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DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

DIREITOS direitos individuais


direitos sociais
FUNDAMENTAIS direitos políticos

= NÃO pode suprimir, mas pode incluir mais direitos no rol, por serem cláusulas
pétreas
= pode ocorrer SUSPENSÃO ou RESTRIÇÃO TEMPORÁRIA caso esteja em meio à
estado de sítio, estado de defesa ou intervenção federal
1ª DIMENSÃO: liberdades públicas – direitos políticos
2ª DIMENSÃO: igualdade – direitos sociais
3ª DIMENSÃO: coletividade – fraternidade
=Características:
 Universalidade
 Historicidade
 Limitabilidade ou caráter relativo
 Cumulatividade
 Irrenunciabilidade
 Irrevogabilidade
 Imprescritibilidade
 Indivisibilidade

ART 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à segurança e à propriedade
Inciso I: homens e mulheres IGUAIS – princípio da igualdade/isonomia; SV 44 – o
exame psicotécnico só será admitido caso haja previsão legal; SV 43 – é
inconstitucional servidor se investir, sem concurso público, a cargo que não integre
sua carreira
Inciso II: se não houver lei disciplinando fato, ninguém será obrigado a fazer ou não
fazer algo – princípio da legalidade
Inciso III: ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante
Inciso IV: livre a manifestação do pensamento, sendo vedado anonimato
Inciso V: direito à resposta proporcional, além de indenização por dano material, moral
ou à imagem
Inciso VI: é inviolável a liberdade de consciência e crença, sendo livre o exercício de
culto e protegido seus locais
Inciso VII: assegurado prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares
de internação coletiva
Inciso VIII: ninguém será privado de direitos por crença, filosofia ou política própria,
salvo se as invocar para se eximir de obrigações iguais a todos e recusar-se de cumprir
prestação alternativa
Inciso IX: liberdade de expressão intelectual, artística, científica e de comunicação;
também abrange o direito de opinião, informação e escusa de consciência; independe
autorização da pessoa bibliografada e seus coadjuvantes
Inciso X: direito à privacidade e imagem, inviolável a intimidade, a vida privada, a
honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito de indenização pelo dano material
ou moral decorrente de sua violação; SV 11 – restringe o uso de algemas aos casos de
resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou
alheia por parte do preso ou de terceiros, desde que justificada por escrito, sob
pena de responsabilidade
Inciso XI: inviolabilidade domiciliar; ninguém nela podendo penetrar sem o
consentimento, salvo em caso de flagrante delito, desastre, ou para prestar socorro, ou,
durante o dia, por determinação judicial; STF: o escritório do advogado é inviolável,
e para busca e apreensão não pode utilizar mandado genérico mesmo sendo o
advogado o investigado; os quartos de hotel são abrangidos pela inviolabilidade
Inciso XII: sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, salvo no último
caso por ordem judicial para fins de investigação criminal ou instrução processual;
STF: pode utilizar as gravações feitas para as investigações penais nas condenações
administrativas e civis; é autorizada escuta com pessoa envolvida
Inciso XIII: liberdade de profissão, trabalho ou ofício atendendo as restrições legais;
caso não tiver poderá exercer livremente (vg, greve de funcionário público)
Inciso XIV: acesso à informação a todos e resguardado o sigilo da fonte caso necessário
ao exercício profissional
Inciso XV: liberdade de locomoção em tempo de paz; liberdade de ir, vir e permanecer
Inciso XVI: liberdade de reunião pacífica, sem armas, em local aberto ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente
convocada, devendo somente haver o prévio aviso à autoridade competente; se for
violado o direito de reunião a tutela adequada é o mandado de segurança
Inciso XVII: liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar
Inciso XVIII: a criação das associações independe de autorização e é vedada a
interferência estatal no seu funcionamento
Inciso XIX: as associações só podem ser dissolvidas por decisão judicial transitada em
julgado
Inciso XX: ninguém será obrigado a se associar ou permanecer associado
Inciso XXI: quando expressamente autorizadas as associações podem representar seus
membros judicial ou extrajudicialmente
Inciso XXII: direito de propriedade
Inciso XXIII: a propriedade deve atender sua função social
Inciso XXIV: lei irá prever o procedimento para desapropriação por necessidade ou
utilidade pública ou ainda interesse social, mediante justa e prévia indenização
Inciso XXV: no caso de iminente perigo público o Estado pode usar a propriedade
privada, com indenização posterior, se houver dano
Inciso XXVI: a pequena propriedade rural, desde que trabalhada pela família, não pode
ser penhorada para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva
Inciso XXVII: direito do autor exclusivo a utilização, publicação ou reprodução de suas
obras, transmissível aos herdeiros
Inciso XXVIII: assegurada proteção às participações individuais em obras coletivas e
direito de fiscalização do aproveitamento econômico
Inciso XXIX: lei assegura privilégio temporário aos inventos industriais, tendo em vista
o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País
Inciso XXX: direito de herança
Inciso XXXI: a sucessão de bens do estrangeiro situado no País, será regulada por lei
brasileira
Inciso XXXII: o Estado promoverá o direito do consumidor
Inciso XXXIII: direito à informação de interesse pessoal, coletivo ou geral; lei
12.527/11 – lei de acesso à informação; quebra de sigilo bancário pela Receita Federal
não é possível, dependendo de ordem judicial
Inciso XXXIV: assegurado, independentemente do pagamento de taxa, direito de
petição por defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder, e obtenção de
certidões
Inciso XXXV: a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a
direito
Inciso XXXVI: princípio da segurança jurídica – lei não irá prejudicar a coisa julgada,
direito adquirido e ato jurídico perfeito
Inciso XXXVII: não haverá tribunal ou juízo de exceção
Inciso XXXVIII: é reconhecida a instituição do júri assegurados a plenitude de defesa,
sigilo das votações, soberania dos veredictos, competência para julgamento dos crimes
dolosos contra a vida
Inciso XXXIX: princípio da reserva legal – não há crime sem lei anterior que o defina,
