a compressão, isoladores, ferragens etc. São fundamentais para conferência
no recebimento do material pelo almoxarifado.
DIMENSÕES E DADOS DAS FERRAGENS: OLHAL BOLA - NORMAL
ENGATE DIMENSÕES CARGA DE PESO
CÓDIGO
(mm) L E B C RUPTURA (kg) (kg)
EB – 16 16 92 15 22 50 12.000 0,36
EB – 18 18 92 15 22 50 15.000 0,38
EB – 20 20 115 17 25 60 21.000 0,60
EB – 24 24 160 21 35 85 30.000 1,33
Tabela 3.4
Para facilitar o controle, recebimento e entrega de materiais, pode-se organizar uma tabela
relacionando os componentes dos diversos tipos de cadeia de isoladores.( obs: preenchido apenas
colunas das cadeias tipo A,D e H).
CADEIA - TIPO
MATERIAL TOTAL
A B C D E F G H
Isolador de disco vidro temperado 48 0 0 24 0 0 0 24 96
Jogo de anéis anti-corona tipo tensão simples 1 1
Jogo de anéis anti-corona tipo tensão duplo 1 1
Jogo de anéis anti-corona tipo suspensão 1 1
Chapa de extensão 100 mm 1 4 5
Chapa de extensão 200 mm 2 2
Parafuso ¾ 3 x 3" 4 2 6
Elo 50.000 lbs 1 1
Elo 35.000 lbs 1 1
Manilha 25.000 lbs 1 1
Garfo boleto 2 1 1 4
Concha garfo longo 2 2
Concha garfo curto 1 1
Jugo superior 50.000 lbs 1 1
Garfo-olhal 1 1
Jugo superior 50.000 lbs 1 1 2
Garfo-olhal 2 2
Jugo superior 30.000 lbs 2 2 4
Grampo tensor tubular 2 2 4
Corpo de alumínio para grampo tensor 2 2 4
Terminal tubular reto 1 1
Grampo de suspensão 1 1
Tabela 3.5
Cadeias isoladoras é o nome dado ao conjunto de isoladores e ferragens utilizados para manter o
afastamento necessário entre os barramentos energizados e o potencial terra.
3.3.1. Isoladores
Para alta tensão, AT (500 kV) e extra alta tensão, EAT (800 kV), geralmente usam-se isoladores com
corpo de porcelana ou vidro, completados por partes metálicas destinadas a promover o engate com
outros isoladores ou ferragens. A determinação da quantidade exata dos elementos em uma cadeia
é bastante complexa, por ser necessário considerar diversos fatores como: existência ou não de
cabos pára-raios.
Para tensões até 230 kV, a prática usual define a quantidade de isoladores em relação à tensão
elétrica admissível da operação contínua para um elemento isolante estipulada em 15 kV, que
normalmente corresponde a 33% da tensão máxima admissível por unidade, sob chuva, equivalente
a 50 kV. A fórmula para definição da quantidade de isoladores (N) até 230 kV, corresponde a:
Conforme regra empírica, a quantidade de isoladores para cadeias de suspensão de acordo com a
tensão nominal (entre fases) corresponde a:
TENSÃO NOMINAL QUANT. DE ELEMENTOS
44 kV 3
69 kV 4-5
138 kV 9
220 kV 14
Tabela 3.6
Pode eliminar-se 1 (um) isolador para estruturas de madeira com ferragem da cadeia não
aterrada em função do efeito isolante da madeira.
Deve-se acrescentar 1 (um) isolador para cada 1000 m de altitude acima do nível do mar para
compensar a densidade relativa do ar que reduz a tensão de descarga voltaica.
Para tensões superiores a 230 kV, esta sistemática se tornaria anti-econômica, porque na prática
demonstrou-se que a quantidade de isoladores decresce consideravelmente com o aumento da
tensão nominal da LT. Neste caso, o cálculo é baseado nos seguintes fatores:
Atmosferas que contêm sais solúveis em água junto com a umidade poderão formar uma solução
eletrolítica em forma de película condutiva, reduzindo assim o isolamento.
3 - Importância da subestação.
4 - Proteções elétricas em forma de chifres, anéis, reduzem a distância disruptiva que deve ser
compensada com o aumento de isoladores (raramente utilizadas em EAT)
5 - Altitude sobre o nível do mar. Costuma-se adicionar 1 (um) isolador a cada 500 m com a
finalidade de se manter o dielétrico equivalente nas linhas de EAT.
Os isoladores deverão ser armazenados em locais secos, livres de qualquer contato com o solo e de
forma a facilitar o controle. Devem ser manuseados com o máximo cuidado a fim de evitar danos,
sendo retirados das embalagens somente na montagem da coluna isoladora.
CONCHA
CUPILHA
CAMPÂNULA
CIMENTO
CORPO DIELÉTRICO
HASTE INFERIOR
BOLA
Fig. 3.2
Em várias oportunidades tem sido observado que certos isoladores de suspensão dentro de um
mesmo lote apresentam uma rotação do pino em relação à peça de vidro. Este fenômeno também
tem sido observado em isoladores produzidos no mundo inteiro. Observando-se atentamente, nota-
se que o pino fica solidário com a argamassa ao seu redor, e a rotação é permitida por uma pequena
folga que aparece entre o pino e a peça de vidro. Esta folga é causada pela retração da argamassa
após a sua cura em ambiente úmido.
Há também, os isoladores com corpo isolante de material sintético que são os isoladores poliméricos.
Sua forma é similar aos isoladores tipo bastão e utilizados em substituição aos isoladores de
suspensão.
X
4,21" Dia
(Ø 107 mm)
ENGATE EB ENGATE
70 mm ANSI 52-5
5,51" Dia
(Ø 140 mm)
ISOLADOR POLIMÉRICO
Fig. 3.3
Principais vantagens
Leves, pesam 10% de uma coluna equivalente de porcelana, maior durabilidade. Área reduzida
de exposição ao vento ou contaminação;
Maior durabilidade.
Principais desvantagens
Elevado nível de RIV acima da tensão de Uso obrigatório de anéis em tensões acima de 230 kV
para reduzir o nível de rádio interferência.
Ferragens para cadeia é a denominação comum para uma série de componentes, cuja finalidade é
constituir uma conexão articulada entre o condutor, os isoladores e a estrutura.
Deverão ser tomados cuidados especiais no transporte e manuseio das ferragens a fim de evitar
danos ao acabamento especial das peças para extra-alta tensão. As caixas e embalagens não
deverão ser jogadas no chão nas operações de descarga. A seguir, relacionaremos os principais
componentes e suas funções:
Peças de ligação
Corresponde ao primeiro componente da cadeia a ser conectado à estrutura. Deve permitir a máxima
movimentação no sentido perpendicular do condutor e possuir máxima liberdade de movimentos em
todos os sentidos.
Exemplos:
Parafuso em U
Corresponde à forma mais simples de engate à estrutura. A conexão com o primeiro componente da
cadeia deverá ser executada, preferencialmente, com um elo para evitar o atrito do canto vivo do
olhal contra o lado interno do U. Fabricação: aço forjado zincado a quente.
A P
L
Fig. 3.4
Manilha
Fig. 3.5
Estribo
Similar às manilhas, porém com abertura em forma de Y. Sua movimentação em relação à cadeia
também é similar à manilha.
Fig. 3.6
Mancal
Sistema de conexão biarticulada com a estrutura e poliarticulada com a cadeia. Apresenta como
vantagem ampla liberdade ao movimento da cadeia, evita flexão dos componentes, facilita a
montagem e a desmontagem da cadeia.
P
D E
Fig. 3.7
Sistema de engates
O sistema de engates, utilizado para interconexão dos isoladores e ferragens, é do tipo concha, bola,
olhal, garfo, elo. As mesmas peças com pequenas variações são utilizadas para fixação de proteções
elétricas e engates para manutenção a quente.
E
D
L
D E
CONCHA-OLHAL OLHAL-BOLA
A
E
CONCHA-ELO
Fig. 3.10
L
L
D E
OLHAL-BOLA CONCHA-ELO
Fig. 3.11 Fig. 3.12
Os engates para manutenção a quente também são instalados nas extremidades das cadeias. As
dimensões e o posicionamento são determinados internacionalmente para permitir o uso de
equipamentos existentes no mercado. Fabricação: aço forjado zincado a quente.
D E
L
L
L
D D
CONCHA-OLHAL OLHAL-BOLA
Fig. 3.13 Fig. 3.14
Proteção
Chifres
Com função específica de afastar o arco de potência de longa duração. Fabricados em barras chatas
de aço.
B = 30
Ø = 16
H
53
2L
Fig. 3.15
Raquetes
Finalidade similar a dos chifres e parcial em relação à distribuição do potencial elétrico nos isoladores
limpos e secos.
Ø = 16
53
Fig. 3.16
Anéis
Usados para ambas as finalidades. Sua função principal é reduzir a tensão nos últimos isoladores
próximo aos cabos, distribuindo o potencial elétrico sobre os isoladores.
B
H
- 90
Fig. 3.17
Demais componentes
Prolongadores
São utilizados para aumentar a distância dos isoladores ao condutor, ou para afastar a cadeia de
isoladores das estruturas em ângulo. Podem ser do tipo forjado ou chapas que podem ser simples,
duplas ou ajustáveis.
A
ø
E
A
P
P
L
B
C
L
Tensores
Os tensores são prolongadores com comprimento ajustável por meio das extremidades, rosqueáveis
dentro do corpo. O bloqueador do comprimento deve ser realizado com dispositivos especiais,
porque as contraporcas para carga elevadas não impedem o afrouxamento. Normalmente, são
utilizados barramento de subestações onde as cargas de tração do condutor são reduzidas devido ao
afastamento entre os pórticos.
C
ø ¾"
22
Fig. 3.20
Balancins ou jugos
São destinados à conexão em paralelo de duas ou mais pencas de isoladores. Fabricação: aço
forjado zincado a quente.
P
H
ø ¾"
L
E
Fig. 3.21
Grampos de suspensão
18º
B
D
C
Fig. 3.22
Grampos de ancoragem
± ± A ±³
B A
6 1
60 ±²
D
3
C 0
±¹
B
±5
±5
C
Entre as vantagens oferecidas estão: dispensar o corte de cabos, montagem rápida com menor uso
de mão-de-obra, eliminação de erros ou defeitos de prensagem, correção da flecha a qualquer
tempo, redução dos distúrbios de RIV devido ao maior volume de material.
Os grampos de compressão para condutores de alumínio ou ligas de alumínio são utilizados desde a década
de 20 e são formados por uma luva externa em tubo de alumínio extrudado de alta condutividade elétrica e
olhal de aço forjado zincado à quente. A peça apresenta capacidade de ruptura igual a 100% da capacidade de
ruptura do cabo utilizado.
VANTAGENS DESVANTAGENS
Custo menor para grandes lotes Utiliza ferramental complexo e padronizado
Excelente proteção contra a oxidação nas superfícies
Exige mão-de-obra qualificada
de contato
Simplicidade de execução Não permite o reaproveitamento do conector
Tabela 3.7
A carga e descarga das bobinas deverão ser feitas com cuidados especiais por guindastes, talhas ou
empilhadeiras. Deve-se evitar que sofram impactos contra o solo que possam danificar a embalagem
e o cabo.
BOBINAS DE CABOS
Fig. 3.25
O uso de alumínio como material condutor de corrente elétrica tem alcançado grande
desenvolvimento devido às suas características mecânicas e elétricas e, principalmente, a economia
que representa em relação ao uso de outros metais como condutores. O uso do alumínio como
material condutor exige que suas propriedades sejam expressas nas mesmas unidades empregadas
para outros materiais, de modo a permitir sua aplicação em termos comparativos.
O padrão internacional de cobre recozido (IACS - International Anneled Copper Standard) fornece
uma base conveniente para a medida e comparação da condutividade e resistividade de todos os
materiais condutores.
Os valores básicos são também fornecidos para o arame de aço zincado para alma de cabos de
alumínio (ACSR - Aluminum Conductor Steel Reinforced). Os valores estão de acordo com a ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) e ASTM (American Society for Testing and Materials).
Algumas destas características são mostradas na tabela a seguir.
CAA - Condutor formado por uma alma de aço e coroas de fios de alumínio.
Fig. 3.26
b) Alma: é um fio ou conjunto de fios que forma Condutor tipo CAA a parte central de um cabo,
quando constituído de Corte Transversal aço. Tem por finalidade aumentar a resistência.
AAAC: condutor baseado em ligas de AI MG Si, sem alma de aço, muito utilizado na Suécia e
Austrália, em tensões de até 400 kV. Apresentam menor resistência elétrica do que os cabos ACSR,
e segundo estudos publicados, podem reduzir os custos de uma linha de transmissão de 15 a 30%,
além de reduzirem as perdas na transmissão em cerca de 10% em função das vantagens descritas a
seguir:
Elevado valor de reciclagem, por eliminar a mão-de-obra para retirada da alma de aço.
Para execução do barramento flexível deverão se adotados como guia, as listas de materiais,
desenhos, requisições e desenhos dos fabricantes. Todo o material a ser utilizado deverá ser
conferido de acordo com os desenhos fornecidos pelo fabricante. As quantidades necessárias serão
conferidas utilizando os desenhos e listas de materiais fornecidos.
O ferramental necessário para execução dos serviços deve basear-se na dimensão da equipe de
montadores e ajudantes necessários e isto será determinado em função do prazo de execução dos
cronogramas executivos. Os bancos de dados podem ser muito úteis para determinação do tempo
de duração dos serviços e pessoal necessário.
As cadeias de isoladores de disco serão montadas no chão, sobre proteção de madeira ou lonas, de
modo a evitar danos ao vidro ou porcelana. Antes da montagem, os isoladores deverão ser lavados
com água e sabão ou limpos com estopa embebida em solvente apropriado (álcool, acetona) e
verificada a sua integridade.
As ferragens deverão ser montadas de acordo com o desenho de referência e conferidas antes de
serem içadas pela fiscalização. As cupilhas deverão estar com as pontas abertas para evitar queda
de isoladores e montadas voltadas para cima no caso de cadeias de tracionamento. Nas cadeias de
suspensão deverão ficar com a seguinte configuração: Cadeias laterais com as cupilhas voltadas
para a cadeia central. Cadeia central com as cupilhas apontando para frente da LT.
As bobinas de cabos ACSR deverão estar apoiadas sobre cavaletes e os cabos deverão ser
inspecionados à medida que forem sendo retirados das bobinas. O contato do cabo com o solo ou
superfícies ásperas deve ser evitado para impedir arranhões que podem aumentar o efeito corona.
Serão considerados como danos ou defeitos cortes, morças arranhões, abrasões, fios torcidos,
engaiolamento e tentos rompidos. É proibida a retirada do cabo com a bobina na posição horizontal
para não danificar o encordoamento dos cabos. Os cabos devem ser retirados das bobinas e
apoiados sobre tábuas de madeira ou cavalotes.
Os barramentos flexíveis são constituídos por diferentes formações de cabos por fase de acordo com
a tensão. FURNAS usualmente utiliza para as diversas tensões a configuração a seguir:
CLASSE DE TENSÃO CONDUTORES
138 kV 1 ou 2 cabos Rail / fase ou 1 cabo Bluejay / fase
230 kV 1 ou 2 cabos Rail / fase ou 1 cabo Drake / fase
345 kV 2 ou 4 cabos Rail / fase
500 kV 3 ou 4 cabos Rail / fase
750 kV 4 cabos Falcon / fase
Tabela 3.11
Os cabos pára-raios utilizados por FURNAS de acordo com a classe de tensão são:
1 Cabo de aço galvanizado Diâm.. 3/8" “EHS" ( Extra High Strength) para tensões até 500 kV.
inclusive e 1 Cabo ACSR MINORCA -110,8 MCM para tensões acima de 500 kV
Todo o material necessário como chaves torquimétricas, trena, alicates, escova de fios de aço para
limpeza das superfícies de contato do conector e dos condutores, camurça ou pano tipo morim para
limpeza das conexões e remoção do excesso de penetrox, compressores, mangueiras e matrizes
deverão também estar disponíveis.
Antes de iniciar os trabalhos, deverá ser preparado um plano de corte visando um melhor
aproveitamento dos condutores. As sobras e pontas deverão ser aproveitadas para interligação entre
equipamentos, "jumpers", descidas 'para os equipamentos ou para serem utilizados nos interiores
dos tubos do barramento rígido como amortecedores eólicos.
Antes de se efetuar o corte de qualquer cabo, por meio de ferramenta apropriada (serra), deverão ser
colocadas fitas crepe nos dois lados da região a ser cortada, para evitar o esgarçamento dos tentos.
Após a remoção dos tentos de alumínio, deve-se untar o trecho da alma de aço com penetrox antes
da sua introdução no interior da luva e posterior prensagem. Para se efetuar a prensagem deverão
ser seguidas rigorosamente as indicações do fabricante quanto à maneira e área de compressão.
Não esquecer de introduzir a luva de alumínio no cabo antes de prensar o terminal de aço.
Todo conector possui gravado em seu corpo um código, que identifica o cabo a que se destina,
matriz a ser utilizada para compressão e marcas identificando a área a ser comprimida. O sentido de
compressão é fornecido pelo desenho e pode variar de acordo com o conector ou fabricante.
A prensagem dos conectores só deverá ser efetuada de posse dos desenhos e instruções
específicas para cada tipo de conector. A prensagem deverá seguir rigorosamente as indicações dos
fabricantes quanto ao sentido e a região a serem comprimidas as matrizes e compressores. Em
nenhuma hipótese será permitida a redução de diâmetro dos cabos (mesmo os com deformações
permanentes ou destrançados).
Alguns conectores possuem um anel de borracha no grampo de aço para manter um afastamento
mínimo e evitar o transpasse da luva de alumínio sobre a de aço na prensagem
Matrizes
Muitas vezes a obra possui conectores fornecidos por um fabricante, da Burndy e o almoxarifado
possui matrizes de outros fornecedores, por exemplo: Alcan, Alcoa, Sade, etc. Estas matrizes podem
ser utilizadas desde que sua seção de prensagem seja similar à matriz do fabricante da peça a ser
comprimida.
