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GOVERNO DE GOIÁS

Secretaria de Desenvolvimento Econômico


Superintendência Executiva de Ciência e Tecnologia
Gabinete de Gestão de Capacitação e Formação Tecnológica

História da
Cenografia Brasileira
2016
ETAPA I
CURSO TÉCNICO DE CENOGRAFIA

História da
Cenografia Brasileira
Setembro 2017
4

Ficha Catalográfica
5

Governador do Estado de Goiás Equipe de Elaboração


Marconi Ferreira Perillo Júnior Organização
José Teodoro Coelho
Secretário de Desenvolvimento Econômico, Científico
e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação Supervisão Pedagógica e EaD
Francisco Gonzaga Pontes Denise Cristina de Oliveira
Maria Dorcila Alencastro Santana
Superintendente Executivo de Ciência e Tecnologia
Mauro Netto Faiad Professor Conteudista
do curso de Música
Chefe de Gabinete de Gestão de Capacitação e Profº Luis Guilherme
Formação Tecnológica
Soraia Paranhos Netto Projeto Gráfico
André Belém Parreira
Coordenação Pedagógica do Programa Nacional de Maykell Guimarães
Acesso ao Ensino Técnico e Emprego José Francisco Machado
José Teodoro Coelho
Designer
Coordenação Rede e-Tec Brasil José Francisco Machado
Carmem Sandra Ribeiro do Carmo
José Teodoro Coelho Revisão da Língua Portuguesa
Cícero Manzan Corsi

Banco de Imagens
www.pixabay.com/
www.commons.wikimedia.org/
www.flickr.com/

Setembro de 2017
6

Lista de Ícones

DICAS VAMOS REFLETIR VOCABULÁRIO


Este baú é a indicação de onde Este quebra-cabeças indica o O dicionário sempre nos ajuda a
você pode achar informações momento em que você pode e compreender melhor o significado
importantes na construção e deve exercitar todo seu potencial. das palavras, mas aqui resolvemos
no aprofundamento do seu Neste espaço, você encontrará dar uma forcinha para você e
conhecimento. Aproveite, destaque, reflexões e desafios que tornarão trouxemos, para dentro da apostila,
memorize e utilize essas dicas para ainda mais estimulante o seu as definições mais importantes na
facilitar os seus estudos e a sua vida. processo de aprendizagem. construção do seu conhecimento.

SAIBA MAIS VAMOS RELEMBRAR FIQUE ATENTO PESQUISE


Aqui você encontrará Esta folha do bloquinho A exclamação marca Aqui você encontrará
informações autoadesivo marca aquilo tudo aquilo a que você links e outras sugestões
interessantes que devemos lembrar deve estar atento. São para que você possa
e curiosidades. e faz uma recapitulação assuntos que causam conhecer mais sobre
Conhecimento nunca é dos assuntos mais dúvida, por isso exigem o que está sendo
demais, não é mesmo? importantes. atenção redobrada. estudado. Aproveite!

Hiperlinks de texto

MÍDIAS INTEGRADAS ATIVIDADES DE HIPERLINKS CONTEÚDO


Aqui você encontra dicas APRENDIZAGEM As palavras grifadas INTERATIVO
para enriquecer os seus Este é o momento em amarelo levam Este ícone indica
conhecimentos na área, de praticar seus você a referências funções interativas, como
por meio de vídeos, conhecimentos. externas, hiperlinks e páginas com
filmes, podcasts e outras Responda as como forma de hipertexto.
referências externas. atividades e finalize aprofundar um
seus estudos. tópico.
7

Sumário
Lista de Ícones 6

Sumário7

Apresentação8

A História da Cenografia no Brasil 9


Cultura popular brasileira e regional como ferramenta de desenvolvimento social e cultural 10
Cenografia Brasileira 12
PROCESSOS CRIATIVOS - Referências teóricas e práticas 14
O planejamento e o projeto cenográfico 18
Cultura popular e folclore 18
Transformação da cultura material e imaterial em conjuntos cenográficos 18
Utilização do imaginário e da memória coletiva local, iconografias e outros referenciais 18
artísticos e arquitetônicos, formais, funcionais e estéticos no planejamento cenográfico 18
Materialização de ideias – prática cenográfica, construção, transformação, adaptação, releitura 19
Políticas Culturais no Brasil e em Goiás 19