nem pena sem prévia cominação legal
Inciso XL: princípio da retroatividade benéfica – lei penal não retroagirá, salvo em
benefício do réu, ainda que decidida condenação por sentença transitada em julgado;
sua aplicação é da competência do juízo das execuções penais
Inciso XLI: proibição de discriminação atentatória dos direitos e liberdades
fundamentais
Inciso XLII: racismo – crime inafiançável e imprescritível
Inciso XLIII: a lei irá considerar crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia
a prática de tortura, tráfico e terrorismo e ainda os definidos como crimes hediondos
Inciso XLIV: crime inafiançável e imprescritível ação de grupos armados, civis ou
militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático
Inciso XLV: princípio da responsabilidade pessoal – a pena não pode passar de pessoa,
podendo a obrigação de reparar dano e decretação do perdimento de bens ser estendida
aos herdeiros, no quinhão de sua herança
Inciso XLVI: princípio da individualização das penas – a lei regulará a individualização
das penas adotando a privação ou restrição de liberdade, perda de bens, multa, prestação
social alternativa e suspensão ou interdição de direitos
Inciso XLVII: princípio da humanidade – proibido pena de morte (salvo em guerra
declarada), de caráter perpétuo, de trabalhos forçados, de banimento e cruéis
Inciso XLVIII: a pena será cumprida em estabelecimentos distintos de acordo com a
natureza do delito, idade e sexo do apenado
Inciso XLIX: assegurada a integridade física e moral do preso, SV 11 – restringe o uso
de algemas aos casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à
integridade física própria ou alheia por parte do preso ou de terceiros, desde que
justificada por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do
agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se
refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado
Inciso L: assegurada às presidiárias permanecer com o filho durante amamentação
Inciso LI: nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime
comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico
ilícito de entorpecentes e drogas afins
Inciso LII: não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de
opinião
Inciso LIII (e XXXVII): princípio do juiz natural; S 704, STF: não viola as garantias
do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por
continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função
de um dos denunciados
Inciso LIV: ninguém será privado de liberdade ou dos seus bens sem o devido processo
legal
Inciso LV: princípio do contraditório e da ampla defesa
Inciso LVI: princípio da inadmissibilidade das provas ilícitas; é lícita a gravação de
conversa telefônica feita por um dos interlocutores, ou com sua autorização, sem ciência
do outro, quando há investida criminosa deste último
Inciso LVII: princípio da presunção da inocência – inocente até o trânsito em julgado
Inciso LVIII: o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal
Inciso LIX: será admitida ação privada em ações públicas se não intentadas no prazo
legal
Inciso LX: a lei somente poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a
defesa da intimidade ou o interesse social o exigiram
Inciso LXI: ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada, salvo em casos de transgressão militar ou crime propriamente militar
Inciso LXII: a prisão da pessoa e o local será informada ao juiz competente e à sua
família ou pelo preso indicada
Inciso LXIII: o preso será informado de seus direitos, entre os quais de permanecer em
silêncio, sendo assegurada assistência da família e do advogado
Inciso LXIV: o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou seu
interrogatório policial
Inciso LXV: a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária
Inciso LXVI: ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir
liberdade provisória, com ou sem fiança
Inciso LXVII: somente haverá prisão civil ao inadimplente de obrigação alimentar
Inciso LXVIII: irá conceder habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade
ou abuso de poder
Inciso LXIX: irá conceder mandado de segurança para proteger direito líquido e certo,
não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade
ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do Poder Público
Inciso LXX: o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: partido político
com representação no Congresso Nacional; organização sindical, entidade de classe ou
associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano em
defesa dos interesses de seus membros ou associados
Inciso LXXI: irá conceder mandado de injunção sempre que a falta de norma
regulamentadora obstar o exercício de direitos e liberdades constitucionais e
prerrogativas inerentes à nacionalidade, soberania e cidadania
Inciso LXXII: irá conceder habeas data: para assegurar o conhecimento de informações
sobre o impetrante, constante de registros ou banco de dados de entidade
governamentais ou de caráter público; para retificar dados, quando não preferir fazer
por processo sigiloso, judicial ou administrativo
Inciso LXXIII: qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, meio ambiente e patrimônio histórico e cultural, isento de
quaisquer custas judiciais ou ônus de sucumbência, salvo má-fé
Inciso LXXIV: direito à assistência judicial integral e gratuita àqueles que provarem
insuficiência de recursos
Inciso LXXV: o Estado irá indenizar o condenado por erro judiciário, assim como o que
ficar preso além do necessário
Inciso LXXVI: gratuito para os reconhecidamente pobres o registro civil de nascimento
e a certidão de óbito
Inciso LXXVII: gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data e atos necessários ao
exercício da cidadania
Inciso LXXVIII: direito à celeridade processual, judicial e administrativa, com razoável
duração do processo; STF: duplo grau de jurisdição não está previsto em lei,
somente é uma garantia implícita

DIREITOS SOCIAIS = educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, transporte,


lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e
à infância, assistência aos desamparados

ART 7º

Inciso I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa,
nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros
direitos;

Inciso II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;