A informação de que a peça após a prensagem terá a dimensão de projeto não é suficiente para que
a matriz seja aceita. Para facilitar a fiscalização, os escritórios de campo ou departamentos
montaram tabela onde constam todos os códigos dos fabricantes e as matrizes por eles
especificadas.
2 - Verificar se a extremidade do cabo, não está danificada. Caso esteja, cortar o trecho danificado.
Amarrar os tentos com fita ou arame para evitar que esgarcem.
CORPO DE ALUMÍNIO
2 DESLIZE O CORPO
DE ALUMÍNIO SOBRE
1 ENDIREITE A EXTREMIDADE DO CABO O CABO.
OLHAL
Fig. 3.34
4 - Com uma serra, remover os tentos de alumínio deixando exposta a alma de aço. O trecho da
alma de aço deverá ter o mesmo comprimento da profundidade do terminal de aço mais 3 a 5 mm
para permitir a expansão do terminal durante a prensagem.
DISTÂNCIA A SER
1 CORTADA
Fig. 3.35
3 Nº DA MATRIZ
DIREÇÃO DE
MOSTRADO AQUI
PRENSAGEM
Fig. 3.36
7 - Retirar o arame ou fita crepe que mantêm presos os tentos de alumínio. Desmanchar
cuidadosamente os encordoamentos de alumínio, camada por camada. Escovar com escova de fios
de aço. Este procedimento é fundamental para remover a camada de óxido de alumínio que
apresenta elevada resistência mecânica e elétrica o que prejudica o desempenho da conexão. Untar
com composto antióxido e recompor o encordoamento, deslizar o corpo de alumínio até ficar próximo
ao olhal do terminal de aço.
Deixar 3 mm de afastamento para evitar que o corpo de alumínio avance sobre o olhal devido ao
alongamento do material durante a prensagem.
FURO DE
ENCHIMENTO
INJEÇÃO DE PENETROX
5 INJEÇÃO DE PENETROX
Fig. 3.37
DIREÇÃO DA
1
PRENSAGEM
2 ALINHE OS
COMPONENTES
COBRIR O CABO PARA EVITAR QUE FIQUEM
1A
LASCAS E LIMALHAS ENTRE OS FIOS DO CABO
Fig. 3.38
1
ENDIREITE A
TERMINAL DE ALUMÍNIO
EXTREMIDADE
DO CABO
REMOVA O PLUG DA
2 EXTREMIDADE
COMPRIMENTO A
SER INSERIDO 1
LIMPE COM
ESCOVA DE AÇO 3
MARQUE O CABO
TERMINAL DERIVAÇÃO
Fig. 3.39
12 - Retira-se o tampão. Não é preciso injetar penetrox. Limpar os tentos do cabo da mesma forma
que foi feita para o terminal de compressão.
INTRODUÇÃO DO CONDUTOR
Fig. 3.40
2 DIREÇÃO DE PRENSAGEM
3A 2A 1A
DIREÇÃO DE PRENSAGEM
Fig. 3.41
Os parafusos só deverão ser apertados com chaves torquimétricas para se evitar danos a parafusos
ou a conectores, O torque (que depende do material do parafuso e da sua bitola) deverá ser o
especificado e os parafusos deverão ser aparafusados alternadamente.
TERMINAL PRENSADO
Fig. 3.42
Obs: Os parafusos de duralumínio acima, fabricados com liga 2024-T4 trabalham em uma faixa de
30 a 40 % da carga de ruptura.
No caso de ligações de condutores de cobre e alumínio, o último deve ficar posicionado sob o
condutor de alumínio. A inversão destas posições pode causar, em pouco tempo, a destruição da
conexão devido à corrosão galvânica resultante do depósito de sais de cobre sobre o alumínio.
3.5.2. Penetrox
Penetrox é um composto inibidor fabricado pela Burndy, com o objetivo de melhorar o desempenho
das conexões aparafusadas ou comprimidas, proporcionando melhor proteção contra corrosão da
conexão e melhorando sua condutividade.
São fabricados para aplicações especificas e totalizam mais de 20 tipos diferentes. A maior parte
deles não é fornecida diretamente ao consumidor, mas incorporada aos conectores, não sendo
necessária a reaplicação.
Abaixo relacionamos os tipos de penetrox produzidos pela Burndy do Brasil, bem como, suas
aplicações:
TIPO APLICAÇÃO
Dos tipos acima, somente os penetrox A e AI3 são vendidos aos consumidores. Suas principais
diferenças básicas são:
Os penetrox A e AI3 são usados para prevenir a ocorrência de corrosão galvânica e melhorar as
características elétricas das conexões. Estes tipos são constituídos basicamente de um fluído
base no qual partículas de zinco são mantidas em suspensão. O fluído base é uma graxa natural
ou sintética que evita que a água ou outros contaminantes estejam presentes na conexão e evita
a formação de óxidos. As partículas de zinco ajudam a romper o filme óxido existente sobre as
superfícies conectadas, quando estas são mantidas sobre pressão. Deve ser empregado em
todas as conexões alumínio-alumínio e alumínio-cobre. As superfícies de contato devem ser
vigorosamente escovadas antes de sua aplicação.
O penetrox tipo A usa como fluído uma graxa natural (derivada do petróleo). É recomendado
para todas as aplicações com condutores nus expostos ao tempo, por causa do seu excelente
desempenho. Quando usado em cabos isolados, deve-se tomar o cuidado de se remover o
excesso, pois o fluído base do penetrox reage quimicamente com a borracha e em menor grau
com o polietileno, materiais geralmente empregados como isolantes de cabos condutores,
reduzindo suas propriedades mecânicas.
O Penetrox tipo AI3 usa como fluído base uma pasta sintética e é recomendado para uso em
contato com materiais isolantes como borracha e polietileno.
Para evitar sobrecargas que provoquem uma deformação elástica prematura nos cabos, antes do
seu lançamento é feito um pré-tensionamento, que tem por finalidade obter a mudança do módulo de
elasticidade do cabo obtendo uma acomodação dos tentos, antecipando sua alongação prevista
durante sua vida útil (Creep).
Apenas como referência, relacionamos os valores retirados dos projetos da subestação de 500/750
kV de Foz do Iguaçu. Tempo de pré-tensionamento: 48 horas.
CABO kgf
Cabo 954 MCM (RAn) 1.900 kgf
Cabo 1.590 mcm (Falcon) 2.800 kgf
Cabo de aço 3/8" (EHS) 1.000 kgf
Tabela 3.16
O local escolhido para o pré-tensionamento deverá ser escolhido de forma a não interferir no
desenvolvimento normal dos outros serviços. Normalmente são utilizados mortos como ponto de
fixação ou os montantes das estruturas. Os cabos são cortados no comprimento aproximado do vão
e presos pelas extremidades através de morcetes. Para tracionar os cabos são utilizados tirfor ou
catracas. Um dinamômetro controla a tensão de tracionamento. No decorrer do dia, às vezes, toma-
se necessário aumentar ou reduzir a tensão de tracionamento, em função da variação da
temperatura. A figura abaixo mostra o arranjo utilizado para o pré-tensionamento. Para manter o
espaçamento dos cabos são utilizados espaçadores de madeira com espaçamento igual aos
espaçadores metálicos.
DINAMÔMETRO
CABO
TIRFOR MORCETE
45
7
m
BALANCIM m
457 mm
ARRAIA ESPAÇADOR
Os cabos pára-raios serão os primeiros a serem lançados e, assim como, os cabos condutores, não
deverão tocar o solo ou qualquer obstáculo que possa danificá-los. A sua conexão às estruturas
deverá ser feita através de conectores especificados e a estrutura já deverá estar conectada à malha
de terra da subestação. O flechamento do cabo pára-raios poderá ser executado por dinamômetro ou
topograficamente, de acordo com as tabelas emitidas pelos órgãos de projeto.
2 - O cabo é içado por cordas de nylon ou sisal e fixado à estrutura através das ferragens
especificadas;
4 - O cabo é tracionado até a tensão especificada na tabela de flecha, de acordo, com a temperatura;
Enquanto os cabos condutores estão sendo pré-tensionados, as colunas isoladoras vão sendo
limpas e montadas sobre uma proteção de madeira para evitar danos aos isoladores e contato com o
solo. Todos os isoladores e as ferragens são inspecionados e montados de acordo com o desenho
específico. As cupilhas deverão estar montadas no mesmo alinhamento e ter suas pontas
ligeiramente abertas para evitar possíveis quedas. Para facilitar a visualização, manutenção e manter
uma padronização, Furnas optou pelo seguinte arranjo:
As flechas, medidas por teodolito, nível ou outros instrumentos óticos aprovados pela fiscalização,
deverão sempre ser determinadas com base na temperatura e deverão ser verificadas em todos os
vãos. A temperatura a ser utilizada como referência é tomada da seguinte forma: cortar um pedaço
de 1 metro de cabo, retirar a alma de aço em uma extremidade em aproximadamente 60 cm e
recompor o encordoamento das camadas. Inserir um termômetro de contato de forma que o bulbo
fique em contato com a alma de aço. Expor o conjunto ao sol, a uma altura de 2 metros durante, no
mínimo, 15 minutos antes de se fazer a leitura. Guardar o gabarito para próximas ampliações. O
valor da temperatura lido será o utilizado na tabela de flechamento. Dentro de um mesmo feixe de
subcondutores (mesma fase) serão admitidas diferenças de até 1 (um) diâmetro de condutor.
2 - A cadeia de isoladores é içada com o máximo cuidado para evitar danos ou esforços anormais de
flexão, que possam causar deformações na ferragem do isolador. Deverão sempre ser içadas pelo
terceiro isolador, deixando duas unidades livres para facilitar o encaixe na ferragem do lado da torre.
Os cabos deverão ser aterrados para evitar choques por tensões induzidas por barramento próximos
ou eletricidade estática gerada pelo vento sobre os condutores. O aterramento somente deverá ser
retirado no final dos serviços, antes da energização;
4 - Na outra estrutura o cabo é fixado na viga através de uma catraca e um dinamômetro. No caso de
flechamento através de topografia, o cabo é içado sem o dinamômetro e colocado em flecha. Com
auxílio de um teodolito, usando-se o valor da tabela em função da temperatura;
6 - A extremidade do cabo onde está a catraca é abaixada e o conector é prensado. Deve-se tomar
cuidado antes de prensar a outra extremidade do cabo verificando se os terminais estão com a
lingüeta de saída orientadas, no mesmo sentido, para evitar o efeito de torção que acaba deixando o
cabo fora de alinhamento, dificulta ou às vezes até impede sua fixação nas cadeias;
8 - Se a flecha real for menor que a prevista em até 5% do valor previsto, não será necessária corrigi-
la. Não será aceita flecha superior ao valor previsto na tabela;
EXERCÍCIOS
1. Assinale o percentual aplicado à carga máxima de serviço contínuo dos isoladores em relação a
sua carga de ruptura:
a) 10
b) 20
c) 33
d) 45
2. Em 138 kV, a prática usual define que a quantidade necessária de isoladores é de:
a) 3
b) 5
c) 9
d) 14
3. Até o nível de 230 kV, de quantos em quantos metros devemos acrescentar um isolador para
compensar a densidade relativa do ar?
a) 500 m
b) 1.000 m
c) 1.500 m
d) 2.000 m
4. Para níveis de tensão acima de 230 kV, de quantos em quantos metros devemos acrescentar um
isolador para compensar a densidade relativa do ar?
a) 500 m
b) 1.000 m
c) 1.500 m
d) 2.000 m
10. Para se iniciar a prensagem dos cabos condutores que formarão o barramento flexível, é
necessário que a medida da sua alma de aço exceda a do comprimento do terminal de aço de:
a) 3 a 5 mm
b) 7 a 9 mm
c) 5 a 7 mm
d) 1 a 3 mm
11. Assinale a alternativa que não implica em correção de cálculo, durante o flechamento do
barramento flexível:
12. O comprimento da alma de aço, retirado do condutor do barramento flexível em cujo interior será
inserido um termômetro para a obtenção da temperatura real, mede:
a) 30 cm
b) 50 cm
c) 40 cm
d) 60 cm
13. No lançamento dos condutores do barramento flexível, a cadeia de isoladores deverá ser içada
sempre pelo:
a) Primeiro isolador
b) Segundo isolador
c) Terceiro isolador
d) Quarto isolador
4.1. INTRODUÇÃO
O uso de barramentos tubulares em liga de alumínio, por Furnas, data de 1976, quando os bancos
de transformadores monofásicos de 500/13,8 kV da usina de Marimbondo foram interligados à
unidade reserva através de um arranjo formado por barras tubulares, substituindo o método até
então utilizado para substituição de unidades danificadas. A substituição consistia na remoção física
do equipamento usando vias de transferência sobre trilhos, que, além de muito mais demorado e
delicado, apresentava limitações à medida que as dimensões dos equipamentos aumentavam.
Os primeiros barramentos tubulares foram soldados pelo processo autógeno. Neste processo, o
alumínio e suas ligas podem ser soldados, embora em condições bastante precárias, utilizando uma
fonte de alimentação de corrente contínua com polaridade reversa e eletrodo de alumínio revestido.
A aparência final da solda executada pelo processo descrito acima não é muito agradável. O cordão
de solda de acabamento apresenta um aspecto bastante irregular e a solda, quando radiografada,
revela defeitos que reduzem sua resistência mecânica como: falta de fusão, de penetração,
porosidades, escória e trincas em quantidades acima do nível aceito pela norma AWS D10.9-69
"Standard Qualification Of Welding Procedures".
Em 1977, Furnas e o CEPEL emitiram a instrução 146, "Instrução para Soldas em Barramento
Rígido em Subestações".
Em Abril de 1982, a instrução foi revisada e o procedimento para soldagem de barramentos tubulares
em ligas de alumínio foi padronizado através da emissão de duas especificações:
Fig. 4.1
O barramento do tipo rígido é normalmente constituído por barras chatas ou tubulares, em geral de
ligas de alumínio, diferindo do flexível que é constituído por condutores encordoados, geralmente
cabos tipo ACSR, Bluejay, etc.
O emprego do barramento rígido apóia-se nas seguintes vantagens em relação ao tipo flexível:
Menor custo;
Requer menor área útil para um mesmo esquema elétrico, torna mais compacto o arranjo da
subestação;
A seleção da dimensão e peso dos tubos é normalmente feita tomando-se como base a capacidade
de transporte de corrente e a deflexão dos tubos. Na maior parte dos casos, a última é o fator
determinante para barramentos rígidos, uma vez que para qualquer estrutura tubular é normalmente
mais econômico usar um tubo de maior diâmetro do que o necessário para o transporte de corrente,
de modo a obter uma importante redução no número de suportes.
O aumento do diâmetro não só torna possíveis os vãos maiores como reduz as perdas causadas
pelo efeito corona.
Entretanto, as soldas dos tubos requerem cuidados específicos bem diferentes daqueles exigidos
nas soldagens de aço, para que não se transformem em um ponto crítico do barramento rígido no
futuro, devido aos esforços mecânicos e elétricos a que ficarão submetidas.
Normalmente, as soldas de topo entre tubos são as mais críticas por ficarem em balanço, e o
colapso de uma solda defeituosa pode causar enormes prejuízos não só a subestação, mas também
ao sistema energético a que está interligada.
Dentre os vários processos de soldagem pelos quais o alumínio pode ser soldado temos:
O alumínio e suas ligas podem ser soldados, embora em condições bastante precárias, pelo
processo convencional de soldagem, utilizando-se para tanto, uma fonte de alimentação de corrente
contínua com polaridade reversa e eletrodo revestido.
O uso de eletrodo revestido dispensa o emprego de gases inertes, uma vez que a decomposição e a
vaporização dos constituintes deste revestimento geram uma densa atmosfera em torno do arco
elétrico e da poça de fusão, funcionando como proteção contra a oxidação e contaminação do metal
depositado.
Este processo de soldagem emprega uma atmosfera de gás inerte, o que impede que o metal
depositado no estado de fusão reaja com os constituintes da atmosfera e contamine a solda. No caso
do alumínio, pode-se empregar o Argônio, o Hélio ou uma mistura dos dois gases. Em função dos
custos, o Argônio é o gás mais utilizado.
O gás de proteção é introduzido pela tocha e cria em sua extremidade inferior um invólucro protetor,
em torno do arco elétrico.
O eletrodo é consumível e possui composição química semelhante ao material que está sendo
soldado.
O calor necessário à fusão do material provém de um arco elétrico de grande intensidade que se
estabelece entre o eletrodo e a peça a ser soldada.
Exige uma fonte de corrente contínua do tipo tensão constante regulável até 40 V, qualquer que
seja a corrente.
ARAME ELETRODUTO
GÁS PROTETOR
CONDUTOR DECORRENTE ENTRADA
TUBO DE CONTATO E
ARAME GUIA
BOCAL DE GÁS
JUNTA DE REFORÇO
Fig. 4.2
A execução deste processo pode ser manual ou automática. No processo manual apenas a
alimentação do eletrodo é automática. No processo manual tanto a alimentação do eletrodo como o
avanço da peça são feitos automaticamente.
Normalmente, emprega-se neste método corrente continua com polaridade invertida. Isto se deve ao
fato de, sendo o eletrodo consumível, o uso de polaridade direta ou corrente alternada criaria
instabilidade do arco, o que dificultaria a transferência metálica do eletrodo para a peça.
O arco de solda é estável e o cordão resultante uniforme. Se o valor da corrente for insuficiente, a
transferência será do tipo globular, onde partículas maiores pingarão sobre a peça de maneira
instável. O aspecto do arco de solda é errático e o cordão de solda resultante é irregular.
CABEÇOTE
SAÍDA DE GÁS
CONTROLE DO MAÇARICO
ENTRADA DE GÁS
CONTROLE DA TENSÃO
MOTOR DE
AVANÇO DO
ALARME
MAÇARICO MANUAL
Fig. 4.3
Este processo, assim como, o MIG, foi desenvolvido originalmente para a soldagem de metais
resistentes à corrosão e de outros metais que apresentavam dificuldades em sua soldagem como:
aço-inoxidável cobre, cobre-silício, latão, prata, bronze-fosforoso, aço carbono simples, aço de baixa
liga, ferro fundido, ligas de magnésio, níquel e de alumínio.