Referências 20
8

Apresentação
E mpreendedorismo, inovação, iniciativa, criatividade e habilidade para
trabalhar em equipe são alguns dos requisitos imprescindíveis para o
profissional que busca se sobressair no setor produtivo. Sendo assim, destaca-se o
profissional que busca conhecimentos teóricos, desenvolve experiências práticas
e assume comportamento ético para desempenhar bem suas funções. Nesse
contexto, os Cursos Técnicos oferecidos pela Secretaria de Desenvolvimento
de Goiás (SED), em parceria com o Governo Federal, por meio do Programa
Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), visam garantir o
desenvolvimento dessas competências.
Com o propósito de suprir demandas do mercado de trabalho em qualificação
profissional, os cursos ministrados pelos Institutos Tecnológicos do Estado de
Goiás, que compõem a REDE ITEGO, abrangem os seguintes eixos tecnológicos,
nas modalidades EaD e presencial: Saúde e Estética, Desenvolvimento Educacional
e Social, Gestão e Negócios, Informação e Comunicação, Infraestrutura, Produção
Alimentícia, Produção Artística e Cultural e Design, Produção Industrial, Recursos
Naturais, Segurança, Turismo, Hospitalidade e Lazer, incluindo as ações de
Desenvolvimento e Inovação Tecnológica (DIT), transferência de tecnologia e
promoção do empreendedorismo.
Espera-se que este material cumpra o papel para o qual foi concebido: o de
servir como instrumento facilitador do seu processo de aprendizagem, apoiando
e estimulando o raciocínio e o interesse pela aquisição de conhecimentos,
ferramentas essenciais para desenvolver sua capacidade de aprender a aprender.

Bom curso a todos!


SED – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tec-
nológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação
9

Introdução

A História da
Cenografia no Brasil
A cultura brasileira, hoje solidificada e sustentada pelos mais profundos alicerces, formou-se a partir do
desembarque dos portugueses neste território. Miscigenada com a cultura local da época, transformou-se em
uma das mais expressivas do planeta, reconhecida e celebrada.
Durante séculos esteve a sofrer interferências e junções com as diversas outras culturas que por aqui che-
garam, fixando-se ou temporariamente mostrando suas ações e afirmações.
Segundo Jonathan H. Turner “cultura é um sistema de símbolos que uma população cria e usa para organi-
zar-se, facilitar a interação e para regular o pensamento” (TURNER apud LÓSSIO; PEREIRA, 2016, p. 3)
As manifestações culturais calcam-se em ações cotidianas e essas ações cotidianas, solidificando-se, se tor-
nam periodicamente reveladas como revisitações, releituras à origem do grupo que o faz.
A “organização simbólica” se dá através das mais variadas formas, seja na dança, seja na escultura, pintura
e artes visuais afins, seja nas manifestações musicais ou nas atividades rotineiras.
Essa práxis poderá ser reconhecida regional e nacionalmente, às vezes, rompendo os lindes próximos e as
fronteiras mais distantes e supostamente inalcançáveis.

As identidades nacionais não são nem genéticas nem hereditárias, ao contrário, são
formadas e transformadas no interior de uma representação. Uma nação é, nesse
processo formador de uma identidade, uma comunidade simbólica em um sistema de
representação cultural. ( LÓSSIO; PEREIRA, 2016, p. 2)

A construção de identidades culturais passa pelo processo da expressão, da sedimentação das manifes-
tações, sejam quais forem, e finalmente pela multiplicação das ações culturais, já enraizadas, através da sua
disseminação, do seu compartilhamento.
As representações culturais podem ser transpostas para o universo da cenografia de variadas maneiras,
materiais e/ou imateriais. Símbolos e sinais, signos e significados poderão ser perfeitamente materializados na
produção cenográfica, obviamente que contextualizados ao projeto, suas particularidades e especificidades.
Como complemento ao trabalho de criação, as justificativas, no âmbito da referenciação cultural, sempre con-
tribuem na validação de um planejamento cenográfico, com a anuência do núcleo onde se manifesta, compro-
vadamente, pela ação consolidada e tornada, naturalmente, parte da tradição.