Inciso III - fundo de garantia do tempo de serviço;

Inciso IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender as


suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação,
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes
periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para
qualquer fim;
Inciso V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;

Inciso VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo


coletivo;

Inciso VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem
remuneração variável;

Inciso VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria;

Inciso IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

Inciso X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;

Inciso XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e,


excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;

Inciso XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda


nos termos da lei;        

Inciso XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e
quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante
acordo ou convenção coletiva de trabalho;         

Inciso XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva;

Inciso XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

Inciso XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta


por cento à do normal; 

Inciso XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do
que o salário normal;

Inciso XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração
de cento e vinte dias;

Inciso XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;

Inciso XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos


específicos, nos termos da lei;

Inciso XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta
dias, nos termos da lei;

Inciso XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;
Inciso XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou
perigosas, na forma da lei;

Inciso XXIV - aposentadoria;

Inciso XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5
(cinco) anos de idade em creches e pré-escolas;

Inciso XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;

Inciso XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;

Inciso XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem


excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;

Inciso XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois
anos após a extinção do contrato de trabalho;  

Inciso XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de


admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

Inciso XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de


admissão do trabalhador portador de deficiência;

Inciso XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou


entre os profissionais respectivos;

Inciso XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de


dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de
aprendiz, a partir de quatorze anos;

Inciso XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício


permanente e o trabalhador avulso

Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos


previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI,
XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em
lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e
acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos
incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência
social

Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:

Inciso I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato,
ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a
intervenção na organização sindical;
Inciso II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau,
representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que
será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser
inferior à área de um Município;

Inciso III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais
da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;

Inciso IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria


profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da
representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;

Inciso V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;

Inciso VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de


trabalho;

Inciso VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações
sindicais;

Inciso VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da


candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente,
até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.

Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos


rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.

Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a


oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.

§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento


das necessidades inadiáveis da comunidade.

§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.

  Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados


dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam
objeto de discussão e deliberação.

  Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um


representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto
com os empregadores.

NACIONALIDADE = vínculo de natureza jurídica e política que integra o indivíduo a


um determinada Estado; o sujeito passa a fazer parte do elemento pessoal do Estado

Cargos privativos aos brasileiros natos:


o Presidente e Vice
o Presidente da Câmara dos Deputados
o Presidente do Senado
o Ministro do Supremo Tribunal Federal
o Carreira Diplomática
o Oficial das Forças Armadas
o Ministro de Estado de Defesa
o Conselho da República (6 cidadãos)

A prática de atividade nociva ao interesse nacional faz com que o naturalizado perca
sua nacionalidade, por cancelamento por sentença judicial
Os naturalizados poderão ser proprietários de empresa jornalística ou radiodifusão
se adquirida a nacionalidade brasileira há mais de 10 anos
Formas de aquisição da nacionalidade: originária – critério territorial (ius soli) e
sanguíneo (ius sanguinis); 4 situações: I - estrangeiro nascido no Brasil desde que os
pais NÃO estejam à serviço de seu país
II – nascido no estrangeiro, de pai ou mãe brasileiros, desde que
esteja a serviço do Brasil
III – nascido no estrangeiro, de pai ou mãe brasileiros, desde que
registrado na repartição brasileira competente (consular ou diplomática)
IV – nascido no estrangeiro, de pai ou mãe brasileiros, que venha
a residir no Brasil e, uma vez atingida a maioridade, optem pela nacionalidade brasileira
(ato personalíssimo)
Secundária – por ato voluntário; 4 situações: I – ordinária:
estrangeiros de países que falem a língua portuguesa, tenha um ano de residência
ininterrupta no Brasil e idoneidade moral
II – extraordinária: decorre de largo lapso temporal de residência
no país, a qual justifica a presunção de fortes vínculos com o Brasil; devendo ter
residência ininterrupta por mais de 15 anos e não possuir condenação criminal
III – especial: estrangeiro que se encontre em uma das situações:
seja cônjuge ou companheiro, há mais de 5 anos, de integrante do Serviço Exterior do
Brasil em atividade ou de pessoa a serviço do Estado brasileiro no exterior; ou seja ou
tenha sido empregado em missão diplomática ou em repartição consular do Brasil por
mais de 10 anos ininterruptos
IV – provisória: migrante criança ou adolescente que tenha fixado
residência em território nacional antes de completar 10 anos e deverá ser requerida por
intermédio de seu representante, podendo ser convertida em definitiva se expressamente
assim requerer no prazo de 2 anos após atingida maioridade
Perda de nacionalidade: cancelamento judicial do naturalizado – por condenação
transitada em julgado em virtude da prática de atividade nociva ao interesse nacional;
art 75 da lei de migração determina que o risco de geração de situação de apatridia
será levado em consideração antes da efetivação da perda de nacionalidade
Aquisição voluntária de outra nacionalidade – tanto nato quanto naturalizado,
após processo administrativo, sendo um decreto do Presidente declarando a perda; há
situações em que pode adquirir outra nacionalidade sem a perda da brasileira: quando há
reconhecimento da nacionalidade originária pela lei estrangeira (vg Itália); ou
imposição de naturalização pela lei estrangeira como condição de permanência ou para
exercício dos direitos civis
Quando houver perdido a nacionalidade, uma vez cessada a causa,
poderá readquiri-la ou ter o ato que declarou a perda revogado