O gás de proteção é introduzido pela tocha e cria na sua extremidade inferior um invólucro protetor
em torno do arco elétrico.
TOCHA TIG
AVANÇO
CONDUTOR ELÉTRICO
PASSAGEM DE GÁS
ELETRODUTO DE TUNGSTÊNIO
GÁS PROTETOR
VARETA DE ADIÇÃO
ARCO METAL DE ADIÇÃO SOLIDIFICADO
METAL BASE
POÇA DE FUSÃO
Fig. 4.4
A soldagem TIG difere da soldagem a arco comum pelo fato do eletrodo de tungstênio não ser usado
como material de fusão e virtualmente não se consumir.
Os tipos de eletrodos disponíveis são o Puro e o Torinado. Depois de várias experiências feita pelos
escritórios de campo, Furnas optou pelo Torinado.
O material de adição é fornecido sob a forma de varetas de ligas de alumínio, sem revestimento,
usadas como na soldagem a arco elétrico.
Argônio: Apresenta como vantagens melhor abertura do arco, ação de limpeza, menor consumo
e menor custo.
Para soldagem TIG, a fonte de energia tanto pode ser alternada como contínua. A escolha será feita
baseada nos resultados característicos obtidos através de cada tipo e a espécie de trabalho a ser
executado.
GÁS IONIZADO
PENETRAÇÃO PROFUNDA
GERADOR CORDÃO ESTREITO DE SOLDA
DE SOLDA
Fig. 4.5
Características
Apresenta cordão de solda estreito e penetrante como resultado deste aquecimento extra;
Pode-se utilizar eletrodos de menor diâmetro que na solda com polaridade invertida para uma
mesma amperagem.
Ex: Ver correntes de soldagem para eletrodo na tabela. Para uma corrente de 120 A, seria utilizado
um eletrodo de 1/16” de diâmetro.
POLARIDADE IVERTIDA
REQUER ELETRODOS (ELETRODO POSITIVO)
GROSSOS CCPI
GÁS IONIZADO
PENETRAÇÃO RASA
ELÉTRONS
GERADOR DE SOLDA CORDÃO LARGO DE SOLDA
Fig. 4.6
Características
Apresenta cordão de solda largo e relativamente raso, com pouca penetração, devido ao
emprego de eletrodos de maior diâmetro para a mesma soldagem feita em CCPI;
Ex: O eletrodo usado para corrente de 120 A na soldagem CCPD fundiria contaminando a solda. O
eletrodo correto teria que ter 1/4" de diâmetro.
Outra característica deste processo é a Iimpeza. É como se os elétrons que abandonam a peça,
djrigjndo-se para o eletrodo ou os íons de gás que bombardeiam a peça, quebrassem a película de
óxido que recobre a zona a ser soldada, removendo-a.
Metade de cada ciclo de corrente alternada é de polaridade direta e a outra metade, polaridade
invertida.
AMPÈRES
AMPÈRES
TEMPO
TEMPO
Fig. 4.7
A presença de óxidos, umidade, sujeiras etc, na superfície tendem a evitar parcial ou completamente
o fluxo de corrente na direção da polaridade invertida.
Ex: Se a corrente não flui no sentido da polaridade invertida a onda alternada terá o aspecto de onda
retificada abaixo.
GRÁFICO DE SOLDAGEM CA
TEMP
O
Fig. 4.8
Para evitar que isto aconteça introduz-se na corrente, de soldagem, uma corrente adicional
sobreposta, de baixa potência, porém, com alta freqüência e voltagem para romper o espaço entre o
eletrodo e a peça, perfurando o filme de óxido e desta forma, abrir caminho para a passagem da
corrente.
A figura a seguir, mostra os contornos típicos produzidos por corrente alternada estabilizada por alta
freqüência, juntamente com as soldagens.
CARACTERÍSTICAS DAS SOLDAGENS
CC CC CORRENTE
POLARIDADE DIRETA POLARIDADE INVERTIDA ALTERNADA
Fig. 4.9
O maçarico ou tocha empregado na soIdagem TIG (HeIíarc HV) conduz a corrente de soldagem e o
gás inerte para a zona de soldagem conforme figura abaixo.
CONJUNTO
PROTETOR DE
ELETRODO
PROTETOR DAS
FIXADOR DO MANGUEIRAS
CABO
ELETRODUTO ARGÔNIO
ELETRODO
Fig. 4.10
Cada eletrodo possui uma faixa de corrente recomendada para trabalho. Deve-se utilizar o valor
médio. Correntes acima desta faixa tendem a arrancar partículas de tungstênio do eletrodo e
transferi-Ias para o cordão de solda. Correntes com valores inferiores tendem a tornar o arco errático,
o que deteriora a qualidade da solda.
A vida útil do eletrodo de tungstênio é de aproximadamente 80 horas. Ele deve sobressair do bocal
cerca de 3 a 4 mm para soldas de topo e de 6 a 9 mm para soldas angulares.
Os bocais utilizados podem ser cerâmicos ou metálicos. Os cerâmicos são recomendados para
correntes de solda de valores inferiores a 250 A.
Para correntes mais elevadas, ou onde as condições de soldagem são muito severas, é necessário
utilizar-se um bocal metálico refrigerado a água.
Os bocais refrigerados a água nunca devem entrar em contato com a peça a ser soldada quando a
corrente estiver ligada. A condutividade elétrica dos gases pode provocar o salto de um arco do
eletrodo para o bocal, em vez do eletrodo para a peça, inutilizando assim, o bocal.
As tabelas a seguir, indicam as correntes e bocais recomendados para eletrodos puros e torinados
(Maçarico Heliarc, fabricados pela White Martins).
O Argônio, gás utilizado, é incolor e inodoro tanto no estado líquido quanto gasoso, é extremamente
inerte, não formando nenhum composto químico durante a soldagem.
É fornecido em cilindros de aço com aproximadamente 10 m 3 a uma pressão de 150 kgf/cm2. Sua
finalidade é isolar o local de soldagem do oxigênio e hidrogênio existentes na atmosfera e que se
combinariam facilmente com o metal fundido, resultando numa solda fraca e porosa.
A vazão do gás deve ser controlada por um medidor, uma vez que sua necessidade varia de acordo
com o tipo de solda. Excesso ou falta prejudicam a qualidade da solda.
Existem no mercado vários transformadores apropriados para soldagem com maçarico Heliarc.
Alguns com estabilização por alta freqüência, outros projetados para produzir onda balanceada,
podendo ser usados em todas as capacidades marcados na placa. Outros não devem ser usados na
soldagem acima de 70% de sua capacidade máxima para evitar sobrecarga no primário do
transformador. É importante certificar-se do tipo de transformador que está sendo usado.
Devido ao forte calor gerado pelas altas correntes e arco elétrico há a necessidade de se refrigerar o
maçarico. Isto é feito com água limpa para evitar entupimentos que poderiam danificar o
equipamento.
Pode-se utilizar água corrente existente no local de soldagem, ou usar uma bomba e um tanque
d'água com capacidade suficiente para a necessidade do trabalho.
Se a pressão da água for superior a 3-4 atm, é necessário utilizar um regulador de vazão para evitar
possíveis danos às mangueiras. A pressão de trabalho recomendada é de 2 a 3 atm. A tabela
abaixo, fornece uma idéia da vazão de água necessária.
A refrigeração excessiva da tocha (MIG ou TIG) pode provocar uma condensação do vapor d'água
contida no ar sob a forma umidade em torno do eletrodo ou no interior da tocha, contaminando a
solda.
EQUIPAMENTO PARA REGULAR A VAZÃO DO GÁS
SUPRIMENTO
DE ARGÔNIO
MAÇARICO CABO DO MANGUEIRA DE
MAÇARICO SAÍDA DE ÁGUA
CABO DE SOLDA
CONJUNTO DE PORTA
FUSÍVEIS OU ADAPTADOR
DE CABO
TORNEIRA
PARA ÁGUA FONTE DE
ENERGIA
Fig. 4.11
Dentre os processos descritos anteriormente, TIG e MIG são indiscutivelmente os mais empregados
na soldagem de ligas de alumínio, devido à melhor qualidade das soldas. Nestes processos, o arco
pode ser aberto sem necessidade de tocar a peça.
O processo autógeno não é recomendado para soldas de maior responsabilidade, uma vez que a
sua resistência mecânica fica abaixo dos valores mínimos exigidos por normas da American Society
of Welders. Dentre as causas de inadequação podemos citar:
Assim como, nos demais processos de soldagem, o alumínio também exige todos os cuidados de
uma soldagem comum e mais alguns.
O soldador, assim como, o fiscal que estiver acompanhando o serviço, deverão estar
adequadamente protegidos dos raios luminosos do arco. Isto requer roupas especiais para cobrir
toda a superfície da pele, e uma máscara de soldagem com vidros escuros e coloração apropriada
para proteção dos olhos e do rosto. O arco nunca deve ser aberto na presença de pessoas sem
equipamento de proteção.
Após algumas horas de exposição aos raios infravermelhos e ultravioletas, a pele apresentará a
aparência e sensação de queimadura de praia.
Os vidros escuros, a serem colocados na máscara, deverão estar de acordo com a corrente usada
na soldagem, conforme demonstra o tabela a seguir:
As soldas TIG e MIG não devem ser executadas em ambientes abertos porque as correntes de ar
removeriam o gás de proteção, contaminando-as. Como os gases resultantes da soldagem são
altamente tóxicos, devem ser removidos através de exaustores instalados nas cabines de soldagem.
Deve tornar cuidado para não tocar no tubo durante e após a execução das soldas. O alumínio tem
como característica não alterar sua coloração, mesmo ao atingir elevadas temperaturas.
Inicialmente, deve-se fazer um levantamento, através dos desenhos e listas de materiais para
confirmar se a quantidade de tubos e tipos de conectores previstos para execução dos serviços está
correta.
Os conectores e tubos de alumínio deverão ser manuseados e armazenados de forma a evitar riscos
e avarias. Por este motivo, não deverão ser utilizados estropos metálicos. Também não deverão ser
colocados apoiados diretamente sobre o solo ou sobre a brita.
A aquisição de Argônio fora dos grandes centros é problemática. Para evitar riscos de ter que parar
ou atrasar os serviços, deve-se fazer uma programação mensal de consumo e entrar em contato
com o representante mais próximo, com antecedência, para que o fornecimento seja constante.
Localizar na área, o melhor local para instalação da cabine de soldagem. O local deverá ser
cuidadosamente selecionado de forma a não interferir com a execução da obra. Levar em
consideração ampliações futuras, fornecimento de água e luz e distância do local de montagem.
Além do material necessário para execução das soldas e do material de proteção do soldador, será
necessário preparar os materiais relacionados a seguir:
Biselador
Utilizado para execução dos chanfros nos tubos. Proporciona maior rendimento e acabamento
uniforme. Pode ser improvisado utilizando-se um prego como gabarito ou mais elaborado, do tipo
fixo, com acoplamento e centralização automática no interior do tubo na preparação dos tubos.
Corta-frio
Equipamento de corte, que substitui com grande vantagem as lâminas de serra convencionais,
proporcionando corte uniforme sem danificar o tubo.
Timão de ferro
Construído na obra, utilizado para facilitar o giro do tubo durante a soldagem e aterramento da
máquina.
Constituído por um macaco hidráulico com pistão de longo curso acoplado a uma bomba elétrica
capacidade de 10 ton.
Viga Treliçada
Viga tipo I de 10 x 4" com 6 metros de comprimento, dotada de rodas, furos e suportes para fixar
cintas de lona.
Confeccionada com vergalhões de ferros na obra. Necessária para soldagens acima do solo. Possui
piso removível de tábuas e abertura central para passagem dos tubos. Construída de modo a ser
içada por guindaste.
Barraco de solda
Necessário para abrigar o soldador e o equipamento de soldagem. Na sua construção deve-se levar
em consideração as necessidades da obra, os soldadores envolvidos, quantidades de soldas, o
prazo de execução e os custos. O barraco poderá ser construído com madeira da obra ou pode ser
improvisado, utilizando-se andaimes tubulares e lonas. Deverá haver espaços suficientes para os
equipamentos, soldadores e ajudantes.
A relação abaixo, fornece uma idéia do consumo de material aproximado para uma solda de topo em
tubo de 6" pelos processos TIG e MIG.
Antes do início dos trabalhos, é importante fazer-se a qualificação dos soldadores de acordo com o
processo de soldagem a ser utilizado.
Material de adição;
Preaquecimento;
Luva-conector;
Técnica de soldagem.
Caso algum dos valores, procedimentos ou parâmetros acima relacionados seja alterado, o processo
deverá ser reavaliado, e se necessário, requalificado.
Tensão de arco: 21 V;
Gás: Argônio;
Altura: 10 mm.
100 AMPÈRES 150 AMPÈRES 175 AMPÈRES 200 AMPÈRES 250 AMPÈRES
Fig. 4.12
Tensão de arco: 21 V;
Gás: Argônio;
Altura: 10 mm.
130 mm / min. 260 mm / min. 380 mm / min. 510 mm / min. 640 mm / min.
Fig. 4.13
Gás: Argônio;
Altura: 10 mm.
Fig. 4.14
O tubo adotado para amostra deverá ser de 5" ou 6" de diâmetro, schedule 40.
Os tubos são designados por uma sigla chamada “IPS” (Iron Pipe Size) ou bitola nominal,
abrangendo tubos desde 1/8" até 36" de diâmetro.
Para cada diâmetro nominal fabricam-se tubos com várias espessuras de parede. Entretanto, para
cada diâmetro nominal, o diâmetro externo é sempre o mesmo, variando apenas o diâmetro interno,
de acordo com a espessura da parede.
As figuras abaixo, mostram as seções transversais de 3 tubos de 1 " de diâmetro nominal com
diferentes espessuras.
Foram adotadas séries ("Schedule Numbers"), para designar a espessura (ou peso) dos tubos.
Também padronizou as séries 10, 20, 30, 40, 60, 80, 100, 120, 140, e 160, sendo que, para a maioria
dos diâmetros nominais, apenas algumas dessas espessuras são fabricadas.
Fig. 4.15
Para os diâmetros de até 2" é prática usual especificarem-se tubos de parede grossa, para que o
tubo tenha resistência estrutural.
As amostras de solda para exames serão executadas na posição de soldagem 5 G, tubo horizontal
fixo, sendo a soldagem executada plana, vertical e sobrecabeça.
POSIÇÃO DE SOLDAGEM 5G
15º
15º
Fig. 4.16
O soldador qualificado para a amostra acima estará automaticamente qualificado para tubo de 3” a 8”
IPS schedule 40 e 80.
O soldador deverá ser reclassificado sempre que uma das variáveis do procedimento de soldagem
for alterada (gás de proteção, metal de adição, características elétricas, processo de soldagem, etc).
A reclassificação do soldador será necessária sempre que o soldador permanecer mais de 3 meses
sem soldar ou quando houver razões especificas para questionar sua habilidade de soldar.
A finalidade dos ensaios destrutivos é verificar as reais condições das soldas. Para que sejam
aprovadas é necessário que atendam algumas exigências mínimas de resistência mecânica nos
ensaios de tração e dobramento.
Inicialmente, preparam-se as amostras para testes, o que deve ser feito da seguinte forma:
Retira-se uma seção do tubo na região da solda (aproximadamente 20 cm para cada lado).
Os corpos de prova são levados à fresa para serem preparados para os testes, ficando nas
dimensões especificadas conforme figuras a seguir:
Cada liga possui características únicas de acordo com os elementos que entram em sua
composição.
A resistência mecânica máxima de uma liga é obtida da seguinte forma: depois de um tratamento
técnico, que consiste em aquecer os tubos até uma temperatura de 525ºC, o tubo é basicamente
mergulhado na água para resfriá-lo, seguindo-se um aquecimento prolongado (envelhecimento
artificial) a uma temperatura de 150 a 250ºC.
Por este motivo, deve-se evitar o preaquecimento principalmente a temperaturas próximas daquelas
atingidas durante o tratamento técnico, visto que, isto destrói o mesmo, resultando no amolecimento
do material e reduzindo conseqüentemente, sua resistência mecânica.
O ensaio de tração é feito tracionando-se o corpo de prova até a sua ruptura total.
Serão considerados aprovados, os corpos de prova que apresentarem limite de ruptura superior ao
valor mínimo, independentemente do local de ruptura.
Dimensionamento do barramento;
TEMPERATURA
TEMPERATURA DE
FUSÃO DA SOLDA
TEMPERATURA
AMBIENTE
DISTÂNCIA
25 25
RESI
STÊN
CIA À
TRA
ÇÃO
OU DISTRIBUIÇÃO
LIMIT REAL
E DE EIXO DA SOLDA
ESC
OAM
ENT DISTRIBUIÇÃO
O DE PROJETO
75 50 25 0 25 50 75
Fig. 4.17
A partir de agora veremos o procedimento para execução das soldagens pelos métodos TIG e MIG
destacando as particularidades de cada um e os cuidados específicos que são comuns aos dois
procedimentos.
Nas soldas de topo, os tubos devem ter suas extremidades chanfradas ou biseladas. Esta operação
é obrigatória e quando realizada de forma incorreta, pode dar origem a defeitos como falta de fusão e
de penetração que resultam em menor resistência mecânica das soldas. As figuras abaixo, mostram
como deve ser executado o biseI.
h
0,250”
A
RASGO “R” 60º a 90º
150 (MÍN.)
TUBO DE
ALUMÍNIO DIMENSÕES DA LUVA
Fig. 4.18
3 a 8 mm
DETALHE “A”
Fig. 4.19
(VER TABELA 1)
6 47 2,5
LUVA 8 54 3,0
Nota: dimensões em milímetro, exceto onde indicado
TUBO
de oura forma.
SEÇÃO “A – A” Tabela 4.7
Fig. 4.20
A luva de emenda é um tubo com diâmetro inferior ao do tubo e com um rasgo longitudinal, de modo
a facilitar sua introdução nos tubos. Sua finalidade é servir de mata junta na emenda dos tubos, de
modo a possibilitar a execução da solda. Anteriormente, FURNAS comprava luvas de alumínio
fundido ou extrudado com comprimento de 600 mm. Atualmente, as luvas utilizadas medem de 10 a
15 cm de comprimento e são preparadas na obra utilizada sobras dos próprios tubos. Devem ser
limpas química e mecanicamente antes da introdução nos tubos.