A valorização da cultura popular para as culturas populares está inserida no imaginá-


rio social, que por sua vez são resgatados nas representações sociais e que, por con-
seguinte relacionados à identidade cultural. Existem várias maneiras de valorizar a
cultura popular: a primeira pela dimensão de símbolos que possuímos através
da comunicação, essa espetacular forma de gestos, mandingas da nossa cul-
tura, afirmam o valor de cada manifestação; a segunda são questões de rivali-
dades entre as manifestações, (...) (LÓSSIO; PEREIRA, 2016, p. 4)
10

O imaginário social sobrevive nas manifestações artísticas. Perpetuar esse imaginário em planejamento de
projetos cenográficos é levar os seus elementos à plateia. É transformar o imaginário em real: objetos e ex-
pressões corporais, componentes cenográficos dinâmicos ou estáticos. É fazer com que seja identificado pela
apreciação visual, pelo estímulo à memória visual e afetiva. Como acessório ao progresso no sentido do desen-
volvimento, a atribuição de conteúdo de base cultural se mostra determinante no desvio e na defesa contra
ações equivocadas no planejamento cenográfico. Equivocadas no sentido de não se permear a membrana
tênue que existe entre o mundo real e o que se busca nele e, nesse caminho de raciocínio, não se demonstrar
nos palcos, quaisquer que sejam eles, um propósito, uma referência justa a quem somos e à nossa identidade.

Cultura popular brasileira e regional como ferramenta de desenvolvimento social e cultural

A economia também possui papel importante nas manifestações artísticas. É a economia que proporciona
o planejamento sensato e adequadamente planificado com relação a custos, sejam eles a curto, médio ou
longo prazo. A cultura popular, planejada nesse sentido, além de reafirmar a identidade cultural do grupo que
a promove, permite uma movimentação econômica direcionada, criando oportunidades de trabalho, estes, de
caráter profissional.

A economia da cultura movimenta a região oferecendo oportunidades além de novas


formas de trabalho. A crítica apontada, é que muitas vezes descaracterizam uma apr-
sentação ou o artesanato, ou ainda mudam os ingredientes da culinária regional para
lançar padrões, que visam facilitar o consumo, segundo os ‘especialistas’.
(LÓSSIO; PEREIRA, 2016, p. 5)

No entanto, a industrialização maciça de bens de origem cultural poderá transformar em artificial essa pro-
dução. A industrialização cultural e o consumo de certa maneira poderão travar a continuidade das transmis-
sões orais da cultura e práticas empíricas, impedindo o avanço para a construção de uma identidade artística.
Sem embargos profundos, a aliança entre o empírico e o técnico no mundo dos negócios das artes, podem
caminhar bem, justapostos, configurando um conjunto profissional satisfatório, com bons resultados.
A formação técnica para o profissional em cenografia pode se contextualizar, então, à área da sua atividade,
as suas especificidades e pormenores sociais e culturais locais.

Entendida em sua forma mais abrangente, a cultura é conhecimento e prática,forma


de explicar e intervir na realidade, portanto instrumento de provimento e de reso-
lução de problemas da humanidade. Ainda sob este conceito, não se pode separar
cultura e desenvolvimento, cultura e subsistência humana. Não há ser humano sem
cultura. (TURNER apud LÓSSIO; PEREIRA, 2016, p. 3)
11

Cultura, segundo Simões, é a união entre conhecimento e prática, agindo na realidade e através do plane-
jamento cenográfico, materializando-se em forma de fantasia.
Nessa união cabe introduzir os conceitos que orbitam as produções culturais locais, valorizando as origens
e tudo que for relacionado à cultura material e imaterial.
Toda essa ponderação sobre valores culturais locais resulta em benefícios factuais, notadamente expostos
e percebidos no planejamento cenográfico, no seu projeto e na sua execução.

