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) 2014
Teoria e exercícios comentados
Prof. Erick Alves - Aula 01
AULA 01
Bom saber que você estará conosco nessa jornada rumo à Corte de
Contas Federal!
SUMÁRIO
T ribunais de Contas: funções, natu reza jurídica e eficácia das decisões................................. 3
Funções dos Tribunais de Contas......................................................................................................3
Natureza Jurídica dos Tribunais de Contas.................................................................................... 12
Natureza e Eficácia das decisões dos Tribunais de contas..........................................................17
A brangência do controle exercido pelo TCU................................................................................26
Natureza das fiscalizações............................................................................................................... 26
Jurisdição do TCU............................................................................................................................. 30
Mais questões de p ro v a .................................................................................................................... 49
RESUMÃO DA AULA............................................................................................................................69
Questões com entadas na A ula........................................................................................................71
G abarito................................................................................................................................................81
Contas ordinárias
Processo de Contas Contas extraordinárias
Tomada de contas especial
Função corretiva
O TCU exerce a função corretiva ao:
> emitir determinações, de caráter compulsório, para corrigir
falhas ou impropriedades (LO/TCU, art. 18);
> fixar prazo para cumprimento da lei, se verificada ilegalidade
(CF, art. 71, IX);
> sustar ato impugnado (CF, art. 71, X).
Função pedagógica
O TCU atua de forma pedagógica quando orienta e informa sobre
procedimentos e melhores práticas de gestão, mediante publicação de
manuais e cartilhas, realização de seminários, reuniões e encontros de
caráter educativo ou, ainda, quando recomenda a adoção de providências
em auditorias de natureza operacional.
O caráter educativo surge também quando da aplicação de sanções a
responsáveis por irregularidades ou práticas lesivas aos cofres públicos,
na medida em que tais punições funcionam como fator de inibição à
prática de novas ocorrências da espécie.
Antes de finalizar este tópico, cabe registrar que o TCU quase nunca
exerce apenas uma das suas funções isoladamente. O normal é que as
atuações do Tribunal associem sempre duas ou mais delas. Por exemplo,
ao julgar as contas de gestão, o Tribunal pode aplicar penalidades e/ou
fazer determinações. Assim, simultaneamente à função judicante, são
exercidas as funções sancionadora e corretiva. Outro exemplo consiste
no exercício simultâneo das funções consultiva e normativa quando o
Tribunal responde a consulta que lhe seja formulada por autoridade
competente, uma vez que, nesse caso, a resposta do Tribunal possui
caráter normativo (LO/TCU, art. 1°, XVII, §2°).
Por fim, vale salientar que o rol de funções apresentado, no total de
nove, não é imperativo ou exaustivo, embora seja uma boa referência
retirada de uma publicação institucional do TCU. Com efeito, pode-se
encontrar na doutrina sistematizações diferentes para as atribuições dos
Tribunais de Contas, mas que são apenas variações das apresentadas
anteriormente. Por exemplo, Nagel2 identifica sete grupos de funções ou
atribuições: opinativa, consultiva e informativa; investigatórias; corretivas
e cautelares; cautelares; jurisdicionais; declaratórias; e punitivas. Já Hely
Lopes Meirelles3 reduz sua análise a quatro categorias: técnico-opinativas,
verificadoras, assessoradoras e jurisdicionais administrativas.
2Apud. Lima (2011, p. 111). NAGEL, José. A fisionomia distorcida do controle externo. Revista do TCEMG,
edição n° 4, 2000.
3Apud. Lima (2011, p. 111). MEIRELES, H.L. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo, Malheiros
Editores, 1997.
ESSA CAI
_^^na prova!
1. (TCU - ACE 2007 - Cespe) A função judicante é expressa quando o TCU exerce
a sua competência infraconstitucional de julgar as contas de gestão dos
administradores públicos. Entretanto, no tocante às prestações de contas
apresentadas pelo governo federal, compete ao TCU apenas apreciá-las e emitir
parecer prévio, já que compete ao Congresso Nacional julgá-las, com base na
emissão do parecer emitido pela comissão mista permanente de senadores e
deputados.
Comentário: É verdade que o TCU exerce a função judicante ao julgar as
contas de gestão dos administradores públicos. A competência para tanto
está expressa na própria Constituição (art. 71, II), sendo apenas reproduzida
na LO/TCU (art. 1°, I). Portanto, a palavra infraconstitucional torna a questão
errada. Cabe lembrar que, no tocante às contas prestadas pelo Presidente da
República, o Tribunal emite parecer prévio, não vinculante, como subsídio ao
julgamento realizado pelo Congresso Nacional (CF, art. 71, I). Nesse caso, o
TCU exerce a função consultiva. Observe ainda que, além do TCU, a comissão
mista de senadores e deputados também emite parecer sobre as contas
prestadas pelo Presidente da República (CF, art. 166, §1°, I).
Gabarito: Errado
2. (TCDF - Procurador 2002 - Cespe) Com relação aos tribunais de contas, entre
as inovações introduzidas pela LRF, encontra-se a instituição da função cautelar de
alertar os demais Poderes ou órgãos nas situações que especifique.
Comentário: Como vimos, o rol de funções que estudamos, no total de
nove, não é imperativo ou exaustivo, pois na doutrina podem-se encontrar
sistematizações diferentes para as atribuições dos Tribunais de Contas. A
questão em tela menciona a função cautelar, que incluiria os alertas previstos
na LRF. Na aula, classificamos tais alertas na função informativa. Perceba que
as duas classificações estão corretas, pois a informação prevista na LRF sob
a forma de alerta tem caráter cautelar, preventivo. A mesma atribuição poderia
ser também classificada na função assessoradora, segundo as categorias
consideradas por Hely Lopes Meirelles. Portanto, para fins de prova, o
importante é conhecer as competências do Tribunal de Contas e utilizar o
bom senso na hora de responder uma questão que as classifique em alguma
função. No caso de uma questão discursiva em que seja necessário discorrer
sobre as funções dos Tribunais de Contas, creio que a apresentação das nove
funções dadas na aula, seguidas de um ou dois exemplos, seja suficiente para
uma boa resposta.
Gabarito: Certo
4Apud. Lima (2011, p. 111). DI PIETRO, M.S.Z. Direito Administrativo. 19â edição, Atlas, 2006.
(TCU - ACE 2008 - Cespe) (...) discorra, de forma fundamentada e de acordo com
a Constituição Federal brasileira, sobre os seguintes aspectos:
■ natureza jurídica do TCU;
■ relação entre o TCU e o Poder Legislativo;
■ eventual vinculação hierárquica da Corte de Contas com o Congresso
Nacional.
cargo do Poder Legislativo, não poderá ser realizado senão com o auxílio
técnico do TCU, que é inafastável e imprescindível.
Para reforçar a independência do TCU, a Carta Magna lhe assegura
autonomia funcional, administrativa, financeira e orçamentária,
garantindo-lhe quadro próprio de pessoal (CF, art. 73), e estendendo-lhe,
no que couber, as atribuições relativas à auto-organização do Poder
Judiciário, previstas no art. 96 da CF, como elaborar seu Regimento
Interno e organizar sua Secretaria e demais serviços auxiliares.
Ademais, como garantia de independência e autonomia, a
Constituição assegura ao TCU a iniciativa exclusiva de projetos de lei para
propor alterações e revogações de dispositivos da sua Lei Orgânica.