DIREITOS POLÍTICOS = grupo ou conjunto de normas que disciplinam a atuação da

soberania popular

Positivos: possibilidade de as pessoas votarem e serem votadas (direito de sufrágio;


capacidade eleitoral ativa e passiva)
O exercício da cidadania se dá de forma direta (plebiscito, referendo e
iniciativa popular das leis) e indireta (democracia representativa); é competência
exclusiva do Congresso Nacional de autorizar referendo e convocar plebiscito; pessoas
inalistáveis – estrangeiros e conscritos
São condições para elegibilidade – nacionalidade brasileira, alistamento
eleitoral, pelo exercício dos direitos políticos, domicílio eleitoral na circunscrição (TSE
considera domicílio eleitoral de forma ampla, mencionando que pode ser o local
onde o candidato possui vínculos políticos, sociais profissionais, econômicos e até
comunitários, filiação partidária e idade mínima conforme o cargo
Perderá o cargo quem se desfiliar, sem justa causa, do partido
pelo qual foi eleito; considera justa causa: mudança substancial ou desvio reiterado do
programa partidário, grave discriminação política e mudança de partido efetuada
durante o período de 30 dias que antecede o prazo de filiação exigido em lei para
concorrer à eleição
Negativos: impedimentos, fatos que impossibilitam a participação no processo eleitoral;
englobam tanto as inelegibilidades como a privação dos direitos políticos que se dá com
a perda e a suspensão desses direitos
Inelegibilidade: impedimentos absolutos (inalistáveis e analfabetos –
analfabetos podem votar mas não podem ser candidatos)
Impedimentos relativos – funcional: impede a terceira eleição
consecutiva do Presidente, Governador e Prefeito não apenas no mesmo município, mas
em relação a qualquer outro município da federação; para estes concorrerem a outros
cargos deverão renunciar aos respectivos mandatos até 6 meses antes do pleito (regra de
desincompatibilização)
Casamento, parentesco ou afinidade: o cônjuge ou
companheiro e os parentes consanguíneos ou afins até o segundo grau (pais, avós, tios,
filhos e netos), ou por adoção dos Chefes do Executivo, salvo se já titular de mandato
eletivo e candidato à reeleição; as pessoas relacionados ao prefeito não poderão ser
candidatas a vereador ou prefeito do mesmo município; aquelas que tem relação com o
governador não podem concorrer aos cargos de vereador, deputado estadual, deputado
federal, senador ou governador; os ligados ao Presidente não podem ser candidatos a
qualquer cargo eletivo no país; SV 18 – a dissolução da sociedade ou do vínculo
conjugal, no curso do mandato, não afasta a inexigibilidade
Legais: outros casos podem ser criados por lei
complementar por ser rol exemplificativo
Militares: proíbe sua filiação a partido enquanto estiver na
ativa; TSE – é dispensável a filiação partidária, que será sanada pelo registro da
candidatura feita pelo partido político; requisitos: se contar com menos de 10 anos de
serviço deverá se afastar da atividade; se contar com mais de 10 anos de serviço será
agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente no ato de
diplomação para a inatividade
Privação ou restrição dos direitos políticos: temporária (suspensão) e definitiva
(perda); não poderá haver a cassação desses direitos; é competência do Judiciário
avaliar a perda e suspensão; restrição de concorrer a cargos eletivos e direito ao voto
podendo cumular inelegibilidade e suspensão
Suspensão: incapacidade civil absoluta; condenação criminal transitada
em julgado, enquanto durarem seus efeitos; práticas de atos de improbidade
administrativa (art 37 §4º)
Perda: quando houver cancelamento da naturalização por sentença
transitada em julgado; quando houver recusa em cumprir obrigação a todos imposta ou
prestação alternativa
Princípio da anterioridade ou anualidade eleitoral: a lei que alterar o processo eleitoral
entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até
um ano da data de sua vigência
Reaquisição dos direitos políticos: no caso de suspensão se os motivos que levaram à
suspensão cessarem, haverá a reaquisição; no caso de perda por cancelamento da
naturalização somente irá readquirir por ação rescisória, e no caso de perda por recusa
de cumprir obrigações irá readquirir se cumprir tal obrigação, ou, na hipótese de serviço
militar, o cumprimento de prestação alternativa
PARTIDOS POLÍTICOS: livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos
políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo
e os direitos fundamentais da pessoa humana; observados os seguintes preceitos: caráter
nacional; proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo
estrangeiros ou de subordinação a estes; prestação de contas à Justiça Eleitoral;
funcionamento parlamentar conforme lei
Terão autonomia quando definir sua estrutura interna, organização e
funcionamento e estabelecerão regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos
permanentes e provisórios; CF mantém possibilidade de coligações partidárias em
eleições que observam o sistema majoritário, e proíbe nas eleições proporcionais
Os partidos políticos possuem natureza jurídica de direito privado, pois
adquirem personalidade jurídica na forma da lei civil. Após tal aquisição, devem
registrar seus estatutos no TSE. Cumpridas essas formalidades os partidos serão sujeitos
de direito, podendo atuar em juízo

REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
Administrativos: direito de petição – aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou
contra ilegalidade ou abuso de poder; a mera invocação do direito de petição não tem o
condão de permitir que a parte busque desconstruir o acórdão e obter rejulgamento da
causa
Obtenção de certidões – em repartições públicas para defesa de direitos e
esclarecimento de situações de interesse pessoal; a recusa injusta de fornecer certidões
autorizará a utilização de instrumentos processuais adequados, como MS ou própria
ação civil pública
Os direitos de petição e de obtenção de certidões são gratuitos e podem ser
exercidos sem a assistência do advogado, uma vez que ocorrem em âmbito
administrativo