Encontramos autores que trouxeram esse tema em discussão como, o sociólogo Gil-
berto Freyre que resgatou as origens brasileiras estudando os negros, os índios e os
portugueses. Temos também, Villa Lobos, Mário de Andrade que intensificaram em
suas pesquisas as influências da identidade brasileira. (LÓSSIO; PEREIRA, 2016, p. 6)

A identidade brasileira, em todas as suas modulações, variantes e riqueza podem ser transferidas para o
trabalho de planejamento cenográfico, conferindo plena identidade ao que fora produzido, celebrando o en-
canto que ela produz ao observador.
Segundo Cristiano Braga, “O fenômeno da globalização, apesar de massificante, enaltece os valores socio-
culturais regionais, que podem ser difundidos e consolidadoscomo produtos típicos e geradores de receita”.
Então, compreender as mudanças e transformações da cultura popular é visualizar o passado por um caleidos-
cópio de informações do presente.” (LÓSSIO; PEREIRA, 2016, p. 7)
A chave é a consolidação dos valores culturais. Ela acontece pela materialização, pela transposição do con-
ceito à forma física. Esta transposição é que firma no coletivo essa difusão de ideias e história, de arte e cultura,
resultando na multiplicação desses valores. Diante do processo já irreversível da globalização, a implantação de
metodologias de pesquisa e sistematização de processos contribui para a solidificação de culturas nacionais,
regionais e locais.

Com o avanço da tecnologia da informação o tradicional ganha um novo contexto,


a reconversão como também a refuncionalização redimensionam as manifestações
populares no que se refere à construção da identidade brasileira. ( LÓSSIO; PEREIRA,
2016, p. 7)

A tecnologia resultante da globalização e do desenvolvimento industrial é aliada importante nos processos


de composição cenográfica. Complementam a estruturação técnica e artística das propostas, evidenciando
detalhes e outros pormenores importantes para a compreensão do que se propõe, bem como realça a visibili-
dade sobre o que e como deverá ser executado o projeto.

SAIBA MAIS
Ícones na produção cenográfica nacional. Lista de Cenógrafos Brasileiros:
Biografia, histórico profissional e produções relevantes.

Acesse no link:
http://entretenimentork.blogspot.com.br/2011/10/lista-decenografos- do-brasil.html
12

Cenografia Brasileira

A produção cenográfica brasileira possui inúmeros representantes, reconhecidos nacional e


internacionalmente. Dentre os mais proeminentes está o arquiteto e cenógrafo José Carlos Serroni, autor
do livro “Cenografia Brasileira: Notas de Um Cenógrafo”. No livro, detalha as particularidades da história da
cenografia brasileira, observando teoria e prática como indissociáveis, atribuindo à relação ensino/desenho
um caráter de substancial importância para produção cenográfica.
Entende-se o desenho como uma expressão artística condicionante e determinante para a criação de
projetos cenográficos.
Seleciona obras e autores importantes no panorama nacional dessa produção, trabalhando a cronologia e
as especificidades periódicas na obra cenográfica genuinamente brasileira.

Dez mandamentos da cenografia


l 1. Ator é o centro do espetáculo

l 2. Cenografia não é “shopping center”

l 3. Cenografia é uma arte integrada

l 4. Cenografia e luz se dependem

l 5. Cenografia é imitação da realidade

l 6. Cenografia necessita sempre de projeto

l 7. Em cenografia nunca se contente com a primeira idéia

l 8. Seja simples, porém não simplista. Procure a síntese

l 9. O piso do palco também é cenografia.

l 10. Em cenografia nada pode ser gratuito.” J.C. Serroni


FONTE 2: http://movimentohotspot.com/noticias/j-c-serroni-mestreem- cenografia/
13

MÍDIAS INTEGRADAS
As tendências para a cenografia Palestra Helio Eichbauer – Parte 1
teatral, com J. C. Serroni.
https://www.youtube.com/watch?v=r1S-OIOL24Q
https://www.youtube.com/watch?v=F7-yEcYyKLk

SAIBA MAIS
Leia também a Biografia de luiz Carlos Ripper no link a seguir:
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa349613/luizcarlos-ripper