4.12.3. Limpeza
Limpeza Química
A limpeza química com álcool ou acetona na região do chanfro, luva de emenda e região adjacente
do tubo interna e externamente e eletrodo, visa remover as sujeiras, graxas, óleos, e umidade, que
dão origem a defeitos na solda. Poderão ser usados solventes como: álcool e acetona. Deverão ser
evitados solventes constituídos de compostos clorados de carbono.
Limpeza Mecânica
A limpeza mecânica consiste na remoção da camada de óxido de alumínio da superfície do tubo por
meio de abrasão. A região de limpeza deverá abranger cerca de 150 mm na região adjacente à
solda.
Deverão ser utilizadas escovas de aço inoxidável. É proibido o uso de escovas de fios de aço
comum, latão ou de qualquer tipo, assim como, o uso de escovas que tenham sido usadas na
limpeza de outro tipo de material.
As escovas rotativas não devem ser montadas em equipamentos pneumáticos, uma vez que o sopro
de ar pode contaminar a região da solda. Deve ser executada antes do início da soldagem devido à
velocidade do processo de oxidação do alumínio.
Após a limpeza do tubo e da luva conectora, esta é introduzida nos tubos. Não é permitido o
preaquecimento para facilitar esta operação.
A seguir, faz-se novamente a limpeza química e mecânica do conjunto formado pelos tubos e pela
luva na região de soldagem. Observar se o afastamento entre os tubos (abertura de raiz) está de
acordo com o especificado (3 a 8 mm).
Antes de iniciar a soldagem verificar se os tubos estão corretamente alinhados e se o chanfro foi
corretamente executado (60º a 90º).
A solda deve ser executada de baixo para cima, adicionando-se o material aos poucos para evitar
que este escorra e dê origem a defeitos como o de falta de fusão.
A abertura do arco somente deverá ser feita quando o operador houver verificado o sistema de
refrigeração da tocha e avanço do arame. Tão logo o eletrodo toque a peça, o arco elétrico se
estabelece juntamente com a alimentação do arame eletrodo. A solda segue o sentido horário, com o
tubo sendo lentamente girado por um timão preso a ele. A velocidade de giro deve ser compatível
com a velocidade de avanço do arco.
Entre um passe e outro, é essencial a limpeza mecânica da área soldada com escova rotativa ou
manual. O bocal deve ser limpo com acetona ou álcool para evitar contaminação ou mau
direcionamento do gás de proteção.
Excesso ou falta de gás de proteção poderão dar origem a soldas defeituosas. O excesso provoca
turbulência na área de soldagem permitindo a contaminação pelo meio ambiente. A insuficiência de
gases não permite o isolamento adequado da área.
Os carretéis de arame devem permanecer protegidos por plásticos e guardados em estufa no final do
dia.
Até 1987, Furnas controlava a qualidade da solda executada no campo através de exames
radiográficos. Este processo foi abolido devido aos elevados custos e ao fato da maior parte das
concessionárias de energia elétrica estrangeiras ter sido consultada, não o utilizarem e as normas
permitirem o controle através dos ensaios destrutivos.
Para manter um certo controle sobre os soldadores, foi adotado o seguinte critério:
Após sua classificação, e antes de iniciar os trabalhos, o soldador é avisado que no mínimo 2
(duas) amostras de sua produção normal, sendo uma entre 0 e 30% e outra entre 30 e 70% do
total de soldas da obra, serão retiradas e enviadas para testes destrutivos.
O soldador, cuja solda for reprovada, deverá ser requalificado ou impedido de executar tal tipo de
solda.
Cada solda deverá ser identificada em código, através de punção com as seguintes informações:
Identificação do soldador;
Localização;
Número da solda.
Para controlar e registrar as soldas executadas, a obra pode lançar em desenho, a sua localização e
quem a executou.
Antes de iniciar a soldagem deverá ser verificado se todos os parâmetros de soldagem estão de
acordo com as especificações e se o tubo, luva, varetas ou arame de adição estão dentro das
condições especificadas quanto à limpeza, dimensões e classificação.
A altura máxima do cordão de reforço para tubos de 8" IPS não deve ultrapassar 3 mm e 2,5 mm
para tubos de diâmetros menores.
Após a soldagem de cada passe, não pode haver trincas de qualquer espécie, localização e
tamanho.
Porosidades
Aparecem nas radiografias como pontos pretos de forma circular ou oval. Ocorre pelo
aprisionamento do gás de proteção na poça de fusão ou pela contaminação da vareta de adição.
Também pode ser causado pelo aprisionamento de hidrogênio na poça de fusão devido à turbulência
causada pelo mau ajuste do arco.
Inclusão de Tungstênio
Aparece sob a forma de imagens claras, de forma circular. Ocorre pelo uso de corrente de soldagem
muito elevada, o que provoca arrancamento de partículas do eletrodo e sua introdução na poça de
soldagem.
Falta de fusão
Fusão incompleta entre o metal base e o metal depositado. Decorre basicamente de uma técnica
incorreta que não permite ao arco fundir o metal base, é importante que o metal fundido não penetre
na junta antes do arco. Pode ser causado por correntes baixas, arco excessivamente longo,
presença de óxido na parede do chanfro ou preparação incorreta do chanfro. Na radiografia se
caracteriza pelo aparecimento de uma ou duas linhas pretas.
Falta de penetração
Ocorre quando a solda não penetra na espessura total da chapa devido à baixa temperatura na área
de soldagem. Os cordões da solda de cada lado, não se ligam completamente. As causas podem
ser: correntes baixas, abertura insuficiente entre as partes a serem soldadas e a alta velocidade no
avanço do arco. É importante manter o arco na borda frontal da poça para se obter maior
penetração. Aparece em radiografias como linhas escuras e finas.
Trincas
Aparecem em radiografias como linhas escuras, finas e compridas. Podem ser causadas por
aquecimento desigual na zona de soldagem.
Mordeduras
Sulcos que aparecem no limite entre a solda e o metal base. Linhas escuras com largura variável.
Crateras
Ocorre devido à remoção da pistola e do gás de proteção, antes que a solda tenha se solidificado.
Corrige-se, mantendo-se a pistola na posição normal no fim da solda até que a corrente seja
desligada e o gás fechado.
DEFEITOS EM SOLDAS
Fig. 4.21
DEFEITOS EM SOLDAS
Fig. 4.22
CONTORNO ADEQUADO
Fig. 4.23
4.16. CONTRAFLECHAMENTO
Grandes deflexões (flechas) devem ser evitadas, não apenas devido à aparência desagradável, mas
também de modo a eliminar um ponto de pingamento onde a água da chuva suja ou pingentes de
gelo podem reduzir o "clearance" a níveis inseguros e causarem "flashover". Um barramento sem
deflexões seria o ideal, mas isto é inviável economicamente por causa do grande número de
suportes e isoladores necessários.
De modo a se obter um barramento perfeitamente alinhado, seria necessário que o tubo fosse
fabricado com uma pequena deflexão para cima, conforme é encomendado por concessionárias
americanas. Esta deflexão neutraliza a deflexão causada para baixo pelo peso do tubo e suas
derivações.
A boa prática limita a deflexão do tubo a 1/150 do vão onde dois suportes são usados ou 1/200 onde
três ou mais suportes são usados. Em geral, não é econômico usar tubos extra pesados, exceto em
locais de espaço limitado onde é exigida elevada capacidade de transporte de corrente. Os cálculos
mostram que o peso adicional dos tubos aumenta a deflexão, exigindo vãos mais curtos. Usando
tubos de diâmetros maiores, qualquer capacidade adicional de transporte de corrente pode ser obtida
de modo mais econômico.
O contraflechamento a frio executado na obra é feito da seguinte forma: após soldado o trecho de
barramento a ser içado, este é colocado sobre cavaletes que deverão estar espaçados de acordo
com as distâncias entre os eixos suportes (IPs) definitivos. Estes cavaletes deverão estar
rigorosamente nivelados a uma altura de 1,20m.
No interior dos tubos são introduzidos cabos de alumínio com alma de aço (Rail ou Bluejay),
conforme especificado no projeto, para amortecimento de vibrações eólicas, com auxílio de um
vergalhão de 1/4" de diâmetro.
Após a colocação dos cabos no interior do tubo, estica-se uma linha de nylon no sentido longitudinal
da barra, de modo a tocar seus pontos extremo evidenciando desta forma, a flecha do tubo.
Quando esta flecha for superior a 30 mm, a instrução de Furnas determina que esta seja anulada
através de uma contraflecha, de modo a deixar o tubo próximo do alinhamento horizontal.
O processo utilizado emprega uma viga de aço e macaco hidráulico. A contraflecha é obtida pela
progressão das contraflechas intermediárias na seguinte seqüência:
Divide-se a barra entre os suportes em 6 partes iguais e identifica-se com fita crepe (ou giz de cor).
Estes serão os pontos de aplicação das cintas de couro e do macaco hidráulico. Posiciona-se a viga
com rodas no sentido longitudinal à barra, sob o trecho a ser contraflechado de maneira que sirva de
suporte para o macaco hidráulico e das cintas.
5º 4º
3º 1º 2º
1/6 5/6
2/6 1/2 4/6
SELA
CAVALETE
MACACO
HIDRÁULICO
CORREIA
DE
COURO
CALÇO
Fig. 4.24
Para o caso de barras de 3 ou mais vãos, inicia-se o contraflechamento pelos vãos extremos.
Os esforços aplicados sobre o tubo pelo método experimental e progressivo deverão ser suaves e de
forma a não deformar a barra irremediavelmente. Deverão ser anotadas as alturas de elevação do
pistão em cada ponto, até se obter uma ordem de grandeza, tal que possa ser aplicada em
barramentos com vãos idênticos.
Não poderá ser utilizada qualquer fonte de calor no barramento durante o contraflechamento, pois
poderá resultar na perda da barra.
Os barramentos devem, sempre que possível, serem içados inteiros, isto é, no seu comprimento
final, evitando-se, ao máximo, soldas aéreas, que representam um maior grau de dificuldade para
serem executadas e maiores custos pela utilização de andaimes e guindastes.
SOLDA SOLDA
BERÇO PARA
PINÇAMENTO
(m) COMPR.
BITOLA C l
DA VIGA
SOLDA (Pol.) (m) (m)
TRELIÇADA
90º
8 26
S 3 9
21 39
C S1 S2 C 8 34
6 13
l 21 47
8 38
8 15
VIGA TRELIÇADA 21 51
Fig. 4.26 Tabela 4.9
EXERCÍCIOS
a) Hélio
b) Argônio
c) Nitrogênio
d) Acetileno
a) MIG
b) TIG
c) Ambos
d) Nenhum deles
c) Corrente alternada
a) 50 horas
b) 80 horas
c) 100 horas
d) 120 horas
a) Maior custo
7. A seleção da dimensão e peso dos tubos de alumínio é feita pela capacidade de corrente e:
a) Deflexão
b) Conexões
c) Tipo de soldagem
d) Facilidade de tração
9. As soldas dos tubos de alumínio requerem cuidados específicos devido aos esforços:
a) Mecânicos, somente
b) Mecânicos e elétricos
d) Elétricos, somente
12. Na solda tipo MIG, se o valor da corrente for insuficiente, as gotículas do metal de adição:
14. O processo de soldagem TIG, em corrente contínua com polaridade direta, apresenta a seguinte
característica:
15. O processo de soldagem TIG, em corrente contínua com polaridade invertida, apresenta a
seguinte característica:
16. Os bocais dos maçaricos utilizados no processo de soldagem TIG, recomendados para correntes
acima de 250 A são:
a) Somente cerâmicos
b) Somente metálicos
c) Cerâmicos e metálicos
d) Cerâmicos e de tungstênio
17. Com o propósito de se evitar possíveis danos às mangueiras d’água, durante o processo de
soldagem TIG, a pressão de trabalho da água recomendada é de:
a) 1 a 2 atm
b) 2 a 3 atm
c) 3 a 4 atm
d) 4 a 5 atm
d) Nos processos de soldagem MIG e TIG as impurezas ficam incorporadas ao cordão de solda
20. A coloração do vidro nº 10, para a máscara do soldador, é adequada para uma corrente de:
a) Até 30 ampères
b) 30 a 75 ampères
c) 75 a 200 ampères
21. O valor da resistência mecânica dos tubos de alumínio nos testes de tração é obtido pela divisão
da:
22. A região de limpeza dos tubos de alumínio, na região adjacente à solda, deverá abranger cerca
de:
a) 50 mm
b) 100 mm
c) 150 mm
d) 200 mm
a) 30º a 90º
b) 40º a 90º
c) 50º a 90º
d) 60º a 90º
24. Uma solda que foi realizada com corrente baixa e avanço de arco em alta velocidade apresenta:
a) trincas
b) falta de penetração
c) porosidades
d) mordeduras
a) 1,30 m
b) 1,20 m
c) 1,10 m
d) 1 m
26. A remoção do maçarico e do gás de proteção, antes que a solda tenha se solidificado, formam:
a) Trincas
b) Mordeduras
c) Porosidades
d) Crateras
27. Podem ser causadas por aquecimento desigual na zona de soldagem, dos tubos de alumínio:
a) Crateras
b) Mordeduras
c) Trincas
d) Porosidades
28. No processo de soldagem TIG, o gás que apresenta maior velocidade de soldagem e maior custo
é o:
a) Hélio
b) Acetileno
c) Argônio
d) Nitrogênio
29. Para a aceitação das soldas, a altura máxima do cordão de reforço para tubos de 8” IPS não
deve ultrapassar:
a) 2 mm
b) 2,5 mm
c) 3 mm
d) 3,5 mm
Construídas para operar sem carga, são importantes dispositivos de manobra que permitem a
manutenção dos demais equipamentos elétricos dentro de uma subestação como: transformadores,
reatores, disjuntores, banco de capacitores etc.
Originalmente, as chaves seccionadoras foram concebidas para serem conectadas entre dois
condutores situados no mesmo plano horizontal. O aumento do nível de tensão nas transmissões e
complexos arranjos em subestações, bem como, condutores sendo instalados em planos distintos,
fizeram com que a tecnologia de seccionamento inovasse para atender as diferentes solicitações.
Tabela 5.1
Aberta / Fechada
Garantir perfeita coordenação de isolamento (*) à freqüência industrial (60 Hz) e suportar sem danos
as sobretensões causadas na abertura e fechamento do disjuntor, (surtos de manobra) e as
sobretensões causadas pelas descargas atmosféricas (surtos atmosféricos).
Suportar durante a operação sem sofrer danos em seus componentes (contatos, anéis, etc.) as
pequenas correntes capacitivas ou magnetizantes provenientes de equipamentos ou tipos de
circuitos.
Considerada como nível básico de isolamento, representa a distância linear entre a parte viva e a
terra (solo).
Composta simultaneamente pela altura da coluna isoladora e pelos comprimentos das saias de cada
isolador formando-se uma distância de superfície bem maior que a de arco a seco; esta distância é
definida pelo nível de tensão (kV) e pelo nível de poluição ambiental.
Representa o espaço vazio (livre) entre dois condutores proporcionais á tensão em kV, corresponde
aproximadamente ao da altura da coluna de isoladores.
DISTÂNCIA DE ESCOAMENTO
(A) DISTÂNCIA DE ARCO A SECO
½ (B)
A
B
E
RT
U
R
A
D
A
FA
FASE-TERRA
SE
ABERTURA DA FASE
ENTRE PÓLOS
FASE - FASE
Fig. 5.1
Seccionador de duas colunas, uma rotativa e outra fixa. Acima de 72 kV o fechamento torna-se
crítico devido ao peso e comprimento da lâmina. Exige maior distância entre eixos para manter a
distância fase-fase
Seccionador com 3 colunas isoladoras, sendo duas fixas e uma rotativa (central). Acima de 345 kV
as lâminas ficam muito longas e tendem a sofrer deformações, principalmente na posição aberta.
Seccionador de duas colunas isoladoras rotativas. Muito utilizado na Europa devido a seu baixo
custo. Tomam-se críticas à medida que a tensão aumenta. Exige maior afastamento entre eixos para
manter o afastamento fase-fase.
Seccionador com 3 colunas isoladoras, sendo duas fixas e uma rotativa (central). Devido a seu tipo
de abertura, reduz a distância entre pólos. A lâmina se desloca no plano vertical.
Composta por 2 colunas isoladoras sendo uma fixa e uma rotativa. A lâmina é articulada no centro. O
contato fixo é preso diretamente em cabos, tubos, cadeias de isoladores de suspensão isoladores
rígidos etc.
Composta por 3 colunas isoladoras sendo duas fixas e uma rotativa. A lâmina é articulada no centro.
Composta por 3 colunas isoladoras sendo duas fixas e uma rotativa. a terceira coluna aparafusada
na viga, necessita de um apoio rígido na parte superior para manter seu perfeito funcionamento
Fig. 5.2
5.2. DIMENSIONAMENTO
Finalidade
Fator primário que irá determinar todas as características de projeto das chaves em função do seu
uso: isoladora, aterramento, "by-pass" etc.
Corrente Nominal
Corrente Instantânea
E o valor da corrente, cujo efeito dinâmico e técnico a chave deverá suportar, num determinado
instante e num limite de corrente nominal.
É o valor eficaz da corrente, cujo efeito térmico, as partes condutoras devem suportar durante um
tempo relativamente curto (de 1 a 4 segundos,) de acordo com a norma adotada. O valor desta
corrente determinará as partes condutoras, pois estas dependem principalmente da massa, do calor
específico e da resistividade do material que compõem as partes condutoras.
Tensão Nominal
É o valor de tensão a ser suportada pela chave, entre as partes vivas e aterradas, quando
submetidas a impulso com forma de onda equivalente ao surto de manobra do sistema.
É o valor de tensão a ser suportada pela chave, entre as partes vivas e aterradas, quando
submetidas a impulso com forma de onda equivalente ao surto de descarga atmosférica.
Nível de rádio-interferência
É o valor de tensão de alta freqüência que aparece nos terminais dos equipamentos de alta tensão
energizados e é provocada por efeito corona e outras descargas de alta tensão.
