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Este livro não é uma publicação oficial de A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias. As opiniões e pontos de vista são exclusivos do
autor e não representam, necessariamente, a posição da Cedar Fort, Inc. A
permissão para uso das referências citadas, bem como das fotos e imagens
também são de responsabilidade do autor.
ISBN 13: 978-1-4621-1387-3
Publicado no Brasil por Deseret Brasil Bookstore Ltda, Av. Professor
Francisco Morato, 2355 – São Paulo - SP, sob licença da Cedar Fort, Inc.,
Springville, UT, EUA.
Distribuido por Deseret Brasil, www.deseretbrasil.com
Traduzido por Nívio Varela Alcover
Design da capa de Shawnda T. Craig
Design da capa © 2014 Lyle Mortimer
Editado e digitado por Emily S. Chambers
Há vários anos, ao cumprir uma designação em outro estado, assisti a uma
reunião em que o presidente da estaca local contou-nos um milagre que se
realizou após uma bênção do sacerdócio. Ocorrera recentemente em sua
estaca. Contou a respeito de um digno portador do sacerdócio que se dirigia
de carro para casa em uma importante rodovia que levava a sua cidade.
Quando se aproximava de casa, viu luzes de emergência de veículos
piscando a certa distância, onde vários carros pararam e um grupo de
pessoas se reunia. Ele diminuiu a marcha, parou o carro ao lado da rodovia
e abriu caminho até a frente das pessoas. Quando olhou por sobre os
ombros, seu coração quase parou ao pensar ter reconhecido no acostamento
a moto de seu filho. O socorro ainda não havia chegado. Seu filho jazia no
cascalho do acostamento, junto à motocicleta, o rosto congestionado e o
sangue gotejando de seu nariz e ouvidos. Estava inconsciente. O pai
ajoelhou-se no cascalho, gentilmente tomou a cabeça do filho entre as mãos
e ordenou, em nome de Jesus Cristo e pelo poder do santo Sacerdócio de
Melquisedeque que a vida de seu filho fosse preservada até que a ajuda
médica competente chegasse, a fim de prestar os primeiros socorros
necessários. Abençoou-o com plena recuperação. Os paramédicos
chegaram e o jovem foi transportado de ambulância ao hospital. Na
emergência, o médico solicitou imediatamente raios-X do pescoço do
rapaz. Eles foram feitos e indicaram uma grave fratura. Não satisfeito com
o ângulo em que os raios-X foram tirados, o médico o enviou de volta para
determinar melhor que providência deveria ser tomada. O técnico de raios-
X ficou um tanto confuso pela segunda série de resultados. Os filmes
indicavam as mesmas fraturas, mas, desta vez, a brecha estava quase
fechada. O médico e o pessoal da sala de emergência também ficaram
confusos e ele solicitou um terceiro raio-X. Desta vez, o resultado indicou
uma fratura curada. O jovem paciente logo recebeu alta e se recuperou
rapidamente.
O presidente de estaca que nos estava narrando este milagre disse que,
muitos dias depois, durante a reunião de jejum e testemunhos realizada na
ala da família, o pai agradecido foi ao púlpito e deu graças pelas grandes
bênçãos que haviam recebido. Entre outras coisa, ele disse o seguinte:
“Estou extremamente grato de que, quando tomei a cabeça de meu filho
nas mãos para exercer meu sacerdócio, não tive primeiramente que me
desculpar com o Senhor por comportamentos que teriam impedido de
exercer meu sacerdócio”.
Como vocês sabem, o “grande plano de felicidade” do Pai (Alma
42:8) inclui tornar Seu poder do sacerdócio prontamente disponível para as
bênçãos e ordenanças do evangelho aos Seus filhos aqui na Terra. Nestes
últimos dias, quando a Igreja está literalmente sendo levada para o mundo
todo, a bênção de ter portadores dignos do sacerdócio por perto é um fator
vital no fortalecimento da Igreja e no “aceleramento” da obra. Não é de
admirar que tenha havido recentemente tanta ênfase pelos nossos profetas
e apóstolos sobre aumentar o poder do sacerdócio entre aqueles de nós que
possuem a sua autoridade. De acordo com o plano, os filhos do Pai
Celestial podem orar a Ele pedindo ajuda e bênçãos e, além disso, podem
ter a presença física direta de homens dignos que possuem o sacerdócio e
representam o Pai quando impõe as mãos sobre sua cabeça. O Senhor disse
a Edward Partridge: “E imporei sobre ti minha mão, pela mão de meu
servo Sidney Rigdon” (D&C 36:2). Muito depende de nós para o
cumprimento desta parte do plano do Pai.