A produção cenográfica goiana e goianiense – Alguns cenógrafos:

l DJ Oliveira l Daniela Fiuza

l Shell Jr. l Grupo Bastet

l Paulinho Pessoa l Grupo Trupicão Cia. de Teatro

l JulioVann l Paulo Valle

l Joana Peixoto l Paulo Caetano

l Trama Teatro l Luiz Eduardo Carneiro

l Wagner Gonçalves l Robson Parente

l Marcelo Botelho l Sandro Freitas

l Pedro Lippi l Leo Romano

l Olho da Rua l Ana Cristina Evangelista

l Rita Alves l Grupo Zabriskie


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l Edith Lotufo l Cia. Corpo na Contramão

l Luiz Cláudio l Grupo Trupicão Cia. de Teatro

l Paulinho Pessoa l Priscila Lessa

l Jairo Rodrigues l Martins Muniz

l Francisco Nikollay l João Bosco Amaral

l Jeová de Lucena l Sol Silveira

l Lua Barreto l Lino Calaça

l Marcelo Marques

PROCESSOS CRIATIVOS - Referências teóricas e práticas

A importância da justificativa
A justificativa vem a partir do embasamento teórico, da pesquisa, da referência em imagens, da produção
cenográfica já realizada. É ela que garante, em conjunto com as outras particularidades e componentes
artísticos e técnicos do planejamento cenográfico.

Formação de argumento
A formação de argumento se dá através da compreensão e da expressão dos fatores condicionantes e
determinantes para o planejamento cenográfico, sejam eles artísticos, técnicos e culturais, para a defesa da
sua materialização.

Contextualização
Contextualizar um projeto cenográfico significa dar sentido a ele nos aspectos relacionados à cultura local,
especialmente valorizando as identidades individuais e coletivas, buscando imprimi-las, as identidades, no que
fora planejado.

Memoriais justificativos e descritivos


Desenvolver textualmente justificativas e descrições é essencial como complemento do desenho cenográfico.
São neles, os memoriais, onde constarão os princípios teóricos e técnicos que embasarão o argumento e a
construção efetiva do projeto. São decisivos para a leitura técnica e teórica a respeito do que foi idealizado e
representam sínteses conceituais e descritivas, literalmente, do que é proposto.

Arte regional em cenografia


A arte regional deve ser valorizada, independentemente dos caminhos modernos e tecnológicos que a
cenografia na atualidade apresenta. Uma metodologia de projetação cenográfica direcionada à representação
iconológica reforça a cultura local, transforma e reaviva o pensamento e estimula a memória afetiva do
espectador, seus sentidos e experiências vividas.
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A cidade como cenário


A cidade é um grande cenário. Possui inúmeros fatores condicionantes e determinantes para que seja
entendida como tal, considerando a apropriação dos espaços pelos cidadãos como característica mais im-
portante e premissa para que seja compreendida no aspecto da utilização dos seus espaços como espaços
cenográficos urbanos.

Sobre as cidades, na grade curricular do curso de arquitetura e urbanismo


da Faculdade de Arquitetura de Lisboa, lê-se:

“1- As cidades como palcos de representação social e lugares cenográficos.

2 - As arquiteturas do efêmero em contexto urbano.

3 - Configurações cenográficas urbanas e o seu contributo para a reabilitação urbana.

4 - Cidade e espaços de representação: da Àgora às avenidas e aos novos lugares de representação.

5 - A cenografia dos vazios urbanos.

6 - O espaço público enquanto elemento cenográfico: a posteridade do efêmero?”

FONTE: http://cifa.fa.ulisboa.pt/optativas/fichas/Cenografias%20Urbanas.pdf Acesso em 07 de outrubro de 2016.

Entendamos que: as cidades também são palcos, sua arquitetura teatral, cenográfica, é efêmera, constru-
ção de novos espaços e a sua apropriação contextualizada reabilitam o meio urbano, os vazios urbanos devem
ser preenchidos, e o espaço público é um elemento cenográfico da malha urbana.
Nesse sentido, a cenografia urbana caminhará ao lado das manifestações artístico-culturais, através de pro-
postas embasadas na identidade cultural local, regional ou nacional, materializando-a e reforçando-a.

Kevin Lynch é um dos grandes autores do Urbanismo, responsável por uma das obras
mais famosas e mais influentes: A Imagem da Cidade. Nela, ele destaca a maneira
como percebemos a cidade e as suas partes constituintes, baseado em um extenso
estudo em três cidades norte-americanas, no qual pessoas eram questionadas sobre
sua percepção da cidade, como estruturavam a imagem que tinham dela e como se
localizavam.