Chaves Isoladoras
LINHA DE TRANSMISSÃO
SUBESTAÇÃO
SECCIONADORA
TRIPOLAR
COM LÂMINA TERRA
Fig. 5.3
ENERGIZADO ENERGIZADO
SECCIONADORA SECCIONADORA
DISJUNTOR
EM REPAROS
Fig. 5.4
São chaves que fecham um circuito que normalmente passa pelas chaves seccionadoras e disjuntor,
permitindo que se faça manutenção no disjuntor sem a necessidade de desligar este circuito.
ENERGIZADO ENERGIZADO
SECCIONADORA SECCIONADORA
DISJUNTOR
Fig. 5.5
Chaves de Aterramento
São chaves destinadas a aterrar um circuito para fins de segurança. Podem ser independentes ou
acopladas às chaves isoladoras que são acionadas por mecanismo próprio e possuem mecanismo
de intertravamento mecânico e elétrico para impedir seu fechamento quando a chave de linha estiver
fechada. São normalmente instaladas nas entradas de linhas de transmissão ou em equipamentos
capacitivos em que a tensão acumulada pode ser alta.
LINHA DESENERGIZADO
TRAFO
SECCIONADORA SECCIONADORA
DE LINHA COM DE ATERRAMENTO
LÂMINA DE TERRA
Fig. 5.6
SECCIONADORA
LINHA - A LINHA - B
SECCIONADORA SECCIONADORA
LINHA - B LINHA - A
SECCIONADORA SECCIONADORA
Fig. 5.7
Suporte ou Chassis
Constituídos por perfis tipo U ou tubos, galvanizados à quente e que têm como função suportar as
colunas isoladoras de cada pólo. Podem possuir parafusos de regulagem que permitem o perfeito
nivelamento e alinhamento das colunas isoladoras de porcelana e mancais para permitir a rotação da
coluna rotativa e suportes para chave de aterramento e suportes para fixação do mecanismo de
operação.
Colunas Isoladoras
Construídos em porcelana, têm por finalidade isolar as partes energizadas da chave ao chassi, que é
aterrado. Podem ser constituídas por isoladores aparafusados um sobre o outro até atingir a classe
de tensão da chave ou por colunas isoladoras, também aparafusadas uma sobre a outra.
Lâminas
Dispositivo que conduz a corrente do circuito em regime contínuo e responsável pelo seccionamento
do circuito conectando ou desconectando o sistema à rede de alta tensão. Construída em ligas de
alumínio sua forma mais utilizada é barra tubular cilíndrica. Os contatos móveis consistem de
pastilhas de prata soldados na extremidade da lâmina
Contato Fixo
Os contatos fixos são montados sobre as colunas isoladoras e são construídos de forma a facilitar o
encaixe das lâminas e impedir aberturas acidentais, possuindo ainda molas para um contato perfeito
com o contato móvel.
Centelhador
Usado para a proteção das colunas isoladoras e coordenação de isolamento entre as partes vivas e
aterradas.
Montados sobre os contatos principais evitam a formação de arco entre os contatos principais com
conseqüentes danos aos mesmos. Com baixas correntes, o arco que se forma nos chifres é de baixa
magnitude e extinto à medida que aumenta a separação entre eles.
A montagem das chaves seccionadoras é um serviço que não apresenta grandes dificuldades,
devido à sua simplicidade, no entanto, certos cuidados deverão ser tomados para se evitar
transtornos durante sua montagem e ajustes.
Nas montagens em áreas energizadas, ou próximas a elas, deve-se providenciar o aterramento das
peças que estão sendo montadas e do guindaste. O operador deve ser orientado para tomar o
máximo cuidado na movimentação, giro e abertura da lança do guindaste, respeitando-se as
distâncias elétricas de segurança.
A regulagem das operações de abertura e fechamento deverá ser feita apenas com operações
manuais utilizando a manivela no cubículo de comando motorizado. A regulagem final somente será
feita após a conexão dos cabos condutores. A partir deste ponto, a chave poderá ser operada e
ajustada eletricamente.
Elétrico
Teste de continuidade, isolação e endereçamento dos cabos de controle e força, resistência elétrica
dos contatos da chave.
Mecânico
Os mecanismos para operação de uma chave podem ser de ação direta ou indireta e se destinam a
transmitir o esforço do operador para abertura ou fechamento da lâmina.
Os mecanismos de ação direta são aqueles que atuam diretamente sobre a lâmina, com varas de
manobra isoladas e são utilizadas em tensões de distribuição de até 34,5 kV.
Os mecanismos de ação indireta não atuam diretamente sobre a lâmina e sim sobre um mecanismo
que transfere um movimento rotativo para outro do tipo torção ou rotação com a finalidade de abrir a
lâmina.
Acionamento Alternativo
Utilizados por chaves basculantes e nas chaves de coluna rotativa, montagem vertical.
Acionamento Rotativo
Interligação Rotativa
Interligação Alternativa
5.6. OPERADORES
São dispositivos destinados a transmitir os esforços mecânicos para abertura das chaves
seccionadoras. Podem ser:
Manual
Pneumático
Utilizado para chaves acima de 138 kV. Funcionamento preciso e suave através de conjunto de
cremalheira e pinhão acoplado a pistões movimentados por ar pressurizado fornecido por uma
estação de ar comprimido individual ou coletivo.
Motorizado
Acionamento por motor elétrico acoplado por tubos a caixas de redução. Muito utilizado em
seccionadoras com tensão acima de 138 kV. Na falta de alimentação elétrica do motor, também
podem ser acionados manualmente através de manivela ou volante acoplado diretamente ao
acionamento Durante o período de armazenamento no almoxarifado, o cubículo deverá ter a
resistência de aquecimento ligada para evitar que a umidade oxide os contatos elétricos.
Elétrica Remota
A chave seccionadora é operada de dentro da casa de controle (painel duplex), e apenas se houver
condições para isto.
Elétrica Local
Operação feita através dos botões "abre e fecha" ficam existentes no cubículo de controle no campo,
com a chave seletora na posição "local".
5.7. INTERTRAVAMENTO
Dispositivo que condiciona a operação de uma chave a determinadas situações prévias que são
estabelecidas de modo a proteger o equipamento e dar segurança à seqüência de operações,
podendo ser constituído dos seguintes tipos:
Mecânico
Dispositivos feitos para equipamentos que compartilham a mesma estrutura suporte, mas possuem
comandos independentes. Ex.: Chave seccionadora com lâmina de aterramento.
Fechadura
Cada mecanismo é provido de uma fechadura que mantêm a chave trancada em determinada
posição.
Elétrico
Uma tranca operada por solenóide impede a operação simultânea ou indevida da chave. O solenóide
possui contatos ligados a outros equipamentos (chaves, disjuntores e transformadores).
5
1
5
6 2
7 6 4
4
1
5
3
3
9
8
10
11
12
13
14 15
Fig. 5.8
COMPONENTES DA CHAVE
1 - Suporte de Fixação (estribo) preso nos 8 - Coluna de isolador suporte (fixo)
cabos ou barramento 9 - Coluna de isolador rotativo
2 - Contato fixo 10 - Coluna de isolador suporte do contato fixo e barramento
3 - Contato (pinça) móvel “loop-reverse” 11 - Mancal rotativo
4 - Lâmina móvel articulada 12 - Eixo do comando
5 - Anel anticorona 13 - Base tubular estrutural
6 - Articulação ou rolamento elétrico 14 - Comando motorizado
7 - Contato do mecanismo 15 - Base de suporte e regulagem
Tabela 5.2
EXERCÍCIOS
a) Lateral simples
b) Central
c) Vertical
d) Lateral dupla
3. Qual o tipo de abertura da seccionadora que possibilita a redução da distância entre pólos?
a) Lateral simples
b) Lateral dupla
c) Central
d) Vertical
4. As seccionadoras que possuem três colunas isoladoras, sendo duas fixas e uma rotativa são:
6. Os componentes das chaves seccionadoras que têm a função de isolar a parte energizada do
suporte são chamados de:
a) Chassis
b) Isoladores
c) Lâminas
d) Contatos fixos
7. A formação de arco entre os contatos principais de uma chave seccionadora pode ser evitada
com a utilização de:
a) Suporte
b) Coluna Isoladora
c) Centelhador
d) Chifre
a) Suporte
b) Contato fixo
c) Centelhador
d) Chifre
a) 69 kV
b) 138 kV
c) 230 kV
d) 345 kV
10. O valor da tensão que será suportado pela chave seccionadora, entre as partes vivas e aterradas
é denominada de:
a) Impulso de Surto
b) Impulso de Recarga
d) Impulso de Rádio-Interferência
11. A massa, o calor específico e a resistividade do material que compõem as partes condutoras de
uma chave seccionadora são determinadas pela:
a) Corrente Nominal
b) Corrente Instantânea
c) Corrente de Surto
12. A distância linear entre a parte da chave seccionadora com tensão e a terra é denominada de:
b) Distância de Escoamento
c) Distância Fase-Fase
13. A distância resultante dos comprimentos das saias dos isoladores de uma chave seccionadora é
denominada de:
b) Distância de Escoamento
c) Distância Fase-Fase
14. A característica dielétrica de uma chave seccionadora que é definida em função da poluição
ambiental é denominada de:
b) Distância de Escoamento
c) Distância Fase-Fase
6.1. OBJETIVO
São aqueles utilizados para transportar informações dos equipamentos para os painéis da casa de
controle, relés, painéis de supervisão de equipamentos e outras instalações onde se faz necessário o
transporte de informações, sinalização e comando. Podem ter formação singela, ou mais condutores
com isolamento de 600 a 1000 V.
São aqueles utilizados para transportar blocos de energia para alimentação de painéis, motores,
tomadas, iluminação, aquecimento, ou para diversos pontos da subestação. Podem ter formação
singela, ou com 2, 3 e até 4 condutores e isolamento de 1 a 35 kV.
Os cabos são fornecidos em bobinas de madeira nos comprimentos padronizados pelos fabricantes.
Portanto, antes de iniciar o lançamento, deve ser estabelecido um Plano de Lançamento (ou de
corte) baseando-se nos comprimentos necessários para os diversos trechos pretendidos, evitando-se
desperdícios. Deve-se dar prioridade ao lançamento de cabos de maior comprimento.
A lista de material contém o comprimento dos cabos, bem como, a descrição completa e outras
informações necessárias, conforme tabela abaixo.
LISTA DE MATERIAL (CABOS)
ITEM QUANT. UNID. DESCRIÇÃO
Cabo elétrico de potência, 3 condutores, cobre, têmpera mole,
seção nominal 100mm2, formação 7 fios, isolação PVC, antichama 222-5009
01 900 M
preta, blindagem com fita de cobre, 1 kV ABNT NBR-7288 Item 9
CR: Sintenax-AF Pirelli ou equivalente
Cabo elétrico de controle, 5 condutores, cobre, têmpera mole,
seção nominal 2,5 mm2, formação 7 fios, isolação PVC antichama
222-5009
02 750 M preta, condutores numerados, blindagem com fita de cobre, 750
Item 10
kV, ABNT NBR-7228
CR: Sintenax-AF Pirelli ou equivalente
Tabela 5.1
Número do Cabo
Representa a identificação do cabo, aposta nas duas extremidades, de acordo com área de interesse
e ou equipamento que for ligado.
Comprimento de Cabo
Valor do lance do cabo, em metros. Como é estimado pelo projetista deverá ter seu valor confirmado
para execução do Plano de Lançamento (ou Corte) e no lançamento propriamente dito.
Formação do Cabo
Percurso do Cabo
Determina o itinerário dos cabos através dos dutos, canaletas, caixas de passagem e bandejas.
Finalidade e Extremidades
Determina a função do cabo (força, alarme, medição, proteção, controle, etc.) e identifica os
equipamentos que estão sendo interligados.
LISTA DE CABOS
CABO COMP. FORMAÇÃO CONDUTOR
PERCURSO FINALIDADE EXTREMOS
Nº (m) COND./FIOS BITOLA/ISOLAÇÃO
B3A, B4C, C3A,
6 mm2 C4C, CP16, DCP-A/
C143 250 1/2 Potencial
BL./1kV F43, CP17, F45, PNL-5C
C6A, C7C, F65
Tabela 5.2
Antes de iniciar o lançamento é necessário que se faça a identificação dos dutos e eletrodutos por
onde passarão os cabos, Nessa lista, temos o número do eletroduto, seu tipo, diâmetro e
comprimento, os cabos que passarão por ele e o percurso (tabela a seguir). Os projetos de dutos e
canaletas mostram onde ficam as extremidades dos cabos e o seu percurso (próxima figura).
LISTA DE ELETRODUTOS
ELETRODUTO ELETRODUTO
CABOS PERCURSO
Nº Ø / TIPO / COMP.
C187, C188, C189, CUB-4, cub 14/
P 235 3” / PVC / 9m
C234, CUB-13CUB-11 PNL C32
F190 2” / F.G / 6m C780, M321, C781, M322 T2A
Tabela 5.3
CP 12
C324, C325, C326
CANALETA
C-2A F-245 3” F.G.
SALA DE DISJUNTOR
CONTROLE CANALETA
F-246 3” F.G.
DJ31, DJ32, DJ33
P-456 3” F.G.
SECCIONADORA
S234, S235, S236
C-2B
F-247 2” F.G. TC TC TC
Fig. 5.1
Para executar a ligação dos cabos a planilha de ligações e o diagrama de interligação são essenciais
para o eletricista saber em que régua será ligado o cabo e qual é a identificação dos condutores
(tabela abaixo). O diagrama de interligação informa os pontos de conexão nas duas extremidades
(figura a seguir).
PLANILHA DE LIGAÇÕES
ORIGEM DESTINO
CABO CONDUTOR
PAINEL C32 DJ668C
Nº ANILHA Nº
RÉGUA / BORNE RÉGUA / BORNE
Z1 01 C101 TM1 1 BE 56
Z1 02 C101 TM34 2 BE 57
Z1 03 C101 TM15 3 BE 58
Z1 04 C101 TS23 4 BE 59
Z1 05 C101 TR19 5 BE 60
Z3 25 DJ234 51N 1 BE 27
Z3 31 DJ235 51S 2 BE 56
Z3 05 DJ236 A1 3 BE 57
Z3 32 DJ237 B1 4 BE 51
Tabela 5.4
1 Nº DO CABO Nº DO DESENHO
01 A1
2
02 B1
3
03 C1
4
04 D1
5
05 X1
06
6 7
TC 234 356450-A1-0
Fig. 5.2
Para se controlar a utilização dos cabos deve-se fazer uma tabela de controle de estoque onde
constará o saldo dos cabos utilizados. E para otimizar a aplicação dos cabos deve-se fazer um plano
de lançamento. Este deverá ser feito cuidadosamente para adequar os cabos disponíveis aos lances
necessários.
CONTROLE DE ESTOQUE
CABO Nº BOBINA LANCE COMPRIMENTO SALDO
877 01 697 m 697 m
877 02 160 m 857 m
12 x 4,0 BL
877 03 111 m 968 m
878 01 800 m 1768 m
795 01 500 m 500 m
2 x 4,0
796 01 500 m 1000 m
277 01 450 m 450 m
2 x 6,0 BL
278 01 550 m 1000 m
662 01 1000 m 1000 m
5 x 4,0 BL
663 01 1000 m 200 m
Tabela 5.5
PLANO DE LANÇAMENTO
CABO COMP. Nº Nº COMP.
FORMAÇÃO DESTINO PERCURSO SOBRA
Nº (m) BOBINA LANCE (m)
F234 300 12 x 4,0 DJ668C F32/C2A/ 877 01 300 397
PNLC32 F33/F34/
CP11/B34
PLANO DE LANÇAMENTO
CABO COMP. Nº Nº COMP.
FORMAÇÃO DESTINO PERCURSO SOBRA
Nº (m) BOBINA LANCE (m)
F235 380 12 x 4,0 TC34A B34/CP11/ 877 01 380 17
PNLC32 F34/C2A/
C3A/F30
CS45 100 12 x 4,0 DJ668C F32/C2A/ 877 03 100 11
CS658 F37
CS41 145 12 x 4,0 DJ668C F32/C2A/ 877 02 145 15
CS678T C3B/F38
Tabela 5.6
De posse do Plano de Lançamento (ou corte) e da Lista de Cabos proceder conforme descrito a
seguir:
Sempre que possível lançar os cabos no sentido dos equipamentos do pátio de manobra para casa
de controle, relés ou outras edificações, procedimento que facilitará o lançamento.
Os cabos devem ser desenrolados com as bobinas apoiadas sobre eixos horizontais (sempre no
sentido determinado pelo fabricante) que passam através do orifício da bobina e deverão girar
livremente entre os cavaletes que sustentam as extremidades do eixo. Os cabos não deverão ser
desenrolados, estando a bobina apoiada sobre sua face lateral (virada de lado), a não ser que esteja
apoiada em dispositivo que o permita.
Antes de iniciar o lançamento é necessário que se faça a identificação dos dutos e eletrodutos
através da Lista de Eletrodutos e das canaletas e bandejas por meio de desenhos específicos
Antes do lançamento do cabo, o interior do eletroduto deverá ser inspecionado, a fim de serem
eliminadas quaisquer rugosidades, substâncias abrasivas, pontos enferrujados ou outro fator que
possa avariar o cabo durante o puxamento.
Fazer a isolação da extremidade inicial do cabo, fita isolante ou auto fusão quando for lançado em
presença de umidade.
Sempre que necessário, deverá ser providenciada proteção para os cabos, a fim de evitar avaria no
seu isolamento por arraste ou queda eventual de materiais.
Puxar o cabo pelo percurso indicado na lista de cabos, obedecendo aos raios mínimos de curvatura
e as tensões de puxamento. Evitar arrastamento dos cabos por longos trechos o que poderá
ocasionar danos ao isolamento do cabo por atrito.
Todo eletroduto deve ter no seu interior um arame guia de aço galvanizado de 2 a 4 mm de diâmetro,
para puxamento dos cabos, inclusive nos eletrodutos que já tem cabo. No lançamento do último cabo
de um eletroduto, lançar junto outro arame guia para futuras ampliações.