Assim, não cabe ao Legislativo ou ao Executivo a iniciativa de propostas
tendentes a alterar a Lei Orgânica do TCU, sob pena de vício de iniciativa.
Todavia, para fins orçamentários e de responsabilidade fiscal, o
Tribunal está associado ao Poder Legislativo, uma vez que, nas leis
orçamentárias, as dotações relativas ao TCU constam do orçamento do
Poder Legislativo. Além disso, pela LRF, os limites de despesas de pessoal
do TCU são incluídos no âmbito do Poder Legislativo (LRF, art. 20). Isso,
contudo, não retira a autonomia orçamentária e financeira da Corte de
Contas, eis que o TCU pode movimentar livremente os recursos previstos
no seu orçamento, ter ordenador de despesas próprio, elaborar e liquidar
a folha de pagamento dos seus servidores, realizar o pagamento dos
contratos com seus fornecedores, dentre outros atos de administração
financeira e orçamentária, sem qualquer dependência em relação ao
Congresso Nacional e suas Casas.
10. (TCU - TCE 2007 - Cespe) O TCU deve auxiliar o Congresso Nacional no
exercício do controle externo e da fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e
indireta.
Comentário: Segundo o art. 70, caput da CF, a fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades
da administração direta e indireta será exercida pelo Congresso Nacional,
mediante controle externo. E o art. 71, caput, consagra o papel do TCU no
exercício do controle externo, qual seja, o de auxiliar o Congresso Nacional:
"O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o
auxílio do Tribunal de Contas da União (...)". Não obstante, deve-se ressaltar
que o auxílio no exercício do controle externo não significa subordinação do
TCU em relação ao Congresso. O TCU possui competências próprias e
privativas, de caráter técnico, enquanto a atuação do Congresso ocorre no
campo político.
Gabarito: Certo
Por exemplo: suponha que o TCU, numa sessão em que não houve
quórum mínimo (irregularidade formal), tenha julgado irregulares as
contas de um administrador público, sem ainda lhe oferecer o direito ao
contraditório e à ampla defesa (manifesta ilegalidade). Nesse caso, o
Poder Judiciário poderá declarar nula a decisão do TCU. Entretanto, o
Judiciário não poderá proferir novo julgamento em relação às contas do
administrador, declarando-as regulares ou regulares com ressalva. A
matéria deverá ser submetida mais uma vez à apreciação do TCU e, este,
agora respeitando o devido processo legal, deverá julgá-las novamente.
Em suma, o Judiciário não apreciará o mérito, mas sim a legalidade e
a formalidade das decisões dos Tribunais de Contas, podendo anulá-las,
mas não reformá-las.
Órgão do Judiciário
Tipo de ação Contra ato do Fundamento
competente
Acórdão 42/2011-Plenário5
9.2. aplicar ao Sr. (...) a multa referida no art. 57 da Lei n° 8.443, de 1992, no valor de
R$ 5.000,00 (...), fixando-lhe o prazo de 15 (quinze) dias, a partir da notificação, para
que comprove, perante o Tribunal, seu recolhimento aos cofres do Tesouro Nacional,
atualizada monetariamente (...);
(...)
9.5 autorizar, desde logo, nos termos do art. 28, inciso II, da Lei n° 8.443, de 1992, a
cobrança judicial dos valores acima , caso não atendidas as notificações, na forma da
legislação em vigor;
6 Segundo o art. 214, III do RI/TCU, é de quinze dias o prazo para o responsável provar, perante o
Tribunal, o pagamento do débito ou da multa. Esse prazo deve ser fixado no Acórdão condenatório.
Por fim, face ao disposto no art. 37, §5° da CF, tem-se que,
constituído o título executivo, isto é, exarado o Acórdão, a cobrança do
d é b ito , por sua natureza de ressarcimento do dano causado, é
im prescritível. Por outro lado, a imprescritibilidade não se aplica à
cobrança da m ulta, que é uma sanção. No TCU, ante a ausência de
previsão legal a respeito do prazo a ser considerado na prescrição da
pretensão punitiva da Corte Contas, costuma-se aplicar, por analogia, o
prazo prescricional de 10 anos previsto no art. 205 do Código Civil7.
Esauem atizando:
rova!
11. (TCU - ACE 2007 - Cespe) Todas as manifestações das cortes de contas têm
valor e força coercitiva, entretanto, só os acórdãos condenatórios têm eficácia de
título executivo, ou seja, unicamente os processos de contas, abrangendo tanto as
contas anuais quanto as contas especiais, podem ser julgados, ensejando a
constituição de título executivo e podem ter como efeito a produção de coisa
julgada.
Comentário: As decisões dos Tribunais de Contas de que resulte débito
e/ou multa terão eficácia de título executivo (CF, art. 71, §3°). É fato que
débitos só podem ser imputados em processos de contas. Entretanto, multas
podem ser aplicadas tanto em processos de contas quanto em processos de
fiscalização. Assim, a questão é falsa ao afirmar que unicamente os
processos de contas ensejam a constituição de título executivo, pois os
processos de fiscalização também podem constituí-los, caso resultem em
multa aos responsáveis.
12. (TCU - TCE 2007 - Cespe) Considere que determinado gestor de receitas
públicas, após o devido processo legal, tenha sido condenado pelo TCU a ressarcir
o erário. Considere ainda que, na condenação, o tribunal tenha declarado
expressamente o agente responsável e o valor a ser devolvido à União. Nesse
caso, a competência para executar a decisão do tribunal é da Advocacia-Geral da
União, que deverá observar os prazos de cobrança previstos na lei, sob pena de
prescrição para atos ilícitos praticados por agente ou servidor público.
Comentário: A decisão do Tribunal da qual resulte imputação de débito
ou cominação de multa torna a dívida líquida e certa e tem eficácia de título
executivo (CF, art. 71, §3°). Nesse caso, o responsável é notificado para, no
prazo de quinze dias, recolher o valor devido (RI/TCU, 214, III). Se o
responsável, após ter sido notificado, não recolher tempestivamente a
importância devida, é formalizado processo de cobrança executiva, o qual é
encaminhado por meio Ministério Público junto ao TCU para a Advocacia-
Geral da União (AGU) ou para as unidades jurisdicionadas com procuração
judicial própria promoverem a coyprança judicial da dívida. O erro é que, nos
termos do art. 37, §5°, da CF/88, as ações de ressarcimento serão
imprescritíveis: "A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos
praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao
erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento".
Gabarito: Errado
13. (TCU - ACE 2004 - Cespe) No sistema brasileiro de controle externo, em face
das competências atribuídas pela Constituição da República ao TCU, a doutrina e a
jurisprudência são majoritárias no sentido de que as decisões daquele órgão têm
natureza jurisdicional e, por isso mesmo, não podem ser reexaminadas pelo Poder
Judiciário.
Comentário: De pronto já rechaçamos a assertiva de que as decisões do
TCU não podem ser reexaminadas pelo Poder Judiciário, visto que, no
ordenamento jurídico pátrio, impera o princípio da inafastabilidade da tutela
jurisdicional (CF, art. 5°, XXXV). Assim, aquele que se sinta lesado por decisão
da Corte de Contas poderá sim buscar junto ao Judiciário a defesa dos seus
direitos. Todavia, lembre-se de que essa apelação se faz por meio de ação
ordinária nova e independente do processo que tramita no TCU, ou seja, não
tem natureza de recurso (apesar de comumente utilizar-se a expressão
“recorrer ao Judiciário"). Ademais, o Judiciário não pode reformar a decisão
da Corte de Contas, cabendo-lhe tão-somente decretar sua nulidade por
irregularidade formal grave ou manifesta ilegalidade.