Perceber a cidade compreende observá-la, traduzi-la em imagens e interpretá-la. Essa percepção vai além
da estrutura física da cidade: observem-se as pessoas e seus comportamentos, as atividades rotineiras relati-
vas aos espaços setorizados em funções, a ocupação ou apropriação dos espaços, sejam eles comerciais, resi-
denciais ou de permanência transitória – entenda-se também que os espaços vazios, ou os “vazios urbanos”,
também constituem um conjunto cenográfico, mesmo não parecendo ser.
Inserido em tudo isso, há a interpretação que os próprios usuários da cidade fazem dela: o que veem, como
racionalizam o seu ocupar individual e coletivo, como se referenciam na cenografia urbana, como “marcam”
seus territórios, suas áreas de ocupação temporária ou permanente e como enxergam, com a emoção, esses
seus lugares.
16

Aqui entra a identidade cultural individual e coletiva e a cenografia constituída para identificá-la. As iden-
tidades culturais brasileira e goiana podem ser perfeitamente transpostas para o planejamento cenográfico,
observando-se que a materialização dessas culturas, efetivamente vistas pelo observador, transeunte ou mora-
dor, têm mais sentido se puderem realmente ser sentidas e tocadas. Dessa maneira, o observador se identifica
e se localiza no seu universo cultural.

Lynch identificou, como principal conclusão, que os elementos que as pessoas utili-
zam para estruturar sua imagem da cidade podem ser agrupados em cinco grande
tipos: caminhos, limites, bairros, pontos nodais e marcos.

A criação de marcos urbanos é importante na cenografia das cidades, obviamente que com a inserção da
cultura local neles. Não que sejam obrigatórias, porém os marcos serão, transitórios ou permanentes, referen-
ciais para o usuário do espaço urbano. Esta cenografia reforça a ideia de localização geográfica e emocional,-
com apelo à memória afetiva do observador.

Cada cidadão tem determinadas associações com partes da cidade, e a imagem que
ele faz delas está impregnada de memórias e significados.

Kevin Lynch trabalha com alguns conceitos importantes para embasamento na leitura da cidade e interpre-
tação da sua imagem: legibilidade, identidade, estrutura e significado. Esses quatro conceitos destrincharão,
no imaginário e no emocional do observador leitor da cidade, as componentes necessárias para a compreen-
são do que vê.
A cidade e seus elementos constroem uma textura de significados. O resultado disso é o conjunto de carac-
terísticas personalizadas que cada uma tem e representa.

Na cena contemporânea que busca espaços de representação não convencionais,


ou na imagem a própria dramaturgia cênica, a relação espaço–cena se torna intima e
complementar.

As relações da cenografia urbana com o mundo dos espetáculos estão bem marcadas nas suas raízes histó-
ricas. A praça era o palco. Os palcos estavam nas praças públicas. A apropriação dos espaços também incluía as
apresentações teatrais. Na modernidade, apresentações de filmes, em sessões públicas de cinema.
A plástica das apresentações teatrais nos espaços públicos é complementada pelo entorno. Esse entorno, a
cenografia urbana, é constituído pelos componentes físicos e subjetivos que o formam, bem como pelo indiví-
duo. A construção das imagens mentais pelo observador-espectador devem ser oportunizadas.
Essa oportunização virá “do processo como engrenagem fundamental nessa criação imagética contemporânea, ao lado
do encenador, diretor, atores, iluminador, figurinista, músicos e demais profissionais envolvidos no processo”, diz Cruz.
“O Teatro pode ser realizado em qualquer espaço, em qualquer lugar, ou seja, qualquer lugar é teatral, o que
impõe a reformulação e a atualização das funções do cenógrafo.”(CRUZ, 2008, p.121-122).
17

Qualquer espaço da cidade contém componentes cenográficos, vivos, estáticos, prontos para serem utiliza-
dos. A prática é importante: observar, contextualizar e construir novos espaços dentro de espaços existentes.
O profissional de cenografia tem essas competências, das quais “a primeira função do cenógrafo será organizar
visual e espacialmente o lugar teatral para estabelecer a relação da cenapúblico.(CRUZ, 2008, p.121-122).”