Judiciais: Habeas Corpus (5º, LXVIII) – proteção da liberdade de locomoção contra


abuso de poder ou ilegalidade; STF – súmula 694: não cabe habeas corpus contra a
imposição de pena de exclusão de militar ou de perda de patente ou de função
pública; 693: não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de
multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária
seja a única cominada; 431: é nulo julgamento de recurso criminal, na segunda
instância, sem prévia intimação ou publicação da pauta, salvo em habeas corpus;
momento da impetração – preventivo ou salvo-conduto: basta que se sinta ameaçado
justificadamente; repressivo ou liberatório: direito fundamental já foi violado;
suspensivo: contramandado de pressão não efetivada ainda
É cabível de ofício pelo juiz quando verificadas as hipóteses de
restrição ilegal ou ameaça de violação à liberdade de locomoção
Não é cabível a utilização que se dá no caso de punições
disciplinares militares; STF somente aceita habeas corpus neste caso se discutir sobre a
legalidade do procedimento aplicado ou sobre a competência da autoridade responsável
pela expedição da ordem
Quanto à legitimação, pode ser impetrado HC por qualquer
interessado, independentemente de sua capacidade civil, sendo legítimo até mesmo
menor de idade
STF: não é possível HC em que o beneficiário seja pessoa
jurídica, pois tal remédio protege a liberdade de locomoção
Habeas Data (5º, LXXII) – para assegurar o conhecimento de informações
relativas à pessoa do impetrante e para retificação de dados, além da complementação
ou anotação; não pode ser impetrado em favor de terceiros; não se revela meio idôneo
para se obter vista de processo administrativo; só poderá ser usado do habeas data se
esgotada a via administrativa; S 2, STJ: é necessário prova de tal recusa ou
indeferimento para que se impetre o habeas data, sob pena de falta de interesse de
agir e consequente indeferimento da petição por carência de ação; a informação
incompleta equivale à recusa
A petição inicial deverá ser instruída com prova: da recusa ao
acesso às informações ou do decurso de mais de dez dias sem decisão; da recusa em
fazer-se a retificação ou do decurso de mais de quinze dias, sem decisão; ou da recusa
em fazer-se a anotação a que se refere o § 2° do art. 4° (inexatidão de dado) ou do
decurso de mais de quinze dias sem decisão
Da sentença que conceder ou negar o habeas data cabe apelação
Mandado de injunção (lei 13.300/16): visa combater a omissão normativa que
inviabiliza o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; na legitimidade ativa existe a
possibilidade de substituição processual quando o remédio tiver sendo impetrado na
forma coletiva; o polo passivo será o Poder, o órgão ou a autoridade com atribuição para
editar a norma regulamentadora
A petição deverá preencher os requisitos de ação do CPC, e
indicará além do órgão impetrado, a pessoa jurídica que ele integra ou aquela a que está
vinculado; se o documento necessário para prova estiver em repartição ou
estabelecimento público, em poder de autoridade ou terceiro, se recusada o
fornecimento, em 10 dias, deverá haver juntada de cópia à segunda via de petição, mas
se a recusa for do impetrado a ordem será feita no próprio instrumento de notificação
Recebida a petição inicial, será ordenada a notificação do
impetrado sobre o conteúdo da petição inicial, devendo-lhe ser enviada a segunda via
apresentada com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de 10 dias, preste
informações; a ciência do ajuizamento da ação ao órgão de representação judicial da
pessoa jurídica interessada, devendo-lhe ser enviada cópia da petição inicial, para que,
querendo, ingresse no feito; após irá ouvir o MP devendo opinar em 10 dias indo os
autos conclusos para decisão, com ou sem parecer

Caso a petição for manifestamente incabível ou manifestamente


improcedente ela será desde logo indeferida; contra tal decisão caberá agravo em 5 dias
para o órgão colegiado competente

Reconhecido o estado de mora legislativa o juiz poderá


determinar prazo razoável para que o impetrado promova a edição da norma
regulamentadora, e estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos, das
liberdades ou das prerrogativas reclamadas, ou, se for o caso, as condições em que
poderá o interessado promover ação própria visando a exercê-los, caso não seja suprida
a mora legislativa no prazo determinado; tal prazo será dispensado se ficar comprovado
que o impetrado deixou de atender em MI anterior, ao prazo estabelecido para a edição
da norma
A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e produzirá
efeitos até o advento da norma regulamentadora; excepcionalmente poderá conferir
eficácia ultra partes ou erga omnes à decisão, quando isso for inerente ou indispensável
ao exercício do direito, da liberdade ou da prerrogativa

Transitada em julgado a decisão, seus efeitos poderáo ser


estendidos aos casos análogos por decisão monocrática do relator

MI Coletivo: os legitimados podem ser Ministério Público


(quando a tutela requerida for relevante para a defesa da ordem jurídica, do regime
democrático ou dos interesses sociais ou individuais indisponíveis); partido político
com representação no Congresso Nacional (assegurar direitos, liberdades e
prerrogativas de seus integrantes ou relacionados com a finalidade partidária);
organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em
funcionamento há pelo menos 1 ano (assegurar direitos, liberdades e prerrogativas da
totalidade ou parte de seus membros ou associados); Defensoria Pública (quando a
tutela requerida for relevante para a promoção dos direitos humanos e a defesa dos
direitos individuais e coletivos dos necessitados)

Os direitos, liberdades e prerrogativas protegidos por MI


coletivo são os pertencentes indistintamente, a uma coletividade indeterminada de
pessoas ou determinada por grupo, classe ou categoria; a sentença desse MI só irá
fazer coisa julgada limitadamente às pessoas integrantes dessa coletividade, grupo,
classe ou categoria