Também merece destaque a afirmação de que a doutrina e a
jurisprudência são majoritárias no sentido de que as decisões do TCU têm
natureza jurisdicional. Isso não é verdade, pois o tema não é pacífico.
Os que defendem que os Tribunais de Contas não possuem jurisdição,
ou seja, que suas decisões não têm natureza jurisdicional, apoiam-se no
argumento de que o termo jurisdição pressupõe a existência de conflitos
entre partes, cabendo ao Estado, somente quando provocado, a
responsabilidade de dizer o direito, ou seja, solucionar a controvérsia.
Asseveram, então, que as atribuições conferidas ao TCU não possuem tais
características, embora o texto constitucional fale em “julgar" (CF, art. 71, II).
Segundo essa posição, a jurisdição seria privativa do Poder Judiciário.
Outros, porém, defendem a natureza jurisdicional da decisão do TCU no
julgamento das contas, decidindo a regularidade ou irregularidade, pois tal
decisão, por força de disposição constitucional, é soberana, privativa e
definitiva, não se submetendo a nenhuma outra instância revisional. Nem
mesmo ao Judiciário é permitido desconstituir o mérito do julgado do Tribunal
de Contas. Ademais, para os defensores da existência de uma jurisdição
própria e privativa do Tribunal, haveria previsão expressa para tanto no caput
do art. 73 da Constituição: “O TCU (...) tem jurisdição em todo o território
nacional (...)", o que também está presente no art. 4° da LO/TCU.
Por fim, há aqueles que sustentam uma posição intermediária, cunhando
termos como “jurisdição anômala", “jurisdição administrativa" ou “jurisdição
constitucional especializada".
Portanto, muita cautela com esse assunto na prova, principalmente em
uma eventual questão discursiva.
Gabarito: Errado
14. (TCU - TCE 2007 - Cespe) O TCU tem atribuições de natureza administrativa;
porém, quando julga as contas dos gestores e demais responsáveis por bens e
valores públicos, exerce sua natureza judicante. Mesmo assim, não há consenso na
doutrina quanto à natureza do tribunal.
15. (TCU - ACE 2004 - Cespe) De acordo com a doutrina, a condenação de gestor
público por parte do TCU constitui título executivo de natureza judicial, por força da
competência conferida pelo art. 71 da Constituição àquele órgão, para julgar contas
de pessoas responsáveis por dinheiro público.
Comentário: Somente as decisões dos Tribunais de Contas de que
resulte débito e/ou multa terão eficácia de título executivo que, por ser
constituído fora do Judiciário, é dito extrajudicial, e não judicial, como afirma
o quesito, daí o erro.
Gabarito: Errado
16. (TCU - Procurador 2004 - Cespe) Sempre que se julgar lesado por decisão
tomada pelo TCU, o cidadão poderá recorrer ao Poder Judiciário, mas o remédio
juridicamente adequado não será a impetração de mandado de segurança contra o
ato do tribunal, seja porque as decisões deste somente podem ser desconstituídas
mediante dilação probatória, seja porque o tribunal não poderá figurar no pólo
passivo da ação mandamental.
Comentário: A via frequentemente utilizada para pleitear amparo junto ao
STF contra decisão do TCU é o mandado de segurança, ocasiões nas quais a
Corte de Contas, que possui capacidade postulatória, figura no polo passivo
da lide.
Gabarito: Errado
VI - todos aqueles que lhe devam prestar contas ou cujos atos estejam sujeitos à
sua fiscalização por expressa disposição de Lei;
11 Acórdão 1944/2011-TCU-Plenário.
18. (TCU - AUFC 2011 - Cespe) A jurisdição do TCU estende-se aos sucessores
de ex-dirigentes de entidades estatais que cometam irregularidades que resultem
em prejuízo para os cofres públicos, até o limite do prejuízo apurado e não
ressarcido, independentemente do patrimônio transferido.
Comentário: Os ex-dirigentes de entidades estatais que cometam
irregularidades que resultem em prejuízo aos cofres públicos estão sim sob a
jurisdição do TCU, pois esta abrange os administradores públicos da
administração indireta (LO/TCU, art. 5°, I), assim como aqueles que derem
causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte dano ao erário
(LO/TCU, art. 5°, II). A jurisdição do Tribunal também alcança os sucessores
desses dirigentes, no que tange ao ressarcimento dos débitos apurados pela
Corte de Contas, só que apenas até o limite do patrimônio transferido - e não
do prejuízo apurado e não ressarcido, que pode ser maior que o patrimônio
transferido, daí o erro (LO/TCU, art. 5°, VIII).
Gabarito: Errado
19. (TCDF - ACE 2012 - Cespe, adaptada) A jurisdição do TCU abrange tanto as
pessoas físicas como as jurídicas públicas e privadas que tenham recebido
recursos públicos sob a responsabilidade da União, podendo atingir os sucessores
dos responsáveis por esses recursos.
Comentário: O quesito está correto. Está sob a jurisdição do TCU
qualquer pessoa, física ou jurídica, pública ou privada, que seja responsável
pela aplicação de recursos repassados pela União (LO/TCU art. 5°, VII; RI/TCU,
art. 5°, VIII). É o caso, por exemplo, do Estado da Federação que aplica
recursos de convênio celebrado com o Governo Federal ou de uma
Associação privada que recebe repasses de programas sociais para
20. (TCU - TCE 2007 - Cespe) Considere que determinada organização civil de
interesse público, que atua na área de defesa e conservação do meio ambiente,
tenha sido contratada pela administração pública federal, por meio de termo de
parceria. Nessa situação, mesmo sendo pessoa jurídica de direito privado, essa
organização civil está sujeita à jurisdição do TCU.
Comentário: Como a organização civil tratada no comando da questão
recebe recursos federais por meio de termo de parceria para o desempenho
de atividade de interesse público (defesa e conservação do meio ambiente),
está sim sob a jurisdição do TCU (LO/TCU art. 5°, VII; RI/TCU, art. 5°, VIII).
Portanto, o quesito está correto. Não obstante, deve ficar claro que a entidade
de direito privado está sujeita à fiscalização do TCU apenas quanto à
aplicação dos recursos federais recebidos, vale dizer, a jurisdição do Tribunal
não alcança os recursos próprios da entidade.
Gabarito: Certo
23. (TCU - AUFC 2009 - Cespe) O cidadão que, em meio a uma manifestação
pública, for identificado como o responsável pela destruição de um veículo de uma
universidade pública constituída na forma de fundação, estará sujeito a julgamento
pelo TCU, em razão do ato que praticou.
Comentário: Essa foi uma questão polêmica. À época do certame, ainda
predominava no âmbito do TCU o entendimento de que a competência do
Tribunal para julgar contas somente alcançaria os particulares no exercício de
função pública (ex: entidade privada beneficiária de repasses por intermédio
de convênio) ou que tivessem atuado em conjunto com agente público para o
cometimento de dano ao erário (ex: conluio entre agente público e empresa
privada para fraudar licitação). Por essa última hipótese, o Tribunal não
poderia condenar isoladamente um particular. Caso a responsabilidade do
agente público fosse afastada, a do particular também teria de ser,
necessariamente.