Qualquer espaço da cidade contém componentes cenográficos, vivos, estáticos, prontos para serem utiliza-
dos. A prática é importante: observar, contextualizar e construir novos espaços dentro de espaços existentes.
O profissional de cenografia tem essas competências, das quais

MÍDIAS INTEGRADAS
PROJETOS CENOGRÁFICOS – CUL-
TURA LOCAL E REGIONAL
https://www.youtube.com/
watch?v=e6Bk2N8xN6c&feature=youtu.be

- Artes Plásticas
- Dança
- Culinária
- Folclore
- Festas Populares
- Arquitetura – Art Déco goianiense

- Teatros e Centros Culturais em Goiânia


Teatro Escola Basileu França
Teatro SESI - Goiânia
Centro Cultural Oscar Niemeyer
Teatro Goiânia
Teatro Rio Vermelho
Teatro Madre Esperança Garrido
Centro Cultural Martim Cererê

- Arte Urbana em Goiânia


- História da TV em Goiás

- Centos Culturais em Goiânia


Centro Cultural Gustav Ritter
Centro Cultural Marieta Telles Machado
Vila Cultural Cora Coralina
Centro Cultural Martim Cererê
Centro Cultural Octo Marques
18

O planejamento e o projeto cenográfico

Composição de projetos cenográficos com auxílio do repertório bibliográfico e imagético local e regional,
incluindo o saber e o fazer empíricos.

Cultura popular e folclore

A complexidade do trabalho do cenógrafo é justificada pela necessidade de o profissional ter que fazer
uma leitura das várias áreas de conhecimento que envolve o planejamento cenográfico. É um trabalho multi-
disciplinar, agregador de ideias e conceitos oriundos em processos distintos e diferenciados. É um trabalho de
aprendizado e prática constantes, diárias.
Dentro dessa perspectiva, o cenógrafo habilita-se à sua função através da construção do seu rol de con-
ceitos e práticas. Uma construção que passa obrigatoriamente pela observação, análise e experimentação do
todo, de tudo que o cerca e do contexto em que está o seu propósito profissional, seja ele como identidade
profissional, seja como um trabalho eventual.
Na cultura popular, segundo Arantes (1981), é preciso aprender a conviver com a sua dimensão real e ob-
jetiva, reconhecendo a heterogeneidade dos elementos que a informam.
A cultura popular e o folclore entram como fatores importantes na composição de cenografias. São condicio-
nantes de um resultado que instigue a memória individual e coletiva para o reconhecimento da sua identidade.

Transformação da cultura material e imaterial em conjuntos cenográficos

A pesquisa, ou a referenciação bibliográfica relacionada a regionalidades, complementa fortemente o


trabalho de planejamento cenográfico. Reforça a ideia de respeito e interesse pelas culturas regionais, bem
como materializa as memórias individual e coletiva.
Imagens e sensações podem ser transformadas em cenografia. Constroem-se a partir desse conteúdo as
memórias. O cenógrafo pode utilizar todos os processos criativos que desejar, sejam eles o desenho, a pintura,
a confecção de maquetes e representações volumétricas. Tudo conterá, portanto, justificadamente, os desejos
e necessidades nesse planejamento cenográfico, representando o contexto no qual a produção artística estará
inserida.
Os saberes e fazeres populares também são importantes. Representam a cultura local e deverão ser
valorizadas nas ações de planejamento cenográfico quando necessário e dentro do contexto do que se planeja.
Demonstrarão assim, o interesse e a valorização da equipe de trabalho pela cultura de forma geral e pelas
especificidades e particularidades das regiões de ação.

Utilização do imaginário e da memória coletiva local, iconografias e outros referenciais


artísticos e arquitetônicos, formais, funcionais e estéticos no planejamento cenográfico

A pesquisa de imagens existentes, a fotografia, o desenho, as narrativas locais e regionais, as entrevistas, a


simples observação de hábitos e rotinas: tudo poderá, certamente, constituir um bom trabalho de planejamento
cenográfico. Sobre o palco, no cinema, nas ruas: a contextualização estará lá, reforçando com intensidadeos
propósitos do planejamento cenográfico.
As referências visuais poderão ser as mais diversas: da arte à arquitetura e seus componentes, da
iconografia local e regional aos elementos isolados, temporários ou perenes, bancos de dados, bibliografias,
biografias, dicionários locais, filmes e vídeos, referências históricas, dentre outras possíveis e prováveis
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fontes de nformação. Resta traduzi-las em formatos compreensíveis, sejam estes esboços simples, desenhos
esquematizados, projetos técnicos completos ou uma narrativa a respeito do que se pretende dizer com o que
se transforma em objeto de cena, material ou subjetivo.