Os cabos deverão ser puxados com um deslocamento lento e uniforme. Devem ser evitadas
mudanças bruscas na velocidade de puxamento, partidas e paradas, de modo a não ocorrer tensões
indesejáveis.
Em dutos que já existam cabos deve-se necessariamente fazer uso de talco industrial ou vaselina
neutra para diminuir o atrito do cabo a ser lançado, reduzindo os riscos de danos ao isolamento dos
cabos existentes. Este procedimento também será adotado em dutos longos mesmo vazios.
Durante o lançamento nos dutos, canaletas e bandejas, os cabos devem ser arrumados de forma
alinhada, mostrando boa estética na ordenação, de maneira a ocupar o menor espaço possível.
Recomenda-se não efetuar o lançamento dos cabos em dias chuvosos, pois poderia ocorrer
penetração de umidade nos mesmos, acarretando baixa isolação.
Todos os cabos lançados devem ter sobra suficiente de modo a permitir a ligação de qualquer
condutor a qualquer dos bornes terminais, inclusive aqueles localizados nos pontos mais remotos do
painel.
Qualquer cabo avariado ou em desacordo com as normas e especificações deverá ser retirado e
substituído.
Os cabos a serem lançados em eletrodutos devem ser puxados por meio de luvas de aço flexíveis
apropriadas ao diâmetro de cada um. No caso de lançamento em feixes deve-se executar um
encabeçamento que permita o puxamento com segurança e sem danificar outros cabos.
O puxamento dos cabos pode ser feito tanto por método manual quanto mecânico, de acordo com a
recomendação do fabricante e a disponibilidade local.
Em geral, o puxamento manual é feito em trechos curtos, sendo que em trechos longos os cabos são
carregados. O puxamento manual é estimado em 15 a 20 kg/homem.
Fig. 5.3
Fig. 5.4
Após o lançamento, os cabos deverão ter seus revestimentos externos retirados. Isto é feito por meio
de ferramenta cortante, de preferência faca com lâmina regulável, primeiro no sentido radial do cabo
e a seguir no sentido longitudinal com cuidado suficiente para não ferir os condutores ou a blindagem
quando houver. Em seguida, retira-se a fita de poliéster ou tecido localizada abaixo da blindagem
metálica se for o caso. Por último, faz-se a retirada do enchimento a base de composto em PVC.
CONDUTORES
CABO
CAPA EXTERNA
Fig. 5.5
Após retirada a capa dos cabos executa-se os testes de resistência de isolamento. Estes testes
serão executados logo após o lançamento dos cabos. Se, após os testes for constatado baixo nível
de isolação os cabos com defeito deverão ser substituídos.
Para se proceder a medição da resistência de isolamento, deverá ser utilizado um megômetro com
tensão elétrica contínua de 300 a 500 VCC nas seguintes condições:
Os cabos sob teste ficarão com tensão aplicada durante 1 minuto após o qual será efetuada a leitura.
Deverá ser anotado em formulário próprio (anexo) o comprimento do cabo e a temperatura ambiente
do local durante a realização do ensaio.
Fórmula utilizada:
r . c . f
R M . km , sendo:
1.000
Os resultados da resistência de isolamento não devem ser inferiores aos fornecidos pelos
fabricantes.
R i ki . log D / d , onde:
D d 2ei , onde:
d = diâmetro do condutor
Para condutores de seção não circular o valor de d deve ser obtido com a seguinte expressão:
Para condutores de seção circular, o valor de d é obtido na tab. 14, anexo C, NBR 6251 ou com a
seguinte expressão:
D 4s / , onde:
Este teste será realizado em cabos de força com tensão superior a 5 kV.
O cabo quando submetido à tensão elétrica alternada de freqüência de 48 a 62 Hz, cujo valor é dado
na tabela IV não deve apresentar perfuração.
Para cabos unipolares com blindagem metálica ou outra proteção sobre a isolação, a tensão elétrica
será aplicada entre o condutor e a blindagem.
Resistência de isolamento
Para esse teste deve-se decapar a isolação das pontas dos condutores e aplicar uma tensão
induzida (500 VCC) entre cada condutor contra a terra, contra a blindagem e contra os demais
condutores do cabo entre si.
Alisamento
Após a verificação da resistência de isolamento e teste de tensão elétrica se faz o alisamento dos
cabos para melhor execução do feixe (chicote), pois dessa forma retira-se o condicionamento
helicoidal. O alisamento se faz com um dispositivo de madeira, conforme mostra as figuras.
Identificação
Todos os cabos e condutores serão identificados com etiquetas adesivas previamente numeradas
manual e mecanicamente. As etiquetas serão compatíveis com o diâmetro dos cabos e condutores.
Após aplicação da etiqueta nos cabos e condutores, elas serão protegidas com revestimento
transparente termocontrátil, em diâmetro adequado, para garantir sua integridade e durabilidade.
Como referência: tubo termocontrátil transparente da RAYCHEM, HELLERRMAN ou similar.
ETIQUETA ADESIVA
TUBO TERMOCONTRÁTIL
CABO
TRANSPARENTE
XXX
TC-487-A
6.7. INTERLIGAÇÃO
De acordo com o diagrama acima, o fechamento do contato de neutro da cigarra para terra é feito
pelo operador quando do teste.
A continuidade e endereçamento de todos condutores de cada cabo devem ser verificados, assim
como, a correta polarização dos condutores de corrente contínua, bem como, a seqüência de fase
dos condutores de corrente alternada.
TELEF. TELEF.
1 CABO 12
32 3
4 4
5 5
NOTA
CIGARRA
110/220v
Para terminação de cabos de força acima de 1,5 kV seguir as instruções dos fabricantes.
Fig. 5.16
Fig. 5.17
O aterramento da blindagem deve ser feito por meio de um fio de drenagem ou por um condutor que
tenha uma seção equivalente a área efetiva da blindagem. A ligação a terra deve ser a mais curta
possível e executada em ambas as extremidades dos cabos, ou de acordo com recomendações
específicas de projeto. Ver seqüência a seguir.
Fita de Cobre
40 mm
Fig. 5.18
A blindagem é envolvida com pelo menos 6 voltas do fio de aterramento. Se a ligação tiver que ser
feita dentro do dispositivo o condutor é torcido para frente (sentido inverso).
ATERRAMENTO DA BLINDAGEM
Fig. 5.19
Quando utilizar solda, desenrolar 1 espira completa da blindagem, de maneira que durante a
execução da soldagem do fio externo, a alta temperatura do ferro de solda não danifique o
isolamento do cabo, logo após enrolar a espira para sua posição inicial.
Fig. 5.20
60 mm
TUBO TERMO-CONTRAÍVEL
Fig. 5.21
Malha de Cobre
(mm)
MALHA DE COBRE
Fig. 5.22
Fig. 5.23
A malha é comprimida e cortada. Os fios da blindagem traçada fina devem ser abertos, a fim de que
a blindagem possa ser dobrada para trás.
20 cm
MALHA CORTADA
Fig. 5.24
A blindagem é dobrada para trás. Certifique-se de que nenhuma dobra com arestas vivas foi feita ou
que nenhum fio solto tenha ficado saliente de modo a provocar um curto circuito entre os condutores.
DOBRA DA BLINDAGEM
Fig. 5.25
TORÇÃO DA BLINDAGEM
Fig. 5.26
TUBO CONTRAÍVEL 50 mm
Fig. 5.27
FITA ALUMINIZADA
Fig. 5.28
Fig. 5.29
O fio dreno de cada par é torcido e soldado a um fio externo. Se a ligação tiver que ser feita dentro
do dispositivo (painel/equipamentos) o condutor é torcido para frente.
Fig. 5.30
Fita Aluminizada – sem fio dreno (por exemplo: blindagem interna do cabo 4 x 1 x 10 AWG)
40 mm 40 mm
Fig. 5.31
Fig. 5.32
ENVOLVIMENTO DA BLINDAGEM
Fig. 5.33
Um fio dreno externo é torcido com os 04 internos (correspondentes aos 4 condutores) e soldado. Se
a ligação tiver que ser feita dentro do dispositivo o condutor é torcido para frente (sentido inverso).
Fig. 5.34
PROTEÇÃO DA LIGAÇÃO
Fig. 5.35
As emendas de cabos de controle e força até 1,5 kV devem ser evitadas. Quando realmente
necessárias, as emendas deverão ser feitas através de luvas de compressão de cobre estanhado,
com diâmetro compatível com os cabos a serem emendados. Após a compressão restabelecer o
isolamento com pelo menos três camadas de fita isolante, aplicadas helicoidamente com
sobreposição de 1/3 da fita. Logo após aplicar três camadas de fita autofusão da mesma forma, ou
tubo termocontrátil. Como opção pode-se utilizar kits com luvas termo contráteis, de acordo com o
número de bitola de condutor.
132 / 180
7 12,5 7 18,3 *** Para
** Para
os transdutores
comunicação
de das
CC (DCCT’s)
RTU’s (RTU – Front end
* ePara
basecomunicação
de tempo) da barra de dados (DS 8 – M88)
- - 10 18,8
4 x 18 13,9 - -
27 17,1 27 22,6
- - - -
24 x 18 26,7 81 35,4
- - 91 39,0
132 34,1 - -
- - - -
- - 25 22,9
- - 42 25,9
- - 59 28,9
27 18,2 27 23,0
40 19,2 - -
54 20,6 - -
67 23,2 - -
94 25,4 - -
159 32,5 - -
43 19,7 - -
86 23,3 - -
- - - -
137 28,9 - -
107 29,0 - -
217 31,8 - -
345 36,2 - -
- - 14 28,2
- - 20 23,3
- - 27 25,0
- - 54 31,6
- - 20 34,5
- - 86 46,6
Tabela 5.7
BitolaCabo Sem Blindagem
deForça
Tração
(kgf) Curvatura
Raio Mín.
Máx. de(cm)
Ø Externo (mm) mm2 AWG
10,2 0,75 2 x 18 7 6,5
10,6 0,75 3 x 18 - -
11,2 0,75 4 x 18 - -
13,8 0,75 8 x 18 - -
133 / 180
Divisão de Apoio e Controle de Qualidade – DACQ.C
Superintendência de Empreendimentos de Transmissão – ST.C
CABOS DE FORÇA
134 / 180
CABO BLINDAGEM600V - SEM BLINDAGEM600V - UMA BLINDAGENS600V - DUAS BLINDAGEM15 KV - UMA BLINDAGEM25 KV - UMA
Força Máx. de de Força Máx. de de Força Máx. de de Força Máx. de de Força Máx. de de
AWG (kgf) (cm)
Raio Mín. (kgf) (cm)
Raio Mín. (kgf) (cm)
Raio Mín. (kgf) (cm)
Raio Mín. (kgf) (cm)
Raio Mín.
Tração Curvatura Tração Curvatura Tração Curvatura Tração Curvatura Tração Curvatura
12 AWG 13 3 13 11 - - - - - -
10 AWG 21 3 21 11 - - - - - -
8 AWG 33 4 33 14 - - - - - -
6 AWG 53 4 53 15 - - - - - -
4 AWG 85 5 85 17 85 19 - - - -
1000AWG - - - - - - - - 2024 74
Observações: Para os cabos de 1000 KCM, classe de isolamento de 1 kV, a máxima força de
tração é 2024 kgf e o raio mínimo de curvatura é 18 cm.
Tabela 5.8
mm2
120
150
240
300
500
2,5
10
95
16
25
35
50
4
6
BITOLA
(mm)Ø Externo
17,4
19,0
20,8
10,5
11,6
13,4
26,3
29,1
36,3
5,4
6,6
6,9
6,7
8,7
Tensão de
Isolamento 0,6 / 1 1,8 / 3 3,6 6 / 10 8,7 / 15 12 / 20 15 / 25 20 / 35 27 / 35
Vo / V
Tensão de
3,5 6,5 11 15 22 30 37,5 50 67,5
Ensaio
Tabela 5.10
Nota: os valores de tensão de ensaio correspondem a 2.5 Vo + 2,0 kV, para cabos com tensão de
isolamento até 3.6/6 kV inclusive 2,5 Vo para cabos com tensões de isolamento superiores.
6.9.1. Generalidades
A seleção de tubulações subterrâneas e aéreas destinadas à proteção dos cabos de força, comando
e controle de uma SE, deve ser feita com o máximo critério, para se assegurar eficiente proteção aos
cabos e facilitar seu adequado assentamento. A fim de serem atingidos mais facilmente, esses
objetivos na instalação, os eletrodutos deverão satisfazer, no mínimo, os seguintes requisitos:
Serem inalteráveis, não sofrendo deformações no decorrer do tempo, sob a ação do calor ou da
umidade;
Serem insensíveis aos danos causados por curto-circuito, não aderindo aos cabos;
Serem imunes a ação destruidora das correntes parasitas e de agentes agressivos do solo e a
de animais roedores;
Serem impermeáveis;
Eletrodutos Rígidos
Os eletrodutos são fabricados sem costura interna e padronizados em FURNAS nas medidas de 19
mm (3/4”), 40 mm (1 ½”), 50 mm (2”) e 75 mm (3”) de diâmetro interno. São rosqueados
externamente com rosca NPT e fornecidos em varas de 3 m de comprimento.
Os eletrodutos de fibro cimento são utilizados em passagens sob estradas para se dar continuidade
às canaletas, ou para proteger cabos de alta tensão (15 a 25 kV).
Os tubos de fibro cimento são utilizados nos diâmetros de 75 mm (3”), 100 mm (4”) 125 mm (5”) ou
150 mm (6”). A conexão dos tubos de cimento amianto podem ser da seguinte forma:
Juntas elásticas – junção através de luvas de fibro cimento e dois anéis de neoprene, de dois
eletrodutos com pontas.
Luvas plásticas – para a junção de dois eletrodutos de pontas cônicas por meio de luvas plásticas
especiais.
Ponta e bolsa – junção de eletroduto de ponta, com eletroduto de bolsa, complementada por um
anel de borracha natural.
Eletroduto de PVC
São eletrodutos, que apesar de não oferecer a resistência mecânica do eletroduto de aço
galvanizado, têm a seu favor o baixo custo e maior facilidade de instalação, oferecendo grande
resistência a agressividade do terreno. São fornecidos com rosca NPT em varas de 3 a 6 metros e
são disponíveis nas bitolas de 12,5 a 150 mm (1/2 a 6”).
Eletrodutos Flexíveis
Eletrodutos de PVC
São amplamente empregados em instalações prediais, por seu baixo custo e facilidade de
instalação. São fornecidos em rolos, com a metragem necessária e são disponíveis nas bitolas de
12,5 mm e 50 mm (1/2 a 3”).
É um eletroduto construído com espiral de aço zincado, revestido com PVC. Para sua conexão
necessitam de conectores apropriados. Fornecidos com rosca NPT.
Eletrodutos Kanaflex
São dutos para cabos subterrâneos de polietileno de alta densidade. São fabricados nas bitolas de
11/4”,2”, 3”, 4”, 5” e 6”. Esses dutos dispensam o uso de concreto, pois têm grande resistência. São
isolantes, possuem alta rigidez dielétrica e são resistentes aos agentes químicos.
Rosqueamento
10 cm
Fig. 5.36
Dobramento
Nos projetos de dutos, é comum o emprego de curvas, para a subida dos eletrodutos às caixas de
ligações e para mudança de itinerários. Os projetistas prevêem nas suas listas de materiais estas
curvas, de raio longo (raio aproximadamente 5 vezes o diâmetro nominal do tubo). Porém, em função
da necessidade de obra, muitas vezes o tubo deve ser dobrado na obra. Para isso, utiliza-se de
dobradeira hidráulica, equipada com matrizes correspondentes ao diâmetro do tubo, para que o raio
de curvatura seja compatível, já que a dobradeira permite várias combinações de curvatura.
DOBRADEIRA DE TUBO
Fig. 5.39
Rosqueamento
O rosqueamento de eletroduto de PVC deverá ser feito com tarraxas apropriadas, mais leves e
específicas para cada tipo de rosca. Normalmente, o rosqueamento é executado em um único passe.
Não há necessidade de maiores cuidados na montagem e preparação, a não ser a utilização de fita
de teflon na montagem das conexões.
Dobramento
Este tipo de eletroduto não deve ser dobrado, pois corre o risco de quebrar. É mais prática e
econômica a utilização das curvas prontas, facilmente encontradas no comércio.
Para instalação de eletrodutos de fibro cimento, convém observar as instruções dos fabricantes, pois
há variações de técnicas de fabricação e função entre os vários existentes.
Existem várias maneiras de se identificar eletrodutos, tanto nas canaletas como nas caixas de
passagem.
Pintura
É um método prático, porém para que a pintura não saia com o decorrer do tempo, é necessário
utilizar tinta resistente à ação do tempo e abrasão.
PAREDE DA CANALETA
21 21 21
45 46 47
2145 2146 2147
IDENTIFICAÇÃO DE ELETRODUTOS
Fig. 5.40
É imperativo que, ao se executar uma rede de dutos, qualquer que seja o seu diâmetro ou material
empregado, seja deixado um arame galvanizado que transpasse a extremidade do tubo em 50 cm,
para que os cabos possam ser puxados através dos dutos. Em trechos muito extensos, o guia
deverá ser lançado a medida que se montam os eletrodutos.
Fig. 5.41
As canaletas são utilizadas para facilitar a instalação dos cabos e comportam grandes quantidades.
Podem ser concretadas no local, ou então podem ser feitas com concreto pré-moldado ou mesmo
com blocos de concreto.
6.9.10. Bandejas
As bandejas de cabos variam de tamanho em função do peso dos cabos que deverão suportar, bem
como, a sua fixação. Na figura a seguir, vemos um gráfico de aplicação de leito de cabos, de acordo
com a carga a ser suportada e a distância entre suportes j.
Instalação
Na figura a seguir, vemos em exemplo típico de aplicação de bandejas de cabos. Cabe notar que nas
subestações elas são utilizadas em salas de cabos, galerias, salas de relés, etc.