O PODER DO SACERDÓCIO NEM SEMPRE
ACOMPANHA A AUTORIDADE DO SACERDÓCIO
O Presidente Boyd K. Packer acentuou a importância de se ter o
“poder” do sacerdócio, assim como a “autoridade”. Em um discurso de
conferência geral, ele ensinou:
Temos feito um bom trabalho na distribuição da autoridade do sacerdócio.
Temos a autoridade do sacerdócio plantada em quase toda parte. (...) Mas
a distribuição da autoridade do sacerdócio, em minha opinião, passou à
frente da distribuição do poder do sacerdócio. O sacerdócio não tem a
força que deveria ter e não terá essa força até que o poder do sacerdócio
esteja firmemente estabelecido nas famílias, como deveria. (...) Precisamos
despertar em todo élder e sumo sacerdote, em todo quórum e grupo, e no
pai de cada lar o poder do sacerdócio do TodoPoderoso. (...) Há um
número demasiadamente grande de nossos irmãos do sacerdócio que vivem
aquém de seus privilégios e das expectativas do Senhor. (“O Poder do
Sacerdócio”, A Liahona, maio de 2010; grifo do autor).
Como declarado acima, pelo Presidente Packer, ter a autoridade não
garante, necessariamente, que tenhamos também o poder desse maravilhoso
sacerdócio. Muitas coisas nos podem ajudar a exercer esse poder em
retidão para o benefício daqueles que nos cercam. Precisamos exercê-lo
com “os olhos fitos na glória de Deus” (D&C 82:19), sem nenhuma ideia
de engrandecimento pessoal ou de nos elevar à vista dos outros.
A DIGNIDADE PESSOAL É UM QUALIFICADOR
IMPORTANTE PARA A LIBERAÇÃO DO PODER DE SEU
SACERDÓCIO.
A dignidade não implica em perfeição e nem a requer, mas
realmente significa esforçar-se para viver de acordo com os padrões do
evangelho. “Esforçar-se” é a palavra-chave. Ela inclui um desejo profundo,
simples, honesto e direto de ser digno. Significa vigilância e esforço
constantes para manter os pensamentos e ações da pessoa em harmonia
com o Senhor. Talvez vocês tenham notado que a palavra “esforço” seja
usada neste contexto na nossa entrevista de recomendação para o templo.
Embora ainda não se espere que sejamos perfeitos, nosso honesto esforço
para isso traz aperfeiçoamento e dignidade consistentes. Assim, a dignidade
é possível de ser obtida aqui e agora e devendo ser parte dos objetivos
ativos de todo portador do sacerdócio.
Essa dignidade provê a confiança no uso do sacerdócio que se
possui. Observamos essa confiança em Pedro e João. Pouco depois do rico
derramamento do Espírito no Dia de Pentecostes (Atos 2), esses humildes
apóstolos foram ao templo em Jerusalém, à cerca de três horas da tarde
(Atos 3:1). Um homem, coxo de nascença, era levado à porta Formosa
(uma das várias entradas para a área do templo) para pedir esmolas. Esse
homem os viu entrando e pediu que lhe dessem uma esmola. Pedro,
fitando os olhos nele, disse: “Olha para nós”. O homem olhou para eles,
“esperando receber deles alguma coisa” (Atos 3:4-5). Realizou-se então o
inesperado milagre da cura.
E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te
dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda.
E, tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e
artelhos se firmaram.
E, saltando ele, pôs-se em pé, e andou, e entrou com eles no
templo, andando, e saltando, e louvando a Deus (Atos 3:6-8).