Dessa forma, como o cidadão mencionado no comando da questão, que
participava de uma manifestação, não praticou ato administrativo danoso ao
erário no exercício de função pública, tampouco em conluio com
administrador público, poder-se-ia concluir que ele não estaria sujeito ao
julgamento do TCU em razão do ato que praticou. Nesse caso, o Estado teria
que buscar junto ao Poder Judiciário a recomposição do prejuízo sofrido. Daí
a razão da polêmica. Em vista do entendimento então vigente, a questão
estaria errada, ao contrário do gabarito da banca, fato que causou indignação
em muitos candidatos.
Ocorre que a jurisprudência do Tribunal evoluiu recentemente. Ao
prolatar o Acórdão 946/2013-Plenário, na sessão de 24/4/2013, o TCU passou a
admitir a responsabilização exclusiva de particular.
Por esse novo entendimento, o gabarito da questão seria mesmo
“Certo”, como apontou originalmente a banca, eis que o cidadão, ao destruir o
veículo da universidade, causou prejuízo ao erário e, segundo a parte final do
art. 71, inciso II da CF, compete ao TCU julgar as contas daqueles que derem
causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao
erário público.
Nesse caso, a Constituição exige apenas um evento específico para
ocorrer a necessidade da apresentação das contas, qual seja, a existência de
eventual prejuízo ao patrimônio público, não importando quem o tenha
causado. Agentes públicos e privados respondem da mesma forma.
É fato que o Ministro Relator Benjamin Zymler, no voto condutor do
Acórdão 946/2013-Plenário, relativizou essa competência do TCU, ao ponderar
que “pode haver situações em que a natureza da operação que provocou o
dano ao erário não justifica ou não recomenda a atuação do TCU”, no sentido
de que as ações do Tribunal devem focar situações mais relevantes, em vista
12 Súmula n° 347 do STF: O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a
constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público.
27. (TCDF - Auditor 2002 - Cespe) Se, para a execução de obra, o DF e a União
celebrarem convênio para o aporte de recursos federais e do próprio DF, conforme
entendimento pacífico do STF, a fiscalização da obra ficará limitada à atuação do
TCU.
Comentário: O item está errado, pois, nesse caso, a responsabilidade pela
fiscalização será de ambos, TCU e TCDF. O TCU quanto aos recursos federais
e o TCDF quanto aos recursos distritais. Caso ocorra desvio da totalidade dos
recursos, o TCU até poderá apurar a irregularidade como um todo, mas
apenas poderá exigir ressarcimento equivalente ao montante dos recursos
federais repassados, devendo o TCDF adotar as providências cabíveis para
exigir a reposição dos recursos distritais.
Gabarito: Errado
28. (TCU - TEFC 2012 - Cespe) As empresas públicas federais não estão sujeitas
à fiscalização do TCU, pois são pessoas jurídicas de direito privado.
Comentário: A afirmativa está errada. As empresas públicas federais
integram a administração indireta e possuem capital da União. Logo, estão
sob a jurisdição do TCU e, em consequência, sujeitas à fiscalização da Corte
de Contas, independentemente de serem pessoas jurídicas de direito privado,
nos termos do art. 5°, I c/c art. 1°, il ambos da LO/TCU :
Art. 5 °A jurisdição do Tribunal abrange:
29. (TCE/RS - OCE 2013 - Cespe, adaptada) A jurisdição do TCU sobre empresas
com sede no exterior e cujo capital seja parcialmente de propriedade de órgãos
públicos federais somente é aplicável se a administração pública for detentora da
maioria do capital.
Comentário: Embora a questão não seja clara, ao falar em “empresas
cujo capital seja parcialmente de propriedade de órgãos públicos federais", a
banca quis se referir às empresas supranacionais. Como sabemos, a
jurisdição do TCU independe do percentual de participação da União na
empresa supranacional, bastando haver previsão no tratado constitutivo da
companhia. Portanto, o erro está na afirmação de que a administração pública
necessita ser detentora da maioria do capital.
Gabarito: Errado
30. (TCU - AUFC 2013 - Cespe) No uso de sua função sancionadora, pode o TCU,
no caso de ilegalidade, fixar prazo para que o órgão ou entidade adote providências
necessárias ao exato cumprimento da lei.
Comentário: A questão está errada. A fixação de prazo para o exato
cumprimento da lei constitui atribuição da função corretiva, visto que o
objetivo dessa deliberação é corrigir a ilegalidade constatada pelo Tribunal, e
não punir o gestor. Não é por outra razão que o TCU, ao fixar prazo para o
exato cumprimento da lei, deve fazer indicação expressa dos dispositivos a
serem observados, visando ao saneamento do erro. Se o gestor observar os
dispositivos indicados pelo Tribunal e corrigir a ilegalidade, não haverá
imposição de sanção alguma.
O uso da função sancionadora ocorreria apenas em momento posterior,
na hipótese de a determinação do Tribunal não ser atendida, quando então
haveria a aplicação de multa concomitantemente às providências específicas
para a sustação do ato ou contrato, conforme o caso, nos termos do art. 251
do RI/TCU:
Art. 251. Verificada a ilegalidade de ato ou contrato em execução, o Tribunal
assinará prazo de até quinze dias para que o responsável adote as providências
necessárias ao exato cumprimento da lei, com indicação expressa dos
dispositivos a serem observados, sem prejuízo do disposto no inciso IV do caput e
nos §§ 1° e 2° do artigo anterior.
Gabarito: Errado
33. (TCE/RS - OCE 2013 - Cespe) Considere que o governo do estado do Rio
Grande do Sul tenha instituído subsídio para os eletrodomésticos de alta tecnologia,
reduzindo dois pontos percentuais na alíquota do imposto sobre operações relativas
à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual, intermunicipal e de comunicação (ICMS). Nessa situação, constitui
responsabilidade do TCE/RS examinar o ato de concessão do referido subsídio.
Comentário: A questão está correta. O ato de concessão do referido
subsídio constitui hipótese de renúncia de receitas, objeto da fiscalização
exercida pelos Tribunais de Contas, a teor do art. 70, caput da CF:
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da
União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será
exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de
controle interno de cada Poder.
Gabarito: Certo
35. (TCE/ES - ACE 2012 - Cespe) Uma das funções precípuas do Poder Judiciário
é realizar o controle de mérito dos atos administrativos do Poder Executivo que
contribuem para o melhor interesse da sociedade.
Comentário: O quesito está errado, uma vez que o controle judicial, ao
contrário do que diz a assertiva, caracteriza-se por não realizar controle de
mérito dos atos administrativos, restringindo-se ao controle de legalidade.
Gabarito: Errado
36. (TCDF - ACE 2012 - Cespe) Caso não seja empregado o mínimo de recursos
destinados a saúde e educação no DF, poderá ocorrer o controle judicial de ofício
com vistas a garantir — mediante medida cautelar — a ocorrência dos atos
administrativos necessários para o direcionamento dessa parcela do orçamento.
Comentário: Como vimos na Aula 00, o controle judicial deve ser
necessariamente provocado, ou seja, não existe controle judicial de ofício, daí
o erro do quesito.
Gabarito: Errado
37. (TCU - ACE 2005 - Cespe) De acordo com a Constituição Federal de 1988, a
fiscalização contábil, orçamentária, financeira, operacional e patrimonial do
município será exercida pelo Legislativo municipal, mediante controle externo, e
pelos sistemas de controle interno dos poderes Executivo e Legislativo municipais,
na forma da lei. Assim, o parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as
contas que o prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão
de dois terços dos membros da Câmara Municipal.