INST
ÇÃO
BAN
ALA
DEJ
DE
Fig. 5.44
EXERCÍCIOS
1. Os cabos de controle:
a) Eles são usados para transportar informações dos equipamentos para os painéis da sala de
controle, casa de relés, bem como, transporte de energia para os motores das seccionadoras e
outros equipamentos
d) Têm a finalidade de levar informações aos painéis, bem como, levar energia para iluminação e
aquecimento desses painéis
2. Os cabos de força:
a) Têm a finalidade de levar energia para alimentação de painéis, motores, tomadas e outras
cargas para diversos pontos da subestação
b) Têm a finalidade de levar energia para alimentação de motores, tomadas e outras cargas para
diversos pontos da subestação e podem ter formação de 2, 3, 4 e até 5 condutores
b) O plano de lançamento permite que se faça o lançamento dos cabos de forma mais organizada
c) O controle de estoque contribui para que, na aplicação dos cabos de acordo com o plano de
lançamento se evite falhas ao executar o corte dos mesmos
d) O plano de lançamento permite uma melhor especificação dos cabos, bem como, redução do
desperdício
b) Para facilitar, sempre que possível deve-se lançar os cabos do pátio para a casa de controle
c) Os cabos devem ser desenrolados com as bobinas apoiadas sobre eixos verticais para facilitar
os trabalhos
7.1. DEFINIÇÃO
As perdas no cobre correspondem à dissipação de energia por efeito Joule, determinada pelas
correntes que circulam nos enrolamentos do primário e do secundário e dependem da carga elétrica
alimentada pelo transformador.
i i
1 2
N
1
V e e CARGA V
1 2
1 2
N
2
Fig. 6.1
a) Não há fluxo de dispersão, isto é, todo o fluxo é confinado ao núcleo e enlaça todas as espiras dos
enrolamentos primários e secundários. b) As resistências ôhmicas dos enrolamentos são
desprezadas. c) As perdas no ferro são desprezadas. d) A permeabilidade do núcleo é tão elevada
que com uma corrente de magnetização praticamente desprezível pode-se estabelecer fluxo
magnético no núcleo.
d
V1 e1 N 1 1
dt
d
V2 e2 N 2 2
dt
V1 e1 N 1
V2 e2 N 2
N1
Isto é, a relação das tensões é igual á relação que é chamada de relação de transformação do
N2
N1
transformador. Daí obtém-se também que V1 .V2 4
N2
Estas relações são válidas mesmo com o transformador em vazio, isto é, sem carga ligada ao
secundário. Em vazio, a corrente i1 é praticamente zero e a corrente i2 é igual a zero. Quando a carga
é ligada, aparece uma corrente i2 no secundário que produz uma f.m.m. desmagnetizante N2. i2 .
Nestas condições, para que o estado de magnetização do núcleo seja mantido, teremos no
enrolamento primário uma corrente i1 que produzirá uma f.m.m. magnetizante N1. i1 , cujo efeito é
anular a tendência de desmagnetização causada pela corrente secundária.
7.2.2. Autotransformador
H1
Y1
I1
Nt E3
Y2
Np X1
E1
Ns
IC E2
XO
HO XO
Fig. 6.2
1. Baixo custo
2. Maior rendimento
3. Melhor regulação
4. Menor tamanho
Desvantagens
1. O fato de que a impedância percentual efetiva no autotransformador é ou pode ser reduzida pela
E1 E 2
relação no autotransformador equivalente faz com que seja aumentada a corrente de curto-
E1
circuito pela relação inversa.
2. Tendo conexão elétrica entre primário e secundário, cada circuito é afetado pelos distúrbios
elétricos ocorridos no outro: por isso, são usualmente utilizados em sistemas com neutro aterrado.
7.2.3. Terciários
a) Servir como fonte de fornecimento de uma tensão de serviço de valor menor que as tensões
primárias e secundárias.
b) Servir como sede de circulação de corrente do 3º harmônico, dados que são ligados em delta.
d) Alimentar capacitores e reatores, nos locais onde a presença deles se faz necessária.
7.3.1. Núcleo
Adquire a forma indicada nas figuras a seguir para o transformador monofásico e para o trifásico.
Neste tipo, o núcleo envolve o respectivo circuito magnético. Os enrolamentos ficam quase
totalmente cobertos pelo núcleo, de onde surgiu também o nome núcleo encouraçado. Normalmente
utilizados apenas em transformadores monofásicos, eles apresentam construção bastante compacta
quando colocados deitados no tanque (eixo da bobina horizontal) e, com bobinas tipo disco,
apresentam boa resistência a esforços de curto-circuito.
H
H’
H H’
X
X’
H
H’
X
X’
H
H’
X X’ X
X’
(a)
O núcleo envolvido pelo circuito magnético possui a forma indicada nas figuras a seguir,
respectivamente para o transformador monofásico e o trifásico. Neste tipo de núcleo os enrolamentos
colocados sobre as colunas envolvem o respectivo circuito magnético. Podem ser construídos em
alturas menores e, no caso dos trifásicos mais usados, por constituírem uma construção mais
compacta. A seção do núcleo pode ser retangular ou cilíndrica.
H H H H H
H’ H’ H’ H’ H’
X’ X’ X’ X’ X’
X X X X X
(a) Fig. 6.4 (b)
O núcleo dos transformadores deve ser aterrado, com a finalidade de se escoarem para a terra as
descargas atmosféricas. O aterramento é feito de um lado, pela inserção de diversas placas de
material condutor em vários pontos entre as chapas do núcleo, convergindo todas para uma única
conexão, que é ligada à carcaça do transformador.
Isto proporciona uma distribuição equalizada do potencial incidente sobre núcleo. Em alguns
transformadores o aterramento final é feito com "Thyrite", material de "resistência negativa", cuja
resistência na ausência de tensão é máxima, caindo para valores próximos de 0 (zero) á medida que
a descarga incidente atinge seus valores máximos.
7.3.2. Enrolamentos
São os condutores elétricos do sistema, geradores do campo magnético que executarão o balanço
de energia do dispositivo.
Aplicada uma tensão dos terminais de um dos enrolamentos, circulará uma corrente neste. O fluxo
que o envolve, variável, fará com que no outro condutor seja produzida uma força eletromotriz, a
qual, se aplicada a uma carga fará com que circule corrente elétrica nesta. O transformador
convencional tem dois enrolamentos, um que é ligado à rede de alimentação (enrolamento primário)
e o outro que é ligado à carga (enrolamento secundário).
Qualquer que seja o tipo de construção do transformador, os dois enrolamentos de alta tensão (AT) e
de baixa tensão (BT), da mesma fase são em geral colocados sobre uma mesma coluna. Conforme a
posição relativa em que são dispostas as bobinas AT e BT, obtêm-se dois tipos de enrolamentos que
são de bobinas concêntricas ou tubulares e de bobinas alternadas ou de discos.
H1 H2 H3 H2
H1 H3
X1 X2 X3 X2
a) – CONEXÃO Y
X1 X3
H2
H1 H2 H3
H1 H3
b) – CONEXÃO X1 X2 X3
X2
X1 X3
H1 H2 H3
H2
H1 H3
c) – CONEXÃO Y X1 X2 X3
X2
X1 X3
Fig. 6.5
Estrela – Delta
Delta – Delta
Delta – Estrela
V V
3 3. N
V H0 X0 VN
H3 X1
H1 X3
TRANSFORMADOR CONEXÃO YY
Fig. 6.6
7.3.3. Tanque
É o invólucro do transformador que serve para proteger o enrolamento contra umidade, poeira, etc.
para conter o óleo no caso de transformadores imersos em óleo isolante. Normalmente o tanque é
apoiado sobre rodas ou, dependendo do peso do transformador, é apoiado diretamente na base,
através de perfis. No caso de rodas, elas são bi-orientáveis, tendo em vista que os trilhos possuem 2
sentidos de deslocamento (trilho de transferência e estacionamento) para facilitar sua remoção.
7.4. ACESSÓRIOS
7.4.1. Radiadores
7.4.1.1. Finalidade
Finalidade
Permitir a expansão do óleo isolante em caso de aumento da temperatura aliviando assim a pressão
interna do transformador.
Construção
São construídos em chapas de ferro, sendo na maioria dos casos resistentes a vácuo pleno.
Tipos
SUPORTE
TUBO DE
INTERLIGAÇÃO
Fig. 6.7
Funcionamento
É ligado ao tanque através de tubulação, montado num plano elevado em relação ao tanque de
maneira que em caso de expansão do óleo pelo aumento da temperatura, o mesmo circulará do
transformador para o tanque pressionando a membrana de borracha. Quando houver um decréscimo
da temperatura e conseqüentemente um decréscimo de pressão a membrana força o óleo de volta
para o transformador.
INDICADOR
DE NÍVEL
SUPORTE
TUBO DE
INTERLIGAÇÃO
Fig. 6.8
Secador de Ar
Sílica gel
O agente secador, denominado sílica gel, é vítreo e duro, quimicamente neutro e altamente
higroscópico. É um silício, impregnado com cloreto de cobalto, tendo, quando em estado ativo, a cor
azul celeste, de aspecto cristalino. É capaz de absorver água até 40% de seu próprio peso.
Devido à absorção de água, torna-se róseo, devendo, então, ser substituído. Tem a vida muito
prolongada e, através de um processo de secagem que pode ser aplicado repetidas vezes, pode ser
regenerado e reutilizado.
A higroscopicidade da sílica gel pode ser restabelecida pelo aquecimento em estufa na temperatura
de 80 a 100º C, evaporando, desta maneira, a água absorvida. A fim de acelerar o processo de
secagem, convêm mexê-la constantemente, até a recuperação total de sua cor característica. Seu
contato com óleo, ou com os menores vestígios do mesmo, deve ser evitado a todo custo para que
não perca sua cor azul, tingindo-se de marrom e até de preto, tornando-se imprestável. Após a
regeneração, a sílica gel dever ser imediatamente conservada num recipiente seco, hermeticamente
fechado.
FLANGE
TAMPA
SECADOR
Fig. 6.9
Funcionamento
O secador é preenchido com sílica gel de alto poder absorvente, colorido com um sal cuja cor varia
com o grau de saturação de umidade:
Fig. 6.10
Na parte inferior do secador existe um fechamento mecânico que impede o contato contínuo do ar
externo com a sílica gel. Este fechamento permite a passagem do ar (nas duas direções) somente
quando há uma diferença de pressão entre o ambiente externo e o conservador.
SAÍDA DE AR
ENTRADA
A finalidade dos indicadores de nível é controlar o nível de líquido isolante no tanque, conservador e
outros compartimentos do transformador. O aparelho possui uma bóia que acompanha as alterações
no nível do líquido. O movimento da bóia é transmitido magneticamente ao ponteiro indicador, por
meio de um imã permanente. O compartimento do ponteiro é separado do óleo por uma parede
metálica estanque. Por esse sistema, evita-se que, em caso de ruptura do vidro, o óleo possa vazar
ou contaminar-se.
7.4.3.1. Generalidades
O relé a gás tipo Buchholz é empregado para evitar ou pelo menos reduzir ao mínimo as
conseqüências dos defeitos produzidos no interior do transformador devidos a:
a) Descargas de partes sob tensão, curtos circuitos ou sobre aquecimentos localizados e, em geral,
defeitos que resultem na combustão dos materiais isolantes, do óleo e da chapa siliciosa, com
formação de gases.
7.4.3.2. Funcionamento
b) Do esforço dinâmico da onda de pressão que surge por ocasião de defeitos muito grandes.
c) Da queda de pressão hidrostática gerada pelo abaixamento do nível do óleo. Nos casos: a) e b) o
gás alojando-se na parte superior do relé, produz o abaixamento do nível do óleo nele contido e, por
conseqüência, da bóia superior. No movimento de descida, a bóia aciona o contato elétrico em
ampola de mercúrio produzindo a atuação do circuito de alarme. Se persistir a formação de gases, o
posterior abaixamento do nível do óleo produz a atuação da bóia inferior e o contato elétrico do
circuito de desligamento do trafo.
DESLIGAMENTO ALARME
AO
CONSERVADOR
Fig. 6.12
Construção
A construção estanque aos jatos de água, prevista para instalação externa em zonas com clima
tropical úmido. Caixa sólida de alumínio fundido com tampa de vidro e saída dos bornes dos contatos
elétricos em cabo múltiplo. Tubo capilar de cobre recoberto com PVC e capa protetora em fio
trançado de bronze. No eixo principal são montados os seguintes ponteiros:
Funcionamento
Quando a temperatura aumenta e o líquido expande causa um aumento da pressão na parte terminal
do capilar que produz a rotação do eixo em que está montado o ponteiro indicador da temperatura 1.
Tal ponteiro em seu curso arrasta outro que indicará a máxima temperatura alcançada num
determinado período.
PARAFUSO DE PONTEIRO
ABERTURA DA 135 INDICADOR
TAMPA (BRANCO)
PONTEIRO DE
¾ UNF
MÁXIMA (VERMELHO)
80
Ø 183
40 120
0 160
ROTAÇÃO EIXO
DO TUBO CAPILAR
7
Ø 19x2440
Ø 12
SEXT. 22
MANIPULO DE RETORNO DO
PONTEIRO DE MÁXIMA
Ø6
½ NPT
TUBO CAPILAR SENSOR
TEMPERATURA
170
TERMÔMETRO COM BULBO SENSOR
Fig. 6.13
Construção
Indicador de temperatura;
Bobinas de aquecimento;
Transformador adaptador;
Funcionamento
T1 TO T ,
A elevação de temperatura T deve ser igual á elevação de temperatura do cobre médio ou igual á
elevação de temperatura do cobre (média a + 10º C) em relação ao óleo máximo. A temperatura no
elemento sensível é transmitida através do capilar ao indicador do termômetro.
Calibragem
A Imagem Térmica é calibrada na fábrica, durante a execução do ensaio de aquecimento, com base
nos valores To e T medidos.
CAIXA DE
CAIXA DO BORNES
ELEMENTO
TUBO SENSÍVEL
ADAPTADOR
TRAFO
CORRENTE
INDICADOR TIPO BUCHA
TERMÔMETRO
TRAFO
BOBINA ADAPTADOR
AQUECIMENTO
SENSOR
Fig. 6.14
7.4.5. Regulação
Finalidade
Tipos de Regulagem
Manual
Automática
Regime de Trabalho
Vazio
Sob carga
2) Seletor de derivações, destinado a ser percorrido por corrente, mas não a estabelecer ou
interrompê-la, utilizado em conjunto com chave comutadora para selecionar as ligações das
derivações. O seletor e o pré-seletor praticamente não necessitam de manutenção porque seus
contatos não sofrem a ação do arco elétrico e suas partes, em geral, não se desgastam.
3) Pré-seletor, destinado a ser percorrido por corrente, mas não a estabelecer ou interrompê-la,
utilizado em conjunto com um seletor de derivações ou com uma chave seletora, para permitir utilizar
os seus contatos e as derivações a elas ligadas, mais de uma vez no decorrer do deslocamento.
As buchas são feitas de porcelana, embora em transformadores de alta tensão para uso interno seja
eventualmente utilizados terminais revestidos de papel e baquelite envernizada. De uma maneira
geral, a superfície do isolador deve ter o contato da forma do campo dielétrico.
No caso de transformadores para instalação interna, o contorno dos isoladores pode ser simples. Já
para instalação externa deverão ser providos de saias isoladoras de porcelana. Para tensões mais
altas são preenchidas com óleo, de modo a se beneficiar da superior permissividade e maior rigidez
dielétrica do óleo, se comparada com o ar. Buchas para tensões mais altas são, algumas vezes, do
tipo capacitivo. Estas buchas consistem de um número alternado de fileiras de papel, junto com
baquelite envernizada e folhas metálicas.
As várias dimensões são feitas de modo que a capacitância entre as camadas de folhas adjacentes
sejam aproximadamente constante e, conseqüentemente as camadas de isolamento sofram espaços
iguais. O isolador envolve um tubo de latão que possui tripla função: executar conexão com o
enrolamento, servir como placa de primeiro capacitor e servir como condutor.
TANQUE DE
EXPANSÃO
BUCHA DE A.T.
BUCHA DE
NEUTRO BUCHA DE M.T.
RADIADOR
VENTILADOR
CAIXA DE LIGAÇÕES
RODAS
Fig. 6.15
7.5.1. Transporte
Os transformadores e reatores shunt, caracterizam-se pelo seu enorme peso e dimensões fora do
comum. Por esta razão é comum o transporte dos transformadores parcialmente desmontados e sem
óleo, para que possa haver uma redução considerável do peso e desta forma tornar mais viável sua
locomoção. Este transporte é especializado, pois dependendo da potência, pode chegar a 300
toneladas, sendo, portanto necessárias carretas especiais para realizá-lo.
Não somente no transporte reside a preocupação com os transformadores no seu trajeto da fábrica á
subestação. Outros cuidados deverão ser tomados para que a unidade chegue perfeita ao local de
aplicação.
Nos instrumentos com registro gráfico, os impactos são registrados em papel que possui uma escala
de valores de impactos e uma escala de tempo em hora.
Os impactos que ultrapassarem a 2ª zona (equivalem a três vezes a força de gravidade) são
considerados prejudiciais e o transportador deverá tomar os devidos cuidados para que esses
valores não sejam atingidos. É aconselhável que o registrador de impacto seja mantido no
transformador até que ele esteja sobre sua base definitiva.
Como já foi dito, as unidades são normalmente transportadas sem óleo isolante. Para manter a
integridade das partes internas evitando que elas absorvam umidade (são altamente higroscópicas) é
necessário se fazer o enchimento com nitrogênio extra seco ou ar super seco (99,96% pureza). O
nitrogênio ou o ar deverão ser mantidos em pressão positiva dentro do tanque por aproximadamente
0,02 Mpa. Para isso lança-se mão do dispositivo de regulagem de nitrogênio.
Cilindro de nitrogênio
Válvula de segurança regulada para impedir que a pressão no interior supere á pressão prevista
pelo fabricante (geralmente 0,15 Mpa a 25Cº).
VÁLVULA
REDUTORA
CILINDRO DE
NITROGÊNIO
VÁLVULA DE
SEGURANÇA
TRANSFORMADOR
Fig. 6.16
A válvula de alta pressão deve ser aberta de modo que o manômetro indique a pressão do
cilindro.