Para que os impetrantes individuais se beneficiem da


impetração coletiva, eles deverão desistir da demanda individual no prazo de 30
dias a contar da ciência comprovada da impetração coletiva. Tal impetração não
produz litispendência em relação aos mandados de injunção individuais

Sem prejuízo dos efeitos já produzidos, a decisão poderá ser


revista, a pedido de qualquer interessado, quando sobrevierem relevantes modificações
das circunstâncias de fato ou de direito

A norma regulamentadora superveniente produzirá efeitos ex


nunc em relação aos beneficiados por decisão transitada em julgado, salvo se a
aplicação da norma editada lhes for mais favorável; fica prejudicada a impetração se a
norma regulamentadora for editada antes da decisão, caso em que o processo será
extinção sem resolução de mérito

Ação Popular (5º, LXXIII): vise anular ato lesivo ao patrimônio público ou de
entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de
custas judiciais e do ônus da sucumbência; não é necessário dano patrimonial para que a
ação com fundamento na proteção à moralidade administrativa seja proposta; não tem
por objetivo a proteção de interesse individual; S 101, STF: o mandado de segurança
não substitui a ação popular; STF: a decisão proferida em ação popular é desprovida
de força vinculante, em sentido técnico; S 365, STF: pessoa jurídica não tem
legitimidade de propor ação popular; a assistência de advogado é necessária
Mandado de Segurança (5º, LXIX e LXX; lei 12.016/09): resguardar direito
líquido e certo contra abuso de poder ou ilegalidade, praticado por autoridade pública ou
por quem lhe faça as vezes, desde que tal direito não esteja protegido por habeas corpus
ou habeas data; direito líquido e certo é aquele que se apresenta manifesto na sua
existência, delimitado na sua extensão e apto a ser exercitado no momento da
impetração, em que há prova documental pré-constituída; S 512, STF: não cabe
condenação em honorários advocatícios na ação de mandado de segurança; S267,
STF: não é possível impetração de mandado de segurança contra ato judicial
passível de recurso ou correição; S 266, STF: não cabe mandado de segurança
contra lei em tese; S 510, STF: praticado o ato por autoridade, no exercício de
competência delegada, contra ela cabe o mandado de segurança ou medida
judicial; S 268, STF: não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com
trânsito em julgado

Não concederá mandado de segurança quando se tratar: de


ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo,
independentemente de caução; de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito
suspensivo; de decisão judicial transitada em julgado; além disso não caberá
contra atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas
públicas, sociedade de economia mista e concessionárias de serviço público

São legitimadas pessoas físicas e jurídicas; não isenta de custas


perante o Poder Judiciário; assistência do advogado é necessária; prazo decadencial de
120 dias contados da ciência do ato impugnado

S 430, STF: o pedido de reconsideração feito na via


administrativa não tem o condão de interromper o prazo para a impetração do
mandado de segurança; S 625, STF: controvérsia sobre matéria de direito não
impede a concessão de mandado de segurança

MS Coletivo: pode ser impetrado por partido político com


representação no Congresso Nacional; organização sindical, entidade de classe ou
associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 ano, em defesa
dos interesses de seus membros e associados; S 629, STF: a impetração de mandado
de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados independe de
autorização deles; STF: quando impetrado pela OAB deverá ser proposto na
Justiça Federal; a sentença do mandado de segurança coletivo fará coisa julgada
limitadamente aos membros do grupo ou categoria substituídos, não produzindo efeitos
erga omnes; os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante a título individual
se não requerer a desistência de seu mandado de segurança no prazo de 30 dias a contar
da ciência comprovada da impetração da segurança coletiva

O pedido de mandado de segurança poderá ser renovado dentro


do prazo decadencial, se a decisão denegatória não lhe houver apreciado o mérito

ESTADOS DE EXCEÇÃO
Os estados de exceção configuram situações de anormalidade institucional, momentos
de crise em que o próprio texto constitucional autoriza que o Estado adote medidas de
repressão, limitando algumas garantias fundamentais; tanto no estado de sítio quanto no
estado de defesa é necessária a existência de uma comissão que tem função o
acompanhamento e a fiscalização das medidas tomadas durante este período de
anormalidade. Tal comissão, designada pela mesa do CN, após a oitiva dos líderes
partidários, será composta por 5 membros

Estado de defesa: para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e


determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente
instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na
natureza; o Presidente, após ouvir o Conselho da República e de Defesa, é quem
decretará o estado de defesa; esse decreto deve conter o tempo de duração da medida
que não será superior a 30 dias, prorrogável uma vez por igual período, também deve
constar as áreas abrangidas e ainda as medidas coercitivas que vigorarão neste período,
dentre as seguintes: a. restrições aos direitos de reunião; b. sigilo de correspondência, de
comunicação telegráfica e telefônica; c. ocupação e uso temporário de bens e serviços
públicos no caso de calamidade

O decreto deve ser encaminhado em 24 horas pro CN que, no prazo de 10 dias,


deverá aprovar ou rejeitá-lo, por maioria absoluta. Rejeitado o decreto, cessa de
imediato o estado de defesa

Caso o CN esteja em recesso, será convocado, extraordinariamente, no prazo de


5 dias

Durante a vigência qualquer crime cometido contra o Estado deverá ser


comunicado imediatamente ao juiz competente, podendo ele relaxar a prisão se for
ilegal