Comentário: Por simetria constitucional (CF, art. 75), a fiscalização
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do município será
exercida pelo Legislativo municipal, mediante controle externo, conforme
art. 31 e art. 70 da CF. Em relação ao controle interno, a Carta Magna dispõe
que a fiscalização será exercida pelos sistemas de controle interno do Poder
Executivo Municipal, na forma da lei (CF, art. 31). A Constituição não fala em
sistema de controle interno Poder Legislativo Municipal, o qual está previsto
apenas na LRF (LRF, art. 59, caput). Mas como a questão inicia com “De
acordo com a Constituição (...)", então a afirmativa está errada. Já a segunda
frase, relativa ao parecer prévio emitido sobre as contas prestadas pelo
prefeito, está correta, pois é a transcrição do art. 31, §2°, da CF.
Gabarito: Errado
39. (TCU - ACE 2007 - Cespe) A relevância do controle externo no Brasil não se
restringe aos aspectos concernentes à eficiente gestão das finanças ou à adequada
gerência administrativa do setor público. Envolve também o equilíbrio entre os
poderes na organização do Estado democrático de direito.
Comentário: O quesito está correto. A atribuição do Poder Legislativo de
exercer o controle externo da gestão pública, com o auxílio do Tribunal de
Contas, está perfeitamente alinhada com a estrutura da divisão de poderes, ou
sistema de freios e contrapesos, delineado na Constituição Federal para
40. (TCU - ACE 2006 - ESAF) Nos termos da Constituição Federal, pode-se afirmar
que
a) o Tribunal de Contas da União - TCU - é órgão vinculado ao Senado da
República.
b) as Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos,
que serão integrados por sete conselheiros.
c) as decisões do TCU não se submetem a controle judicial.
d) os Ministros do Tribunal de Contas da União têm as mesmas garantias,
prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal.
e) a titularidade do Controle Externo, no Brasil, pertence ao Tribunal de Contas da
União.
Comentário: A alternativa “a” está errada, pois a doutrina majoritária é no
sentido de que o TCU, órgão de estatura constitucional, é autônomo e
independente, não vinculado a nenhum Poder, nos moldes do Ministério
Público. Existem, contudo, aqueles que consideram a Corte de Contas
vinculada ao Poder Legislativo, por estar inserida no capítulo da Constituição
que trata desse Poder, e por estar associada ao Legislativo nas leis
orçamentárias e nos limites de gastos com pessoal previstos na LRF. Porém,
mesmo considerando esse entendimento, não há que se falar em vinculação
específica ao Senado da República, que é apenas uma das Casas do
Congresso Nacional.
A alternativa “b” transcreve o parágrafo único do art. 75 da Constituição,
portanto está correta.
41. (TCU - ACE 2006 - ESAF) Sobre o Controle Externo no Brasil, assinale a opção
correta.
a) Os ministros do TCU devem ser brasileiros natos.
b) Um Tribunal de Contas Estadual não poderá julgar contas relativas a município,
mesmo que este esteja dentro do território de sua Unidade da Federação.
c) Um determinado município, caso não possua Tribunal de Contas próprio, não
poderá criá-lo.
d) O auditor, ou Ministro-Substituto, do Tribunal de Contas da União é aposentado
compulsoriamente aos 75 (setenta e cinco) anos de idade.
e) Empresas de Economia Mista não se sujeitam à fiscalização do TCU.
Comentário: A alternativa “a” está errada, pois o cargo de Ministro do
TCU não está incluso no rol de cargos privativos de brasileiros natos previsto
no art. 12, §3° da Constituição.
A alternativa “b” está errada, pois o art. 31, §1° da Constituição determina
que o controle externo dos Municípios será exercido pela Câmara Municipal,
com o auxílio dos Tribunais de Contas Estaduais. Somente onde houver, o
auxílio será prestado pelos Tribunais de Contas Municipais (órgãos
municipais) ou pelos Tribunais de Contas dos Municípios (órgãos estaduais).
A alternativa “c” está correta, pois o art. 31, §4° da CF veda a criação de
novos Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. Somente as
cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro possuem um. Todavia, lembre-se
42. (TCU - ACE 2006 - ESAF) O parecer prévio sobre as contas prestadas pelo
prefeito, elaborado pelo órgão auxiliar da Câmara Municipal, é meramente indicativo,
podendo ser rejeitado pelos vereadores, por decisão tomada pela maioria simples,
presentes à deliberação a maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.
Comentário: O parecer prévio emitido pelo órgão competente sobre as
contas prestadas pelo Prefeito só deixará de prevalecer por decisão de dois
terços dos membros da Câmara Municipal (CF, art. 31, §2°). Assim, é preciso
que dois terços do total de vereadores votem contrariamente ao parecer para
ele deixar de prevalecer. Não importa o quórum da sessão: o número de votos
contrários mínimos ao parecer deve ser de dois terços do total de vereadores.
Dessa forma, pode-se dizer que o parecer prévio sobre as contas do Prefeito é
quase vinculativo, e não meramente indicativo, como diz a questão.
Registre-se que a regra relativa à União e aos Estados é diferente, uma
vez que, nessas esferas, não há previsão de quórum de 2/3 para aprovar o
Decreto Legislativo sobre as contas do Chefe do Poder Executivo, estando ou
não em consonância com o parecer prévio do Tribunal de Contas.
Gabarito: Errado
43. (CGU - AFC 2012 - ESAF) Nos termos da Constituição Federal, tanto o
Congresso Nacional quanto os sistemas de controle interno de cada Poder podem
exercer fiscalizações da seguinte ordem, exceto:
a) Contábil.
b) Ambiental.
c) Patrimonial.
d) Operacional.
e) Financeira.
46. (TCU - ACE 2004 - Cespe) Nos termos da Constituição da República, pode o
TCU, em certos casos, apreciar elementos de discricionariedade envolvidos nos atos
da administração pública e aspectos ligados à gestão das respectivas entidades e
ao desempenho das funções destas; não precisa sempre ater-se unicamente à
conformidade desses atos com as normas jurídicas aplicáveis, sob o prisma da
legalidade.
47. (TCU - ACE 2004 - Cespe) Pode o TCU constituir título executivo contra
empresa privada.
Comentário: A decisão do TCU de que resulte imputação de débito e
multa terá eficácia de título executivo (CF, art. 71, §3°). Como o Tribunal pode
imputar débito e multa a empresa privada, por exemplo, caso a empresa
cometa fraude em licitação, então é correto afirmar que o TCU pode constituir
título executivo contra empresa privada.
Gabarito: Certo
48. (TCU - ACE 2000 - ESAF) O Tri p unal de Contas da União tem a sua jurisdição:
a) restrita a órgãos e entidades da Administração Pública Federal;
b) restrita aos responsáveis por bens e valores públicos;
c) extensiva aos representantes da União nas Assembleias Gerais das entidades
estatais;
d) extensiva aos dirigentes das empresas supranacionais de cujo capital a União
participe;
e) restrita a agentes públicos federais.
