Júlio Bacar
Maio, 2021
1. Deve-se abrir novamente a venda de acções a novos associados,
Jovens médicos, capazes de trazer pacientes ao hospital?
Considerando que essa é uma estratégia que funcionou no passado com sucesso, hoje
poder-se-ia adoptá-la novamente, desde que esses médicos, para os quais serão vendidas
as acções, sejam criteriosamente seleccionados, com o mesmo cuidado adoptado na
época da reinauguração, atraindo de volta os pacientes dos círculos mais altos da
sociedade.
No entanto, actualmente as empresas que desejam se destacar não podem mais focar
apenas na venda do seu produto ou serviço, é necessário identificar novas maneiras de
atender o seu cliente com mais qualidade com base no entendimento profundo das suas
necessidades. Isto ocorre com o delineamento da comunicação, da política de preços da
entrega e das ofertas ou dos serviços adequados [1]. Na actualidade, vários autores, tais
como Kotler, Hooley e Ansoff, enfatizam que as mudanças tecnológicas, socioculturais,
económicas e políticas, vividas nos últimos anos, forçaram as organizações a
modificarem seu relacionamento com o cliente e com o ambiente competitivo de
maneira geral [2].
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2. Deve ser aceita a proposta de arrendamento ou compra do grupo Fresstan
Company? Se a resposta é sim, sob que condição se deve aceitar a proposta do Dr.
Vilardi?
Concordo! A proposta do Grupo Fresstan Company deve ser aceita, considerando que o
hospital St. Michel está com problemas económicos resultantes da falta de pacientes,
com uma taxa de ocupação reduzida a 30%. Além de enfrentar problemas de liderança,
o conselho gestor é formado por médicos idosos que deverão ser substituídos pois não
atuam mais como antes e já não trazem mais pacientes para o hospital, também há uma
grande dificuldade em atrair jovens médicos bem-sucedidos com uma clientela fiel e
selecta por não concordarem com o modelo de gestão actual adoptada pelo conselho
administrativo de accionistas. Todos esses obstáculos levaram o hospital a suspender
sua reestruturação, sendo mais um motivo de enfraquecimento junto a concorrência,
pois o mercado está cada vez mais competitivo e os clientes cada vez mais disputados.
A proposta que julgo ser a mais vantajosa é a de arrendamento, lembrando sempre que
durante os 15 anos é necessário que se estabeleça o compromisso de elevar a marca,
manter o zelo, a boa reputação e o reconhecimento do mercado conquistado por ser um
local que proporciona a sensação de estar em um hotel, não no hospital, e que toda
grande mudança, que se pretenda realizar. O conselho seja consultado. O valor desse
arrendamento deve ser criteriosamente estipulado para que seja suficiente para cobrir os
rendimentos mensais recebidos pelos associados.
Para aumentar a taxa de ocupação hospitalar deve-se analisar e melhor utilizar os pontos
fortes; eliminar os pontos fracos; conhecer e usufruir as oportunidades externas e, evitar
as ameaças, deve determinar que acções devem ser adoptadas para que as fraquezas não
potencializem ainda mais as ameaças ou prejudiquem as oportunidades [4]. Tidd,
Bessant e Pavitt (2008) apresentam um modelo de processo de gestão de inovação
constituído de três fases, que eles chamam de “buscar”, “seleccionar” e “implementar”
[5].
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O processo de inovação tem início com a busca de vários indícios de oportunidades que
podem estar na tecnologia, no mercado, no comportamento competitivo, nas mudanças
da política ou no ambiente regulador, em novas tendências sociais, dentre outros [6].
Em um ambiente competitivo deve-se revisitar os 4 P’s do marketing, pois os clientes só
permanecem fiéis se o pacote oferecido – Produto, Preço, Praça e Promoção – for
completo e satisfizer suas necessidades [7].
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cuidado ao recém-nascido, transmitir o parto para a família através de um sistema de
vídeo para que a família possa participar deste momento.
Não considero viável convertê-lo em um hospital geral porque teria que fazer um
investimento muito alto em infraestrutura, quadro funcional e equipamentos.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
1. Kotler P, Keller K. Administração de marketing. 12a ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall; 2006.
5. TIDD, Joe; BESSANT, John; PAVITT, Keith. Gestão da inovação. Porto Alegre:
Bookman, 2008.
6. Souza LPS, Souza AMV, Pereira KG et al Matriz SWOT como ferramenta de Gestão
para melhoria da Assistência... Revista Electrónica Gestão & Saúde Vol.04, Nº. 01, Ano
2013 p. 1633-1643.
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7. Rublescki A, Webmarketing e cibercliente: o Marketing em tempos de “4Ps + 2Ds +
4Cs” disponível em: http://www.bocc.ubi.pt/pag/rublescki-anelisewebmarketing-
cibercliente.pdf.