É vedada a incomunicabilidade do preso

Estado de sítio: hipóteses de comoção grave de repercussão nacional, ineficácia do


estado de defesa, declaração de estado de guerra ou resposta a agressão estrangeira
armada; é decretado pelo Presidente, desde que sejam ouvidos os Conselho da
República e de Defesa Nacional. É necessária prévia autorização do CN pelo voto da
maioria absoluta; se o CN estiver em recesso o Presidente do Senado, de imediato, deve
fazer uma convocação extraordinária para que se reúnam dentro de 5 dias e apreciem o
ato, permanecendo em funcionamento até o término das medidas coercitivas

O prazo de duração é no máximo de 30 dias, prorrogáveis, por igual período,


indefinidamente, mas sempre com a prévia autorização do CN

O decreto deve conter as normas necessárias a sua execução e as garantias


constitucionais que ficarão suspensas tais como: a. obrigação de permanência em
localidade determina; b. detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados
por crimes comuns; c. restrições relativas à inviolabilidade da correspondência e sigilo
das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e
televisão; d. suspensão da liberdade de reunião; e. busca e apreensão em domicílio; f.
intervenção nas empresas de serviços públicos; g. requisição de bens
Ao término os ilícitos praticados pelos agentes e executores da medida poderão
ser apurados para que sejam determinadas eventuais responsabilizações

Intervenção Federal e Estadual: supressão temporária das prerrogativas dos Estados e


Municípios; quando há intervenção, prevalece a vontade daquele que a concretizou,
podendo ser União ou Estados; por ser medida excepcional somente poderá ser
decretada nos casos taxativamente previstos na CF; a principal finalidade é assegurar o
pacto federativo

Duas formas de intervenção = espontânea: o Presidente age de ofício, sem


necessidade de provocação – I. para manter a integridade nacional;

II. Para repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da


Federação em outra;

III. Para pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;

IV. Para reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a.


suspende o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo
motivo de força maior; b. deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas
na CF dentro dos prazos estabelecidos em lei

Provocada: I. para garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas


unidades da Federação; se for Executivo ou Legislativo quem coage deverá haver
solicitação do poder coagido, se for Judiciário dependerá de requisição do STF

II. para prover a execução de lei federal, ordem ou decisão


judicial; se houver desobediência à ordem ou decisão judiciária, a intervenção
dependerá da solicitação do STF, STJ ou TSE; já para a execução de lei federal
dependerá da requisição do STF

III. para assegurar a observância dos princípios constitucionais


sensíveis, que são os seguintes: a. forme republicana, sistema representativo e regime
democrático; b. direitos da pessoa humana; c. autonomia municipal; d. prestação de
contas da administração pública; e. aplicação do mínimo exigido da receita resultante de
impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde

Na hipótese de violação a princípios constitucionais


sensíveis, a intervenção deve ser antecedida por uma ação – ADI interventiva ou
representação interventiva perante o STF. É necessária a requisição do STF, após
ter dado provimento à representação do PGR, que materializa por meio da ADI.
(procedimento na lei 12.562/11)

De acordo com o artigo 2º, a representação deve ser


proposta pelo PGR, em caso de violação aos princípios, ou de recusa, por parte do
Estado à execução de lei federal

É possível pedido de liminar solicitando determinação


de que se suspenda o andamento do processo ou os efeitos de decisões judiciais ou
administrativas ou de qualquer outra medida que apresente relação com a matéria
objeto da representação interventiva. O STF poderá deferir tal pedido por decisão
da maioria absoluta de seus membros

A decisão é irrecorrível, sendo insuscetível de impugnação


por ação rescisória

O decreto do Presidente que concretizará a intervenção deverá explicar a


amplitude, prazo e as condições de execução. Também deve constar a nomeação de um
interventor, quando couber. O CN fará um controle político, apreciando o ato em 24
horas após sua edição

Os casos de intervenção estadual estão taxativamente previstos: espontânea: a.


quando deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a
dívida fundada; b. quando não forem prestadas as contas devidas, na forma da lei; c.
quando não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços de saúde; provocada: a. para
assegurar a observância de princípios indicados na CF (depende de provimento de
representação pelo Tribunal de Justiça); b. para prover a execução da lei, de ordem ou
de decisão judicial ;9depende de provimento de representação do TJ)

ORDEM SOCIAL
Art 193, CF – tem como base o primado do trabalho e como objetivo o bem-estar e a
justiça sociais

Seguridade social – composta por assistência social, previdência social e saúde;


são princípios e objetivos que norteiam a seguridade social:

I. Universalidade da cobertura e do atendimento

II. Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações


urbanas e rurais

III. Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços

IV. Irredutibilidade do valor dos benefícios

V. Equidade na forma de participação no custeio

VI. Diversidade da base de financiamento

VII. Caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão


quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos
aposentados e do Governo nos órgãos colegiados

Saúde – a regulamentação, fiscalização, controle e execução das ações e


serviços de saúde cabem ao Poder Público
Previdência social – estruturada pelo regime contributivo e a filiação a ela é
obrigatória

Assistência social – ela deve ser prestada a todos aqueles que dela necessitarem,
de forma gratuita, independentemente de contribuição

Educação – direito de todos e dever do Estado com base nos seguintes


princípios:

I. Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola

II. Igualdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte


e o saber

III. Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de


instituições públicas e privadas de ensino

IV. Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais

V. Valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, aos das


redes públicas, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso
exclusivamente por concurso público de provas e títulos