Comentário: Vamos ver cada alternativa: (a) errada, pois a jurisdição do
TCU abrange, por exemplo, beneficiários de bolsas de estudo do Capes
(LO/TCU, art. 5ã, I), herdeiros de administradores (LO/TCU, art. 5ã, VIII), prefeito
que aplica recurso de convênio celebrado com a União (LO/TCU, art. 5ã, VII), os
quais não fazem parte da Administração Pública Federal; (b) errada, pois
abrange os sucessores de administradores, que não são responsáveis por
bens e valores públicos (LO/TCU, art. 5ã, VIII); (c) certa, conforme LO/TCU,
art. 5ã, IX; (d) errada, pois abrange somente os responsáveis pelas contas
nacionais, e não todos os dirigentes de empresas supranacionais de cujo
capital a União participe (LO/TCU, art. 5ã, IV); (e) errada, pois abrange agente
público estadual ou municipal que administre recursos federais repassados
mediante convênios ou outros instrumentos congêneres (LO/TCU, art. 5ã, VII).
Gabarito: alternativa “c”
49. (TCE/BA - Procurador 2010 - Cespe) A execução das decisões que resultem
em imputação de débito ou multa cabe aos tribunais de contas.
Comentário: As decisões dos tribunais de contas de que resulte
imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo (CF, art. 71,
§3°). Entretanto, a execução dessas decisões não cabe ao TC, mas sim aos
órgãos de representação judicial das entidades que tiveram os cofres lesados.
No âmbito federal, a responsabilidade por deflagrar o processo de execução
no Poder Judiciário fica a cargo da AGU ou das procuradorias próprias das
entidades.
Gabarito: Errado
50. (TCE/AC - ACE 2009 - Cespe) A CF, ao estender aos tribunais e conselhos de
contas dos estados, do Distrito Federal e dos municípios as disposições aplicáveis
no âmbito da União, destacou, como um dos aspectos objeto do controle, a
legitimidade, que envolve diversos critérios. Não faz parte dessas considerações o
exame da
a) conveniência.
b) legalidade.
c) prioridade.
d) pertinência.
e) oportunidade.
Comentário: De acordo com o caput do art. 70 da CF, a fiscalização
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos órgãos e
entidades da União deverá ser realizada, essencialmente, tendo como foco os
seguintes critérios: legalidade, legitimidade e economicidade. Portanto,
legalidade e legitimidade são critérios distintos, o que já nos aponta o gabarito
para a alternativa “b”. Com efeito, de forma sucinta, o controle de legalidade
consiste em verificar se o ato foi praticado em conformidade com os termos e
condições previstos na lei. Já o exame de legitimidade vai além da mera
verificação das formalidades legais, adentrando em aspectos da
a) I
b) II
c) III
d) I e II
e) I e III
Comentário: Vamos analisar cada alternativa:
A assertiva I está ERRADA. O TCU, apesar de ser um “Tribunal”, não
pertence ao Poder Judiciário. Tampouco pertence ao Poder Legislativo, apesar
de auxiliar o Congresso Nacional no controle externo da Administração
Pública Federal. De fato, o TCU não está subordinado hierarquicamente a
nenhum dos três Poderes.
A assertiva II está ERRADA. Conforme previsão constitucional, o TCU
exerce a função de controle externo da administração federal, mas não dos
Tribunais de Contas dos Estados e Municípios. Estes últimos são órgãos
autônomos e independentes, com competências próprias e privativas
a) I, II e IV.
b) I, II e III.
c) II, III e IV.
d) I, III e IV.
e) II e III.
Comentário: Vejamos cada alternativa:
(a) CERTA. A finalidade do controle externo não é apenas comprovar a
probidade da administração (há outras dimensões do controle, como
legalidade, economicidade, eficácia e efetividade), porém isso não invalida a
afirmativa, que não deve ser tomada como exaustiva. A parte final da
afirmativa também está correta. Embora o Tribunal de Contas seja o braço
(c) Errada. Nos termos do art. 75, caput da CF, as normas constitucionais
que conformam o modelo federal de organização do Tribunal de Contas da
União são de observância compulsória pelas Constituições dos Estados-
membros.
(d) Certa. Também aqui é necessário o conhecimento da jurisprudência
do STF. O assunto é tratado na Súmula 347 do STF:
O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a
constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público.
59. (TCE/AP - ACE 2012 - FCC) Terão eficácia de título executivo as decisões do
Tribunal de Contas
a) de que resultem imputação de débito ou multa.
b) pela regularidade da matéria julgada.
c) que determinaram o trancamento das contas.
d) sobre as prestações de contas anuais dos Prefeitos.
e) que se refiram a operações de crédito.
Comentário: Correta a alternativa “a”, nos termos do art. 71, §3° da CF:
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o
auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
(...)
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e
valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e
sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles
que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao
erário público;
(...)
E isso, por ora ficamos por aqui. Não esqueçam que logo a seguir
ainda tem o "Resumão da Aula". Ele pode ser uma ótima fonte de consulta
para revisar a matéria nos dias que antecedem a prova. Procurarei
sempre resumir os pontos mais importantes das aulas em, no máximo,
duas páginas, tá certo? Na próxima aula, vamos começar o estudo das
competências constitucionais do TCU, assunto muito bacana e importante.
ERICK ALVES
RESUMÃO DA AULA
TRIBUNAIS DE CONTAS: FUNÇÕES, NATUREZA JURÍDICA E EFICÁCIA DAS DECISÕES
Funções Exemplos
Judicante Julgar as contas dos administradores públicos ou daqueles que causarem dano ao erário.
Consultiva Emitir parecer prévio sobre as contas do Chefe do Executivo; responder a consultas.
Informativa Prestar informações solicitadas pelo Congresso Nacional; informações à Justiça Eleitoral.
• Decisões podem ser anuladas pelo Judiciário, apenas nos casos de vício
formal ou ilegalidade manifesta. Não podem ser reformadas;
> JURISDIÇÃO DO TCU: própria e privativa em todo o território nacional, sobre as pessoas e matérias sujeitas
à sua competência (LO/TCU, art. 4°).
> Para saber se uma pessoa ou entidade está ou não sob a jurisdição do TCU: verificar se ela administra, de
qualquer forma, recursos públicos federais ou pelos quais a União responda. Caso positivo, a pessoa ou
entidade está sob a jurisdição do TCU, não importa se pessoa física ou jurídica, pública ou privada.
Responsáveis por administrar recursos públicos Qualquer pessoa utilize, arrecade, guarde,
que
federais gerencie ou administre recursos públicos federais.
Responsáveis pelas contas nacionais de empresas Deve haver previsão sobre a fiscalização do TCU no
supranacionais tratado constitutivo da empresa supranacional.
Demais sujeitos à fiscalização por disposição de lei Exemplo do Comitê Olímpico Brasileiro.
1. (TCU - ACE 2007 - Cespe) A função judicante é expressa quando o TCU exerce a sua
competência infraconstitucional de julgar as contas de gestão dos administradores públicos.
Entretanto, no tocante às prestações de contas apresentadas pelo governo federal, compete
ao TCU apenas apreciá-las e emitir parecer prévio, já que compete ao Congresso Nacional
julgá-las, com base na emissão do parecer emitido pela comissão mista permanente de
senadores e deputados.
2. (TCDF - Procurador 2002 - Cespe) Com relação aos tribunais de contas, entre as
inovações introduzidas pela LRF, encontra-se a instituição da função cautelar de alertar os
demais Poderes ou órgãos nas situações que especifique.