Materialização de ideias – prática cenográfica, construção, transformação, adaptação, releitura

A concretização de projetos cenográficos depende de diversos fatores. Dentre os mais importantes está
o projeto técnico. Ele influenciará diretamente em questões óbvias e cruciais nesse processo. Uma das mais
importantes é relacionada a custos.
Sem um projeto técnico é praticamente impossível, diante das contingências que muitas vezes estão
presentes nas ações artísticas.
A imprevisibilidade - ou surpresasna questão financeira - não poderão acontecer, pois são os prognósticos ligados
aos custos e expostos em planilhas orçamentárias que determinarão de certa forma os fazeres artísticos e técnicos
relacionados ao mundo do espetáculo. Essa imprevisibilidade poderá resultar em demandas desnecessárias não
planejadas, que interferirão diretamente na hierarquização de atividades previamente delineada.
Para tanto, todo planejamento deverá estar realçado pelo primor e concentração no que procura enfatizar,
minimizando ou até mesmo eliminando quaisquer tipos de intercorrências não esperadas.
A prática cenográfica, real ou conceitual – estes na forma de estudos apenas para formação de repertório
artístico e técnico não factual, leva ao gerenciamento de projetos qualificados. Construir, reconstruir,
transformar, adaptar e reler a cultura, seja popular ou erudita, são verbos imperativos quando se fala em
cenografia. Nesse sentido, entendamos a necessidade de aprofundamentos na compreensão do contexto e
na potencialização de todas as ações práticas de execução cenográfica, corporificando o que outrora apenas
tenha sido imaginado.

Políticas Culturais no Brasil e em Goiás

A cultura é um ponto que decisivamente influencia na economia. As políticas públicas voltadas para as
ações culturais trabalham essa ligação através do subsídio a projetos de todas as categorias relacionadas à
produção artística.
20

Referências
BIBLIOGRAFIA BÁSICA

ACIR, João; SARAIVA, JÚLIO; RICHINITI, Lídia. Manual de Cenotecnia. Porto Alegre: Editora Movimento, 1997.

SERRONI, J. C. Cenografia Brasileira. SESC Livros, 2013.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

ARANTES, Antônio Augusto. O que é cultura popular? São Paulo: Brasiliense, 1995.

BRANDÃO, C.R. O que é folclore. São Paulo: Ática 1988. Brasileira, 1978.

FERNANDES, S. Teatralidades Contemporâneas. São Paulo: Perspectiva/FAPESP, 2010.

GINSBURG, J., COELHO NETTO, J. T., CARDOSO, R.C. Semiologia do Teatro. São Paulo: Perspectiva, 2006.

KATIZ, R. e HAMBURGER, A. (org.). Flávio Império. São Paulo: Edusp, 1999.

LIMA, E. F. W. (Org.). Espaço e Teatro: do Edifício Teatral à Cidade como Palco. Rio de Janeiro: 7Letras, 2008.

SOUZA, N. de. A roda, a engrenagem e a moeda: vanguarda e espaço cênico no teatro de Victor Garcia no
Brasil. São Paulo: Editora da Unesp, 2003.

TINHORÃO, J. Ramos. Cultura popular: temas e questões. São Paulo: Ed. 34, 2001.

SODRÉ, Nélson Werneck. Síntese da história da cultura brasileira. Rio de Janeiro: Cultura.

BIBLIOGRAFIA INTERNET

SABOYA, Renato. Kevin Lynch e a imagem da cidade. disponível em <http://urbanidades.arq.br/2008/03/ke-


vin-lynch-e-a-imagem-da-cidade/ >

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

BENÉVOLO, Leonardo. História da Cidade . São Paulo: Perspectiva, 1999.

LYNCH, Kevin. The image of the city. Cambridge: The M.I.T. Press, 1960.
Léo lince do Carmo Almeida
Acesse: www.ead.go.gov.br

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