VI. Gestão democrática do ensino público, na forma da lei

VII. Garantia de padrão de qualidade

VIII. Piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação


escolar pública, nos termos da lei

Cultura – a promoção e a proteção do patrimônio cultural brasileiro é dever não


apenas do Poder Público, mas também de toda a comunidade

Desporto – Poder Judiciário apenas admita ações relativas à disciplina e às


competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada
em lei

Ciência, tecnologia e inovação (EC 85/2015) – o Estado deve promover e


incentivar o desenvolvimento científico, a pesquisa, capacitação científica e tecnológica
e a inovação

Meio ambiente – lei 9.605/98

Família

PODER EXECUTIVO
Forma de Estado – FEderação
FoRma de govErno – REpública

SiStema de governo - preSidencialiSmo

Chefe do Executivo cumula as atribuições de chefe de estado (representa perante


a comunidade internacional) e chefe de governo (comanda e administra o país no
âmbito interno); dentre os ministros que auxiliam do Presidente o Ministro de Estado da
Defesa deve ser brasileiro nato

O sistema de votação é o majoritário; passados 10 dias da data fixada pra posse e


o governante, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será
declarado vago

Na sucessão a ausência do Presidente se dá de forma definitiva, vg, morte,


afastamento em virtude de procedimento de impeachment, invalidez permanente...

Na substituição a ausência é transitória, ficando impedido de atuar; será


substituído pelo Vice-Presidente, ou Presidente da Câmara, Presidente do Senado e por
último o Presidente do STF; apenas o Vice poderá ocupar o cargo de Presidente de
forma definitiva; vagando os cargos de Presidente e Vice será feita nova eleição; se for
nos 2 primeiros anos do mandato será feita eleição direta (povo) em 90 dias depois de
aberta a última vaga; caso seja nos 2 últimos anos a eleição será indireta (CN) em 30
dias

O Presidente e Vice não podem se ausentar do país por período superior a 15


dias, salvo se tiverem autorização do Congresso Nacional, sob pena de perderem o
cargo

As atribuições do Presidente são enumeradas no artigo 84, CF, sendo meramente


exemplificativas, sendo, em regra, indelegáveis. Apenas as previstas nos incisos VI, XII
e XXV, primeira parte, podem ser delegadas:

Art. 84 Compete privativamente ao Presidente da República:

        I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;

        II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da


administração federal;

        III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta


Constituição;

        IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e


regulamentos para sua fiel execução;

        V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;

        VI - dispor, mediante decreto, sobre:


            a)  organização e funcionamento da administração federal, quando não
implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

            b)  extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

        VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes


diplomáticos;

        VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do


Congresso Nacional;

        IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;

        X - decretar e executar a intervenção federal;

        XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da


abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências
que julgar necessárias;

        XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos


órgãos instituídos em lei;

        XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes


da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los
para os cargos que lhes são privativos;

        XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo


Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o
Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do Banco Central e outros
servidores, quando determinado em lei;

        XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas


da União;

        XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o


Advogado-Geral da União;

        XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;

        XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa


Nacional;

        XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso


Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas,
e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;

        XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;

        XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas;


        XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras
transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;

        XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de


diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstas nesta Constituição;

        XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a


abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;

        XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;

        XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62;

        XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.

    Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições


mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao
Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os
limites traçados nas respectivas delegações.

Em suma o Presidente pode delegar a atribuição de prover e a de desprover


funções ou cargos públicos. Quanto à possibilidade de extinguir tais cargos, só poderá
haver delegação quando as funções ou cargos públicos estiverem vagos; S 510, STF –
se o ato for praticado por autoridade no exercício de competência delegada, contra
ela cabe o mandado de segurança ou medida judicial

É de competência do Presidente, mediante decreto, sempre focado na fiel


execução da lei, a regulamentação de normas

O Chefe do Executivo poderá ser responsabilizado por crimes comuns e de


responsabilidade; o primeiro terá de responder perante o STF (juiz), e o segundo estará
sujeito a julgamento perante o Senado (2/3); os atos que atentem contra a CF, em
especial contra a existência da União, contra o livre exercício dos poderes, contra o
exercício dos direitos políticos, individuais e sociais, contra a segurança interna do país,
contra a probidade na administração, contra a lei orçamentária e contra o cumprimento
das leis das decisões judiciais são considerados crimes de responsabilidades

Crime comum – se a denúncia ou queixa for recebida pelo STF, o


Presidente ficará suspenso de suas funções pelo prazo de 180 dias. Após esse prazo, se o
processo ainda não tiver chegado ao fim, o Presidente deverá retomar suas funções;
enquanto não houver decisão condenatória do crime comum ele não poderá ser levado à
prisão, não podendo ser preso em flagrante, preventivo ou provisoriamente, mesmo que
presentes os requisitos (somente se aplica ao Presidente, e não aos Governadores e
Prefeitos); durante a vigência do mandato o Presidente não poderá ser responsabilizado
por atos estranhos ao exercícios de suas funções, sendo julgados ao fim do mandato,
perante a justiça comum; o Presidente não tem a imunidade material (palavras, opiniões
e votos)

Crime de responsabilidade – deve ocorrer o juízo de admissibilidade da


Câmara, após será instaurado o processo no Senado, que terá a presidência da sessão de
julgamento o Presidente do STF; o Senado não tem juízo de discricionariedade, sendo o
julgamento autorizado pela Câmara, o Senado tem de instaurar o processo; a instauração
do processo faz com que o Presidente fique suspenso de suas funções; se optarem por
absolver o processo será arquivado, porém se for condenado será necessário o voto de
2/3 dos membros da casa; as penas são autônomas e aplicadas de forma cumulativa: a.
perda do cargo; b. inabilitação para o exercício de função pública por 8 anos

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