3. (TCE-ES - Procurador Especial de Contas 2009 - Cespe) Na CF, o controle externo foi
consideravelmente ampliado. Nesse sentido, as funções que os TCs desempenham incluem
a
a) sancionatória, quando se aprovam as contas dos dirigentes e responsáveis por
bens e valores públicos.
b) de julgamento, quando se emite parecer prévio sobre as contas anuais dos chefes
de poder ou órgão.
c) de ouvidor, quando se respondem e esclarecem as dúvidas de servidores sobre a
aplicação da legislação orçamentária e financeira.
d) corretiva, quando se aplicam multas e outras penalidades aos responsáveis por
irregularidades.
e) de fiscalização financeira, quando se registram os atos de admissão do pessoal
efetivo.
7. (TCE/RN - Assessor Técnico Jurídico 2009 - Cespe) O TCU faz parte do Congresso
Nacional, a quem deve auxiliar no exercício do controle externo.
10. (TCU - TCE 2007 - Cespe) O TCU deve auxiliar o Congresso Nacional no exercício do
controle externo e da fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta.
11. (TCU - ACE 2007 - Cespe) Todas as manifestações das cortes de contas têm valor e
força coercitiva, entretanto, só os acórdãos condenatórios têm eficácia de título executivo,
ou seja, unicamente os processos de contas, abrangendo tanto as contas anuais quanto as
contas especiais, podem ser julgados, ensejando a constituição de título executivo e podem
ter como efeito a produção de coisa julgada.
12. (TCU - TCE 2007 - Cespe) Considere que determinado gestor de receitas públicas,
após o devido processo legal, tenha sido condenado pelo TCU a ressarcir o erário.
Considere ainda que, na condenação, o tribunal tenha declarado expressamente o agente
responsável e o valor a ser devolvido à União. Nesse caso, a competência para executar a
decisão do tribunal é da Advocacia-Geral da União, que deverá observar os prazos de
cobrança previstos na lei, sob pena de prescrição para atos ilícitos praticados por agente ou
servidor público.
13. (TCU - ACE 2004 - Cespe) No sistema brasileiro de controle externo, em face das
competências atribuídas pela Constituição da República ao TCU, a doutrina e a
jurisprudência são majoritárias no sentido de que as decisões daquele órgão têm natureza
jurisdicional e, por isso mesmo, não podem ser reexaminadas pelo Poder Judiciário.
14. (TCU - TCE 2007 - Cespe) O TCU tem atribuições de natureza administrativa; porém,
quando julga as contas dos gestores e demais responsáveis por bens e valores públicos,
exerce sua natureza judicante. Mesmo assim, não há consenso na doutrina quanto à
natureza do tribunal.
15. (TCU - ACE 2004 - Cespe) De acordo com a doutrina, a condenação de gestor público
por parte do TCU constitui título executivo de natureza judicial, por força da competência
16. (TCU - Procurador 2004 - Cespe) Sempre que se julgar lesado por decisão tomada
pelo TCU, o cidadão poderá recorrer ao Poder Judiciário, mas o remédio juridicamente
adequado não será a impetração de mandado de segurança contra o ato do tribunal, seja
porque as decisões deste somente podem ser desconstituídas mediante dilação probatória,
seja porque o tribunal não poderá figurar no pólo passivo da ação mandamental.
17. (TCE-ES - Procurador Especial de Contas 2009 - Cespe) O julgamento das contas
dos administradores e responsáveis é atribuição peculiar dos TCs, de acordo com a CF.
Como órgãos especializados no julgamento das contas, suas decisões não estão sujeitas a
revisão do Poder Judiciário, salvo quando
a) houver observância do devido processo legal.
b) o mérito da decisão envolver questões atinentes à legitimidade dos atos praticados
pelos administradores e responsáveis.
c) o MP representar contra decisão de mérito do TC.
d) a decisão alterar o entendimento do TC até então vigente.
e) houver vício de forma, como, por exemplo, a inobservância de direitos e garantias
individuais.
18. (TCU - AUFC 2011 - Cespe) A jurisdição do TCU estende-se aos sucessores de ex-
dirigentes de entidades estatais que cometam irregularidades que resultem em prejuízo para
os cofres públicos, até o limite do prejuízo apurado e não ressarcido, independentemente do
patrimônio transferido.
19. (TCDF - ACE 2012 - Cespe, adaptada) A jurisdição do TCU abrange tanto as pessoas
físicas como as jurídicas públicas e privadas que tenham recebido recursos públicos sob a
responsabilidade da União, podendo atingir os sucessores dos responsáveis por esses
recursos.
20. (TCU - TCE 2007 - Cespe) Consifl ere que determinada organização civil de interesse
público, que atua na área de defesa e conservação do meio ambiente, tenha sido contratada
pela administração pública federal, por meio de termo de parceria. Nessa situação, mesmo
sendo pessoa jurídica de direito privado, essa organização civil está sujeita à jurisdição do
TCU.
21. (TCE/RO - ACE 2013 - Cespe) Apesar de abranger recursos repassados diretamente
às prefeituras pelo Poder Executivo estadual, a jurisdição do TCE/RO não inclui
organizações não governamentais (ONGs) beneficiadas por convênios com o governo
estadual.
22. (TCU - AUFC 2009 - Cespe) Se a União contratar um banco internacional para que
este tome um empréstimo, em nome da União, perante a Comunidade Europeia, tal banco
estará submetido ao dever de prestar contas à União pelo empréstimo tomado, caso venha
a concretizar a operação.
24. (TCU - AUFC 2009 - Cespe) Se o governo brasileiro decidir que a PETROBRAS
formará com a Bolívia uma empresa binacional de exploração de petróleo, caberá ao TCU
fiscalizar as contas nacionais dessa nova empresa.
26. (TCDF - Auditor 2002 - Cespe) O STF já pacificou o entendimento de que empresas
públicas e sociedades de economia mista, não obstante possuam personalidade de direito
privado e seus bens não sejam públicos, submetem-se a processo de tomada de contas
especial.
27. (TCDF - Auditor 2002 - Cespe) Se, para a execução de obra, o DF e a União
celebrarem convênio para o aporte de recursos federais e do próprio DF, conforme
entendimento pacífico do STF, a fiscalização da obra ficará limitada à atuação do TCU.
28. (TCU - T EFC 2012 - Cespe) As empresas públicas federais não estão sujeitas à
fiscalização do TCU, pois são pessoas jurídicas de direito privado.
29. (TCE/RS - OCE 2013 - Cespe, adaptada) A jurisdição do TCU sobre empresas com
sede no exterior e cujo capital seja parcialmente de propriedade de órgãos públicos federais
somente é aplicável se a administração pública for detentora da maioria do capital.
30. (TCU - AUFC 2013 - Cespe) No uso de sua função sancionadora, pode o TCU, no caso
de ilegalidade, fixar prazo para que o órgão ou entidade adote providências necessárias ao
exato cumprimento da lei.
33. (TCE/RS - OCE 2013 - Cespe) Considere que o governo do estado do Rio Grande do
Sul tenha instituído subsídio para os eletrodomésticos de alta tecnologia, reduzindo dois
pontos percentuais na alíquota do imposto sobre operações relativas à circulação de
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de
comunicação (ICMS). Nessa situação, constitui responsabilidade do TCE/RS examinar o ato
de concessão do referido subsídio.
34. (TCE/ES - ACE 2012 - Cespe) Compete exclusivamente à Câmara dos Deputados
suspender os atos dos Poderes Executivos federal, estadual e municipal caso estes tenham
exorbitado os limites do poder regulamentar das leis expedidas pelos respectivos órgãos
legislativos.