A válvula redutora será regulada de modo que a indicação de baixa pressão seja no máximo
0,15 MPa (caso a válvula de segurança tenha esta regulagem).
Quando o manômetro de alta pressão indicar pressão igual ou inferior a 1,0 MPa, o cilindro de ar
ou nitrogênio deve ser trocado.
7.5.3. Remoção
Os tanques dos transformadores são dotados de alças para içamento, de placas para levantamento
através de macacos e pinos de tração para arraste. Somente nestes lugares apropriados é que
devem ser aplicados os esforços, dependendo do dispositivo utilizado.
Sempre que possível, os transformadores deverão ser removidos utilizando o conjunto de rodas para
este objetivo.
Para o arraste devem ser utilizados cabos de tração, conjugados com moitões especiais e estes
cabos não deverão ultrapassar um ângulo de trabalho 30º em relação ao eixo de deslocamento do
transformador.
A movimentação pode ser feita por talhas, tirfor ou conjunto de tração motorizado, o que facilita
sobremaneira o trabalho. Eventualmente pode ser necessário girar o transformador em 90º para
colocação em sua base, em relação a sua posição de transporte. Quando houver esta necessidade,
é de conveniência a utilização de uma mesa de giro, composta de chapas de aço sobrepostas, na
qual o trabalho é realizado com segurança e pouco esforço.
MAX 30º
TRILHOS
Fig. 6.17
7.5.4. Armazenamento
O armazenamento do transformador e dos seus acessórios torna-se necessário quando por motivo
qualquer, o transformador não possa ser montado em definitivo.
O tanque do transformador deverá ser armazenado sobre fogueira de dormentes tratados, colocado
em terreno cuja taxa de compressão suporte o peso do tanque.
Armazenamento do Óleo
As instruções sobre armazenamento do óleo isolante são mostradas no capítulo "óleo isolante para
Equipamentos Elétricos".
As buchas devem ser armazenadas nas embalagens de transporte, abrigadas em lugar seco. Antes
da sua utilização deverão sofrer cuidadosa inspeção e testadas.
Os demais acessórios podem ser armazenados nas embalagens de transporte, devendo ser
abrigados em lugar protegido e seco.
Inspeção Externa
Verificar, de acordo com a relação de expedição, o recebimento de todas as peças. Examinar ainda
cuidadosamente o estado das buchas, acessórios, radiadores e todas as outras partes antes de
montá-las. Cuidado especial deve ser dedicado ao tanque. Deverá ser verificado o registrador de
impacto e certificar-se de que está livre de deformações e a pintura em bom estado; o fabricante
deverá ser notificado de qualquer irregularidade sob pena de se perder a garantia. Verificar todos os
flanges e válvulas e possíveis vazamentos. Deverão ser observadas as instruções de manutenção do
nitrogênio.
Inspeção Interna
Verificar se há indícios externos que possam supor a existência de danos internos; caso positivo,
abrir a tampa de inspeção superior e examinar a parte ativa. Recomenda-se que quando utilizar
ferramentas no interior do tanque, as mesmas sejam amarradas de maneira a evitar sua queda, o
que acarretaria desagradáveis conseqüências. O transformador deve permanecer aberto o menor
intervalo de tempo possível.
Os radiadores, após colocados nos flanges, são travados entre si através de chapas de aço e
furadas nos diâmetros e comprimentos certos. Se algum radiador sofrer entrada de umidade ou
sujeira, este deverá passar por uma circulação de óleo de pelo menos 3 horas. Os radiadores têm os
flanges numerados de acordo com o flange do tanque; devem ser montados obedecendo esta
ordem.
Montagem do Secador de Ar
Sua montagem é simples, observando-se a sua fixação e as conexões da tubulação devem estar
bem apertadas. Cuidados especiais devem ser dispensados ao secador quando o transformador ficar
estocado por muito tempo.
O relé de gás tipo Buchholz é empregado para evitar ou reduzir as conseqüências de defeitos no
interior do transformador devido a descargas de partes sob tensão, curto circuitos ou
sobreaquecimentos localizados e, em geral, defeitos que resultem na combustão dos materiais
isolantes, do óleo, da chapa siliciosa, através da formação de gases. O relé é normalmente montado
entre duas válvulas de retenção, observando a direção da seta gravada na tampa que deverá
apontar sempre em direção ao conservador de óleo.
Quando o enchimento do transformador não for feito sob vácuo, ou o conservador venha a ser
montado posteriormente, deverá ser efetuada a purga de ar através da válvula. Sempre deverá ser
controlada a perfeita inserção dos contatos, simulando o seu funcionamento através do pulsante.
Este equipamento tem a função de tornar acessíveis, à altura do operador, os gases recolhidos no
relé de gás para permitir o exame e a válvula para permitir o teste de funcionamento dos contatos,
mediante a introdução de ar ou nitrogênio pela torneira. O recolhedor de gás é conectado ao relé
através de uma tubulação. Suas partes básicas são as seguintes.
Válvula em comunicação com um sistema a sifão que limita a saída do óleo impedindo o escape
dos gases;
Uma válvula para retirada de amostra ou conexão do aparelho para exame dos gases.
Antes de se iniciar a montagem das buchas, faz-se necessário montar os canecos suportes, nos
quais geralmente estão montados os TCs de bucha.
A abertura do tanque do transformador deve ser feita com a umidade realtiva do ar de 60%, no
máximo.
Para colocação das buchas, deve-se utilizar um guindaste compatível com o peso da mesma e se a
instalação for inclinada, usar dispositivo apropriado para que a mesma fique no ângulo de instalação.
Cuidado especial deve ser dispensado quando a bucha for içada para que não se danifique sua parte
inferior.
Todo cuidado deve ser tomado no aperto dos parafusos nas buchas (usar somente o torque
especificado) a fim de evitar danos.
Montagem do Drycol
A montagem do Drycol está esquematizada na figura a seguir. Dois tubos são fixados na tampa
lateral do conservador através de flanges, passando através da mesma. A entrada e saída do Drycol
são ligadas a esses tubos, os quais captam ar existente no espaço acima do nível de óleo do
conservador. Os tubos devem estar livres de obstruções.
O cabo de conexão fornecido com o Drycol possui em uma extremidade um terminal de 4 pinos que
acopla com o soquete na base da cabine de controle. A outra extremidade do cabo termina em uma
soquete com 4 contatos que acopla com um plug na parte inferior do secador. O cabo possui uma
blindagem que é aterrada apenas na extremidade do Drycol.
SECADOR DE AR CONSERVADOR
RESPIRO DE AR
TERMINAL DE
SAÍDA D’ÁGUA
SECADOR DE AR – DRYCOL
Fig. 6.18
Diversos
A montagem dos motos ventiladores, termômetros e imagens térmicas não oferecem maiores
dificuldades de instalação, razão pela qual não há comentários específicos.
As conexões da bomba de vácuo e do filtro-prensa devem ser feitas na parte superior do tanque.
Pode-se controlar o nível de óleo no tanque por meio de uma mangueira transparente conectada
entre as partes superior e inferior do tanque, desde que ela suporte o vácuo.
Durante o enchimento, dependendo da classe de tensão, a pressão de vácuo deverá ser mantida
entre 132 e 3300 Pa. A vazão de enchimento deve ser de no máximo 5660 litros por hora. Havendo
dificuldades em se manter o vácuo, pode-se diminuir a vazão por meio de uma válvula. O
enchimento processa-se até que toda a parte ativa e o isolamento estejam cobertos. Mantém-se o
vácuo por aproximadamente 4 horas, e em seguida retira-se o vácuo.
O enchimento deve ser realizado com a temperatura do óleo entre 40º C e 60º C, controlando-se o
nível pelo indicador. Após terminar o enchimento, o óleo deve permanecer em repouso por um
período estipulado na tabela, de acordo com a classe de tensão do transformador. A tabela inclui
ainda outros dados úteis ao enchimento. Quando por alguma razão não for possível a retirada do ar
do interior do transformador, recomenda-se encher o tanque pela parte inferior, até a uma altura
acima dos enrolamentos, em seguida montados os acessórios, vedado o tanque e completado o
enchimento.
Após o transformador ter sido completado é feita uma circulação do óleo pelo filtro-prensa, retirando-
o pela parte inferior e retornando pela parte superior do tanque. A circulação do óleo permanece até
que os testes do óleo indiquem um estado satisfatório. Após a circulação o nível é ajustado de
acordo com as instruções da placa de identificação do transformador.
Sempre que se fizerem conexões, encher completamente as mangueiras com óleo antes de se abrir
à válvula inferior do transformador. Se esta precaução não for tomada, o ar do interior da mangueira
penetrará no tanque do transformador.
VACUÔMETRO
TAMPA ESPECIAL
DE TRANSPORTE
CANO DE 1” CANO DE 2”
TRANSFORMADOR VACUÔMETRO
MANÔMETRO
FILTRO
DE ÓLEO
BOMBA DE VÁCUO
ADMISSÃO ATERRAMENTO
DE ÓLEO
Fig. 6.19
Os transformadores para alta tensão são geralmente projetados para suportar vácuo total. Neste
caso o enchimento é feito como segue: Antes da abertura do transformador para montagem das
buchas, etc, ele é cheio com óleo limpo e desgaseificado antes de ser efetuado o vácuo.
O nível de óleo deve cobrir o isolamento tanto quanto possível, em cada estágio da montagem. Após
todos os acessórios terem sido montados, o transformador é evacuado. As válvulas dos trocadores
de calor (radiadores) e de outros acessórios que resistem ao vácuo, devem ser abertas. O
transformador é evacuado a uma pressão cerca de 1 MPa ou menos e esta pressão deverá ser
mantida durante 15 horas antes de se completar o enchimento.
Após o enchimento completo, deve-se verificar a qualidade do óleo e se esta não for satisfatória, o
óleo deverá ser recirculado através do equipamento de purificação. Para transformadores com classe
de isolação de 750 kV e acima é recomendado um período de dois ou três dias entre o completo
enchimento e a sua energização, a fim de permitir que o óleo absorva o ar e gás ocluso no
isolamento.
Para o enchimento de transformadores com óleo usado, o procedimento é o mesmo que o usado
para óleos novos, sempre se cuidando para que ele atinja a rigidez dielétrica necessária.
Todos os transformadores, especialmente os de grande porte, geram calor em virtude de perdas nos
enrolamentos e no núcleo, e esse calor deve ser removido do tanque.
A maioria dos transformadores contém óleo mineral que atua para o arrefecimento e isolamento.
Existem três tipos de sistemas de arrefecimento em uso geral, conhecidos pelas abreviaturas OA, FA
e FOA que significam, respectivamente, óleo e ar, ar forçado e ar/óleo forçados.
Isso significa que o óleo que estiver mais próximo do núcleo e dos enrolamentos será aquecido
primeiro subindo em seguida até o topo do tanque, onde parte do calor é transferida para a
atmosfera através dos radiadores.
O óleo arrefecido retorna para as partes inferiores do tanque, dando início a um novo ciclo. Esse
método é um ciclo natural de circulação lenta de óleo. Os transformadores de distribuição montados
em poste são arrefecidos pelo método OA.
O método FA funciona pelo mesmo princípio de circulação lenta de óleo, mas os transformadores
são equipados com ventiladores na parte externa do tanque. O ar que venta na direção do tanque e
os radiadores acoplados ao mesmo permitem uma troca mais rápida de calor entre o óleo e a
atmosfera.
Isso pode significar substancial aumento da capacidade do equipamento e economia de custo no que
diz respeito à quantidade de óleo necessária e ao tamanho do tanque.
Mas essa economia deve ser comparada com o custo dos ventiladores e da energia auxiliar exigida
para o acionamento dos mesmos.
Alguns transformadores têm sua capacidade nominal especificada por três números que significam
que são construídos para operar com todos os três métodos de arrefecimento.
Por exemplo, em uma capacidade nominal de 600 / 700 / 800 MVA, os três números correspondem,
respectivamente, aos métodos de arrefecimento OA, FA e FOA.
EXERCÍCIOS
a) No alumínio e no ferro
b) No cobre e no ferro
c) No cobre e na carga
d) No cobre e no alumínio
a) Neutro
b) Base
c) Óxido
d) Hidróxido
a) Cloreto de sódio
b) Cloreto de cobalto
c) Sulfeto de sódio
d) Sulfeto de cobalto
a) 20%
b) 30%
c) 40%
d) 50%
a) 40º C a 60º C
b) 60º C a 80º C
c) 80º C a 100º C
d) 100º C a 120º C
a) Servem como fonte de tensão de serviço de valor maior que a tensão secundária
b) Servem como sede de circulação de corrente do 3º harmônio, dado que são ligados em estrela
c) Servem como fonte de tensão de serviço de valor menor que a tensão secundária
d) Servem como sede de circulação de corrente do 3º harmônico porque não são ligados em
delta
10. O transformador deve ser transportado com nitrogênio a uma pressão de:
a) 2 MPa
b) 0,2 MPa
c) 0,02 MPa
d) 0,002 MPa
11. Durante a remoção do transformador, o ângulo formado pelo seu eixo de deslocamento com os
cabos de tração deverá ser de, no máximo:
a) 15º
b) 20º
c) 30º
d) 40º
12. Para o armazenamento do tanque principal, sem conservador, deve-se enchê-lo de óleo até
quantos milímetros abaixo da tampa?
a) 100
b) 150
c) 200
d) 250
a) A construção do equipamento
b) O transporte do equipamento
c) A montagem do equipamento
d) Os testes do equipamento
c) Dilatação do óleo
18. Se algum radiador do transformador sofrer entrada de umidade ou sujeira, este deverá passar
por uma circulação de óleo, de pelo menos:
a) 1 hora
b) 3 horas
c) 6 horas
d) 12 horas
b) Alarme e religamento
c) Alarme e desligamento
20. Durante o processo de arrefecimento nos transformadores, o óleo arrefecido (menos quente)
direciona-se:
21. Durante o processo de arrefecimento nos transformadores, o óleo aquecido (mais quente)
direciona-se:
a) OA, FO e FOA
b) OA, FA e FAO
c) AO, FA e FAO
d) OA, FA e FOA
a) AO
b) OA
c) FA
d) FO
24. Os dados de placa de um transformador são 285 / 385 / 485 MVA. A sua capacidade nominal,
pelo sistema OA é:
a) 285 MVA
b) 385 MVA
c) 485 MVA
d) 500 MVA
25. Os dados de placa de um transformador são 285 / 385 / 485 MVA. A sua capacidade nominal,
pelo sistema FA é:
a) 285 MVA
b) 385 MVA
c) 485 MVA
d) 500 MVA
26. Os dados de placa de um transformador são 285 / 385 / 485 MVA. A sua capacidade nominal,
pelo sistema FOA é:
a) 285 MVA
b) 385 MVA
c) 485 MVA
d) 500 MVA
a) 10%
b) 25%
c) 33%
d) 40%
8.1. DEFINIÇÃO
Fig. 7.1
8.2. FINALIDADE
8.2.1. Compensação
Em vista das grandes distâncias entre as usinas hidrelétricas e os centros de consumo é comum a
existência de linhas de transmissão longas. Deste fato decorrem dois problemas principais: Quando
estas linhas estão trabalhando com pouca carga as correntes capacitivas causam sobretensões no
final das linhas, isto é, junto aos centros de consumo, que caso não sejam devidamente controladas
podem causar sérios danos aos equipamentos.
Ao contrário, se a linha está muito carregada, a tensão no final da linha cairá abaixo dos limites
mínimos de funcionamento. O melhor e mais econômico método para evitar tais problemas é o uso
de compensação "shunt" em vários pontos ao longo da linha de transmissão.
1º Método
É conectar o reator diretamente à linha (em 500 kV, 345 kV). Tem-se este tipo de conexão nas
subestações reguladoras. Neste caso, os reatores são monofásicos devido ao seu grande porte.
Servem para absorção de reativos do sistema, estabilizando a tensão do mesmo. Estão
permanentemente ligados ao sistema.
Fig. 7.2
2º Método
500 kV
13,8 kV
220 kV
Fig. 7.3
Geral
O tanque cheio de óleo até o seu nível normal deverá ser testado quanto a estanqueidade.
Adicionalmente, o tanque (incluindo os radiadores) deverá ser capaz de manter, sem deformação
permanente, uma pressão de gás interna de 0,7 kgf/m2 por 24 horas, e deverá ser projetado para
suportar vácuo total no seu interior.
O reator pode ser transportado com rodas flangeadas. As rodas deverão ser capazes de suportar o
peso do reator, sem deformações e previstas para movimentação em duas direções ortogonais.
Deverá ser prevista uma válvula de segurança tipo diafragma com contatos auxiliares para o alarme
que proteja o reator contra danos produzidos pelo aumento repentino da pressão interna, com a
extremidade externa voltada para fora do reator lateralmente, a fim de, evitar a queda de óleo
expulso pelo transformador.
O conservador de óleo deverá ser montado no tanque e deverá ser equipado com um dispositivo
desumidificador a prova d’água, do tipo sílica gel ou equivalente.
Os radiadores deverão ser providos de válvulas individuais de modo que possam ser removidos sem
necessidade de esvaziamento do tanque. Cada registro deverá ter um indicador de posição bastante
claro e visível.
Núcleo
Enrolamento
O enrolamento é constituído de barras que formam espiras circulares travadas entre si por peças
isoladas que posteriormente são fixadas no núcleo.
TANQUE DE
EXPANSÃO
BUCHA
PRIMÁRIA
BUCHA DE
NEUTRO
REATOR "SHUNT"
Fig. 7.4
EXERCÍCIOS
3. O tanque do reator e seus radiadores devem ser capazes de, sem deformação, suportar uma
pressão de:
a) Abaixadoras
b) Elevadoras
c) Desassistidas
d) Reguladoras
Furnas Centrais Elétricas S.A. Centro de Treinamento de Furnas. Proteção dos Sistemas Elétricos.
Volume I.
Furnas Centrais Elétricas S.A. Centro de Treinamento de Furnas. Proteção dos Sistemas Elétricos.
Volume n.
Especificação Técnica Bandeirante ET/ TMM-001.1/ 2000. Regeneração de Óleo Mineral Isolante
com Transformador Energizado.
NBR 14039 - Prescrições para Instalações de Alta tensão até 36,2 kV.