35. (TCE/ES - ACE 2012 - Cespe) Uma das funções precípuas do Poder Judiciário é
realizar o controle de mérito dos atos administrativos do Poder Executivo que contribuem
para o melhor interesse da sociedade.
36. (TCDF - ACE 2012 - Cespe) Caso não seja empregado o mínimo de recursos
destinados a saúde e educação no DF, poderá ocorrer o controle judicial de ofício com
vistas a garantir — mediante medida cautelar — a ocorrência dos atos administrativos
necessários para o direcionamento dessa parcela do orçamento.
37. (TCU - ACE 2005 - Cespe) De acordo com a Constituição Federal de 1988, a
fiscalização contábil, orçamentária, financeira, operacional e patrimonial do município será
exercida pelo Legislativo municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle
interno dos poderes Executivo e Legislativo municipais, na forma da lei. Assim, o parecer
prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o prefeito deve anualmente
prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara
Municipal.
39. (TCU - ACE 2007 - Cespe) A relevância do controle externo no Brasil não se restringe
aos aspectos concernentes à eficiente gestão das finanças ou à adequada gerência
administrativa do setor público. Envolve também o equilíbrio entre os poderes na
organização do Estado democrático de direito.
41. (TCU - ACE 2006 - ESAF) Sobre o Controle Externo no Brasil, assinale a opção correta.
a) Os ministros do TCU devem ser brasileiros natos.
b) Um Tribunal de Contas Estadual não poderá julgar contas relativas a município, mesmo
que este esteja dentro do território de sua Unidade da Federação.
c) Um determinado município, caso não possua Tribunal de Contas próprio, não poderá criá-
lo.
d) O auditor, ou Ministro-Substituto, do Tribunal de Contas da União é aposentado
compulsoriamente aos 75 (setenta e cinco) anos de idade.
e) Empresas de Economia Mista não se sujeitam à fiscalização do TCU.
42. (TCU - ACE 2006 - ESAF) O parecer prévio sobre as contas prestadas pelo prefeito,
elaborado pelo órgão auxiliar da Câmara Municipal, é meramente indicativo, podendo ser
rejeitado pelos vereadores, por decisão tomada pela maioria simples, presentes à
deliberação a maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.
43. (CGU - AFC 2012 - ESAF) Nos termos da Constituição Federal, tanto o Congresso
Nacional quanto os sistemas de controle interno de cada Poder podem exercer fiscalizações
da seguinte ordem, exceto:
a) Contábil.
b) Ambiental.
c) Patrimonial.
d) Operacional.
e) Financeira.
44. (TCE/ES - Procurador Especial de Contas 2009 - Cespe) O controle externo, a cargo
do Poder Legislativo e do TC, classifica-se em político e técnico. Com relação a esse
assunto, à luz das disposições constantes na CF, assinale a opção correta.
a) O controle externo, nos municípios, é exercido pelas respectivas câmaras municipais,
com o auxílio dos TCs de âmbito estadual, salvo no caso dos municípios que têm TCs
próprios.
46. (TCU - ACE 2004 - Cespe) Nos termos da Constituição da República, pode o TCU, em
certos casos, apreciar elementos de discricionariedade envolvidos nos atos da
administração pública e aspectos ligados à gestão das respectivas entidades e ao
desempenho das funções destas; não precisa sempre ater-se unicamente à conformidade
desses atos com as normas jurídicas aplicáveis, sob o prisma da legalidade.
47. (TCU - ACE 2004 - Cespe) Pode o TCU constituir título executivo contra empresa
privada.
48. (TCU - ACE 2000 - ESAF) O Tribunal de Contas da União tem a sua jurisdição:
a) restrita a órgãos e entidades da Administração Pública Federal;
b) restrita aos responsáveis por bens e valores públicos;
c) extensiva aos representantes da União nas Assembleias Gerais das entidades estatais;
d) extensiva aos dirigentes das empresas supranacionais de cujo capital a União participe;
e) restrita a agentes públicos federais.
49. (TCE/BA - Procurador 2010 - Cespe) A execução das decisões que resultem em
imputação de débito ou multa cabe aos tribunais de contas.
50. (TCE/AC - ACE 2009 - Cespe) A CF, ao estender aos tribunais e conselhos de contas
dos estados, do Distrito Federal e dos municípios as disposições aplicáveis no âmbito da
União, destacou, como um dos aspectos objeto do controle, a legitimidade, que envolve
diversos critérios. Não faz parte dessas considerações o exame da
a) conveniência.
b) legalidade.
c) prioridade.
d) pertinência.
51. (TCE/AC - ACE 2009 - Cespe) A empresa supranacional encontra-se sob a jurisdição
dos órgãos de controle externo, desde que a União detenha, de forma direta ou indireta, a
maioria do capital social dessa empresa, nos termos do seu tratado constitutivo.
a) I, II e IV.
b) I, II e III.
c) II, III e IV.
d) I, III e IV.
e) II e III.
56. (TCE/GO - Analista 2009 - FCC) De acordo com o art. 71 da Constituição Federal de
1988, compete ao Tribunal de Contas da União, no exercício do controle externo, realizar
inspeções e auditorias de diversas naturezas. Supondo que o Tribunal de Contas realize
auditoria em uma entidade pública com a finalidade de confirmar os valores apresentados
nas demonstrações financeiras, ele está realizando uma auditoria
(A) contábil.
(B) de acompanhamento de gestão.
(C) de gestão.
(D) operacional.
(E) especial.
57. (TCE/GO - Auditor 2007 - ESAF) Sobre o controle externo, a cargo do Congresso
Nacional, exercido com o auxílio do Tribunal de Contas, assinale a opção correta.
a) Pode a Constituição estadual atribuir competência exclusiva à Assembléia Legislativa
para julgar as contas do Poder Legislativo, do Tribunal de Contas, do Tribunal de Justiça e
das Mesas Diretoras das Câmaras Municipais.
b) Ofende a Constituição da República dispositivo da Constituição Estadual que submeta o
Tribunal de Contas a controle financeiro e orçamentário pelo Poder Legislativo.
c) As normas constitucionais, que conformam o modelo federal de organização do Tribunal
de Contas da União, não são de observância compulsória pelas Constituições dos Estados-
58. (TCE/SE - Analista 2011 - FCC) As decisões finais do Tribunal de Contas do Estado de
Sergipe de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo,
(A) desde que haja inscrição na dívida pública.
(B) independentemente de inscrição em dívida pública.
(C) se envolverem valores maiores que vinte salários mínimos.
(D) salvo as referentes a admissões de pessoal, aposentadorias e pensões.
(E) desde que tomadas por órgão colegiado por votação unânime.
59. (TCE/AP - ACE 2012 - FCC) Terão eficácia de título executivo as decisões do Tribunal
de Contas
a) de que resultem imputação de débito ou multa.
b) pela regularidade da matéria julgada.
c) que determinaram o trancamento das contas.
d) sobre as prestações de contas anuais dos Prefeitos.
e) que se refiram a operações de crédito.
* * * **
GABARITO
2) C 3) e 4) C 5) C 6) - 7) E 8) C
1) E
10) C 11) E 12) E 13) E 14) C 15) E 16) E
9) E
17) e 18) E 19) C 20) C 21) E 22) C 23) C 24) C
Referências:
Alexandrino, M. Paulo, V. Direito Administrativo. 13ã ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2007.
Lima, L.H. Controle externo: teoria, jurisprudência e mais de 500 questões. 4 ed. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2011.